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unidade um – assistência aos novos convertidos - Projeto Timóteo

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Como Praticar o Discipulado<br />

www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />

<strong>Projeto</strong> <strong>Timóteo</strong><br />

Apostila do Aluno<br />

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Como Praticar o Discipulado<br />

www.projeto-timoteo.org 1ª edição<br />

<strong>Projeto</strong> <strong>Timóteo</strong><br />

Coordenador do <strong>Projeto</strong><br />

Dr. John Barry Dyer, PhD<br />

Equipe Pedagógica<br />

Marivete Zanoni Kunz<br />

Tereza Jesus Medeiros<br />

Claudeci Costa Nobre<br />

Leonardo Araújo<br />

Apostila preparada por<br />

Maria Nazaré Magalhães dos<br />

Santos<br />

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COMO PRATICAR O DISCIPULADO<br />

1. ASSISTÊNCIA AOS NOVOS CONVERTIDOS 4<br />

2. OS ELEMENTOS BÁSICOS DE UM PROGRAMA DE<br />

DISCÍPULADO<br />

12<br />

3. CARACTERÍSTICAS DO NOVO CRENTE 18<br />

4. CULTIVANDO UM BOM RELACIONAMENO COM O<br />

NOVO CRENTE<br />

23<br />

5. SOLUCIONANDO OS PROBLEMAS ENCONTRADOS NO<br />

ACONSELHAMENTO<br />

30<br />

6. APLICANDO O ACONSELHAMENTO NUMA IGREJA<br />

MODELO<br />

43<br />

7. VISITAÇÃO 56<br />

8. DISCIPULANDO CRIANÇAS 70<br />

3


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LIÇÃO UM <strong>–</strong> ASSISTÊNCIA AOS NOVOS<br />

CONVERTIDOS<br />

I. INTRODUÇÃO<br />

Assistência <strong>aos</strong> Novos Convertidos é <strong>um</strong> trabalho espiritual pelo<br />

qual o novo crente se firma na fé. Os versículos seguintes<br />

comprovam a importância que a Bíblia dá a edificação dos <strong>novos</strong> na<br />

fé: “O geral nós anunciamos, advertindo a todo o homem e<br />

ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que<br />

apresentemos todo homem perfeito em Cristo: para isso é que<br />

eu também me afadigo, esforçando-me o mais possível,<br />

segundo a sua eficácia que opera eficientemente em mim (Cl<br />

1:28-29) e ainda, “E, tendo anunciado o evangelho naquela<br />

cidade, e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, e<br />

Icônio e Antioquia, fortalecendo as almas dos discípulos,<br />

encontrando-os a permanecer firmes na fé” (At 14:21-22).<br />

Ante a importância que a Bíblia confere ao trabalho de<br />

<strong>assistência</strong> <strong>aos</strong> <strong>novos</strong> <strong>convertidos</strong>, o cristão responsável não tem<br />

outra opção senão realiza-lo. O trabalho pelo qual o crente se firma<br />

na fé resulta tanto de <strong>um</strong> treinamento prático como de ensino, O<br />

novo convertido precisa aprender certas verdades espirituais básicas,<br />

e aplica-las à sua vida, para que crie raízes e realmente comece a<br />

crescer em Cristo.<br />

O aconselhamento pessoal (ou <strong>assistência</strong> ao novo convertido),<br />

também implica em ass<strong>um</strong>ir <strong>um</strong> relacionamento de pai e filho com o<br />

novo convertido. A Bíblia diz que o novo crente é <strong>um</strong>a criancinha em<br />

Cristo. Essa comparação é muito adequada. Ele tem carências<br />

espirituais de natureza vital, tais como amor, proteção, “nutrição” e<br />

instrução, que correspondem exatamente às necessidades físicas de<br />

<strong>um</strong> bebê. Assim como ocorre no plano físico, o novo convertido<br />

