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biografias de aprendizagens de mulheres encarceradas - Centro de ...

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Para realizar essa ativida<strong>de</strong>, obe<strong>de</strong>cemos a alguns critérios que julgamos pertinentes<br />

relatar. O primeiro <strong>de</strong>les foi a seleção <strong>de</strong> periódicos com conceito A no QUALIS da CAPES<br />

(Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Aperfeiçoamento <strong>de</strong> Pessoal <strong>de</strong> Nível Superior). Acreditávamos que, em<br />

periódicos que obtêm esse conceito<br />

<strong>de</strong>vido ao amplo reconhecimento na comunida<strong>de</strong><br />

científica por causa da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas publicações - seria mais provável encontrar estudos<br />

ligados, direta ou indiretamente, ao tema da criminalida<strong>de</strong>.<br />

Dos três periódicos selecionados (Revista Brasileira <strong>de</strong> Educação, Revista Educação &<br />

Socieda<strong>de</strong> e Revista Educação & Pesquisa), analisamos somente os artigos publicados nos<br />

últimos três anos (2005, 2006 e 2007). Da soma das publicações <strong>de</strong>sses três periódicos nos<br />

anos acima referidos, apenas dois apresentaram discussões ligadas à temática do crime.<br />

A primeira publicação ligada ao tema foi encontrada na Revista Brasileira <strong>de</strong><br />

Educação, e a outra, na Revista Educação & Pesquisa. Na primeira, o autor 10 apresentava uma<br />

discussão sobre as condições da educação prisional na Europa, nos seus vários planos e<br />

aspectos, procurando i<strong>de</strong>ntificar os problemas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m organizacional, metodológica e social<br />

que as <strong>de</strong>terminavam ou que as limitavam.<br />

A leitura e a análise <strong>de</strong>ssa publicação foram importantes porque serviram para<br />

compreen<strong>de</strong>r que, no Brasil, os problemas que acompanham a garantia <strong>de</strong> acesso e a<br />

qualida<strong>de</strong> da educação para as pessoas <strong>encarceradas</strong> são muito parecidos e, às vezes, até<br />

idênticos aos <strong>de</strong> alguns países europeus, consi<strong>de</strong>rados <strong>de</strong> primeiro mundo. Serviram ainda<br />

para que percebêssemos que os estudiosos sobre a educação nas prisões têm realizado suas<br />

análises e reflexões ancorando-se na perspectiva da aprendizagem ao longo da vida,<br />

exatamente aquela em que temos nos baseado para refletir sobre a biografia das <strong>encarceradas</strong>,<br />

público-alvo <strong>de</strong>sta pesquisa.<br />

Pelo que vimos, embora o autor <strong>de</strong>ssa publicação <strong>de</strong>monstrasse enten<strong>de</strong>r que a<br />

educação ao longo da vida é fundamental no ambiente carcerário, admitia que, na prática, ela<br />

não estava sendo efetivada na realida<strong>de</strong> carcerária, o que, para ele, significa uma redução das<br />

possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> solucionar os problemas da complexa e diversificada realida<strong>de</strong> dos<br />

presídios.<br />

Para Rangel (2007), a efetivação <strong>de</strong>ssa educação no cárcere favoreceria aos presos a<br />

compreensão dos significados <strong>de</strong> suas atitu<strong>de</strong>s criminosas do passado, dando-lhes os meios e<br />

as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ressignificá-las na perspectiva <strong>de</strong> uma mudança, exatamente o que propõe<br />

a biograficidad. Citando Duguid (2000), Rangel (2007) afirma que, se a educação no interior<br />

10 RANGEL, Hugo. Estratégias sociais e educação prisional na Europa: visão <strong>de</strong> conjunto e reflexões. Revista<br />

Brasileira <strong>de</strong> Educação v. 12 n. 34 jan./abr. 2007.

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