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biografias de aprendizagens de mulheres encarceradas - Centro de ...

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d) Em relação às experiências <strong>de</strong> trabalho<br />

Através <strong>de</strong>sse aspecto, buscamos<br />

subsídios sobre a contribuição e as implicações do trabalho (mesmo os <strong>de</strong> baixa<br />

valorização social) e/ou do <strong>de</strong>semprego nas construções das <strong>biografias</strong> das<br />

<strong>encarceradas</strong> e, consequentemente, nas suas <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong>lituosas.<br />

e) Em relação ao <strong>de</strong>lito que motivou a prisão<br />

Esta última variável importou ao nosso<br />

estudo, <strong>de</strong>vido às associações que po<strong>de</strong>m ser feitas com as <strong>de</strong>mais variáveis, que<br />

<strong>de</strong>marcam o perfil subjetivo (etário) e social (escolarida<strong>de</strong>, naturalida<strong>de</strong>, experiência<br />

<strong>de</strong> trabalho) das investigadas.<br />

Apresentada a nossa amostra e explicitados os motivos que levaram à escolha <strong>de</strong><br />

algumas variáveis para a sua seleção, apresentamos, tal como anunciamos anteriormente, a<br />

caracterização do momento da entrevista (a disposição das entrevistadas para narrarem as suas<br />

vidas, a forma <strong>de</strong> gravar as narrações, o tempo <strong>de</strong> duração, o modo <strong>de</strong> transcrevê-las e o<br />

conteúdo do seu roteiro).<br />

Devido à disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo das <strong>encarceradas</strong> e, até mesmo, da vonta<strong>de</strong> que a<br />

maior parte <strong>de</strong>las expressava em narrar suas histórias 14 , foi preciso rever a proposta que<br />

tínhamos anteriormente <strong>de</strong> realizar a mesma entrevista em dias alternados. Como dispunham<br />

<strong>de</strong> tempo suficiente e achavam que a interrupção da entrevista para outro dia po<strong>de</strong>ria<br />

interromper também as suas lembranças ( per<strong>de</strong>r o ritmo dos acontecimentos vividos , como<br />

assim disseram), <strong>de</strong>cidimos, em comum acordo, que as narrações, quando iniciadas, fossem<br />

concluídas no mesmo dia, ainda que durante essas narrações déssemos intervalos para tomar<br />

água, ir ao banheiro, almoçar ou outra coisa parecida.<br />

Assim, o tempo <strong>de</strong> duração das entrevistas variou <strong>de</strong> 1hora e 30 minutos, no seu tempo<br />

mínimo, a 3 horas, no seu tempo máximo. Esse tempo variava, não em função das histórias,<br />

por serem mais ou menos ricas <strong>de</strong> experiências que outras, mas por causa da forma como<br />

eram narradas ou do que as entrevistadas consi<strong>de</strong>ravam mais importante narrar. Em quase<br />

todos os casos, ainda que incentivássemos a narração da vida por faixa <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> (infância,<br />

adolescência, juventu<strong>de</strong> e fase adulta, quando houvesse), o que elas mais <strong>de</strong>monstravam<br />

interesse em narrar era o período e as experiências <strong>de</strong> envolvimento com o mundo do crime.<br />

Mesmo quando falavam <strong>de</strong> suas infâncias, procuravam maneiras <strong>de</strong> associar essa fase da vida<br />

com esse mundo, no qual se envolveram na fase posterior.<br />

14 Com exceção <strong>de</strong> apenas uma encarcerada entrevistada que, por estar <strong>de</strong>sanimada com a <strong>de</strong>mora da conquista<br />

<strong>de</strong> sua liberda<strong>de</strong> provisória (entrada no Regime Semi-aberto), não parecia motivada a falar sobre a sua vida.

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