unidade um – assistência aos novos convertidos - Projeto Timóteo
unidade um – assistência aos novos convertidos - Projeto Timóteo
unidade um – assistência aos novos convertidos - Projeto Timóteo
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Como Praticar o Discipulado<br />
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
<strong>Projeto</strong> <strong>Timóteo</strong><br />
Apostila do Aluno<br />
1
Como Praticar o Discipulado<br />
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
<strong>Projeto</strong> <strong>Timóteo</strong><br />
Coordenador do <strong>Projeto</strong><br />
Dr. John Barry Dyer, PhD<br />
Equipe Pedagógica<br />
Marivete Zanoni Kunz<br />
Tereza Jesus Medeiros<br />
Claudeci Costa Nobre<br />
Leonardo Araújo<br />
Apostila preparada por<br />
Maria Nazaré Magalhães dos<br />
Santos<br />
2
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
COMO PRATICAR O DISCIPULADO<br />
1. ASSISTÊNCIA AOS NOVOS CONVERTIDOS 4<br />
2. OS ELEMENTOS BÁSICOS DE UM PROGRAMA DE<br />
DISCÍPULADO<br />
12<br />
3. CARACTERÍSTICAS DO NOVO CRENTE 18<br />
4. CULTIVANDO UM BOM RELACIONAMENO COM O<br />
NOVO CRENTE<br />
23<br />
5. SOLUCIONANDO OS PROBLEMAS ENCONTRADOS NO<br />
ACONSELHAMENTO<br />
30<br />
6. APLICANDO O ACONSELHAMENTO NUMA IGREJA<br />
MODELO<br />
43<br />
7. VISITAÇÃO 56<br />
8. DISCIPULANDO CRIANÇAS 70<br />
3
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
LIÇÃO UM <strong>–</strong> ASSISTÊNCIA AOS NOVOS<br />
CONVERTIDOS<br />
I. INTRODUÇÃO<br />
Assistência <strong>aos</strong> Novos Convertidos é <strong>um</strong> trabalho espiritual pelo<br />
qual o novo crente se firma na fé. Os versículos seguintes<br />
comprovam a importância que a Bíblia dá a edificação dos <strong>novos</strong> na<br />
fé: “O geral nós anunciamos, advertindo a todo o homem e<br />
ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que<br />
apresentemos todo homem perfeito em Cristo: para isso é que<br />
eu também me afadigo, esforçando-me o mais possível,<br />
segundo a sua eficácia que opera eficientemente em mim (Cl<br />
1:28-29) e ainda, “E, tendo anunciado o evangelho naquela<br />
cidade, e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, e<br />
Icônio e Antioquia, fortalecendo as almas dos discípulos,<br />
encontrando-os a permanecer firmes na fé” (At 14:21-22).<br />
Ante a importância que a Bíblia confere ao trabalho de<br />
<strong>assistência</strong> <strong>aos</strong> <strong>novos</strong> <strong>convertidos</strong>, o cristão responsável não tem<br />
outra opção senão realiza-lo. O trabalho pelo qual o crente se firma<br />
na fé resulta tanto de <strong>um</strong> treinamento prático como de ensino, O<br />
novo convertido precisa aprender certas verdades espirituais básicas,<br />
e aplica-las à sua vida, para que crie raízes e realmente comece a<br />
crescer em Cristo.<br />
O aconselhamento pessoal (ou <strong>assistência</strong> ao novo convertido),<br />
também implica em ass<strong>um</strong>ir <strong>um</strong> relacionamento de pai e filho com o<br />
novo convertido. A Bíblia diz que o novo crente é <strong>um</strong>a criancinha em<br />
Cristo. Essa comparação é muito adequada. Ele tem carências<br />
espirituais de natureza vital, tais como amor, proteção, “nutrição” e<br />
instrução, que correspondem exatamente às necessidades físicas de<br />
<strong>um</strong> bebê. Assim como ocorre no plano físico, o novo convertido<br />
4
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
precisa de <strong>um</strong> pai espiritual que cuide dele e lhe forneça esses<br />
elementos durante os primeiros estágios de seu crescimento<br />
espiritual.<br />
É importante que nos empenhemos no trabalho do<br />
aconselhamento de <strong>novos</strong> crentes com vistas à multiplicação, É<br />
preciso não somente que firmemos os <strong>novos</strong> crentes na fé, mas<br />
também que demos mais <strong>um</strong> passo, instruindo-os e desenvolvendo-<br />
os para que possam trabalhar eficientemente com outros, depois. É<br />
importante também que ele receba instrução na palavra de Deus. E,<br />
por último, como o ambiente exerce <strong>um</strong> papel predominante no<br />
período de crescimento, devemos fazer tudo que for possível para<br />
integrar o novo crente em <strong>um</strong>a boa e calorosa igreja.<br />
Porque não pedirmos a Deus que nos capacite a trabalhar com<br />
discípulos fiéis, para que nossa vida se multiplique na vida de outros?<br />
Relembremos 2 <strong>Timóteo</strong> 2:2 “E que de minha parte ouviste,<br />
através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a<br />
homens fiéis e também idôneos para instruir a outros”.<br />
1. REVISÃO DO CONTEÚDO<br />
1.1. Recapitule e avalie a aprendizagem acerca da <strong>assistência</strong><br />
<strong>aos</strong> <strong>novos</strong> <strong>convertidos</strong><br />
A. A <strong>assistência</strong> <strong>aos</strong> <strong>novos</strong> <strong>convertidos</strong> tem como objetivo:<br />
a. __________________________ <strong>novos</strong> crentes na fé;<br />
b. __________________________ a integração dos <strong>novos</strong> crentes<br />
na vida e ministério na Igreja (Ef 4:21);<br />
c. __________________________ o fruto do evangelismo; e<br />
d. __________________________ os membros das igrejas locais a<br />
serem discipulados ou multiplicadores.<br />
5
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
Respostas: (Firmar, Promover, Conservar, Treinar)<br />
1.2. Reveja, para fixação:<br />
A. Cada discipulador ou multiplicador deve:<br />
a. SER exemplo para os <strong>novos</strong> crentes em todo o processo de<br />
discipulado;<br />
b. CONHECER seus discípulos, mostrando interesse por eles.<br />
Res<strong>um</strong>indo: as duas sugestões citadas (ser e conhecer) significam<br />
que o discípulo ou multiplicador deve ensinar e testemunhar (ou seja,<br />
saber, fazer, conviver e ser).<br />
6
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
II. SUGESTAO PRÁTICA <strong>–</strong> ACONSELHAMENTO<br />
IMEDIATO AO NOVO DECIDIDO<br />
2. ACONSELHAMENTO IMEDIATO AO NOVO DECIDIDO<br />
2.1. ACONSELHAMENTO IMEDIATO<br />
2.1.1. Conscientização<br />
Ninguém planta, colhe e deixa no meio do caminho.<br />
Precisamos colher e recolher <strong>aos</strong> celeiros.<br />
Em João 3 Jesus cultiva pessoalmente <strong>–</strong> Nicodemos.<br />
Em Lucas 19, Jesus colhe <strong>–</strong> Zaqueu.<br />
O método do NT para aconselhamento e integração era o da<br />
convivência At. 2.42-47.<br />
A impressão é que todos os membros da Igreja se envolveram.<br />
Para trabalhar com o novo convertido não precisa ser mestre,<br />
precisa ser sincero.<br />
2.1.2. Processo - Aconselhamento (orientação após o<br />
apelo)<br />
Manter contato com o novo crente (visitas, cartas).<br />
Visitá-lo em 48 horas.<br />
Fornecer material impresso.<br />
Ter momentos para compartilhar.<br />
Informar sobre a Igreja e organizações.<br />
Matriculá-lo na E.B.D. (envolvê-lo).<br />
Levá-lo ao batismo.<br />
Encontro dos Novos Convertidos.<br />
Estudos nos seus lares.<br />
Testemunho pessoal.<br />
7
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
2.1.3. Fundamentos Para A Integração<br />
Só <strong>convertidos</strong> podem ser integrados.<br />
O alvo da integração é fazer discípulos.<br />
Dois passos:<br />
1) Apelo <strong>–</strong> At. 2.37-40 (entenderam, v. 41); e<br />
2) Aconselhamento imediato.<br />
O objetivo é entender a vontade de Deus e segui-la.<br />
2.1.4. O Conselheiro<br />
Tem que ser crente convicto.<br />
Trazer sempre a Bíblia, lápis / caneta, fichas (envelope com<br />
material).<br />
Orientar os visitantes não crentes durante o culto.<br />
Apresentar-se ao novo convertido.<br />
Ajudar o novo convertido a entender o que está fazendo.<br />
Preencher a ficha de decisão.<br />
Trabalhar com a pessoa do mesmo sexo e idade, quando possível.<br />
Apresentar-se de maneira asseada.<br />
2.1.5. Local dos Conselheiros<br />
O líder ficará sempre no mesmo lugar.<br />
Os conselheiros se espalharão por todo o templo.<br />
Não havendo lugar ficarão de pé.<br />
Procedimento no Aconselhamento ao Novo<br />
Decidido<br />
Auxilie o não crente com a Bíblia e Cantor Cristão.<br />
Convide o ouvinte a aceitar a Cristo e vá à frente com ele.<br />
Junto ao púlpito não converse, aguarde o pregador autorizar.<br />
Deixe o novo convertido a vontade, certifique de que alguém o<br />
espera.<br />
8
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
Seja rápido não pregue outro sermão.<br />
Use a Bíblia não suas próprias idéias.<br />
Seja bom ouvinte, não fale o tempo todo.<br />
Seja otimista, diga o que ele vai ganhar.<br />
Fale de igual para igual.<br />
Certifique o tipo de decisão.<br />
2.1.7. Modos de Aconselhamento<br />
O Pastor o faz do púlpito, à todos de <strong>um</strong>a só vez.<br />
O conselheiro recebe o novo convertido e no primeiro banco, n<strong>um</strong><br />
canto do templo ou n<strong>um</strong>a sala, faz o aconselhamento.<br />
2.1.8. O Que Fazer?<br />
Identifique-se e faça as seguintes perguntas e colocações:<br />
Estou feliz que você atendeu o apelo! Sou fulano, e gostaria de<br />
fazer-lhe alg<strong>um</strong>as perguntas, pode ser?<br />
A. Qual é o seu nome?<br />
B. Por que veio a frente?<br />
C. Reconhece que é pecador?<br />
D. Quer abandonar os seus pecados agora e sempre?<br />
E. Quer confiar em Cristo e só em Cristo para a sua salvação? F.<br />
Quer confiar em Cristo como Senhor de sua vida?<br />
G. Quer obedecer a Cristo em tudo?<br />
H. Está recebendo a Cristo e vai segui-lo no batismo e servi-lo como<br />
membro de sua igreja?<br />
I. Você fez a decisão mais importante de sua vida! Este passo é só o<br />
início de <strong>um</strong>a vida abundante que Cristo quer lhe dar.<br />
J. Vamos orar. “Senhor Jesus, sou <strong>um</strong> pecador. Mas, creio que o<br />
Senhor morreu na cruz por mim. Que o Senhor derramou<br />
Seu precioso sangue para o perdão do meu pecado. E eu<br />
creio que ao terceiro dia, o Senhor ressuscitou, entrando no<br />
céu para preparar <strong>um</strong> lugar para mim. Eu O aceito agora<br />
9
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
como meu Salvador, meu Senhor, meu Deus, meu amigo.<br />
Entre no meu coração, Senhor Jesus, e liberte-me do meu<br />
pecado. E, porque o Senhor é meu Salvador, Jesus, eu não<br />
morrerei, mas terei a vida eterna.<br />
2.1.8.1. Como Preencher o Cartão<br />
Obtenha informações completas (nomes, endereços).<br />
Indique a faixa etária.<br />
Pergunte se tem vizinho crente, membro da igreja.<br />
Indique o tipo de decisão que ele tomou.<br />
2.1.9. Apresentação do Novo Convertido À Igreja<br />
Marca a experiência.<br />
Identifica o novo convertido.<br />
Obrigado Jesus!”<br />
Define a responsabilidade do novo convertido com a Igreja de<br />
Cristo.<br />
Cria sentimento de aceitação pela Igreja.<br />
A Igreja é despertada para a sua responsabilidade com o novo<br />
convertido.<br />
10
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
III. REFLEXÃO<br />
Os Espinhos<br />
Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa<br />
do frio. Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se<br />
juntar em grupo; assim se agasalhavam e protegiam mutuamente.<br />
Mas os espinhos de cada <strong>um</strong> feriam os companheiros mais<br />
próximos... justamente os que forneciam mais calor. E, por isso,<br />
tornaram a se afastar uns dos outros.<br />
Em conseqüência do afastamento voltaram a morrer<br />
congelados. Assim sendo precisaram fazer <strong>um</strong>a escolha: ou<br />
desapareceriam da face da terra, ou aceitavam os espinhos do<br />
semelhante e sobreviviam. Com sabedoria, decidiram voltar a ficar<br />
juntos. Aprenderam a conviver com as pequenas feridas que <strong>um</strong>a<br />
relação muito próxima podia causar. Já que o mais importante era<br />
o calor do outro. E terminaram sobrevivendo.<br />
I Tessalonicenses 5. 15<br />
“Tomem cuidado para que ninguém pague o mal com o mal.<br />
Pelo contrário, procurem em todos as ocasiões fazer bem uns<br />
<strong>aos</strong> outros e também <strong>aos</strong> que não são irmãos na fé”.<br />
11
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
LIÇÃO DOIS <strong>–</strong> OS ELEMENTOS BÁSICOS DE UM<br />
PROGRAMA DE DISCIPULADO<br />
I. INTRODUÇÃO<br />
Podemos entender melhor todo o plano da <strong>assistência</strong> espiritual<br />
ao novo crente, se examinarmos as três formas básicas nas quais ela<br />
é realizada: a) aconselhamento em grupo; b) estudo individual; e c)<br />
aconselhamento pessoal.<br />
O aconselhamento em grupo é o “nutrimento” do noivo crente<br />
feito pela igreja, ou por <strong>um</strong> grupo de oração ou de confraternização.<br />
Este tipo de <strong>assistência</strong> pós-conversão toma a forma de <strong>um</strong>a bem<br />
estruturada instrução nos rudimentos da doutrina, seja pela classe de<br />
<strong>novos</strong> <strong>convertidos</strong>, ou por outro programa semelhante. Dele consta,<br />
também, o desenvolvimento de <strong>um</strong> relacionamento do novo crente<br />
com o grupo de pessoas ao qual ele se uniu, A segunda forma <strong>–</strong><br />
estudo individual <strong>–</strong> são as atividades a que o crente se dedica<br />
sozinho. Dela constam a leitura de bons livros e,outras literaturas,<br />
estudo bíblico e talvez cursos por correspondência.<br />
O aconselhamento pessoal é o estabelecimento de <strong>um</strong><br />
relacionamento espiritual entre <strong>um</strong> crente maduro e <strong>um</strong> crente novo,<br />
