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INFLUÊNCIA DAS CRENÇAS DO PROFESSOR DE LÍNGUA ... - CCE

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conhecendo o professor como motivador e facilitador na aquisição da língua estrangeira<br />

(LE), como ele pensa e age, poder-se-á chegar a algumas conclusões, que minimizem<br />

circunstâncias negativas e priorizem a continuidade dos acertos e sucessos, sempre tendo<br />

como objetivo concretizar os preceitos e diretrizes orientados pelos PCN’s (Parâmetros<br />

Curriculares Nacionais) para o ensino e aprendizagem da LE, os quais determinam que<br />

esse ensino tenha como finalidade levar o aprendiz à autonomia no domínio das<br />

habilidades do bem escutar, falar, ler e escrever na LE, no caso a língua inglesa (LI), de<br />

ensino obrigatório na segunda fase do ensino fundamental e no ensino médio. “A<br />

compreensão das crenças é essencial para melhorar a prática dos professores e a<br />

preparação dos programas de ensino” (Johnson, 1994).<br />

Este trabalho relata os dados colhidos em uma pesquisa feita entre outubro de<br />

2004 e fevereiro de 2005 quando se planejou ouvir 07 professores do Ensino<br />

Fundamental ( 7 a . e 8 a . séries) e do Ensino Médio ( 1 o ., 2 o . e 3 o . anos) da rede pública<br />

estadual em Goiânia, Goiás, pois é nesse ambiente que o professor enfrenta os maiores<br />

desafios para a responder às perguntas: Por que não consigo fazer com que meu aluno<br />

aprenda inglês? Se interesse pela língua? Entenda sua importância para se inserir no<br />

mundo competitivo de hoje? Ao se confirmarem algumas entrevistas, verificou-se que<br />

três diferentes professores se resumiram em um, pois este antes responsável só pelo<br />

ensino da língua inglesa no turno da manhã, passou a assumir os turnos vespertino num<br />

mesmo estabelecimento e noturno em outro da rede pública estadual. (Quadro 1).<br />

Através de entrevistas semi-estruturadas e gravadas, baseadas em questionário, buscou-se<br />

informações sobre a formação e preparo das profissionais e detectar aspectos objetivos e<br />

subjetivos das perspectivas, que animam ou desestimulam o professor de LI. A<br />

pesquisadora, usou de sua longa experiência como professora de LI e coordenadora de<br />

curso de idiomas, para acrescentar algumas considerações à luz de inferências pessoais.<br />

Observou-se uma metodologia investigativa qualitativa ( André,2000; Biklen,<br />

1992; Watson-Gegeo, 1988) , como recomendada por Pereira ( In Abrahão & Barcelos,<br />

2006: 162) em seu artigo A interação da abordagem de ensinar de um professor de inglês<br />

de escola pública com o contexto de sala de aula, “uma vez que [a pesquisa] busca<br />

compreender os significados que os sujeitos atribuem as suas ações”, para posteriormente<br />

buscar as respostas que tornem a realidade compreensível.<br />

O trabalho apresentará um breve histórico das origens das crenças dos professores<br />

de LE elaborado por estudiosos em Lingüística Aplicada (LA) e suas implicações práticas<br />

do ensino, a partir de uma amostragem colhida nas entrevista com os professores. As<br />

crenças não devem ser observadas como entidades abstratas e mentais, como assinala<br />

Coelho ( In Abrahão & Barcelos,2006: 128) ao citar Barcelos ( 2000), mas como fatores<br />

importantes no ensino de línguas, pois são “estáveis e resistentes a mudanças, de natureza<br />

hierárquica e interligadas umas às outras”, como são caracterizadas por Pajares (1992) no<br />

mesmo artigo de Coelho (2006) Tentaremos acrescentar algumas considerações a mais,<br />

que respondam por que o professor ensina desta ou daquela maneira; o que interfere em<br />

sua forma de pensar e de agir; em que ele acredita, que possa mudar suas ações. Embora<br />

não haja um consenso de crenças em comum, pois não há regras lógicas para serem<br />

seguidas e as experiências são pessoais, verifica-se que os professores estão abertos a<br />

discussões e reflexões, que visem entender a importância e relevância das crenças uns dos<br />

outros. Garbuio (2006) nos introduz a posição de Vieira-Abrahão (2001:153-154),<br />

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