19.04.2013 Views

biografias de aprendizagens de mulheres encarceradas - Centro de ...

biografias de aprendizagens de mulheres encarceradas - Centro de ...

biografias de aprendizagens de mulheres encarceradas - Centro de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

5 (IN) CONCLUSÃO<br />

Esta dissertação <strong>de</strong> Mestrado teve como categoria básica <strong>de</strong> análise as vivências e os<br />

processos <strong>de</strong> aprendizagem. Constituiu a preocupação primária <strong>de</strong> análise saber como se<br />

revelam, nas narrativas das <strong>biografias</strong> <strong>de</strong> <strong>mulheres</strong> <strong>encarceradas</strong>, as suas <strong>aprendizagens</strong> ao<br />

longo da vida: quais foram as <strong>aprendizagens</strong> vividas por essas pessoas, cujos conteúdos<br />

revelados nas suas narrativas foram capazes <strong>de</strong> contribuir com a aproximação a mundos <strong>de</strong><br />

vida ligados à criminalida<strong>de</strong> e ao cárcere, e que tipos <strong>de</strong> <strong>aprendizagens</strong> não vividas fazem<br />

parte das suas narrativas?<br />

Essas questões básicas tiveram como eixos específicos <strong>de</strong> análises das trajetórias <strong>de</strong><br />

aprendizagem as categorias: família, trabalho e escola, lócus on<strong>de</strong>, supostamente, ocorrem os<br />

mais intensos processos <strong>de</strong> experiência - sejam eles os vividos ou os não vividos. Não<br />

negamos que as experiências e as <strong>aprendizagens</strong> vividas em outros domínios, como o da<br />

sexualida<strong>de</strong> e o do próprio encarceramento, favoreceram (ou não) as construções das<br />

<strong>biografias</strong> dos indivíduos - nesse caso, em particular, os das <strong>mulheres</strong> <strong>encarceradas</strong>. Por isso,<br />

ainda que não tenhamos aprofundado a análise nesses domínios, realizamos algumas reflexões<br />

a respeito <strong>de</strong>les.<br />

Outro aspecto que nos chamou à atenção foi o fato <strong>de</strong> que, no estudo, ainda que<br />

tenhamos trabalhado com <strong>mulheres</strong> <strong>encarceradas</strong>, representando o fenômeno constante, outros<br />

fenômenos mais contingenciais, como ida<strong>de</strong>, naturalida<strong>de</strong>, estado civil etc, significaram<br />

variáveis utilizadas para verificar a capacida<strong>de</strong> que tinham <strong>de</strong> oferecer influência com maior<br />

ou menor intensida<strong>de</strong> a variável principal: os processos <strong>de</strong> aprendizagem que conduziram à<br />

<strong>de</strong>linquência e ao encarceramento. A i<strong>de</strong>ia foi a <strong>de</strong> perceber a recorrência do fenômeno<br />

investigado sob diferentes vertentes, ou seja, observando-se as diferenças ou semelhanças<br />

entre as <strong>aprendizagens</strong> adquiridas pelas <strong>encarceradas</strong> e as suas implicações segundo esses<br />

critérios. Por isso, a seleção das <strong>mulheres</strong> entrevistadas neste estudo levou em consi<strong>de</strong>ração a<br />

ida<strong>de</strong>, a escolarida<strong>de</strong>, a naturalida<strong>de</strong>, as experiências <strong>de</strong> trabalho anterior à prisão e o <strong>de</strong>lito<br />

cometido.<br />

As primeiras sínteses conclusivas apoiadas nesses dados e relativas ao objeto do<br />

estudo foi a <strong>de</strong> que parecem existir poucas diferenças entre essas várias <strong>mulheres</strong> objetos <strong>de</strong><br />

estudo, no que diz respeito ao mundo vivido, às condições socioeconômicas, às experiências<br />

culturais, sexual-amorosas, educativas e <strong>de</strong> trabalho. Segundo as suas narrativas, parece que<br />

as <strong>aprendizagens</strong>, nos aspectos subjetivos, também se assemelharam, no plano do coletivo,<br />

ainda quando possam ter se diferenciado nas especificida<strong>de</strong>s do sujeito.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!