biografias de aprendizagens de mulheres encarceradas - Centro de ...
biografias de aprendizagens de mulheres encarceradas - Centro de ...
biografias de aprendizagens de mulheres encarceradas - Centro de ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
a) Em relação à ida<strong>de</strong><br />
Aqui o nosso interesse foi compreen<strong>de</strong>r os <strong>de</strong>safios que a<br />
segunda fase da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> impôs às <strong>mulheres</strong>, em cada fase da vida, e, através<br />
<strong>de</strong>ssa compreensão, conhecer o modo como elas, <strong>de</strong> diferentes faixas etárias (duas<br />
jovens e três adultas) e com diferentes experiências, apropriaram-se das <strong>aprendizagens</strong><br />
que a vida cotidiana lhes proporcionou, e o significado que lhes <strong>de</strong>ram. Estamos<br />
compreen<strong>de</strong>ndo que os <strong>de</strong>safios apresentados às pessoas jovens e adultas, neste mundo<br />
globalizado, não são os mesmos.<br />
b) Em relação à escolarida<strong>de</strong><br />
Como pu<strong>de</strong>mos ver, a amostra nos dois grupos <strong>de</strong><br />
<strong>mulheres</strong> foi composta por jovens e adultas com distintos níveis <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>. As<br />
posições <strong>de</strong>ssas <strong>mulheres</strong> em relação ao processo educativo são, assim, diversas.<br />
Devido a isso, a nossa intenção foi compreen<strong>de</strong>r as implicações dos processos<br />
educativos e\ou <strong>de</strong> <strong>aprendizagens</strong> nas construções biográficas das <strong>mulheres</strong> que<br />
compõem a amostra <strong>de</strong>sta pesquisa. O principal questionamento diante da reflexão<br />
sobre esse dado é: A baixa ou pouca escolarida<strong>de</strong>, como muito se discute nos meios<br />
acadêmicos, é, <strong>de</strong> fato, o principal motivo que leva as pessoas à marginalida<strong>de</strong> e,<br />
consequentemente, à criminalida<strong>de</strong>? Em que medida isso po<strong>de</strong> ser verda<strong>de</strong> ou meia<br />
verda<strong>de</strong>? A análise <strong>de</strong>ssa variável nas <strong>biografias</strong> <strong>de</strong>ssas <strong>mulheres</strong> foi fundamental para<br />
respon<strong>de</strong>rmos a essa questão.<br />
c) Em relação à naturalida<strong>de</strong><br />
Optamos por conhecer/analisar a naturalida<strong>de</strong> das<br />
investigadas porque enten<strong>de</strong>mos que o contexto <strong>de</strong> nascimento e <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
da vida das pessoas, por terem características físicas, culturais, sociais e econômicas<br />
específicas, favorece os mais diferentes direcionamentos biográficos. Não nos<br />
lembramos, no entanto, <strong>de</strong> que, nem sempre, o contexto <strong>de</strong> nascimento das pessoas<br />
refere-se àqueles em que elas constroem as suas <strong>biografias</strong>. No caso <strong>de</strong>ste trabalho,<br />
apenas duas <strong>mulheres</strong> entrevistadas <strong>de</strong>ram continuida<strong>de</strong> à construção <strong>de</strong> suas<br />
<strong>biografias</strong> no contexto <strong>de</strong> nascimento. De qualquer forma, esse dado serviu para<br />
percebermos a existência <strong>de</strong> outras características/variáveis no processo <strong>de</strong> construção<br />
biográfica das <strong>encarceradas</strong>, como por exemplo: as <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>s, as rupturas (ou<br />
rompimentos biográficos), o regresso etc.