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precisa de <strong>um</strong> pai espiritual que cuide dele e lhe forneça esses<br />

elementos durante os primeiros estágios de seu crescimento<br />

espiritual.<br />

É importante que nos empenhemos no trabalho do<br />

aconselhamento de <strong>novos</strong> crentes com vistas à multiplicação, É<br />

preciso não somente que firmemos os <strong>novos</strong> crentes na fé, mas<br />

também que demos mais <strong>um</strong> passo, instruindo-os e desenvolvendo-<br />

os para que possam trabalhar eficientemente com outros, depois. É<br />

importante também que ele receba instrução na palavra de Deus. E,<br />

por último, como o ambiente exerce <strong>um</strong> papel predominante no<br />

período de crescimento, devemos fazer tudo que for possível para<br />

integrar o novo crente em <strong>um</strong>a boa e calorosa igreja.<br />

Porque não pedirmos a Deus que nos capacite a trabalhar com<br />

discípulos fiéis, para que nossa vida se multiplique na vida de outros?<br />

Relembremos 2 <strong>Timóteo</strong> 2:2 “E que de minha parte ouviste,<br />

através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a<br />

homens fiéis e também idôneos para instruir a outros”.<br />

1. REVISÃO DO CONTEÚDO<br />

1.1. Recapitule e avalie a aprendizagem acerca da <strong>assistência</strong><br />

<strong>aos</strong> <strong>novos</strong> <strong>convertidos</strong><br />

A. A <strong>assistência</strong> <strong>aos</strong> <strong>novos</strong> <strong>convertidos</strong> tem como objetivo:<br />

a. __________________________ <strong>novos</strong> crentes na fé;<br />

b. __________________________ a integração dos <strong>novos</strong> crentes<br />

na vida e ministério na Igreja (Ef 4:21);<br />

c. __________________________ o fruto do evangelismo; e<br />

d. __________________________ os membros das igrejas locais a<br />

serem discipulados ou multiplicadores.<br />

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Respostas: (Firmar, Promover, Conservar, Treinar)<br />

1.2. Reveja, para fixação:<br />

A. Cada discipulador ou multiplicador deve:<br />

a. SER exemplo para os <strong>novos</strong> crentes em todo o processo de<br />

discipulado;<br />

b. CONHECER seus discípulos, mostrando interesse por eles.<br />

Res<strong>um</strong>indo: as duas sugestões citadas (ser e conhecer) significam<br />

que o discípulo ou multiplicador deve ensinar e testemunhar (ou seja,<br />

saber, fazer, conviver e ser).<br />

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II. SUGESTAO PRÁTICA <strong>–</strong> ACONSELHAMENTO<br />

IMEDIATO AO NOVO DECIDIDO<br />

2. ACONSELHAMENTO IMEDIATO AO NOVO DECIDIDO<br />

2.1. ACONSELHAMENTO IMEDIATO<br />

2.1.1. Conscientização<br />

Ninguém planta, colhe e deixa no meio do caminho.<br />

Precisamos colher e recolher <strong>aos</strong> celeiros.<br />

Em João 3 Jesus cultiva pessoalmente <strong>–</strong> Nicodemos.<br />

Em Lucas 19, Jesus colhe <strong>–</strong> Zaqueu.<br />

O método do NT para aconselhamento e integração era o da<br />

convivência At. 2.42-47.<br />

A impressão é que todos os membros da Igreja se envolveram.<br />

Para trabalhar com o novo convertido não precisa ser mestre,<br />

precisa ser sincero.<br />

2.1.2. Processo - Aconselhamento (orientação após o<br />

apelo)<br />

Manter contato com o novo crente (visitas, cartas).<br />

Visitá-lo em 48 horas.<br />

Fornecer material impresso.<br />

Ter momentos para compartilhar.<br />

Informar sobre a Igreja e organizações.<br />

Matriculá-lo na E.B.D. (envolvê-lo).<br />

Levá-lo ao batismo.<br />

Encontro dos Novos Convertidos.<br />

Estudos nos seus lares.<br />

Testemunho pessoal.<br />

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2.1.3. Fundamentos Para A Integração<br />

