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biografias de aprendizagens de mulheres encarceradas - Centro de ...

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etorno do conceito <strong>de</strong> educação/aprendizagem ao longo da vida. Esse conceito foi inovado e<br />

<strong>de</strong>fendido pela UNESCO como [...] uma construção contínua da pessoa humana, do seu<br />

saber e das suas aptidões, [...] da sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> discernir e agir<br />

(DELORS, 1999, p.106).<br />

Através <strong>de</strong>esse tipo <strong>de</strong> educação/aprendizagem, a pessoa [...] é levada a tomar consciência <strong>de</strong><br />

si própria e do meio que a envolve e a <strong>de</strong>sempenhar o papel social que lhe cabe [e lhe<br />

convém] no mundo do trabalho e na comunida<strong>de</strong><br />

(DELORS, 1999, p.106, grifos nossos).<br />

Da educação ao longo da vida, assim compreendida, foi que a perspectiva da<br />

biograficidad se elaborou. Para Alheit e Dausien (2007), é no interior <strong>de</strong>ssa educação<br />

que as experiências e o sentido que os sujeitos dão a elas são valorizados - que a<br />

aprendizagem biográfica ganha relevo e significado. Esses autores justificam sua teoria,<br />

principalmente quando <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m que todas as ativida<strong>de</strong>s significativas <strong>de</strong> aprendizagem<br />

representam o conceito <strong>de</strong> Educação ao longo da vida.<br />

Para nós, a dimensão do conceito da educação, na perspectiva ao longo da vida, <strong>de</strong>ve<br />

ser reconhecida. Em seu sentido amplo, ele não correspon<strong>de</strong> somente à ação <strong>de</strong> uma<br />

socieda<strong>de</strong>, através das diversas instituições que ela põe em funcionamento para assegurar a<br />

transmissão <strong>de</strong> conhecimentos, valores, comportamentos que garantem a integração na vida<br />

social (JOSSO, 2004), mas também à ação dos indivíduos nas experiências cotidianas que<br />

vivenciam (no âmbito da família, da escola, do trabalho, do bairro on<strong>de</strong> moram, da cida<strong>de</strong>,<br />

das relações com os amigos etc.), as quais tanto po<strong>de</strong>m produzir efeitos ligados à<br />

interiorização das normas e dos valores voltados para o bem comum, e, consequentemente, à<br />

integração em um mundo socialmente aceitável (marcado pelas condutas reguladas, pela<br />

aceitação das normas coletivas etc.), como po<strong>de</strong>m provocar um <strong>de</strong>sajuste <strong>de</strong>ssa integração,<br />

<strong>de</strong>corrente dos seus efeitos exclu<strong>de</strong>ntes, aproximando os indivíduos <strong>de</strong> mundos <strong>de</strong> vida<br />

ligados à marginalida<strong>de</strong> e à criminalida<strong>de</strong>. Nesses casos, a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> uma educação<br />

humanizadora seria comprometida. Vejamos o que Kunzel (1996, p.97) argumenta a esse<br />

respeito:<br />

A idéia <strong>de</strong> uma humanização da nossa vida através do recurso a uma larga<br />

escala <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem é profundamente contrariada<br />

quando essas <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> estar à disposição <strong>de</strong> um número cada vez maior <strong>de</strong><br />

pessoas, em resultado <strong>de</strong> uma mecânica <strong>de</strong> distribuição social cada vez mais<br />

dura.<br />

em

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