com o objetivo de ajudar o segundo em seu crescimento e<br />
nutrimento espiritual.<br />
Este tipo de <strong>assistência</strong> é a forma de instrução mais<br />
negligenciada pelos crentes hoje. Há duas causas principais para essa<br />
falta de atuação no aconselhamento pessoal. Primeiramente, muitos<br />
crentes não sabem com clareza o que precisam fazer para ajudar <strong>um</strong><br />
novo convertido a firmar-se na fé. Alguns podem até ter <strong>um</strong>a idéia do<br />
que devem dizer, mas não sabe ao certo como dizê-lo. Disso resulta<br />
grande parte da falha. Em segundo lugar, muitos crentes não se<br />
dispõem a dedicar ao trabalho de aconselhamento o tempo<br />
12
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
necessário. Embora existam por parte dos crentes, outras razões<br />
para não realização do trabalho pessoal, mencionaremos apenas<br />
estas duas.<br />
1. REVISÃO DO CONTEÚDO<br />
1.1. Recapitule e avalie a aprendizagem acerca dos elementos<br />
básicos de <strong>um</strong> programa de discipulado:<br />
. Os elementos de <strong>um</strong> programa completo de <strong>assistência</strong> ao<br />
novo convertido são:<br />
a. ______________________________ pessoal, que é o<br />
estabelecimento de <strong>um</strong> relacionamento espiritual entre<br />
<strong>um</strong> crente maduro e <strong>um</strong> crente novo;<br />
b. Aconselhamento em _________________, que é o<br />
nutrimento ao novo crente feito pela igreja; e<br />
c. _____________________ individual, que são as<br />
atividades a que o crente se dedica sozinho.<br />
1.1.2. As deficiências nas igrejas locais nesta área de<br />
ministério são:<br />
a. ________________________: os membros não sabem<br />
como fazer; e<br />
b. ______________________________: os membros não<br />
têm tempo ou inclinação apara este ministério.<br />
Respostas: (Aconselhamento, Grupo, Estudo, Habilidade,<br />
Disponibilidade)<br />
13
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
1.2. Reveja, para fixação, os conceitos a seguir.<br />
a. Assistência ao novo convertido:<br />
É o trabalho espiritual de firmar na fé <strong>um</strong> novo crente;<br />
b. Aconselhamento pessoal:<br />
É o estabelecimento de <strong>um</strong> relacionamento pessoal entre<br />
<strong>um</strong> crente maduro e <strong>um</strong> novo crente; e<br />
c. Discípulo:<br />
É <strong>um</strong> crente que está crescendo em conformidade com<br />
Cristo.<br />
14
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
II. SUGESTÃO PRÁTICA <strong>–</strong> ACONSELHAMENTO NA<br />
HORA DA DECISÃO<br />
1. ACONSELHAMENTO NA HORA DA DECISÃO<br />
1.1. Antes do Culto<br />
Estar com o material a ser usado no aconselhamento e conhecê-lo<br />
bem.<br />
Contatar seu líder ou liderados e deixar todos apostos.<br />
Manter <strong>um</strong>a vida em espírito de oração.<br />
Cuidar do bom hálito e higiene pessoal.<br />
1.2. Durante o Sermão<br />
Prestar atenção na arg<strong>um</strong>entação apresentada pelo pregador.<br />
Prestar atenção no tipo de apelo usado pelo pregador.<br />
Estar em oração durante a mensagem e apelo.<br />
Observar os visitantes próximos se estão atentos à mensagem.<br />
1.3. Durante o Apelo<br />
Acompanhar, discretamente, os decididos até a frente, não deixá-<br />
los sós.<br />
Estar ao lado, de preferência, a <strong>um</strong>a pessoa do mesmo sexo e<br />
idade.<br />
Estar alerta para o que diz o pregador, ao hino cantado (mostrar a<br />
letra), e outros detalhes...<br />
15
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
1.4. Durante o Aconselhamento<br />
1.4.1. O que não devo fazer:<br />
Outra pregação. (Deve-se estar atento ao plano de salvação em<br />
caso de dúvida do decidido e levá-lo a realmente aceitar a Jesus<br />
como Salvador e Senhor).<br />
Ser demorado.<br />
Entrar em questões doutrinárias.<br />
Ficar “grudado”.<br />
1.4.2. Como proceder:<br />
Ser caloroso e amigo.<br />
Perguntas básicas: Por que veio à frente? Você entendeu a<br />
mensagem? Reconhece que é pecador? Você está aceitando a<br />
Jesus Cristo como Seu Salvador pessoal?<br />
Mostrar os elementos que ajudam no crescimento espiritual<br />
(oração, bíblia, culto...)<br />
Orar com a pessoa.<br />
Anotar os dados na ficha com clareza.<br />
Entregar o material ao líder.<br />
Entregar alg<strong>um</strong> material ao decidido (a critério da igreja).<br />
16
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
IV. REFLEXÃO<br />
O Homem e o Casulo<br />
Um dia, <strong>um</strong>a pequena abertura apareceu n<strong>um</strong> casulo. Um<br />
homem sentou-se à frente e ficou, horas, observando o esforço<br />
que a borboleta fazia para que seu corpo passasse pelo pequeno<br />
buraco. Por <strong>um</strong> momento pareceu que ela havia parado e não<br />
conseguia ir além.<br />
O homem, então, decidiu ajudá-la: pegou <strong>um</strong>a tesoura e<br />
cortou o resto do casulo.<br />
A borboleta finalmente saiu. Mas seu corpo estava murcho<br />
e pequeno e tinha as asas amassadas.<br />
O homem continuou a observá-la esperando que a<br />
qualquer momento suas asas abrissem e esticassem suportando<br />
o corpo que logo ficaria firme.<br />
Nada aconteceu! Na verdade, a borboleta passou a vida<br />
rastejando com <strong>um</strong> corpo mole e asas encolhidas, sem nunca<br />
voar. O que o homem, na ânsia de ajudar, não compreendia: o<br />
casulo apertado e o esforço para passar era o modo pelo o qual<br />
Deus fazia com que o fluido do corpo da borboleta fosse para as<br />
asas, deixando-a pronta para voar assim que estivesse livre do<br />
casulo. As vezes, o esforço, é justamente o que precisamos em<br />
nossa vida, para sermos fortes e aprendermos a voar.<br />
Eu pedi forças.... e Deus deu-me dificuldades para fazerme<br />
forte.<br />
Eu pedi sabedoria... e Deus deu-me problemas para<br />
resolver.<br />
Eu pedi prosperidade... e Deus deu-me cérebro e músculos<br />
para trabalhar.<br />
Eu pedi coragem... e Deus deu-me pessoas com problemas<br />
para ajudar.<br />
Eu pedi favores... e Deus deu-me oport<strong>unidade</strong>s.<br />
Eu não recebi nada do que pedi... Mas eu recebi tudo de<br />
que precisava.<br />
17
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
LIÇÃO TRÊS <strong>–</strong> CARACTERÍSTICAS DO NOVO<br />
CRENTE<br />
I. INTRODUÇÃO<br />
Uma vez definido o que é aconselhamento pessoal, a pergunta<br />
que se nos apresenta é a seguinte: Por que o aconselhamento<br />
pessoal é tão importante?<br />
O crente novo pode ser enganado por Satanás com mais<br />
facilidade do que <strong>um</strong>a pessoa mais madura. Aliás, logo que o<br />
indivíduo se converte, encontra-se mais vulnerável a Satanás na luta<br />
contra as tentações, do que em qualquer outra ocasião de sua vida. É<br />
muito com<strong>um</strong> <strong>um</strong> novo convertido ter dúvidas quanto a validade de<br />
sua experiência com Cristo. Ele precisa da proteção que <strong>um</strong>a pessoa<br />
mais madura pode oferecê-lo. A vitória sobre as mentiras de Satanás<br />
só é alcançada pelas verdades da Palavra de Deus. Cristo ensinou<br />
isto, quando empregou testos bíblicos para vencer as tentações de<br />
Satanás no deserto. O fato de <strong>um</strong> crente novo conhecer pouco da<br />
Bíblia torna-o quase indefeso. Essa sua vulnerabilidade é <strong>um</strong> forte<br />
arg<strong>um</strong>ento a favor do aconselhamento pessoal.<br />
Outra razão importante para o aconselhamento pessoal do novo<br />
crente é o seu potencial de crescimento espiritual. Ele se acha<br />
em <strong>um</strong> momento crítico. Pela primeira vez em sua vida, tem a<br />
possibilidade de efetuar verdadeiras mudanças em seu modo de vive.<br />
A orientação e direção que recebe no aconselhamento pessoal podem<br />
a<strong>um</strong>entar grandemente não apenas essas possibilidades, mas<br />
também a rapidez dessas transformações. Seja ele jovem ou adulto,<br />
o aconselhamento pessoal acelera seu crescimento em Cristo.<br />
Quando <strong>um</strong> crente amadurecido se acha em profundo contato com o<br />
novo crente, ele pode descobrir aspectos de sua vida que precisam de<br />
18
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
mudanças. Pode ajudá-lo na aplicação das verdades bíblicas mais<br />
necessárias ao seu caso.<br />
Na Bíblia, esse processo de mudança é chamado “despir-se” do<br />
velho homem, e “revestir-se” do novo homem. Os textos de Efésios 4<br />
e Colossenses 3 explicam esse conceito de forma mais completa. A<br />
verdade dessas passagens devem servir para icentivar-nos a realizar<br />
o trabalho de aconselhamento pessoal.<br />
A terceira importante razão para se fazer o trabalho de<br />
aconselhamento pessoal é a que diz respeito ao desenvolvimento<br />
do discípulo. Esse aconselhamento a<strong>um</strong>enta grandemente a rapidez<br />
e a probabilidade de desenvolver-se o discipulado na vida do crente.<br />
A formação do discipulado no crente deve ser <strong>um</strong> dos primeiros<br />
objetivos do programa de aconselhamento pessoal.<br />
Formação do discipulado é o trabalho de preparação espiritual,<br />
através do qual o novo crente atinge a maturidade espiritual e a<br />
possibilidade de gerar outros crentes. O novo crente não precisa<br />
aprender apenas a crescer espiritualmente, mas também a<br />
testemunhar a outros e fazer o aconselhamento dos atenderam ao<br />
chamado do Senhor. Ser <strong>um</strong> multiplicador deve ser o objetivo de<br />
todo crente. O multiplicador pode ser definido da seguinte maneira:<br />
multiplicador é o discípulo que prepara seus filhos espirituais para<br />
que se reproduzam também. Em outras palavras o multiplicador é o<br />
discípulo que pode gerar outros discípulos. Somente quando há este<br />
processo é que ocorre a multiplicação espiritual.<br />
19
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
1. REVISÃO DO CONTEÚDO<br />
1.1. Recapitule e avalie as características do novo crente:<br />
1.1.2. As características do novo crente são:<br />
a. _______________________________(Dúvidas sobre sua<br />
experiência de salvação e as tentações);<br />
b. ___________________________________________<br />
(Crescimento espiritual); e<br />
c. _______________________________________________<br />
__________________ (Ajudando seus filhos espirituais<br />
para que se reproduzam também).<br />
Respostas: (Vulnerabilidade, Potencial de transformação,<br />
Possibilidade de gerar outros crentes e ser multiplicador)<br />
1.2. Reveja, para fixação, os conceitos a seguir.<br />
a. Treinamento no discipulado<br />
A tarefa de cultivar a maturidade espiritual e a<br />
reprodutividade espiritual na vida de <strong>um</strong> crente.<br />
b. Multiplicador<br />
O discípulo que está instruindo seus filhos espirituais para<br />
se reproduzirem.<br />
c. Multiplicação<br />
O treinamento no discipulado da terceira geração de<br />
salvos.<br />
20
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
II. SUGESTÃO PRÁTICA<br />
1. O ACONSELHAMENTO CRISTÃO DEVE ATENDER AS<br />
SEGUINTES NECESSIDADES DO NOVO CRENTE:<br />
1.1. Ter certeza da salvação;<br />
1.2. Manter <strong>um</strong>a vida devocional disciplinada;<br />
1.3. Estar em plena comunhão com <strong>um</strong>a igreja local;<br />
1.4. Aprender os princípios básicos da Palavra de Deus;<br />
1.5. Cultivar a semelhança de Cristo (o fruto do Espírito);<br />
1.6. Buscar autonomia espiritual;<br />
1.7. Reproduzir essas características na vida de outras pessoas (ser<br />
<strong>um</strong> multiplicador);<br />
1.8. Produzir multiplicadores.<br />
21
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
III. REFLEXÃO<br />
Pegadas na Areia<br />
“Uma noite eu tive <strong>um</strong> sonho....”<br />
Sonhei que estava andando na praia, com o Senhor, e<br />
através do Céu passavam cenas da minha vida. Para cada<br />
cena que se passava percebi que eram deixados dois pares<br />
de pegadas na areia: <strong>um</strong> era o meu e o outro era do<br />
Senhor.<br />
Quando a ultima cena da minha vida passou diante de<br />
nós, olhei para trás, para as pegadas na areia e notei que<br />
muitas vezes, no caminho da minha vida havia apenas <strong>um</strong><br />
par de pegadas na areia.<br />
Notei também, que isso aconteceu nos momentos<br />
mais difíceis e angustiosos do meu viver. Isso me<br />
entristeceu deveras, e perguntei então ao Senhor:<br />
“Senhor, Tu me dissestes que, <strong>um</strong>a vez que eu resolvi<br />
Te seguir. Tu andarias sempre comigo todo o caminho mas,<br />
notei que durante as maiores atribulações do meu viver<br />
havia na areia dos caminhos da vida apenas <strong>um</strong> par de<br />
pegadas. Não compreendo por que nas horas que eu mais<br />
necessitava de Ti Tu me deixastes.”<br />
O Senhor me respondeu:<br />
“Meu precioso filho. Eu te amo e jamais te deixaria nas<br />
horas da tua prova e do teu sofrimento. Quando vistes na<br />
areia apenas <strong>um</strong> par de pegadas, foi exatamente aí que Eu,<br />
nos braços... te carreguei.”<br />
22
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
LIÇÃO QUATRO <strong>–</strong> CULTIVANDO UM BOM<br />
RELACIONAMENTO COM O NOVO CRENTE<br />
I. INTRODUÇÃO<br />
O que deve fazer <strong>um</strong> acompanhante durante os três meses de<br />
acompanhamento do novo decidido, para integrá-lo no corpo de<br />
Cristo <strong>–</strong> a Igreja?<br />
Não é preciso fazer tudo na primeira visita. Você tem três<br />
meses para isso. Na primeira visita, o mais importante é a formação<br />