Só <strong>convertidos</strong> podem ser integrados.<br />

O alvo da integração é fazer discípulos.<br />

Dois passos:<br />

1) Apelo <strong>–</strong> At. 2.37-40 (entenderam, v. 41); e<br />

2) Aconselhamento imediato.<br />

O objetivo é entender a vontade de Deus e segui-la.<br />

2.1.4. O Conselheiro<br />

Tem que ser crente convicto.<br />

Trazer sempre a Bíblia, lápis / caneta, fichas (envelope com<br />

material).<br />

Orientar os visitantes não crentes durante o culto.<br />

Apresentar-se ao novo convertido.<br />

Ajudar o novo convertido a entender o que está fazendo.<br />

Preencher a ficha de decisão.<br />

Trabalhar com a pessoa do mesmo sexo e idade, quando possível.<br />

Apresentar-se de maneira asseada.<br />

2.1.5. Local dos Conselheiros<br />

O líder ficará sempre no mesmo lugar.<br />

Os conselheiros se espalharão por todo o templo.<br />

Não havendo lugar ficarão de pé.<br />

Procedimento no Aconselhamento ao Novo<br />

Decidido<br />

Auxilie o não crente com a Bíblia e Cantor Cristão.<br />

Convide o ouvinte a aceitar a Cristo e vá à frente com ele.<br />

Junto ao púlpito não converse, aguarde o pregador autorizar.<br />

Deixe o novo convertido a vontade, certifique de que alguém o<br />

espera.<br />

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Seja rápido não pregue outro sermão.<br />

Use a Bíblia não suas próprias idéias.<br />

Seja bom ouvinte, não fale o tempo todo.<br />

Seja otimista, diga o que ele vai ganhar.<br />

Fale de igual para igual.<br />

Certifique o tipo de decisão.<br />

2.1.7. Modos de Aconselhamento<br />

O Pastor o faz do púlpito, à todos de <strong>um</strong>a só vez.<br />

O conselheiro recebe o novo convertido e no primeiro banco, n<strong>um</strong><br />

canto do templo ou n<strong>um</strong>a sala, faz o aconselhamento.<br />

2.1.8. O Que Fazer?<br />

Identifique-se e faça as seguintes perguntas e colocações:<br />

Estou feliz que você atendeu o apelo! Sou fulano, e gostaria de<br />

fazer-lhe alg<strong>um</strong>as perguntas, pode ser?<br />

A. Qual é o seu nome?<br />

B. Por que veio a frente?<br />

C. Reconhece que é pecador?<br />

D. Quer abandonar os seus pecados agora e sempre?<br />

E. Quer confiar em Cristo e só em Cristo para a sua salvação? F.<br />

Quer confiar em Cristo como Senhor de sua vida?<br />

G. Quer obedecer a Cristo em tudo?<br />

H. Está recebendo a Cristo e vai segui-lo no batismo e servi-lo como<br />

membro de sua igreja?<br />

I. Você fez a decisão mais importante de sua vida! Este passo é só o<br />

início de <strong>um</strong>a vida abundante que Cristo quer lhe dar.<br />

J. Vamos orar. “Senhor Jesus, sou <strong>um</strong> pecador. Mas, creio que o<br />

Senhor morreu na cruz por mim. Que o Senhor derramou<br />

Seu precioso sangue para o perdão do meu pecado. E eu<br />

creio que ao terceiro dia, o Senhor ressuscitou, entrando no<br />

céu para preparar <strong>um</strong> lugar para mim. Eu O aceito agora<br />

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como meu Salvador, meu Senhor, meu Deus, meu amigo.<br />

