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biografias de aprendizagens de mulheres encarceradas - Centro de ...

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tivesse ocorrido tão rápido 7 se não tivesse sido nos dada (ou talvez, se não tivéssemos nos<br />

dado) a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vivenciar essa experiência inicial <strong>de</strong> pesquisa.<br />

Outras duas experiências acadêmicas, embora mais curtas, também favoreceram o<br />

nosso construto biográfico. Uma foi a experiência da monitoria na disciplina História da<br />

Educação, que muito nos fez apren<strong>de</strong>r sobre a importância da história para compreen<strong>de</strong>r o<br />

mundo mo<strong>de</strong>rno, e das histórias <strong>de</strong> vida como fundamentais nessa tentativa <strong>de</strong> compreensão,<br />

tendo em vista a escassez <strong>de</strong> fontes escritas e a valida<strong>de</strong> das fontes orais; a outra foi a<br />

experiência vivida no Programa Alfabetização Solidária, ligado aos projetos <strong>de</strong> extensão da<br />

UFPB, em que atuávamos como coor<strong>de</strong>nadoras pedagógicas/setoriais, responsáveis pela<br />

formação <strong>de</strong> professores leigos em dois municípios do interior da Paraíba.<br />

Cada uma <strong>de</strong>ssas experiências, somada a outras que vivenciamos brevemente (a<br />

convite da professora Emília Prestes), ainda no <strong>de</strong>correr do Curso <strong>de</strong> Pedagogia, representou<br />

uma oportunida<strong>de</strong> valiosa <strong>de</strong> esten<strong>de</strong>rmos a nossa aprendizagem para fora da sala <strong>de</strong> aula. As<br />

<strong>de</strong>mais experiências vividas no campo do trabalho resultaram daquelas que vivemos no<br />

campo acadêmico. Elas também contribuíram para que chegássemos até a concretização <strong>de</strong>sse<br />

trabalho, foram os casos: do trabalho com jovens e adultos (homens e <strong>mulheres</strong>) em processo<br />

<strong>de</strong> escolarização, numa Escola Municipal <strong>de</strong> João Pessoa - PB, atuando como professora<br />

estagiária; como coor<strong>de</strong>nadora pedagógica da EJA, em uma Escola Municipal <strong>de</strong> Bayeux<br />

PB; como formadora <strong>de</strong> professores da EJA (1º segmento), na re<strong>de</strong> municipal <strong>de</strong> ensino, e,<br />

por último, como coor<strong>de</strong>nadora pedagógica dos professores da EJA nos presídios da gran<strong>de</strong><br />

João Pessoa. A nossa atuação nesta última experiência narrada ocorrera <strong>de</strong> maneira articulada<br />

tanto com as <strong>de</strong>mais coor<strong>de</strong>nadoras quanto com os diretores, os agentes penitenciários e os/as<br />

professores/as dos presídios, trabalhando com todos eles no sentido <strong>de</strong> incentivar as ações<br />

educativas naqueles contextos.<br />

Vale registrar que, em todas essas experiências, o trabalho <strong>de</strong>senvolvido não se<br />

limitava à pura execução <strong>de</strong> tarefas. A realida<strong>de</strong> daqueles sujeitos com quem trabalhávamos<br />

era essencialmente rica e passível <strong>de</strong> observação, por isso não <strong>de</strong>ixávamos <strong>de</strong> remeter um<br />

olhar crítico e reflexivo para elas. Assim, po<strong>de</strong>mos dizer que as <strong>aprendizagens</strong> que adquirimos<br />

nesses contextos foram também responsáveis por novos direcionamentos em nossas<br />

<strong>biografias</strong>.<br />

Foi, portanto, mais precisamente, a vivência <strong>de</strong>sta ultima experiência <strong>de</strong> trabalho,<br />

como coor<strong>de</strong>nadora pedagógica dos professores da EJA, nos presídios, e <strong>de</strong> uma experiência<br />

7 A rapi<strong>de</strong>z a que nos referimos é a da entrada no curso <strong>de</strong> Mestrado, <strong>de</strong>pois apenas <strong>de</strong> seis meses <strong>de</strong> concluída a<br />

graduação. Tempo esse em que foi <strong>de</strong>dicada às etapas da seleção no Programa <strong>de</strong> Pós-graduação.

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