de <strong>um</strong>a amizade. O professor da classe da EBD, ou outro membro da<br />
classe, deve participar dessa primeira visita. Outros membros da<br />
classe podem participar em outras visitas depois. O que fazer?<br />
1. Mostrar ao Novo Crente Como Crescer Espiritualmente<br />
1.1. Ajudar o novo crente a conhecer a sua Bíblia (as divisões do<br />
Novo Testamento e do Velho Testamento, os livros,<br />
Evangelhos, cartas, profetas, capítulos, versículos, etc.).<br />
1.2. Mostrar ao novo crente as grandes verdades nos seguintes<br />
textos:<br />
a. 1 João 5:11-13 <strong>–</strong> certeza da salvação (No primeiro encontro);<br />
b. 1 Co 10:13 <strong>–</strong> certeza da vitória sobre a tentação; e<br />
c. 1 Jo 1:9 <strong>–</strong> certeza do perdão.<br />
Fazer com o novo crente <strong>um</strong> compromisso de se encontrar com<br />
ele no mínimo por três meses, em encontros semanais. (Por<br />
<strong>um</strong>a hora no mínimo).<br />
Participar, junto com o novo crente, de vez em quando, de<br />
atividades sociais, atléticas, recreativas, etc.<br />
23
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
Quando tiver que faltar ao encontro, deverá avisar o novo<br />
crente.<br />
Compartilhar com o novo crente as experiências de seu tempo<br />
devocional particular.<br />
Compartilhar o que você está aprendendo no seu estudo da<br />
Bíblia.<br />
2. Aproveitar Outros Recursos em Orientar o Novo Crente<br />
2.1. Levar o novo crente a participar do estudo para <strong>novos</strong> decididos.<br />
2.2. Acompanhar o novo crente <strong>aos</strong> cultos. Escola Bíblica Dominical,<br />
etc. (Até que ele fique suficientemente firme, e passe a assistir<br />
sem que seja preciso alguém ir buscá-lo).<br />
2.3. Levar o novo crente a estabelecer metas para memorizar<br />
versículos semanalmente, de acordo com sua capacidade.<br />
2.4. Pedir que o novo crente compartilhe o que está aprendendo no<br />
seu tempo devocional particular.<br />
2.5. Sugerir outros estudos, livros ou revistas que o novo crente<br />
possa usar no seu tempo devocional.<br />
3. Dinâmicas Práticas<br />
3.1. Anotar os estudos e sugestões que têm ajudado o novo crente.<br />
Guardá-los n<strong>um</strong>a pasta, para usar com outros.<br />
3.2. Compartilhar o que você está aprendendo. (A melhor maneira de<br />
guardar o que se aprende é ensinar a outrem).<br />
3.3. Aplicar em sua vida o que está sendo ensinado. (Hipocrisia<br />
geralmente é o resultado de não se aplicar na própria vida o<br />
conhecimento que se tem).<br />
3.4. Dar oport<strong>unidade</strong> para o novo crente compartilhar o que está<br />
aprendendo no seus tempo devocional, bem como sua<br />
dificuldade em entender e responder às perguntas nos estudos.<br />
24
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
3.5. Continuar crescendo! Estudando, para crescer na fé cristã.<br />
3.6. Não desanimar. Um acompanhante bem sucedido é alguém que<br />
ama e treina o novo crente, deixando os resultados com Deus.<br />
“Não nos cansemos de fazer o bem” (Gl 6:9).<br />
4. Sempre Arquivar os Materiais Que Tem na Sua Pasta de<br />
Integração<br />
4.1. Quando achar materiais que podem ajudar o novo crente,<br />
inclua-os na sua pasta de integração.<br />
4.2. Deixar que o Espírito Santo lhe mostre verdades que possam<br />
beneficiar o novo crente. A note-as e inclua-as na pasta.<br />
4.3. Quando o novo crente ficar bem integrado, em condições de se<br />
alimentar espiritualmente, deve providenciar para ele cópias<br />
dos materiais que você tem na sua pasta de integração. Esses<br />
materiais podem ajudá-lo a continuar crescendo e também o<br />
ajudarão a integrar outros.<br />
4.4. Todo o tempo, o acompanhante do novo crente deve lembrar-se<br />
que seu objetivo é exortá-lo a ficar firme na comunhão com<br />
Cristo e a sua igreja. Ele fará isso levando o novo crente a se<br />
alimentar espiritualmente e participar assiduamente na vida da<br />
igreja.<br />
1. REVISÃO DO CONTEÚDO<br />
Recapitule e avalie a aprendizagem: “Cultivando <strong>um</strong> bom<br />
relacionamento com o novo crente”<br />
A. Quando estivermos cultivando o relacionamento,<br />
precisamos:<br />
25
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
a. Certificar-nos de que estamos cultivando <strong>um</strong>a<br />
__________________________________________;<br />
b. Desenvolver o _______________________ centralizado nas<br />
coisas espirituais (em Cristo);<br />
c. Ser ____________________ e ________________________;<br />
d. Passar _____________________ suficientes juntos;<br />
e. Ter __________________ no novo crente como <strong>um</strong> todo, e<br />
não somente na sua vida espiritual; e<br />
f. Ser <strong>um</strong> eficiente ______________ e ______________.<br />
Respostas: (Atmosfera de interesse e amor; Relacionamento;<br />
Pacientes, perseverantes; Tempo; Interesse; Líder, Amigo)<br />
Reveja, para fixação, os elementos essenciais ao cultivo<br />
de bons relacionamentos:<br />
A. O resultado do cultivo de bons relacionamento é:<br />
ENSINO da matéria + APLICAÇÃO dos princípios +<br />
COMUNICAÇÃO em amor + TRANSMISSÃO de vida =<br />
NUTRIMENTO espiritual.<br />
26
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
II. SUGESTÃO PRÁTICA<br />
1. O CONSELHEIRO E SUA TAREFA<br />
1.1. Memorize agora mesmo.<br />
Lucas 17:10<br />
1.2. Ao sair de casa:<br />
a) Cuidado com a sua apresentação;<br />
b) Não se esqueça de orar; e<br />
c) Não se atrase.<br />
1.3. No templo:<br />
a) Esteja no seu posto 10 minutos antes do culto orando por<br />
decisões;<br />
b) Não esqueça seu crachá;<br />
c) Na hora do apelo, ore de olhos abertos; e<br />
d) Seja simpático ao primeiro contato com o decidido.<br />
1.4. Que fazer no primeiro contato?<br />
a) Quero dar-lhe meus parabéns por sua decisão. Tenho grande<br />
prazer em ajudá-lo. Por favor vamos à frente. O Pastor te<br />
espera.<br />
b) Chegando lá na frente: Meu nome é: (aponte seu crachá) e o<br />
seu? Irmão “José” quero lhe dizer que farei de tudo que<br />
puder para ajudá-lo a c<strong>um</strong>prir perante Deus a sua<br />
decisão.<br />
c) Agora anote o primeiro nome na ficha e ofereça seu cantor e<br />
cante com ele ou peça a ele que fique em oração pedindo<br />
pelos outros que ainda não se decidiram.<br />
27
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
1.5. Na sala de aconselhamento:<br />
a) Antes do culto o líder da equipe precisa ir até a sala,<br />
certificar-se de que está tudo em ordem.<br />
A limpeza e arr<strong>um</strong>ação<br />
Material a ser entregue já sobre a mesa<br />
b) O conselheiro vai demonstrar como podem os decididos<br />
estarem seguros da salvação.<br />
c) O conselheiro pede que orem com ele agradecendo o perdão<br />
e a salvação.<br />
d) O conselheiro preencherá a ficha de decisão e entregará kit<br />
de aconselhamento.<br />
e) O conselheiro dirá que a segunda ajuda que queremos dar é<br />
o curso bíblico gratuito “O Que Jesus Deseja Que Você Faça”,<br />
segundas-feiras às 19:30h.<br />
f) Cada conselheiro entregará ao líder a ficha de decisão, cujos<br />
os dados serão repassados para o relatório de<br />
aconselhamento.<br />
28
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
III. REFLEXÃO<br />
DEUS E A CIÊNCIA<br />
Na França, <strong>um</strong> senhor de 70 anos viajava de trem tendo ao seu<br />
lado <strong>um</strong> jovem universitário que, compenetrado lia o seu livro de<br />
ciências. O senhor por sua vez lia <strong>um</strong> livro de capa preta.<br />
Foi quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia. Sem<br />
muita cerimônia o jovem interrompeu a leitura do velho e perguntou:<br />
- “O senhor ainda acredita neste livro cheio de fábulas e<br />
crendices?”<br />
-“Sim” <strong>–</strong> disse o senhor <strong>–</strong> “Mas não é crendices, é a Palavra de<br />
Deus. Estou errado?”<br />
Com <strong>um</strong>a risadinha sarcástica respondeu:<br />
-“Claro que está! Creio que o senhor deveria estudar a história<br />
geral. E veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100<br />
anos, fez o favor de mostrar a miopia da religião.<br />
Somente pessoas sem cultura ainda crêem nessa história de<br />
que Deus criou o mundo em seis dias.<br />
O senhor deveria conhecer <strong>um</strong> pouco mais sobre o que os<br />
cientistas dizem sobre isso.”<br />
-“É mesmo?” <strong>–</strong> perguntou o velho cristão <strong>–</strong> “e o que dizem os<br />
cientistas sobre a Bíblia?”<br />
-“Bem, - respondeu o universitário <strong>–</strong> “agora eu vou descer na<br />
próxima estação, mas deixe o seu cartão que eu lhe enviarei o<br />
material pelo correio.”<br />
O velho então cuidadosamente abriu o bolso interno do paletó,<br />
e deu seu cartão ao universitário.<br />
Quando o jovem leu o que estava escrito abaixou a cabeça, e<br />
saiu cabisbaixo.<br />
- O cartão dizia:<br />
“Louis Paster, Diretor do Instituto de Pesquisa Científicas da<br />
École Normale de Paris”.<br />
Isso aconteceu em 1892.<br />
Provérbios 3. 7: “Não sejais sábio a teus próprios olhos; teme<br />
ao Senhor e aparta-te do mal”<br />
29
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
LIÇÃO CINCO <strong>–</strong> SOLUCIONANDO OS PROBLEMAS<br />
ENCONTRADOS NO ACONSELHAMENTO<br />
I. INTRODUÇÃO<br />
Não importa o quanto nos preparamos para o trabalho, e nem o<br />
quanto tentemos evitar os problemas, o fato é que eles aparecem em<br />
toda obra de aconselhamento pessoal. Nem todos vão reagir<br />
positivamente ao nosso programa de “nutrimento” espiritual. Como<br />
então iremos enfrentar os problemas que surgirem nesse trabalho?<br />
A melhor solução é preparar-nos antecipadamente para<br />
solucionar quaisquer problemas com quem venhamos a defrontar-<br />
nos. Isso não apenas nos prepara melhor para realização de <strong>um</strong> bom<br />
trabalho, mas a<strong>um</strong>enta grandemente nosso senso de auto-confiança.<br />
Examinaremos as possíveis causas e as medidas a serem<br />
tomadas para a solução deles. Seria impossível en<strong>um</strong>erar todas as<br />
causas prováveis de certo problema; nos limitaremos a examinar as<br />
causas mais comuns:<br />
1. Desinteresse em reunir-se com o conselheiro para<br />
aconselhamento<br />
Causas:<br />
a. Uma conversão puramente emocional, sem envolver o<br />
intelecto ou vontade. Possivelmente, a pessoa não se arrependeu,<br />
nem recebeu Cristo como seu Salvador e Senhor.<br />
b. Oposição satânica. O período em que o crente é mais vulnerável<br />
ao inimigo é logo a após sua conversão/batismo. Veja 1Pe 5:8 cf.<br />
Tg 4:7, Mt 4:1-11 (Mc 1:12-13; Lc 4:1-13).<br />
30
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
c. Pressão social. Família e amigos não crentes que fazem com que<br />
o novo crente reverta sua decisão ao lado de Cristo e recuse o<br />
aconselhamento.<br />
d. Insegurança quanto <strong>aos</strong> objetivos do aconselhamento. Falta<br />
de confiança nos outros devido experiências anteriores com<br />
determinadas pessoas.<br />
Soluções:<br />
a. A Oração. Uma intercessão contínua muito fará no sentido de<br />
modificar a disposição do novo crente.<br />
b. Salientar a necessidade do crescimento espiritual na vida<br />
do crente. A conversão é o ponto de partida da vida cristã, não o<br />
ponto final. O novo crente precisa ser nutrido, protegido e<br />
orientado até que ele alcance sua autonomia espiritual.<br />
c. Levar o novo crente a abrir-se com o conselheiro e declarar<br />
sinceramente porque não deseja o aconselhamento. Quanto<br />
<strong>aos</strong> que suspeitamos não serem realmente <strong>convertidos</strong> será<br />
preciso que analisemos com eles os aspectos da vontade, intelecto<br />
e emoções, e sua relação com a verdadeira conversão.<br />
2. Ausência da certeza de salvação<br />
Causa:<br />
A maioria das pessoas que não tem certeza da sua salvação<br />
passam a tê-la durante <strong>um</strong> processo de aconselhamento pessoa<br />
(discipulado). No entanto, em casos contrários é provável que a<br />
pessoa não é realmente salva e portanto, não pode ter essa<br />
certeza.<br />
31
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
Solução:<br />
a. Arrependimento (Lc 24:46-47; At 17:30) <strong>–</strong> O arrependimento é<br />
<strong>um</strong> elemento essencial à verdadeira conversão. “Ora, não levou<br />
Deus em conta os tempos da ignorância, agora porém,<br />
notifica <strong>aos</strong> homens que todos em toda parte se<br />
arrependam”. (At 17:30).<br />
Acerca do intelecto: Intelectualmente arrependimento é <strong>um</strong>a<br />
mudança quanto ao conceito do pecado de ego (h<strong>um</strong>ano) e de<br />
Deus (espiritual) (Sl 51:3-5; Jó 42:56, Lc 15:17-18).<br />
Acerca das emoções: No plano emocional, arrependimento é<br />
<strong>um</strong>a mudança de atitude e sentimento. (Sl 38:18; Sl 51:1-2; 2Co<br />
7:9-10).<br />
Acerca da vontade: Esta acontece pela mudança de mente<br />
(metanóia) produzida pelo arrependimento dos pecados no<br />
momento da conversão.<br />
b. Fé Salvadora: (Rm 5:1; Ef 2:8) <strong>–</strong> O arrependimento é essencial à<br />
salvação, contudo, não constitui o único elemento dela.<br />
Igualmente importante é a “fé salvadora”.<br />
Acerca do intelecto: Intelectualmente fé salvadora é a aceitação<br />
do que a Bíblia diz a respeito do pecado e da salvação.<br />
Implicações: (Rm 10:14-17)<br />
Reconhecer o próprio pecado; e<br />
Crer nos fatos relativos à salvação.<br />
Acerca das emoções: Emocionalmente a fé salvadora é <strong>um</strong><br />
desejo de entregar-se à verdade do Evangelho.<br />
