biografias de aprendizagens de mulheres encarceradas - Centro de ...
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Não se trata <strong>de</strong> uma investigação educativa, tal como fora compreendida e executada<br />
em seus inícios, nos anos 1950 e 1960 12 , mas <strong>de</strong> uma investigação cujo objeto <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong>ixa<br />
<strong>de</strong> ser os rendimentos da aprendizagem das pessoas ou os balanços da formação, <strong>de</strong> maneira<br />
estatística, e passam a ser<br />
[...], los procesos <strong>de</strong> crecimiento <strong>de</strong> cada nueva generación, los procesos <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> la personalidad, <strong>de</strong> superación <strong>de</strong> la vida, las biografías <strong>de</strong> los<br />
jóvenes y las jóvenes en sus respectivos médios escolares y vitales (FEND,<br />
1990, p. 705, apud, ALHEIT e DAUSIEN, 2007, p.28).<br />
Consi<strong>de</strong>rando o problema específico <strong>de</strong>sta pesquisa (suas perguntas norteadoras) e os<br />
seus objetivos, adotamos um plano metodológico ligado às finalida<strong>de</strong>s da investigação<br />
qualitativa da formação nos três níveis (micro, meso e macro), ainda que com uma maior<br />
atenção para o nível micro, que correspon<strong>de</strong> à investigação biográfica.<br />
As orientações advindas <strong>de</strong>sse âmbito, sugeridas por Garz & Blömer (2002), apud,<br />
Alheit e Dausien (2007), bem como as extraídas da literatura sobre os métodos e as técnicas<br />
<strong>de</strong> investigação no âmbito das ciências sociais (RÙBIO & VARAS, 1997) e <strong>de</strong> um estudo<br />
específico que adotou a perspectiva biográfica no seu planejamento metodológico<br />
(CARDENAL DE NUEZ, 2006) nos ajudaram a reconhecer o método biográfico como o mais<br />
favorável a esta pesquisa.<br />
Rúbio & Varas (1997) nos ajudaram a compreen<strong>de</strong>r que a aplicação das técnicas do<br />
método biográfico nas ciências sociais, apesar <strong>de</strong> ser bem vista nos dias <strong>de</strong> hoje,<br />
(principalmente em estudos sobre a criminalida<strong>de</strong>), nem sempre foi bem aceita. Esses autores<br />
enfatizaram que, embora esse método tenha sido utilizado amplamente nas décadas <strong>de</strong> 1920 e<br />
1930 pelos sociólogos da Escola <strong>de</strong> Chicago, começou a receber críticas nas décadas<br />
subseqüentes, em razão das <strong>de</strong>sconfianças das análises da realida<strong>de</strong> social produzidas através<br />
<strong>de</strong> sua aplicação durante esse período. Para os seus principais críticos, essas análises<br />
colocavam em risco a cientificida<strong>de</strong> das pesquisas, uma vez que se ancoravam muito mais na<br />
compreensão dos sujeitos sobre essas realida<strong>de</strong>s (ou seja, no senso comum) do que no que se<br />
observava objetivamente.<br />
Marcadamente entre as décadas <strong>de</strong> 1940 e 1950, viveu-se um período <strong>de</strong> crise <strong>de</strong><br />
reconhecimento <strong>de</strong> tal método nas análises dos fenômenos sociais. Ainda <strong>de</strong> acordo com<br />
12 Seu início esteve marcado pelo paradigma quantitativo, que se concentrava em compreen<strong>de</strong>r os rendimentos<br />
da aprendizagem e os balanços <strong>de</strong> formação, e em <strong>de</strong>terminar estatisticamente sua conexão com fatores como a<br />
origem, o gênero, a ida<strong>de</strong> das pessoas em processo <strong>de</strong> aprendizagem, a qualida<strong>de</strong>, o tamanho e a pertinência<br />
regional das instituições <strong>de</strong> formação (ALHEIT & DAUISIEN, 2007).