biografias de aprendizagens de mulheres encarceradas - Centro de ...
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especialmente nas relações amorosas, ofereceram implicações significativas para tais<br />
direcionamentos.<br />
A seguir, apresentamos as análises que se referem às experiências vividas e não-<br />
vividas pelas <strong>encarceradas</strong> nos seus mundos <strong>de</strong> ação concretos, mais especificamente, no<br />
entorno da família, do trabalho e da escola, lugares on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>senvolveram as <strong>aprendizagens</strong><br />
biográficas e que, implícita ou explicitamente, <strong>de</strong>ram forma às suas <strong>biografias</strong>. Compreen<strong>de</strong>r<br />
a relação entre essas <strong>aprendizagens</strong> e as suas <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong>lituosas e os encarceramentos foi o<br />
principal objetivo <strong>de</strong>ssas análises.<br />
4.2 ANÁLISES DAS CATEGORIAS FAMÍLIA , TRABALHO E ESCOLA<br />
EXTRAÍDAS DAS NARRATIVAS BIOGRÁFICAS DAS ENCARCERADAS<br />
4.2.1 Biografia e família<br />
Conforme argumenta Alheit e Dausien (2007), o [...] carácter «obstinadamente»<br />
subjetivo <strong>de</strong> la asimilación <strong>de</strong> las ofertas <strong>de</strong> aprendizaje, [...] ajusta la posibilidad <strong>de</strong><br />
elaboración <strong>de</strong> nuevas estructuras <strong>de</strong> experiencia culturales y sociales . Com base nessa<br />
afirmativa, e consi<strong>de</strong>rando as <strong>biografias</strong> das <strong>encarceradas</strong>, analisamos os seguintes<br />
questionamentos: Que experiências viveram essas <strong>mulheres</strong> nos seus contextos familiares?<br />
Que ofertas <strong>de</strong> <strong>aprendizagens</strong> essas experiências lhes proporcionaram? Como elas<br />
assimilaram essas <strong>aprendizagens</strong>? Que novas estruturas <strong>de</strong> experiências favoreceram essas<br />
<strong>aprendizagens</strong>?<br />
Para analisar essas questões, com base no que disseram as próprias <strong>encarceradas</strong>, foi<br />
preciso antes conhecer os arranjos familiares que compuseram suas <strong>biografias</strong>.<br />
Na minha família eram 10 <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> casa. Era eu, uma prima, um menino e<br />
uma menina da minha tia, (tinha 2 filhos da minha tia) e tinha 3 meninos<br />
que era da filha do marido da minha avó que morreu. Eu morava com minha<br />
avó, eu fui criada pela minha avó <strong>de</strong>s<strong>de</strong> pequena. [...] minha mãe saiu <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ntro da casa <strong>de</strong> minha avó, aí eu não fui morar com ela não, porque eu já<br />
era acostumada com minha avó. (DINÁ).