Implicações: (Sl 106:12; Mt 13:20)<br />
Ter consciência de sua carência espiritual; e<br />
Tristeza pelo pecado.<br />
Acerca da vontade: No elemento vontade, a fé salvadora é <strong>um</strong>a<br />
confiança pessoal em Cristo como Salvador e Senhor.<br />
32
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
Implicações: (Jo 1:12; Ap 3:20)<br />
Abandonar o pecado;<br />
Receber a Cristo; e<br />
Obedecer a Dês.<br />
3. Senso de Culpa<br />
Muitas vezes, no trabalho de aconselhamento encontramos <strong>um</strong>a<br />
pessoa que parece ter <strong>um</strong> sentimento de culpa arraigado. Ela não<br />
consegue experimentar o perdão de Deus.<br />
Orientações:<br />
a. Ensinar ao novo crente o que diz a Bíblia a respeito da confissão<br />
de pecados (tentação não é pecado). Deus nos promete perdão e<br />
purificação (1Co 10:13; 1Jo 1;9).<br />
b. Pode ser necessária a reconciliação com alguém (Veja Mt 18:15).<br />
c. Talvez exista <strong>um</strong>a recusa interior em abandonar determinado<br />
(abandono de pecado=libertação espiritual <strong>–</strong> veja Is 55:7).<br />
d. Se após terem sido tomadas essas medidas, ainda persistir o<br />
sentimento de culpa, transfira-se o novo convertido para <strong>um</strong><br />
experiente conselheiro bíblico. Antes, porém, oremos para que o<br />
Senhor nos dê discernimento espiritual pois <strong>um</strong> senso de culpa<br />
exagerado pode ser o resultado de acusações (Rm 8:33).<br />
4. Vida Devocional Negligenciada<br />
A constância na oração e o estudo bíblico é <strong>um</strong>a prática que<br />
precisa ser cultivada pelo novo crente. Há varias razões prováveis<br />
para <strong>um</strong>a pessoa ter dificuldades em manter o momento devocional:<br />
33
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
4.1. Causas:<br />
a. Falta de motivação para orar e estudar a Bíblia<br />
O novo crente precisa entender porque a oração e a Palavra de<br />
Deus são indispensável no crescimento espiritual (1Pe 2:2;<br />
2Tm 3:16);<br />
b. Falta de orientação no sentido de como realizar esse momento<br />
devocional; e<br />
c. Falta de auto-disciplina (talvez de modo geral) por parte do novo<br />
crente.<br />
4.2. Soluções:<br />
Temos que colocar como prioridade em nossas vidas,<br />
gastarmos tempo todos os dias com Deus em oração e na leitura da<br />
Bíblia. É através dessa convivência com Jesus, todos os dias, que<br />
Deus nos dará a força de viver com liberdade.<br />
Aqui está <strong>um</strong> apresentamos <strong>um</strong> plano fácil que você pode<br />
seguir para lhe ajudar:<br />
A. Como ler a Bíblia? A Bíblia é <strong>um</strong>a carta de amor de Deus para<br />
você. Leia sua Bíblia usando este método:<br />
a. Começar a ler <strong>um</strong> livro <strong>–</strong> por exemplo: o livro de João;<br />
b. Ler o primeiro verso;<br />
c. Pedir a Deus para mostrar a Deus <strong>um</strong>a verdade espiritual no<br />
verso. Por exemplo: Jo 1:1 diz: “Antes de ser criado o<br />
mundo, aquele que é a Palavra já existia. Ele estava com<br />
Deus e era Deus”.<br />
Quais são as verdades espirituais contidas nestes versos?<br />
O mundo foi criado pelo verbo;<br />
O verbo era Deus. (O verso quatorze diz que o verbo é Jesus).<br />
d. Ler cada verso ou parágrafo usando este método, e deixe Deus<br />
falar com você sobre quem Ele é, sobre pecados em sua vida,<br />
ordens para obedecer, etc.<br />
34
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
B. Como orar? Deus diz em Lucas 18:1 que devemos orar sempre e<br />
nunca desanimarmos. Como você pode orar? É importante que<br />
você tenha <strong>um</strong> tempo a sós com Deus. Comece seu tempo usando<br />
este método:<br />
a. Adoração<br />
Diga: “Senhor Pai, eu amo o Senhor porque...”<br />
b. Gratidão<br />
“Agradeço ao Senhor porque...”<br />
c. Intercessão<br />
“Oro por meu filho José, porque ele precisa de...”<br />
continue a orar pelas pessoas que não receberam a Jesus<br />
ainda. Faça <strong>um</strong> lista de pessoas. Ponha alguns nomes n<strong>um</strong>a<br />
lista para o domingo, outro para segunda, terça-feira, etc.<br />
d. Súplica<br />
Fale com Deus sobre suas necessidades.<br />
e. Confissão<br />
Fique em silêncio <strong>um</strong> tempo e peça ao Senhor para trazer<br />
em sua mente qualquer pecado, coisa má que haja em<br />
sua vida. 1Jo 1:9 diz “Se confessarmos os nossos<br />
pecados a Deus Ele c<strong>um</strong>prirá a Sua promessa e fará<br />
o que é justo: perdoará os nossos pecados e nos<br />
limpará de todas as maldades”. Isto foi escrito para as<br />
pessoas que já receberam a Cristo. Quando você ficar<br />
sujo você deve tomar banho. Confissão para <strong>um</strong> crente é<br />
<strong>um</strong> banho espiritual<br />
35
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
II. REVISÃO DO CONTEÚDO<br />
Acabamos de examinar nesta <strong>unidade</strong> quatro problemas básico<br />
no Ministério de Aconselhamento. Quais foram eles?<br />
1. Recapitule e avalie a aprendizagem acerca das soluções<br />
para os problemas encontrados no aconselhamento.<br />
Primeiro Problema: ________________________em reunir-se<br />
com o conselheiro para o aconselhamento;<br />
Segundo Problema: Ausência da<br />
_______________________________;<br />
Terceiro Problema: Senso de ________________; e<br />
Quarto Problema: ______________________________<br />
negligenciada.<br />
36
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
III. REVEJA PARA FIXAÇÃO<br />
A. Observações feitas durante o período de aconselhamento básico<br />
revelam que:<br />
a. Em toda obra aconselhamento pessoal surgirão problemas de<br />
maior ou menor gravidade; e<br />
b. A melhor solução é preparar-se antecipadamente e<br />
adequadamente para solucioná-los.<br />
37
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
IV. SUGESTÃO PRÁTICA <strong>–</strong> COMO ACONSELHAR<br />
DECIDIDOS<br />
1. Aceitando Cristo Como Senhor<br />
O aconselhamento começa na sala; continuando <strong>aos</strong><br />
domingos em nível de curso bíblico.<br />
2. Para Ser Batizado<br />
Não há conselhos além dos que já está recebendo na classe,<br />
porém não deixe de preencher a ficha porque o nome será<br />
encaminhado ao pastor da Igreja.<br />
3. Quero Ser Crente Mas Tenho Dúvida<br />
Precisa ser evangelizado com “As 4 Leis Espirituais”.<br />
4. Quero Oração<br />
Precisa ser evangelizado com “As 4 Leis Espirituais”.<br />
5. Reconciliação<br />
Esse decidido tem duas necessidades maiores:<br />
1°- Sentir-se perdoado e aceito por Deus e pela Igreja;<br />
2°-Confessar (desabafar) para alguém a causa do seu<br />
afastamento do Senhor e ser ajudado para não voltar atrás.<br />
O conselheiro usando a Bíblia:<br />
Salmo 51:1-10<br />
I João 1:7-9<br />
II Crônicas 7:14<br />
Lucas 15:4-7 e 32<br />
Romanos 6:11-14<br />
38
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
Para a segunda necessidade (confessar/desabafar) há <strong>um</strong><br />
conselho geral: manter a mente cheia da Palavra de Deus. O<br />
conselho específico dependerá da causa do afastamento que ele<br />
confessar.<br />
6. Consagração<br />
Esse decidido normalmente tem fraquezas espirituais apontadas<br />
na mensagem que o persuadiu a decidir. Ele as conhece e estará<br />
pronto a deixá-las.<br />
<strong>um</strong>.<br />
Use:<br />
O conselho específico será de acordo com a dificuldade de cada<br />
O conselho geral é: manter a mente cheia da Palavra de Deus.<br />
Hebreus 12:14<br />
João 17:17<br />
Salmo 119:11<br />
Romanos 12:1-2<br />
II <strong>Timóteo</strong> 2:15<br />
II <strong>Timóteo</strong> 3:16-17<br />
4- COMO ACONSELHAR DECIDIDOS:<br />
A <strong>–</strong> Aceitando Cristo Como Senhor<br />
O aconselhamento começa na sala; continuando <strong>aos</strong><br />
domingos em nível de curso bíblico.<br />
B <strong>–</strong> Para Ser Batizado<br />
Não há conselhos além dos que já está recebendo na classe,<br />
porém não deixe de preencher a ficha porque o nome será<br />
encaminhado ao pastor da Igreja.<br />
39
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
C <strong>–</strong> Quero Ser Crente Mas Tenho Dúvida<br />
Precisa ser evangelizado com “As 4 Leis Espirituais”.<br />
D <strong>–</strong> Quero Oração<br />
Precisa ser evangelizado com “As 4 Leis Espirituais”.<br />
E <strong>–</strong> Reconciliação<br />
Esse decidido tem duas necessidades maiores:<br />
1°- Sentir-se perdoado e aceito por Deus e pela Igreja;<br />
2° - Confessar (desabafar) para alguém a causa do seu<br />
afastamento do Senhor e ser ajudado para não voltar atrás.<br />
O conselheiro usando a Bíblia: Salmo 51:1-10<br />
I João 1:7-9<br />
II Crônicas 7:14<br />
Lucas 15:4-7 e 32<br />
Romanos 6:11-14<br />
Para a segunda necessidade há <strong>um</strong> conselho geral: manter a<br />
mente cheia da Palavra de Deus. O conselho específico dependerá da<br />
causa do afastamento que ele confessar.<br />
F <strong>–</strong> Consagração<br />
Esse decidido normalmente tem fraquezas espirituais apontadas<br />
na mensagem que o persuadiu a decidir. Ele as conhece e estará<br />
pronto a deixá-las.<br />
<strong>um</strong>.<br />
O conselho específico será de acordo com a dificuldade de cada<br />
O conselho geral é: manter a mente cheia da Palavra de Deus.<br />
Use: Hebreus 12:14<br />
João 17:17<br />
Salmo 119:11<br />
Romanos 12:1-2<br />
II <strong>Timóteo</strong> 2:15<br />
40
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
V. REFLEXÃO<br />
FAÇA O SEU MELHOR!!!<br />
Nos Estados Unidos, a maioria das residências tem por<br />
tradição ter na frente <strong>um</strong> lindo gramado. E, para este<br />
serviço, há diversos jardineiros autônomos que fazem<br />
reparos nestes jardins.<br />
Um dia, <strong>um</strong> Executivo de Marketing de <strong>um</strong>a grande<br />
empresa americana contratou <strong>um</strong> desses jardineiros.<br />
Chegando em sua casa, o executivo viu que estava<br />
contratando <strong>um</strong> garoto de apenas 18 anos de idade.<br />
Claro que o executivo ficou surpreso.<br />
Quando o garoto terminou o serviço, solicitou ao<br />
executivo a permissão para utilizar o telefone. O executivo,<br />
encantado, com a educação do garoto, prontamente<br />
atendeu ao pedido e, muito curioso com a atitude do<br />
garoto, não pôde deixar de escutar a conversa. O garoto<br />
havia ligado para <strong>um</strong>a senhora e perguntara:<br />
- A senhora está precisando de <strong>um</strong> jardineiro?<br />
- Não. Eu já tenho <strong>um</strong> <strong>–</strong> respondeu à senhora.<br />
- Mas, além de aparar, eu também tiro o lixo.<br />
- Isso o meu jardineiro também faz.<br />
- Eu limpo e lubrifico todas as ferramentas no final do<br />
serviço <strong>–</strong> disse o garoto.<br />
- Mas isso o meu jardineiro também faz.<br />
- Eu faço a programação de atendimento o mais<br />
rápido possível.<br />
- O meu jardineiro também me atende prontamente.<br />
- O meu preço é <strong>um</strong> dos melhores.<br />
- Não, muito obrigada! O preço do meu jardineiro<br />
também é muito bom.<br />
- Quando o garoto desligou o telefone, o executivo lhe<br />
perguntou:<br />
- Você perdeu <strong>um</strong> cliente?<br />
- Não <strong>–</strong> respondeu o garoto. <strong>–</strong> Eu sou o jardineiro<br />
dela. Eu apenas estava verificando o quanto ela estava<br />
satisfeita com o meu serviço.<br />
Para você que, hoje, tem metas a c<strong>um</strong>prir e precisa de<br />
muita determinação para que seus objetivos sejam<br />
41
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
alcançados, lembre-se que, para conseguir atingir o que<br />
quer, é preciso ter <strong>um</strong>a prestação de serviço extraordinária.<br />
Como é que você está tratando o seu cliente interno e o<br />
seu cliente externo?<br />
Você já mediu a satisfação dos seus clientes com<br />
relação <strong>aos</strong> seus serviços?<br />
Você...? Bem, você sabe o que pode, o que deve e o<br />
que tem que fazer...<br />
Que suas atitudes, hoje, possam ser o Marketing da<br />
sua vida.<br />
“O sucesso individual depende, principalmente, do<br />
desempenho da Equipe”<br />
“Quando penso que atingi o Máximo da minha<br />
capacidade, percebo que ainda posso me superar<br />
42
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
LIÇÃO SEIS <strong>–</strong> APLICANDO O ACONSELHAMENTO<br />
I. INTRODUÇÃO<br />
NUMA IGREJA MODELO<br />
A integração dos <strong>novos</strong> é promovida pela igreja local em todas<br />
as suas instâncias. A começar da grande congregação, passando por<br />
grupos pequenos, ministérios, escola bíblica dominical e outros, cada<br />
momento da vida da igreja pode ser instr<strong>um</strong>ento eficaz para a<br />
integração dos <strong>novos</strong>. Todos devem estar envolvidos. Ninguém pode<br />
ser dispensado de exercer com relevância o papel de agente na<br />
integração de <strong>novos</strong> irmãos à família de Deus.<br />
O trabalho de integração começa com o apelo. Durante o apelo<br />
vem o segundo passo que podemos chamar de “aconselhamento”. O<br />
propósito do aconselhamento é confirmar a pessoa na sua decisão.<br />
1 <strong>–</strong> Aconselhamento da Pessoa Decidida<br />
A. O conselheiro começa o seu trabalho quando alguém vai à<br />
frente durante <strong>um</strong> apelo. Nesse momento o conselheiro vai até a<br />
pessoa e dá-lhe as boas vindas.<br />
A sala de aconselhamento fica próximo ao local da decisão, o<br />
gabinete pastoral ou alg<strong>um</strong> cômodo reservado para esse fim. As<br />
pessoas se assustam, quando são tiradas do ambiente em que estão<br />
