19.04.2013 Views

biografias de aprendizagens de mulheres encarceradas - Centro de ...

biografias de aprendizagens de mulheres encarceradas - Centro de ...

biografias de aprendizagens de mulheres encarceradas - Centro de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Pelo que se percebe, a faixa etária que está sobre-representada entre as <strong>encarceradas</strong><br />

<strong>de</strong>ssa amostra é a que vai dos 21 aos 28 anos, seguidos das que têm 32, 33 e 38 anos. Esse<br />

resultado se aproxima daqueles que encontramos nos prontuários quando coletamos essa<br />

mesma informação. Na análise <strong>de</strong>sses e daqueles resultados, julgamos que, por diversas<br />

razões, muitas das quais ligadas à problemática da <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> entre os gêneros<br />

(<strong>de</strong>semprego, emprego precarizado, relacionamentos amorosos incertos ou mal estruturados,<br />

etc.), as <strong>mulheres</strong> em ida<strong>de</strong> ativa (jovens ou adultas em fase inicial) vivenciam, mais que as<br />

outras, experiências associadas às drogas, às bebidas alcoólicas, à violência doméstica, <strong>de</strong>ntre<br />

outras situações <strong>de</strong> risco.<br />

É por isso que, numa análise mais aprofundada <strong>de</strong>sse resultado, seria necessário<br />

observar os fatores que mais contribuíram para essa sobre-representação na fase da juventu<strong>de</strong><br />

e no início da vida adulta, associando-se ao fato <strong>de</strong> a maioria <strong>de</strong>las ser solteira e/ou amasiada,<br />

como mostra o gráfico abaixo.<br />

Gráfico 3 Estado civil das <strong>encarceradas</strong> da amostra<br />

Solteira<br />

22<br />

Estado Civil<br />

Viúva<br />

3<br />

Casada<br />

Divorciada 2<br />

6<br />

Amasiada<br />

15<br />

É importante registrar que a análise <strong>de</strong>sse dado merece muita cautela, visto que, na<br />

maioria dos casos, as respostas para essa informação não são verídicas, dadas às incoerências<br />

com que essa variável se apresenta para <strong>mulheres</strong> em situação <strong>de</strong> privação <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>.<br />

Colocando-nos no lugar das <strong>encarceradas</strong>, no momento <strong>de</strong> informar sobre o seu estado civil,<br />

imaginamos o conflito interior com o qual elas se <strong>de</strong>pararam, porquanto, ainda que estivessem<br />

morando com seus companheiros (amasiadas), quando foram presas, não mais mantinham

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!