Entre no meu coração, Senhor Jesus, e liberte-me do meu<br />

pecado. E, porque o Senhor é meu Salvador, Jesus, eu não<br />

morrerei, mas terei a vida eterna.<br />

2.1.8.1. Como Preencher o Cartão<br />

Obtenha informações completas (nomes, endereços).<br />

Indique a faixa etária.<br />

Pergunte se tem vizinho crente, membro da igreja.<br />

Indique o tipo de decisão que ele tomou.<br />

2.1.9. Apresentação do Novo Convertido À Igreja<br />

Marca a experiência.<br />

Identifica o novo convertido.<br />

Obrigado Jesus!”<br />

Define a responsabilidade do novo convertido com a Igreja de<br />

Cristo.<br />

Cria sentimento de aceitação pela Igreja.<br />

A Igreja é despertada para a sua responsabilidade com o novo<br />

convertido.<br />

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III. REFLEXÃO<br />

Os Espinhos<br />

Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa<br />

do frio. Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se<br />

juntar em grupo; assim se agasalhavam e protegiam mutuamente.<br />

Mas os espinhos de cada <strong>um</strong> feriam os companheiros mais<br />

próximos... justamente os que forneciam mais calor. E, por isso,<br />

tornaram a se afastar uns dos outros.<br />

Em conseqüência do afastamento voltaram a morrer<br />

congelados. Assim sendo precisaram fazer <strong>um</strong>a escolha: ou<br />

desapareceriam da face da terra, ou aceitavam os espinhos do<br />

semelhante e sobreviviam. Com sabedoria, decidiram voltar a ficar<br />

juntos. Aprenderam a conviver com as pequenas feridas que <strong>um</strong>a<br />

relação muito próxima podia causar. Já que o mais importante era<br />

o calor do outro. E terminaram sobrevivendo.<br />

I Tessalonicenses 5. 15<br />

“Tomem cuidado para que ninguém pague o mal com o mal.<br />

Pelo contrário, procurem em todos as ocasiões fazer bem uns<br />

<strong>aos</strong> outros e também <strong>aos</strong> que não são irmãos na fé”.<br />

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LIÇÃO DOIS <strong>–</strong> OS ELEMENTOS BÁSICOS DE UM<br />

PROGRAMA DE DISCIPULADO<br />

I. INTRODUÇÃO<br />

Podemos entender melhor todo o plano da <strong>assistência</strong> espiritual<br />

ao novo crente, se examinarmos as três formas básicas nas quais ela<br />

é realizada: a) aconselhamento em grupo; b) estudo individual; e c)<br />

aconselhamento pessoal.<br />

O aconselhamento em grupo é o “nutrimento” do noivo crente<br />

feito pela igreja, ou por <strong>um</strong> grupo de oração ou de confraternização.<br />

Este tipo de <strong>assistência</strong> pós-conversão toma a forma de <strong>um</strong>a bem<br />

estruturada instrução nos rudimentos da doutrina, seja pela classe de<br />

<strong>novos</strong> <strong>convertidos</strong>, ou por outro programa semelhante. Dele consta,<br />

também, o desenvolvimento de <strong>um</strong> relacionamento do novo crente<br />

com o grupo de pessoas ao qual ele se uniu, A segunda forma <strong>–</strong><br />

estudo individual <strong>–</strong> são as atividades a que o crente se dedica<br />

sozinho. Dela constam a leitura de bons livros e,outras literaturas,<br />

estudo bíblico e talvez cursos por correspondência.<br />

O aconselhamento pessoal é o estabelecimento de <strong>um</strong><br />

relacionamento espiritual entre <strong>um</strong> crente maduro e <strong>um</strong> crente novo,<br />

com o objetivo de ajudar o segundo em seu crescimento e<br />

nutrimento espiritual.<br />

Este tipo de <strong>assistência</strong> é a forma de instrução mais<br />

negligenciada pelos crentes hoje. Há duas causas principais para essa<br />

falta de atuação no aconselhamento pessoal. Primeiramente, muitos<br />

crentes não sabem com clareza o que precisam fazer para ajudar <strong>um</strong><br />

novo convertido a firmar-se na fé. Alguns podem até ter <strong>um</strong>a idéia do<br />

que devem dizer, mas não sabe ao certo como dizê-lo. Disso resulta<br />

grande parte da falha. Em segundo lugar, muitos crentes não se<br />

dispõem a dedicar ao trabalho de aconselhamento o tempo<br />

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necessário. Embora existam por parte dos crentes, outras razões<br />