sentadas e levadas para local que desconhecem.<br />
Para evitar este problema, os conselheiros, ou o próprio pregador,<br />
anunciam o que vai acontecer com aquelas pessoas. É explicado que<br />
elas serão levadas a <strong>um</strong>a sala ao lado para <strong>um</strong>a breve orientação.<br />
Seus parentes e acompanhantes podem aguardá-las no primeiro<br />
banco. Elas não demorarão.<br />
43
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
Já na sala, com os decididos, o relator da comissão dará <strong>um</strong>a<br />
breve palavra sobre o que se pretende: é <strong>um</strong>a orientação geral sobre<br />
a decisão que fizeram e a obtenção de endereços para que possam<br />
ser ajudadas.<br />
Daí, cada conselheiro trabalha com <strong>um</strong>a pessoa.<br />
Cada processo é bem natural para não espantar o visitante. O<br />
conselheiro aproxima-se do recém-convertido e dá o seu nome.<br />
Naturalmente a pessoa dá o seu. Não se preenche a ficha no primeiro<br />
momento. De <strong>um</strong> modo geral, as pessoas têm receio de<br />
compromissos; é bom conversar primeiro.<br />
É muito importante saber que tipo de decisão a pessoa tomou.<br />
Pede-lhe que diga claramente qual foi a decisão que fez: se para a<br />
salvação ou se para reconciliação ou qualquer outra. Se ela não<br />
entendeu bem o que estava fazendo, é lhe exposto brevemente o<br />
plano da salvação.<br />
Determinada a questão da decisão, o conselheiro lê alguns<br />
versículos sobre a certeza da salvação e mostra a necessidade de<br />
permanecer firme na decisão que tomou. Ela é encorajada a vir à<br />
igreja e participar da classe de doutrinamento. Mas antes deve<br />
permitir ao conselheiro visitá-la para ajuda mais detalhada. Esta é a<br />
hora propícia de preencher a ficha mas com poucos detalhes: nome<br />
completo, endereço completo e a melhor hora de receber <strong>um</strong>a visita.<br />
Se oferece ao visitante <strong>um</strong> estudo bíblico e <strong>um</strong>a breve orientação<br />
para o uso do mesmo.<br />
Este é <strong>um</strong> trabalho curto. Não se faz tudo de <strong>um</strong>a vez porque<br />
não funciona. Ao final, o conselheiro ora com a pessoa e a<br />
acompanha até os seus parentes ou acompanhantes e faz amizade<br />
com eles.<br />
B. Mesmo o pregador mais cuidadoso sempre terá “decididos” que<br />
não entendem bem o que é ser crente em Cristo. Por isso é<br />
providenciado aconselhamento na hora. É do conhecimento geral que<br />
44
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
o motivo de evangelizar não é apenas contar decisões. O objetivo<br />
principal é levar o não crente a se tornar discípulo de Cristo. Quando<br />
aconselha, o conselheiro ajuda o não crente a entender como aceitar<br />
Cristo. Ainda mais, ele contribui no processo de levar o não crente a<br />
se integrar como discípulo que se desenvolve n<strong>um</strong>a igreja evangélica.<br />
Dada a diferença que há entre as pessoas não crentes, o<br />
pregador não pode responder a todas as dúvidas de todos os<br />
interessados. Os conselheiros tratam as dúvidas especificamente. O<br />
sucesso dos conselheiros, porém, depende da sua preparação. Nem<br />
todos são conselheiros experimentados. Mas são pessoas instruídas.<br />
O treinamento básico preparado por <strong>um</strong>a igreja modelo deve oferecer<br />
fonte de ajuda no preparo de conselheiros. Charles Riggs declarou<br />
que integração efetiva pode começar apenas na vida de alguém que<br />
nasceu de novo pelo Espírito de Deus. Conselheiros bem preparados<br />
são instr<strong>um</strong>entos para levar interessados a se entregarem totalmente<br />
a Cristo.<br />
C. Provavelmente o maior impedimento em aconselhar é falta de<br />
conhecimento sobre o que dizer e como dizer. O conselheiro, pastor<br />
ou leigo, precisa saber se a pessoa realmente já se decidiu ou se está<br />
manifestando o desejo de fazer <strong>um</strong>a decisão ao lado de Cristo. É<br />
necessário determinar se a pessoa é convertida ou não. É claro que<br />
ninguém pode saber com certeza, porém o decidido deve ser levado a<br />
fazer <strong>um</strong>a avaliação própria, a fim de verificar se tem convicção do<br />
passo que está dando. Isso pode ser feito através de <strong>um</strong>a série de<br />
perguntas breves. É claro que o fator mais importante é a orientação<br />
do Espírito Santo.<br />
São muito úteis alg<strong>um</strong>as perguntas implícitas no apelo de Pedro<br />
no capítulo dois do livro de Atos. Essas perguntas podem ser usadas<br />
por <strong>um</strong>a igreja modelo pelos seus conselheiros:<br />
45
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
a. Por que o senhor vem à frente agora?<br />
(A resposta vai indicar se a pessoa já aceitou a Cristo ou se está<br />
manifestando o desejo de aceitá-lo).<br />
b. Reconhece que é pecador?<br />
c. Quer abandonar agora e para sempre os seus pecados?<br />
d. Crê que Cristo morreu na cruz para pagar o preço dos seus<br />
pecados?<br />
e. Quer aceitar a Cristo como Senhor (Chefe) da sua vida,<br />
agora, e segui-lo para sempre?<br />
f. Quer obedecer a Cristo em tudo?<br />
g. Quer obedecer a Cristo pelo batismo?<br />
h. Quer orar agora e confessar tudo isso a Cristo em oração?<br />
D. A pessoa que está se entregando a Cristo sente-se disposta<br />
para aceitar as exigências de Cristo. Alguns conselheiros preferem<br />
não abordar assuntos como “a igreja”, ou “o batismo” ou “o dízimo”,<br />
logo no início. Acham que podem assustar o convertido, fazendo-o<br />
desistir de sua decisão. Se alguém, no entanto, está ass<strong>um</strong>indo <strong>um</strong><br />
compromisso da vida inteira, precisa saber o que isso significa. É no<br />
começo da vida cristã que o crente novo sente mais disposição para<br />
fazer o necessário a fim de agradar seu novo Mestre. Ao tomar<br />
conhecimento das exigências mais tarde, ele pode pensar que alguém<br />
simplesmente o enganou.<br />
Billy Graham observou que o desenvolvimento e o crescimento<br />
do crente novo acontecem no ambiente de <strong>um</strong>a igreja. Por isso, o<br />
46
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
outro objetivo do conselheiro é levar o convertido a se batizar e se<br />
tornar membro ativo da igreja. Citando problemas de conservação na<br />
América Latina, Wagner declara que parece bem certo que a falta de<br />
ênfase na necessidade de batismo e ser membro da igreja tem sido<br />
fator negativo em integração. Essa ênfase começando no apelo<br />
ajudará imensamente na conservação. Jesus quer edificar Sua igreja<br />
(Mateus 16.18).<br />
E. Recapitulando O acompanhamento começa no culto. O<br />
conselheiro se reúne com o novo convertido imediatamente após o<br />
culto. Primeiro, ele recebe informações pessoais do novo crente<br />
anotando o nome e o endereço, porque ele receberá <strong>um</strong>a visita<br />
naquela semana. Procura saber com exatidão, o local e, se preciso<br />
for, pede pontos de referência. Segundo, oferece ao recém-<br />
convertido <strong>um</strong> kit contendo o Evangelho de João, e o seu primeiro<br />
curso bíblico. Finalmente, termina com <strong>um</strong>a oração agradecendo a<br />
Deus a decisão da pessoa, pedindo a orientação de Deus para o seu<br />
crescimento.<br />
F. Os conselheiros entregam ao líder as fichas de decisões que<br />
serão cadastradas no “Relatório de Aconselhamento”.<br />
2. Cursos Para Os Novos Convertidos<br />
A. Orientamos o crente novo sobre como usar a Bíblia. Muitos não a<br />
conhecem, não sabem nada das divisões dos livros e Testamentos.<br />
Eles são orientados sobre o livro ou os livros em que devem começar<br />
a leitura da Bíblia. Sugerimos a leitura do Evangelho de João ou<br />
Marcos. Alguns por não saberem ler muito bem precisam de <strong>um</strong>a<br />
tradução mais simples, como o Novo Testamento na Linguagem de<br />
Hoje.<br />
47
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
B. Assim como a leitura diária da Bíblia, <strong>um</strong> plano para a Hora<br />
Bendita é importante. Existem muitos planos para esse momento<br />
particular de oração, mas temos reconhecido que eles variam de<br />
acordo com as pessoas e as circunstâncias. O crente novo é orientado<br />
no sentido de optar por <strong>um</strong> plano, normalmente, aquele que está<br />
dando resultados para o seu discipulador.<br />
Existem vários planos feitos em torno de perguntas ou passos.<br />
Aqui apresentamos <strong>um</strong> exemplo usando quatro passos na oração com<br />
a leitura de qualquer trecho da Palavra de Deus:<br />
a. Falar com Deus sobre o sentido da leitura.<br />
b. Dar graças a Deus pela mensagem e seu significado para você.<br />
c. Confessar qualquer pecado revelado por Deus através da leitura.<br />
d. Orar por você mesmo, por outras pessoas na sua lista de oração,<br />
parentes, amigos, irmãos na igreja e outros conhecidos, à luz do<br />
que foi lido.<br />
Esses passos são baseados no plano de Martinho Lutero. Muitos<br />
crentes através dos anos já o seguiram com grande proveito.<br />
C. Comunhão é <strong>um</strong> outro conceito essencial que é apreciado na lição<br />
que trata da natureza da igreja. O dízimo é incluído e considerado no<br />
assunto mordomia da vida cristã. Abordamos também outros pontos<br />
bíblicos, incluindo o Senhorio de Jesus Cristo.<br />
D. O novo crente pode entrar no estudo do capítulo em que o grupo<br />
está. Se estiver, por exemplo, na lição cinco, o novo crente entrará<br />
para estudar a lição cinco primeiro, e acompanhará o estudo até a<br />
volta para a lição quatro, assim completando o seu estudo. Esse tipo<br />
de ensino chama-se CICLO CONTÍNUO. É chamado ciclo porque o<br />
processo de ensino continua. A ordem não se altera. Há sempre<br />
48
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
<strong>novos</strong> <strong>convertidos</strong>. Um novo crente pode iniciar o estudo em qualquer<br />
lição. Concluirá o curso quando completar todo o programa.<br />
3. E. E.N.Cs <strong>–</strong> Encontro dos Novos Convertidos<br />
A. O Encontro dos Novos Convertidos visa diversas finalidades:<br />
expressar a gratidão a Deus pelos <strong>novos</strong> crentes, mostrar o interesse<br />
da igreja por eles e ajudá-los a conhecer a igreja e a sua liderança. O<br />
pastor deve apresentar a diretoria da igreja, citando o nome e o<br />
cargo de cada pessoa. O pastor pode falar brevemente 5 a 8 minutos<br />
sobre a necessidade de crescimento espiritual. O programa deve ser<br />
curto e informal, com o objetivo de estimular <strong>um</strong>a confraternização<br />
entre os <strong>novos</strong> crentes e os membros antigos da igreja.<br />
B. Todos que fizeram decisão por Cristo no último mês (ou noutro<br />
prazo determinado) serão convidados para esse encontro. É melhor<br />
fazer a festa mensalmente, para não se ter <strong>um</strong> número muito grande<br />
de pessoas. Se a igreja é pequena e não tem condições todos os<br />
meses, ainda é importante fazer essa festa mensalmente porque<br />
serve como lembrete de que a igreja deve ter <strong>novos</strong> <strong>convertidos</strong><br />
sempre.<br />
C. A igreja inteira deve ser convidada para o encontro. É muito<br />
importante a participação da diretoria, de todos os obreiros da EBD,<br />
dos líderes das diversas organizações e dos conselheiros. Pode-se<br />
oferecer <strong>um</strong> lanche simples, preparado pelos membros da igreja,<br />
conforme <strong>um</strong> plano elaborado pelos elementos designados na equipe<br />
de integração.<br />
D. O momento é propício para que mais pessoas da igreja se<br />
tornem conhecidas do crente novo. Também oferece ensejo para que<br />
ele descubra que as coisas que “o povo diz” a respeito das igrejas<br />
49
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
evangélicas não representam a verdade. A confraternização contribui<br />
para a formação de novas amizades.<br />
E. O novo convertido pode receber <strong>um</strong> convite para este evento<br />
no final do culto em que faz a sua decisão por Cristo.<br />
F. Esta atividade pode ser realizada todos <strong>aos</strong> terceiros sábados<br />
de cada mês (sugestão); com a participação dos conselheiros nas<br />
diversas partes deste evento: direção, recepção, introdução, sorteio e<br />
lanche.<br />
G. A ordem do culto (com duração de <strong>um</strong>a hora) é a que se<br />
segue:<br />
Boas Vindas (2 minutos)<br />
Louvor (5 minutos)<br />
Leitura Bíblica / Oração (5 minutos)<br />
Testemunho (15 minutos)<br />
Solo (3 minutos)<br />
Meditação (15 minutos)<br />
Louvor (5 minutos)<br />
Sorteio (10 minutos)<br />
Lanche<br />
50
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
II <strong>–</strong> COMO PREPARAR UM TESTEMUNHO<br />
O propósito do testemunho é compartilhar o que já aconteceu a<br />
você pessoalmente. Uma pessoa pode arg<strong>um</strong>entar sobre muitas<br />
coisas, mas é difícil arg<strong>um</strong>entar com você sobre o que aconteceu em<br />
sua própria vida.<br />
Leia o testemunho de Paulo em Atos 22:1-16; 26:9-23. Ele<br />
simplesmente contou a história de sua vida antes de conhecer a<br />
Cristo e como o encontrou e aceitou.<br />
Vamos ao esquema:<br />
1. Regras a Respeito de Compartilhar Seu Testemunho<br />
a. Não use idéia vagas. Por exemplo: “Eu assisti a <strong>um</strong>a campanha<br />
na igreja e fui à frente.” Um não crente não saberá o que você<br />
quer dizer quando diz <strong>–</strong> “fui à frente” ou “fui batizado”. É<br />