para não realização do trabalho pessoal, mencionaremos apenas<br />

estas duas.<br />

1. REVISÃO DO CONTEÚDO<br />

1.1. Recapitule e avalie a aprendizagem acerca dos elementos<br />

básicos de <strong>um</strong> programa de discipulado:<br />

. Os elementos de <strong>um</strong> programa completo de <strong>assistência</strong> ao<br />

novo convertido são:<br />

a. ______________________________ pessoal, que é o<br />

estabelecimento de <strong>um</strong> relacionamento espiritual entre<br />

<strong>um</strong> crente maduro e <strong>um</strong> crente novo;<br />

b. Aconselhamento em _________________, que é o<br />

nutrimento ao novo crente feito pela igreja; e<br />

c. _____________________ individual, que são as<br />

atividades a que o crente se dedica sozinho.<br />

1.1.2. As deficiências nas igrejas locais nesta área de<br />

ministério são:<br />

a. ________________________: os membros não sabem<br />

como fazer; e<br />

b. ______________________________: os membros não<br />

têm tempo ou inclinação apara este ministério.<br />

Respostas: (Aconselhamento, Grupo, Estudo, Habilidade,<br />

Disponibilidade)<br />

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1.2. Reveja, para fixação, os conceitos a seguir.<br />

a. Assistência ao novo convertido:<br />

É o trabalho espiritual de firmar na fé <strong>um</strong> novo crente;<br />

b. Aconselhamento pessoal:<br />

É o estabelecimento de <strong>um</strong> relacionamento pessoal entre<br />

<strong>um</strong> crente maduro e <strong>um</strong> novo crente; e<br />

c. Discípulo:<br />

É <strong>um</strong> crente que está crescendo em conformidade com<br />

Cristo.<br />

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II. SUGESTÃO PRÁTICA <strong>–</strong> ACONSELHAMENTO NA<br />

HORA DA DECISÃO<br />

1. ACONSELHAMENTO NA HORA DA DECISÃO<br />

1.1. Antes do Culto<br />

Estar com o material a ser usado no aconselhamento e conhecê-lo<br />

bem.<br />

Contatar seu líder ou liderados e deixar todos apostos.<br />

Manter <strong>um</strong>a vida em espírito de oração.<br />

Cuidar do bom hálito e higiene pessoal.<br />

1.2. Durante o Sermão<br />

Prestar atenção na arg<strong>um</strong>entação apresentada pelo pregador.<br />

Prestar atenção no tipo de apelo usado pelo pregador.<br />

Estar em oração durante a mensagem e apelo.<br />

Observar os visitantes próximos se estão atentos à mensagem.<br />

1.3. Durante o Apelo<br />

Acompanhar, discretamente, os decididos até a frente, não deixá-<br />

los sós.<br />

Estar ao lado, de preferência, a <strong>um</strong>a pessoa do mesmo sexo e<br />

idade.<br />

Estar alerta para o que diz o pregador, ao hino cantado (mostrar a<br />

letra), e outros detalhes...<br />

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1.4. Durante o Aconselhamento<br />

1.4.1. O que não devo fazer:<br />

Outra pregação. (Deve-se estar atento ao plano de salvação em<br />

caso de dúvida do decidido e levá-lo a realmente aceitar a Jesus<br />

como Salvador e Senhor).<br />

Ser demorado.<br />

Entrar em questões doutrinárias.<br />

Ficar “grudado”.<br />

1.4.2. Como proceder:<br />

Ser caloroso e amigo.<br />

Perguntas básicas: Por que veio à frente? Você entendeu a<br />

mensagem? Reconhece que é pecador? Você está aceitando a<br />

Jesus Cristo como Seu Salvador pessoal?<br />

Mostrar os elementos que ajudam no crescimento espiritual<br />

(oração, bíblia, culto...)<br />

Orar com a pessoa.<br />

Anotar os dados na ficha com clareza.<br />

Entregar o material ao líder.<br />

Entregar alg<strong>um</strong> material ao decidido (a critério da igreja).<br />

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IV. REFLEXÃO<br />

O Homem e o Casulo<br />

Um dia, <strong>um</strong>a pequena abertura apareceu n<strong>um</strong> casulo. Um<br />

homem sentou-se à frente e ficou, horas, observando o esforço<br />

que a borboleta fazia para que seu corpo passasse pelo pequeno<br />

buraco. Por <strong>um</strong> momento pareceu que ela havia parado e não<br />

conseguia ir além.<br />

O homem, então, decidiu ajudá-la: pegou <strong>um</strong>a tesoura e<br />

cortou o resto do casulo.<br />

A borboleta finalmente saiu. Mas seu corpo estava murcho<br />

e pequeno e tinha as asas amassadas.<br />

O homem continuou a observá-la esperando que a<br />

qualquer momento suas asas abrissem e esticassem suportando<br />

o corpo que logo ficaria firme.<br />

Nada aconteceu! Na verdade, a borboleta passou a vida<br />

rastejando com <strong>um</strong> corpo mole e asas encolhidas, sem nunca<br />

voar. O que o homem, na ânsia de ajudar, não compreendia: o<br />

casulo apertado e o esforço para passar era o modo pelo o qual<br />

Deus fazia com que o fluido do corpo da borboleta fosse para as<br />

asas, deixando-a pronta para voar assim que estivesse livre do<br />

casulo. As vezes, o esforço, é justamente o que precisamos em<br />

nossa vida, para sermos fortes e aprendermos a voar.<br />

Eu pedi forças.... e Deus deu-me dificuldades para fazerme<br />

forte.<br />

Eu pedi sabedoria... e Deus deu-me problemas para<br />

resolver.<br />

Eu pedi prosperidade... e Deus deu-me cérebro e músculos<br />

para trabalhar.<br />

Eu pedi coragem... e Deus deu-me pessoas com problemas<br />

para ajudar.<br />

Eu pedi favores... e Deus deu-me oport<strong>unidade</strong>s.<br />

Eu não recebi nada do que pedi... Mas eu recebi tudo de<br />

que precisava.<br />

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LIÇÃO TRÊS <strong>–</strong> CARACTERÍSTICAS DO NOVO<br />

CRENTE<br />

I. INTRODUÇÃO<br />

Uma vez definido o que é aconselhamento pessoal, a pergunta<br />

que se nos apresenta é a seguinte: Por que o aconselhamento<br />

pessoal é tão importante?<br />

O crente novo pode ser enganado por Satanás com mais<br />

facilidade do que <strong>um</strong>a pessoa mais madura. Aliás, logo que o<br />

indivíduo se converte, encontra-se mais vulnerável a Satanás na luta<br />

contra as tentações, do que em qualquer outra ocasião de sua vida. É<br />

muito com<strong>um</strong> <strong>um</strong> novo convertido ter dúvidas quanto a validade de<br />

sua experiência com Cristo. Ele precisa da proteção que <strong>um</strong>a pessoa<br />

mais madura pode oferecê-lo. A vitória sobre as mentiras de Satanás<br />

só é alcançada pelas verdades da Palavra de Deus. Cristo ensinou<br />

isto, quando empregou testos bíblicos para vencer as tentações de<br />

Satanás no deserto. O fato de <strong>um</strong> crente novo conhecer pouco da<br />

Bíblia torna-o quase indefeso. Essa sua vulnerabilidade é <strong>um</strong> forte<br />

arg<strong>um</strong>ento a favor do aconselhamento pessoal.<br />

Outra razão importante para o aconselhamento pessoal do novo<br />

crente é o seu potencial de crescimento espiritual. Ele se acha<br />

em <strong>um</strong> momento crítico. Pela primeira vez em sua vida, tem a<br />

possibilidade de efetuar verdadeiras mudanças em seu modo de vive.<br />

A orientação e direção que recebe no aconselhamento pessoal podem<br />

a<strong>um</strong>entar grandemente não apenas essas possibilidades, mas<br />

também a rapidez dessas transformações. Seja ele jovem ou adulto,<br />

o aconselhamento pessoal acelera seu crescimento em Cristo.<br />

Quando <strong>um</strong> crente amadurecido se acha em profundo contato com o<br />