melhor dizer: “Uma noite eu recebi a Cristo em meu coração”.<br />
Ou: “Eu aceitei Cristo como único Mediador e Salvador”;<br />
b. Você pode usar vários versículos;<br />
2. Testemunho<br />
Para escrever seu testemunho, você deverá responder as<br />
seguintes perguntas:<br />
a. Como era minha vida antes de receber a Jesus Cristo no meu<br />
coração? (Explique sua religião, atitudes, seu estilo de vida,<br />
seus pecados).<br />
b. Como eu percebi que precisava aceitar a Cristo?<br />
c. Onde e como eu aceitei a Cristo em minha vida?<br />
d. Como é minha vida desde que aceitei a Cristo?<br />
51
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
e. Concluindo: “Agora eu tenho certeza da vida eterna. Me sinto<br />
salvo(a) e feliz nas mãos de Deus, sob seus cuidados. Será que<br />
todos que estão aqui têm essa segurança?”<br />
3. Atividade<br />
Escreva seu próprio testemunho, usando suas próprias palavras<br />
e seguindo as regras que estão mencionadas nos itens 1 (Regras a<br />
Respeito de Compartilhar Seu Testemunho) e 2 (Testemunho)<br />
a. Como era minha vida antes de receber a Jesus Cristo no meu<br />
coração? (Explique sua religião, atitudes, seu estilo de vida, seus<br />
pecados).<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
b. Como eu percebi que precisava aceitar a Cristo?<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
52
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
c. Onde e como eu aceitei a Cristo em minha vida?<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
______________________________________________________<br />
d. Como é minha vida desde que aceitei a Cristo?<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
e. Concluindo:<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
53
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
III. REFLEXÃO<br />
ALEGRIA POR OCASIÃO DA COLHEIRA<br />
“Quem sai andando e chorando enquanto semeia,<br />
voltará com júbilo, trazendo os seus feixes”. (Salmo 126. 5).<br />
Thomas Johannes Bach, estudante de Engenharia,<br />
caminhava por <strong>um</strong>a rua de Copenhague certo dia, quando<br />
<strong>um</strong> juvenil se aproximou dele com <strong>um</strong> folheto na mão.<br />
- Aceita este folhetinho? - perguntou o menino. <strong>–</strong> Ele<br />
tem <strong>um</strong>a mensagem para o senhor.<br />
Olhando para o folheto, Thomas viu que era religioso.<br />
Não estava interessado e não gostou de ter sido parado na<br />
rua por causa de <strong>um</strong> folheto.<br />
- Por que você incomoda as pessoas com a sua<br />
religião? <strong>–</strong> quis saber ele. <strong>–</strong> Sou perfeitamente capaz de<br />
tomar conta de mim mesmo.<br />
Como o rapazinho continuasse com a mão estendida,<br />
Thomas pegou o folheto de modo grosseiro, rasgou-o e<br />
colocou-o no bolso. O garoto virou-se e foi embora muito<br />
triste. Mas Thomas não conseguiu tirar os olhos do menino.<br />
Dirigindo-se ao vão de <strong>um</strong>a porta, o juvenil curvou a<br />
cabeça e orou silenciosamente. Thomas observava e<br />
percebeu que lágrimas corriam pela face do menino. O<br />
coração de Thomas foi tocado. Ali estava alguém que se<br />
importava tanto com sua alma, a ponto de oferecer-lhe <strong>um</strong><br />
folheto, e ele o havia rejeitado. A partir daquele momento,<br />
a vida de Thomas tomou <strong>um</strong> r<strong>um</strong>o diferente. Em vez de<br />
54
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
tornar-se engenheiro, tornou-se missionário na América do<br />
Sul.<br />
Alguns, lendo acerca do método que o juvenil usou<br />
para testemunhar, podem acusá-lo de “impor” sua religião<br />
<strong>aos</strong> outros.<br />
- e talvez ele o estivesse fazendo. Alguns podem<br />
concluir que as lágrimas dele provinham de sentimentos<br />
feridos, e não de preocupações pela alma de Thomas <strong>–</strong> e<br />
podem estar certos! Mas outros ainda podem ver nas<br />
lágrimas do rapazinho <strong>um</strong> interesse genuíno pelas almas,<br />
como se estivesse clamando: “Passou a seca, findou o<br />
verão, e nós não estamos salvos” - e talvez estejam<br />
certos! Por que não dar ao garoto o benefício da dúvida?<br />
Testemunhar por Cristo deve ser feito de modo<br />
cativante e inofensivo; as lágrimas derramadas devem<br />
provir de preocupação pelas almas e não de sentimentos<br />
feridos. Mas quem pode contestar o fato de que o Espírito<br />
Santo usou o testemunho do menino para ganhar <strong>um</strong>a<br />
alma para Cristo? Estamos nós fazendo a mesma coisa por<br />
Ele?<br />
Não posso deixar de crer que no grande dia da<br />
colheita, no fim do mundo aquele rapazinho virá com<br />
regozijo, trazendo seu “feixe” de almas!<br />
55
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
LIÇÃO SETE <strong>–</strong> VISITAÇÃO - PARTE UM<br />
I. INTRODUÇÃO<br />
“Um sermão vivo vale 100<br />
sermões”.<br />
(Robert Coleman)<br />
R. Cal Guy, professor de missões, enfatiza que a visita ao novo<br />
decidido deve ser feita dentro de quarenta e oito horas. Ele cita<br />
pesquisas seculares que indicam maior probabilidade de alguém<br />
desistir de qualquer decisão importante nas primeiras quarenta e oito<br />
horas após a decisão. É justamente por causa disso que o inimigo,<br />
Satanás, faz tanta coisa para levar o crente a desistir nos primeiros<br />
dias. Esse é o motivo principal por que o visitador tem que fazer a<br />
visita no dia imediato ao da conversão, se possível.<br />
Esteja certo de que o Espírito Santo o ajudará nesta tarefa e de<br />
que Jesus estará com você todos os dias, porque Ele o prometeu (Mt.<br />
10. 22 e 28. 18-20).<br />
1. BASES BÍBLICAS PARA VISITAÇÃO<br />
Os fundamentos legais: Atos 2. 42; Atos 3.4; Atos 4.20; Atos<br />
5.42; Atos 6.7; Atos 8.4; Atos 12.24; Atos 19.20; Mateus 9.36;<br />
Lucas 13.22; Hebreus 13.3.<br />
2. QUALIFICAÇÕES DO VISITADOR<br />
Além de servo do Senhor Jesus e da submissão ao Espírito<br />
Santo, o visitador evangélico precisa apresentar, pelo menos, as<br />
seguintes qualidades:<br />
56
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
a) Profundo amor às almas perdidas.<br />
b) Leitura diária da Palavra de Deus.<br />
c) Vida de Oração.<br />
d) Relacionamento afável e espontâneo com qualquer <strong>um</strong>.<br />
e) Boa capacidade de atenção e observação.<br />
f) Não se impressionar com o aspecto físico do ambiente.<br />
g) Respeito as idéias religiosas diferentes das suas.<br />
h) Discrição no olhar e moderação dos gestos.<br />
i) H<strong>um</strong>or estável e perseverança no trabalho.<br />
j) Discernimento e sensibilidade espiritual; na conversação não ser<br />
absorvente e nem dominador.<br />
l) Saber escutar pacientemente o novo convertido e seus familiares.<br />
m) Ter cuidado e bom gosto com a aparência pessoal.<br />
n) Evitar intimidade e não invadir a privacidade alheia.<br />
57
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
3. UM PROGRAMA DE VISITAÇÃO OU ESTRATÉGIA DE<br />
VISITAÇÃO<br />
a) Nunca improvisar <strong>–</strong> Planejar é de bom gosto e agrada mais.<br />
b) Nunca demorar <strong>–</strong> É de bom alvitre deixar saudades.<br />
c) Saiba fazê-lo no dia e hora certos, se possível marcado.<br />
d) Saiba ouvir e falar quando necessário.<br />
e) Aos doentes seja breve, e não os deixe falar muito.<br />
f) Selecione <strong>um</strong>a literatura própria; cuidado com textos inoportunos.<br />
g) Faça <strong>um</strong>a seleção de textos próprios para ocasiões específicas.<br />
4. DIFERENTES TIPOS DE VISITAS<br />
a) Visitas de rotina: São aquelas realizadas de <strong>um</strong> modo sistemático<br />
à toda membresia. Tem finalidade de acompanhar o crente,<br />
mostrar o cuidado da Igreja para com ele, apoiá-lo e ajudá-lo em<br />
sua vida espiritual. Nestas visitas quase sempre descobrimos<br />
dificuldades que não vemos na igreja.<br />
b) Visitas a enfermos: Não podemos falhar aqui. É o momento de<br />
maior dificuldade, incerteza e necessidade de apoio. Esta é <strong>um</strong>a<br />
visita de consolo e conforto, onde todos os problemas e<br />
dificuldades devem ser esquecidos e devemos abençoar as<br />
pessoas. Esta visita pode ser à crentes e não crentes.<br />
58
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
c) Visitas <strong>aos</strong> ausentes: Nossas igrejas tem se tornado <strong>um</strong> grande<br />
corredor de passagens. Entram pela porta da frente e saem pela<br />
porta dos fundos. Veja por exemplo o n.º de batismos dos<br />
últimos anos e por várias razões, mas a principal é o abandono<br />
(descaso da igreja quando passaram por dificuldades). Outras<br />
são o pecado, e outras a faltas de firmeza doutrinária, por falta<br />
de assiduidade à igreja.<br />
d) Visitas <strong>aos</strong> <strong>novos</strong> decididos: “A decisão é cinco por cento; o<br />
seguimento a esta decisão é noventa e cinco por cento”. Billy<br />
Grahm.<br />
Precedendo a visitação, é sempre bom enviar <strong>um</strong>a<br />
correspondência da igreja para pessoa que se decidiu, em forma de<br />
carta ou cartão feito para esse fim. Se a visita por qualquer motivo<br />
demorar, a pessoa terá pelo menos <strong>um</strong> sinal inicial de que a igreja se<br />
preocupa com ela.<br />
5. REVISÃO DO CONTEÚDO<br />
Questionário<br />
A. Cite alg<strong>um</strong>as qualidades que o visitador evangélico precisa<br />
R.<br />
apresentar (ver qualificações do visitador)<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
59
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
B. Quais os diferentes tipos de visitas (ver diferentes tipos de<br />
visitas)<br />
R.<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
____________________________________________<br />
____________________________________________<br />
___________________________________________<br />
____________________________________________<br />
____________________________________________<br />
____________________________________________<br />
____________________________________________<br />
6. CONSIDERAÇÕES PARA PRÁTICA<br />
Regras Para Visitação <strong>aos</strong> Doentes<br />
Faça visitas freqüentes, mais breves.<br />
Deixe que o paciente tome a iniciativa de dar a mão para<br />
c<strong>um</strong>primentar.<br />
Fique de pé ou sentado onde o paciente possa vê-lo com<br />
facilidade.<br />
O lado da cama é mais adequado do que o pé da mesma.<br />
Dê ao paciente liberdade para falar livremente e ouça com atenção<br />
enquanto ele fala.<br />
60
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
Use seus recursos como cristão: oração, Escrituras, comentários<br />
de encorajamento, etc.<br />
A oração audível ou não deve ser determinado pelo Espírito Santo<br />
e pela situação, que implica no nível espiritual do paciente, o<br />
número de pessoas presentes, etc.<br />
Faça <strong>um</strong>a breve e discreta oração, mesmo que o enfermo não<br />
solicite.<br />
Tome as precauções recomendadas no caso de doença contagiosa.<br />
Deixe alg<strong>um</strong> material devocional.<br />
Avalie cada visita para determinar como podem ser melhores no<br />
futuro.<br />
7. INFORMAÇÕES IMPORTANTES<br />
A. O corpo h<strong>um</strong>ano, como todos sabem, é <strong>um</strong> organismo notável.<br />
Composto de bilhões de células, inúmeros elementos químicos,<br />
centenas de músculos, quilômetros de vasos sanguíneos e <strong>um</strong>a<br />
variedade de órgãos, o corpo h<strong>um</strong>ano pode crescer, curar-se a<br />
si mesmo, lutar contra a doença, adaptar-se a mudanças de<br />
temperatura, reagir ao estímulo do ambiente, e sobreviver a<br />
n<strong>um</strong>erosos abusos físicos. Mas o corpo não vive para sempre,<br />
pelo menos neste mundo. Alg<strong>um</strong>as vezes os danos sofridos não<br />
podem ser reparados. Ele pode se deteriorar se não for cuidado<br />
e eventualmente se desgasta.<br />
B. Quando temos saúde, geralmente não nos preocupamos com o<br />
corpo. Resfriados e crises periódicas de gripe são incômodos,<br />
mas quase sempre interrupções apenas temporárias das<br />
atividades da vida. Porém, quando a doença é mais séria,<br />
penosa, ou de mais longa duração, somos forçados a<br />
reconhecer as nossas limitações. A doença, é mais do que<br />
61
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
falta de saúde. Trata-se de <strong>um</strong>a expressão de nossas<br />
limitações físicas, emocionais e espirituais. Ela é <strong>um</strong>a<br />
indicação viva de que somos seres h<strong>um</strong>anos, habitando <strong>um</strong><br />
corpo destinado a morrer. Desde que a maioria de nós tenta<br />
evitar pensamentos sobre a doença e alg<strong>um</strong>as vezes até<br />
ignora os sintomas, torna-se difícil tolerar ou aceitar a doença<br />
quando ela vem. A doença inibe as nossas atividades, nos<br />
atrasa, torna a vida mais difícil, e com freqüência parece não<br />
ter significado ou propósito. Se a moléstia persiste, somos<br />
inclinados a fazer perguntas difíceis, como: “Porque eu?” ou<br />
“Porque isso aconteceu agora?” E muitas vezes a enfermidade<br />
é acompanhada de sentimento de ira, desanimo, solidão,<br />
amargura e confusão. Aconselhar os doentes e suas famílias<br />
torna-se então <strong>um</strong> grande desafio para os conselheiros<br />
cristãos.<br />
8. CONTEXTUALIZAÇÃO BÍBLICA<br />
A. Considerações<br />
A doença é <strong>um</strong>a questão que as Escrituras mencionam em muitas<br />
de suas páginas. A doença de Miriam, Naamã, Nabucodonosor, o filho<br />
recém-nascido de Davi, Jô, e vários outros é descrita com clareza<br />
tanto no Velho como no Novo Testamento. Quando Jesus veio<br />
pessoalmente a terra, seu interesse pelos doentes se destacou tanto<br />
que praticamente <strong>um</strong> quinto dos Evangelhos é dedicado ao tema da<br />
cura. Os discípulos deveriam continuar este ministério de cura, e o<br />
Livro de Atos registra como a primeira igreja cuidou dos enfermos.<br />
B. Quatro Conclusões a Serem Observadas Pelos Conselheiros<br />
a. A doença faz parte da vida;<br />
b. Cuidado, compaixão e cura são importantes para os cristãos;<br />
c. Doença, pecado e fé não coisas necessariamente relacionadas;<br />
62
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
a. “A doença faz surgir questões difíceis e cruciais sobre o<br />
sofrimento."<br />
Rev. Airton S. Schroeder, Pastor Luterano e Técnico da<br />
Diaconia.<br />
I. INTRODUÇÃO<br />
VISITAÇÃO - PARTE DOIS<br />
A visitação deve ser feita de preferência por alguém que possa<br />
continuar acompanhando a pessoa. O conselheiro procurará saber<br />
quem a influenciou a visitar a igreja e incluir essa pessoa no plano,<br />
levando-a a adotar o novo crente. Se a tal pessoa dispõe de<br />
condições, poderá prosseguir sozinha o trabalho. Se não tem<br />
treinamento, poderá ser ajudada pelo conselheiro. O importante é<br />
não deixar o recém convertido sem acompanhamento. A pequena<br />
semente que foi lançada em seu coração pode ser facilmente levada.<br />
É importante observar isso.<br />
A. Alguns Cuidados Necessários Antes Da Visitação<br />
Se o novo convertido é do sexo feminino e casada e o marido<br />
não está em casa não é aconselhável a visitação, se for por<br />
parte de visitador masculino. O melhor é ser <strong>um</strong> visitador do<br />
sexo feminino ou em dupla (feminino e masculino).<br />
Verificar a melhor hora para a visita e respeitar os programas<br />
da família, principalmente se há mais gente que não se decidiu<br />
e não está motivada.<br />
63
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
Sempre que possível, programe a visita antes com a família e<br />
não bata à sua porta de surpresa.<br />
Esteja preparado para <strong>um</strong> possível desestímulo ou indisposição<br />
do decidido, alguns dias após a sua decisão.<br />
B. O Que Fazer Durante Uma Visita<br />
Depois de <strong>um</strong> certo tempo, é possível que a pessoa não esteja<br />
mais motivada para o evangelho. Há muita pressão da<br />
sociedade e até de familiares sobre as mudanças religiosas das<br />
pessoas. Assim, o conselheiro ou visitador deve tornar essa<br />
visita bem natural e interessante. Ao chegar, prepare o<br />
ambiente e procure conhecer melhor a família.<br />
Em <strong>um</strong> segundo momento, faça a transição para a decisão da<br />
pessoa. Peça-lhe que fale em detalhe como foi a sua ida à<br />
igreja, como acompanhou a mensagem e como chegou ao<br />
ponto de decidir-se. Procure saber até que ponto o seu<br />
comprometimento com aquela decisão.<br />
Em <strong>um</strong> terceiro momento, exponha-lhe melhor o plano de<br />
salvação. Termine esta exposição com ênfase na certeza da<br />
salvação.<br />
N<strong>um</strong> quanto momento, ensine o nove crente a usar a Bíblia e<br />
encoraje-o a iniciar a leitura, começando pelo Novo<br />
Testamento.<br />
N<strong>um</strong> último momento, fale da oração, ensinado a pessoa a orar<br />
e a confiar na oração.<br />
64
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
Se não for possível fazer tudo isto n<strong>um</strong>a só visita, divida-o em<br />
duas ou três.<br />
O sucesso desse trabalho vai depender do grau de confiança e<br />
de simpatia que a pessoa depositar no visitador. Daí o visitador<br />
deve ser autêntico, sincero e manter <strong>um</strong>a vida de oração,<br />
pondo, de fato, o seu coração nesse trabalho. Do contrário,<br />
tudo será artificial.<br />
C. Alguns Cuidados Especiais<br />
O trabalho de visitação não deve ser forçado, assim como o<br />
visitador não deve mostrar-se fadigado, do mesmo modo a<br />
suas visitas não devem produzir cansaço ao novo convertido e<br />
nem <strong>aos</strong> familiares.<br />
As visitas não devem ser ac<strong>um</strong>uladas, de modo que a agenda<br />
do visitador fique com excessos sucessivos para o mesmo dia.<br />
As concessões podem, e até devem ser feitas, mas não podem<br />
se transformar em estilo de trabalho do visitador.<br />
Uma agenda excessivamente cheia pode prejudicar a visitação<br />
e até tornar o obreiro vazio de inspiração espiritual.<br />
O visitador deve fazer o possível para concentrar as visitas em<br />
<strong>um</strong>a só região ou <strong>um</strong> só bairro, tendo cuidado de separar os<br />
endereços mais próximos.<br />
65
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
D. Aplicando A Visitação N<strong>um</strong>a Igreja Modelo<br />
a) Nos dias seguintes ao da decisão, todos os decididos precisam<br />
receber <strong>um</strong>a visita. Sempre haverá decisões de naturezas<br />
diferentes. É aconselhável que tenham preferência na visitação<br />
as pessoas que aceitam Cristo como Salvador. A necessidade de<br />
confirmar sua decisão é mais urgente do que a dos outros. A<br />
visita da Igreja revela ao decidido o interesse que ela tem nele.<br />
Vai apoiá-lo. Ele saberá que seu valor como novo crente é real<br />
não só para eternidade com Cristo, mas também para o trabalho<br />
da igreja. Muito importante também é que se duas pessoas<br />
forem visitá-lo, ele terá oport<strong>unidade</strong> de conhecer mais essas<br />
duas pessoas, e a igreja vai se tornando, para ele, menos<br />
desconhecida e estranha.<br />
b) As visitas imediatas têm como finalidade maior firmar o decidido<br />
na igreja. Os visitadores podem ter mais tempo para explicar a<br />
decisão e responder as dúvidas do crente novo. Receios para<br />
participar dos cultos n<strong>um</strong>a igreja evangélica podem ser<br />
afastados. A formação de amizades terá começo. Mas do que<br />
qualquer outro fator h<strong>um</strong>ano, amizades podem contribuir para<br />
permanência de <strong>um</strong> crente novo na igreja. Eles podem lembrá-lo<br />
do Encontro dos Novos Convertidos, oferecendo-se para<br />
acompanhá-lo.<br />
c) Não é <strong>um</strong>a coisa fácil de começar. Sempre temos temores do que<br />
vamos encontrar em cada visita, mas lembramos que o nosso<br />
trabalho é basicamente com pessoas já convertidas o que torna a<br />
nossa presença <strong>um</strong> fator de bênção. Contudo, alguns cuidados<br />
tomamos:<br />
66
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
Evitamos chegar na parte da manhã. É hora de trabalho,<br />
especialmente para as donas de casa. Nunca chegamos na hora<br />
das refeições também. Não é bom.<br />
Somos bastante breves em nossa permanência, salvo nas<br />
situações que venhamos identificar. Mas somos breve.<br />
Deixamos as pessoas desejando que voltemos e não o<br />
contrário.<br />
Evitamos falar nossos dos problemas, não estamos ali para<br />
isso. Falamos da igreja, dos seus programas e das coisas boas<br />
que ela está realizando. Evitamos falar também dos problemas<br />
da Igreja, pois que eles são assuntos nossos e do Pastor, não<br />
dos <strong>novos</strong> crentes.<br />
Não alimentamos insatisfações. Quando <strong>um</strong>a pessoa está com<br />
problemas, ela vê dificuldades em tudo e se nós a estimularmos<br />
poderá confirmar suas posições conflitantes .<br />
Nunca pedimos nada, poderemos ser mal interpretados (café,<br />
sucos, lanches, etc.).<br />
Não deixamos de ler <strong>um</strong>a passagem da Palavra de Deus, nem<br />
de orar. Quando é o caso pedimos para abaixar o vol<strong>um</strong>e ou<br />
desligar o rádio ou televisão. Convidamos todos os presentes<br />
para participar deste momento. Falamos das grandezas do<br />
Reino de Deus.<br />
67
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
Modelo de Ficha de Visitação<br />
NOME DA IGREJA QUE VAI UTILIZAR O MODELO<br />
DATA: ___/___/_______<br />
Nome do Pastor da Igreja<br />
Atividade de Visitação<br />
VISITADOR ____________________<br />
NOME: ________________________________________________<br />
ENDEREÇO: ____________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
Tel: Residencial: _______________________________________<br />
Cel. : __________________________________________________<br />
PONTO DE REFERÊNCIA:<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
Obs.: __________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
_______________________________________________________<br />
DATA DA CONVERSÃO: ________/_______/____________<br />
68
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
II. REFLEXÃO TEMÁTICA<br />
SERMÃO SILENCIOSO<br />
Que importância tem a nossa comunhão na igreja<br />
local? Deixe-me responder a esta pergunta com <strong>um</strong>a<br />
história.<br />
Um pastor estava preocupado com a ausência de<br />
<strong>um</strong> homem que normalmente vinha <strong>aos</strong> cultos. Depois<br />
de alg<strong>um</strong>as semanas, ele decidiu visitá-lo. Quando o<br />
pastor chegou à casa deste homem, ele o encontrou<br />
sozinho, sentado diante de <strong>um</strong>a lareira. O pastor puxou<br />
<strong>um</strong>a cadeira e se sentou ao lado do homem. Mas<br />
depois de sua saudação inicial, ele não disse mais nada.<br />
Os dois ficaram sentados em silêncio por alguns<br />
minutos, enquanto o pastor olhava para as chamas na<br />
lareira. Então, pegou as pinças e tomou<br />
cuidadosamente <strong>um</strong>a brasa acesa das chamas e a<br />
colocou de lado. Sentou-se de volta na sua cadeira,<br />
ainda em silêncio. O seu anfitrião observou em reflexão<br />
silenciosa como a brasa começou a tremular e se<br />
apagou. Pouco depois, estava fria e sem vida.<br />
O pastor olhou no seu relógio e disse que tinha<br />
que ir embora, mas antes disso pegou a brasa fria e a<br />
colocou de volta no fogo. Imediatamente, ela começou<br />
a luzir novamente com a luz e o calor do carvão aceso<br />
ao seu redor.<br />
Quando o pastor se levantou para sair, o homem<br />
também se levantou e lhe deu <strong>um</strong> aperto de mão.<br />
Então, com <strong>um</strong> sorriso no seu rosto, ele disse:<br />
“Obrigado pelo sermão, pastor. Eu vejo o senhor na<br />
igreja, no domingo”.<br />
A comunhão calorosa da igreja vai evitar com que<br />
o seu coração esfrie.<br />
David Roper<br />
69
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
LIÇÃO OITO - DISCIPULANDO CRIANÇAS<br />
Qualquer que não receber o reino de<br />
Deus como menino, de maneira nenh<strong>um</strong>a<br />
entrará nele”.<br />
Marcos 10.15<br />
Embora a Bíblia seja muito clara quanto à<br />
possibilidade de <strong>um</strong>a criança aceitar Cristo, não apresenta<br />
exemplos específicos que ensine como integrá-las. Sem<br />
dúvida, os princípios gerais já examinados são válidos no<br />
trabalho com crianças e adolescentes, mas há diferença na<br />
aplicação.<br />
Na realidade, o processo de integração é inesgotável<br />
na vida de qualquer crente. Essa verdade se acentua com a<br />
idade mais jovem e a responsabilidade da igreja se torna<br />
também maior. Crianças e adolescentes carecem de muito<br />
tempo para entender doutrina e prática da igreja. Passam-<br />
se anos até que alguns crentes encontrem oport<strong>unidade</strong><br />
para certas aplicações. Os adolescentes precisam de muito<br />
poder espiritual para vencer as fortes tentações que vêm<br />
sobre eles. Necessitam ouvir as mesmas verdades<br />
repetidas vezes de fontes diferentes e, na hora da crise,<br />
encontrarão a resposta certa e espontaneamente.<br />
A proporção maior da população brasileira é de vinte e<br />
cinco anos ou menos de idade. Ganhar o Brasil para Cristo<br />
implica na conquista dessa faixa etária. Se quisermos ser<br />
bem sucedidos, devemos estar preparados para conservar<br />
e integrar esses <strong>convertidos</strong>, estimulando-os a entrarem<br />
70
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
conosco na batalha para a conquista de seus colegas para<br />
Cristo.<br />
DIFERENÇAS NOS MÉTODOS EMPREGADOS<br />
A- O Plano da Salvação<br />
O plano da salvação deve ser também colocado para a<br />
criança. Pode parecer contra-indicado falar-se do pecado<br />
com crianças. Mas se não há pecado, não há necessidade<br />
de salvação.<br />
A evangelização deve começar na criança quando ela<br />
atinge a idade da consciência. Naturalmente esta idade<br />
varia de pessoa para pessoa, mas não será difícil entender-<br />
se quando certa criança já sabe o que é certo e o que é<br />
errado.<br />
Por causa da natureza da criança, nunca devemos<br />
pura e simplesmente, em evangelismo pessoal, tentar<br />
aplicar o plano no esquema já apresentado nesta apostila.<br />
A conversa sempre deve partir de alg<strong>um</strong> fato positivo.<br />
Histórias bíblicas são muito eficientes para começar.<br />
Também poderemos usar histórias morais. O plano da mão<br />
tem sido muito útil na evangelização de crianças.<br />
Mostrando a mão para a criança, começamos com o dedo<br />
polegar, dizendo: Deus ama você (João 3.16). O dedo<br />
indicador, que serve para contar, é usado para a<br />
declaração: Você é pecador (Rom. 3:23). O dedo médio<br />
71
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
lembra Cristo crucificado entre dois malfeitores (o médio<br />
está entre dois dedos menores: o indicador e o anular), e<br />
lembra a declaração: Cristo morreu por mim (Rom. 5:8). O<br />
dedo anular, que lembra o anel e daí a idéia de receber, faz<br />
a declaração: Recebo a Cristo como meu Salvador (João<br />
1:12). Finalmente, o mínimo lembra <strong>um</strong> bebê, e daí a idéia<br />
de nova criatura e novo nascimento (II Cor. 5:17).<br />
De qualquer maneira, o evangelista deve criar<br />
recursos e caminhos <strong>novos</strong> para expor o plano à criança.<br />
Não se deve enfatizar a idéia de inferno para a criança, mas<br />
ressaltar a idéia do céu e do amor de Deus. Para averiguar<br />
e lidar com a idéia ou consciência do pecado, devemos<br />
saber da criança o que ela pensa sobre o pecado. Em<br />
última análise, ela deve entender pecado como<br />
desobediência, e a melhor figura é a desobediência <strong>aos</strong><br />
pais. E a razão porque Deus condena o pecado é a mesma<br />
pelas quais os pais não querem que os filhos desobedeçam,<br />
porque querem que eles façam as coisas corretamente.<br />
72
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
MÃOS QUE SALVAM<br />
73
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
B <strong>–</strong> O Apelo<br />
O apelo, na evangelização de crianças, pode ser feito<br />
em evangelismo pessoal ou de massa.<br />
a) O apelo em cultos e reuniões com crianças<br />
Damos, a seguir, alguns passos n<strong>um</strong> apelo:<br />
Prepare o ambiente através da oração.<br />
Certifique-se de que todos entenderam a mensagem.<br />
Explique, claramente o que você quer de cada <strong>um</strong>:<br />
que aceite a Cristo como seu Salvador.<br />
O sinal pode ser por levantar a mão ou por vir à<br />
frente. A criança não tem problemas em ir à frente.<br />
Procure evitar que outras crianças também levantem a<br />
mão só para imitar alg<strong>um</strong>as que o estão fazendo.<br />
Esclareça que não se recebe a Cristo mais de <strong>um</strong>a<br />
vez; esta decisão vale para toda a vida.<br />
Separe as crianças que se decidiram e faça o trabalho<br />
de aconselhamento com elas.<br />
Alguns cuidados especiais nesse aconselhamento:<br />
1- Teste a experiência que a criança teve.<br />
2- Procure saber se ela realmente está entendendo o<br />
que está fazendo.<br />
74
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
3- Leia para ela João 1:12 e 5:24. Mostre-lhe que o<br />
que Jesus dá, é para sempre.<br />
4- Procure mostrar à criança como agora poderá ter<br />
vitória sobre o pecado e vencer sempre com Cristo.<br />
5- Mostre-lhe que Cristo agora é seu amigo para<br />
sempre, até quando se tornar <strong>um</strong> adulto e até o fim<br />
da vida.<br />
6- Repita estas verdades várias vezes, até que tenha a<br />
certeza de que a criança assimilou a mensagem.<br />
7- Ore com a criança, por seus pecados, e agradeça a<br />
sua salvação em Cristo. O que vimos aqui é <strong>um</strong><br />
apelo em reuniões maiores.<br />
b) O apelo em evangelismo pessoal<br />
Se o evangelista está trabalhando só com <strong>um</strong>a criança<br />
ou duas, o apelo precisa ser diferente. O apelo virá de<br />
acordo com a conversa e com a aceitação da criança do<br />
assunto que se desenvolve. Terminando de expor o plano<br />
da salvação, e vendo que a criança entendeu, o evangelista<br />
naturalmente fará a transição para o apelo: “E agora,<br />
Marcos, diante do que você ouviu e entendeu, você não<br />
quer entregar a sua vida a Jesus e recebê-lo como seu<br />
Salvador?” Dialogue com a criança sobre a decisão. Peça-<br />
lhe para acompanhá-lo n<strong>um</strong>a oração. Faça <strong>um</strong>a oração<br />
simples de decisão. Depois da decisão, abrace-a e ore com<br />
75
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
ela, agora agradecendo a Deus por sua atuação na vida<br />
daquela criança.<br />
C <strong>–</strong> Aconselhamento Acerca da Salvação<br />
É a primeira conversa que se tem com a criança<br />
decidida ou interessada em receber o Salvador. Muitos são<br />
levados a se manifestarem publicamente durante o apelo,<br />
mas nunca demonstram fruto da salvação. O<br />
aconselhamento é o “coração” do evangelismo.<br />
Procure diagnosticar a situação da criança com<br />
perguntas claras, que forneçam respostas completas e<br />
sinceras. Alg<strong>um</strong>as crianças são tímidas e podem ficar mais<br />
a vontade depois de alg<strong>um</strong>as perguntas particulares, por<br />
ex., sobre sua escola, família, idade, nome completo, etc.<br />
Lembre-se de que o aconselhamento deve ser na força<br />
do Senhor e por isso use sua Bíblia, também. Alguns<br />
versículos poderão ser lidos pela própria criança, se ela<br />
souber.<br />
PASSOS NO ACONSELHAMENTO<br />
1. Diagnóstico da real situação espiritual da criança.<br />
Pergunte a razão de haver atendido ao apelo, ou por que<br />
está ali.<br />
É possível que esteja imitando outra criança, ou queira<br />
agradar ao dirigente (professor), ou não tenha certeza de<br />
76
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
Salvação ou ainda porque tenha dúvidas da Salvação por<br />
haver pecado em sua vida. Claro que haverá aquelas que<br />
são sinceras e realmente atenderam ao apelo.<br />
2. Recapitule a Mensagem da Salvação com a criança<br />
sincera e se ela ainda não orou, recebendo o Salvador,<br />
então, oriente-a como deve fazer isto. Deixe claro que na<br />
oração ela fala com o Senhor Jesus; se precisar de ajuda,<br />
você poderá fazê-lo, mas é algo entre ela e o Senhor. Caso<br />
a criança prefira orar sozinha, peça que seja em voz<br />
audível; por exemplo: “Querido Deus, sei que pequei e<br />
preciso de perdão. Creio que Jesus morreu pelo meu<br />
pecado. Perdoa o meu pecado e faça com que eu siga a Tua<br />
vontade. Seguirei a Cristo como meu Salvador e Senhor e<br />
irei obedecê-lo em tudo que fizer. Eu oro em nome de<br />
“Jesus”. Amém.<br />
3. Verifique a situação espiritual da criança, após ter<br />
orado aceitando a Cristo (ou se apropriando da Salvação)<br />
com alg<strong>um</strong>as perguntas do tipo: O que você acabou de<br />
fazer? Quem é Jesus? O que Ele fez? Do que Jesus salva?<br />
Você crê que Jesus realmente é o seu Salvador? (Uma boa<br />
resposta tem base bíblica; ajude a criança com <strong>um</strong><br />
versículo). Onde está Jesus agora? Como você responderia<br />
a alguém que lhe perguntasse se você é salvo? (Deixe a<br />
Bíblia falar, mencionando <strong>um</strong> versículo de segurança da<br />
Salvação; leia-a ou deixe a criança ler.) Você acha que<br />
77
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
nunca mais vai pecar? (Mostre 1 João 1:8 e explique sobre<br />
as duas naturezas do crente; leia 1 João 1:9 e oriente<br />
sobre a confissão de pecado.) Você sabe que agora tem<br />
dois aniversários? (Explique sobre a família espiritual e a<br />
necessidade de crescer, mencione a oração e leitura da<br />
Bíblia para o crescimento espiritual.)<br />
Atenção: Procure fazer a verificação e o início do aconse-<br />
lhamento sobre a vida cristã calmamente, aguardando<br />
resposta para cada pergunta. Pode ser necessário usar<br />
palavras sinônimas para a compreensão da criança.<br />
4. Certeza da Salvação. A verificação já deve estar<br />
encaminhando a conversa para isso e assim, continue com<br />
a Bíblia aberta, mostrando versículos e explicando-os à<br />
criança, ou fazendo perguntas que favoreçam a<br />
compreensão dela. João 1:12 diz: “feitos filhos de Deus”<br />
<strong>um</strong>a vez filho, para sempre filho.<br />
vida”.<br />
João 5:24 é claro: “tem a vida eterna” tem é hoje.<br />
1 João 5:11-13 também diz: “quem tem o Filho, tem a<br />
João 10:28: “...das mãos do Pai, ninguém pode tirar”.<br />
Hb 13:5b: “...de maneira nenh<strong>um</strong>a te deixarei, nunca<br />
jamais te abandonarei”.<br />
Lembre-se de usar apenas <strong>um</strong> versículo e os dois<br />
últimos são para segurança da Salvação; selecione o que<br />
achar melhor.<br />
78
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
5. O QUE ESPERAR DE UMA CRIANÇA CONVERTIDA<br />
a) Alg<strong>um</strong>as evidências são esperadas na vida do salvo e<br />
devemos orar pelas crianças que atendem ao apelo, são<br />
sinceras e recebem a certeza da Salvação, para que<br />
possam demonstrar a nova vida, através de:<br />
Tristeza ao pecar, desejo de confessar o pecado e ter<br />
vitória, agradando ao Senhor.<br />
Amor pela Bíblia e desejo de aprender dela.<br />
Desejo de testemunhar de Jesus <strong>aos</strong> outros.<br />
Interesse pelos assuntos espirituais.<br />
Mudanças de atitudes, progredindo na vida cristã.<br />
b) Quando <strong>um</strong>a criança não demonstra nenh<strong>um</strong>a evidência<br />
do novo nascimento em sua vida, é motivo para nos<br />
preocuparmos, tomando alg<strong>um</strong>as decisões, como:<br />
Orar insistentemente por ela e pela atuação do<br />
Espírito Santo em sua vida.<br />
Conversar pessoalmente com ela, deixando claro o<br />
que Jesus espera dela, <strong>um</strong>a vez que atendeu ao<br />
convite de recebê-lo.<br />
Caso persista em não demonstrar real mudança,<br />
procure levá-la a <strong>um</strong>a decisão, apresentando<br />
novamente a Mensagem da Salvação.<br />
79
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
c) Conclusão<br />
Alg<strong>um</strong>as evidências vão acontecer normalmente com<br />
<strong>um</strong>a criança convertida: convicção de pecado e desejo<br />
de endireitar para sempre sua vida diante de Deus e<br />
diante dos homens (a criança é sempre muito fiel nos<br />
seus tratos); amor pela Bíblia (ela deverá ser<br />
encorajada a lê-la); desejo de testemunhar de Cristo<br />
(a criança não consegue esconder certas coisas boas<br />
que descobre); amor à igreja de Cristo.<br />
Não se esqueça, porém, que <strong>um</strong>a criança convertida<br />
será ainda <strong>um</strong>a criança e fará coisas de criança. Um<br />
grande mal de muitas igrejas e muitos crentes é<br />
querer que <strong>um</strong>a criança convertida aja como adulto.<br />
Isto é contra a ordem natural das coisas. Então, essa<br />
criança vai brincar de pique no pátio do templo,<br />
tranqüilamente e fará outras coisas de criança.<br />
Uma criança realmente convertida tornar-se-á <strong>um</strong><br />
adulto de boa índole e vitorioso. Muitos vícios jamais<br />
atingirão a vida de <strong>um</strong>a pessoa que se converteu em<br />
criança. Estatísticas provam que os melhores líderes<br />
do mundo são aqueles que se converteram quando<br />
criança. Isto é possível verificar em países em que o<br />
evangelho tem mais tempo de atuação, como é o caso<br />
dos Estados Unidos.<br />
80
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
Portanto, se quisermos igrejas fortes no futuro,<br />
teremos que investir na evangelização e educação<br />
religiosa das crianças. E o Brasil é <strong>um</strong> país de grande<br />
porcentagem de crianças. Eis aí, portanto, o nosso<br />
grande desafio.<br />
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO<br />
Reflita sobre Provérbios 22.6 que diz: Ensina o menino no<br />
caminho que deve andar, e, ainda quando for velho, não se<br />
desviará dele.<br />
1. Leia mais <strong>um</strong>a vez em sua apostila na página 68 e<br />
preencha as lacunas.<br />
a) A evangelização deve começar na criança quando ela<br />
atinge a idade da ________________.<br />
b) Naturalmente esta idade varia de pessoa para pessoa,<br />
mas não será difícil entender-se quando certa criança já<br />
sabe o que é __________e o que é ___________.<br />
2. Você concorda que por causa da natureza da criança,<br />
devemos evangelizá-la aplicando métodos mais simples, de<br />
modo que a conversa deva partir de alg<strong>um</strong> fato positivo?<br />
( ) SIM ( ) NÃO.<br />
3. Se você respondeu sim a esta pergunta, explique com<br />
suas palavras: que métodos devemos utilizar para<br />
evangelizar <strong>um</strong>a criança?<br />
_______________________________________________<br />
_______________________________________________<br />
_______________________________________________<br />
_______________________________________________<br />
_______________________________________________<br />
81
www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />
4. Desenhe sua mão em <strong>um</strong>a folha à parte e coloque dentro<br />
de sua Bíblia (de preferência na contra-capa) para ficar<br />
bem visível. Não esqueça de colocar em cada dedo o<br />
versículo apropriado.<br />
5. De acordo com a lição, existem diferenças em relação ao<br />
apelo em cultos e reuniões com várias crianças e, o apelo<br />
em relação ao evangelismo com apenas <strong>um</strong>a ou duas<br />
crianças. Você pode explicar com suas palavras? (ver<br />
página 70 e 71 da apostila do aluno).<br />
_______________________________________________<br />
_______________________________________________<br />
_______________________________________________<br />
_______________________________________________<br />
_______________________________________________<br />
_______________________________________________<br />
_______________________________________________<br />
_______________________________________________<br />
_______________________________________________<br />
_______________________________________________<br />
6. Você acha importante o aconselhamento para a criança<br />
que atendeu ao apelo do evangelista? Por quê?<br />
_______________________________________________<br />
_______________________________________________<br />
_______________________________________________<br />
_______________________________________________<br />
_______________________________________________<br />
82