novo crente, ele pode descobrir aspectos de sua vida que precisam de<br />

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mudanças. Pode ajudá-lo na aplicação das verdades bíblicas mais<br />

necessárias ao seu caso.<br />

Na Bíblia, esse processo de mudança é chamado “despir-se” do<br />

velho homem, e “revestir-se” do novo homem. Os textos de Efésios 4<br />

e Colossenses 3 explicam esse conceito de forma mais completa. A<br />

verdade dessas passagens devem servir para icentivar-nos a realizar<br />

o trabalho de aconselhamento pessoal.<br />

A terceira importante razão para se fazer o trabalho de<br />

aconselhamento pessoal é a que diz respeito ao desenvolvimento<br />

do discípulo. Esse aconselhamento a<strong>um</strong>enta grandemente a rapidez<br />

e a probabilidade de desenvolver-se o discipulado na vida do crente.<br />

A formação do discipulado no crente deve ser <strong>um</strong> dos primeiros<br />

objetivos do programa de aconselhamento pessoal.<br />

Formação do discipulado é o trabalho de preparação espiritual,<br />

através do qual o novo crente atinge a maturidade espiritual e a<br />

possibilidade de gerar outros crentes. O novo crente não precisa<br />

aprender apenas a crescer espiritualmente, mas também a<br />

testemunhar a outros e fazer o aconselhamento dos atenderam ao<br />

chamado do Senhor. Ser <strong>um</strong> multiplicador deve ser o objetivo de<br />

todo crente. O multiplicador pode ser definido da seguinte maneira:<br />

multiplicador é o discípulo que prepara seus filhos espirituais para<br />

que se reproduzam também. Em outras palavras o multiplicador é o<br />

discípulo que pode gerar outros discípulos. Somente quando há este<br />

processo é que ocorre a multiplicação espiritual.<br />

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1. REVISÃO DO CONTEÚDO<br />

1.1. Recapitule e avalie as características do novo crente:<br />

1.1.2. As características do novo crente são:<br />

a. _______________________________(Dúvidas sobre sua<br />

experiência de salvação e as tentações);<br />

b. ___________________________________________<br />

(Crescimento espiritual); e<br />

c. _______________________________________________<br />

__________________ (Ajudando seus filhos espirituais<br />

para que se reproduzam também).<br />

Respostas: (Vulnerabilidade, Potencial de transformação,<br />

Possibilidade de gerar outros crentes e ser multiplicador)<br />

1.2. Reveja, para fixação, os conceitos a seguir.<br />

a. Treinamento no discipulado<br />

A tarefa de cultivar a maturidade espiritual e a<br />

reprodutividade espiritual na vida de <strong>um</strong> crente.<br />

b. Multiplicador<br />

O discípulo que está instruindo seus filhos espirituais para<br />

se reproduzirem.<br />

c. Multiplicação<br />

O treinamento no discipulado da terceira geração de<br />

salvos.<br />

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II. SUGESTÃO PRÁTICA<br />

1. O ACONSELHAMENTO CRISTÃO DEVE ATENDER AS<br />

SEGUINTES NECESSIDADES DO NOVO CRENTE:<br />

1.1. Ter certeza da salvação;<br />

1.2. Manter <strong>um</strong>a vida devocional disciplinada;<br />

1.3. Estar em plena comunhão com <strong>um</strong>a igreja local;<br />

1.4. Aprender os princípios básicos da Palavra de Deus;<br />

1.5. Cultivar a semelhança de Cristo (o fruto do Espírito);<br />

1.6. Buscar autonomia espiritual;<br />

1.7. Reproduzir essas características na vida de outras pessoas (ser<br />

<strong>um</strong> multiplicador);<br />

1.8. Produzir multiplicadores.<br />

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III. REFLEXÃO<br />

Pegadas na Areia<br />

“Uma noite eu tive <strong>um</strong> sonho....”<br />

Sonhei que estava andando na praia, com o Senhor, e<br />

através do Céu passavam cenas da minha vida. Para cada<br />

cena que se passava percebi que eram deixados dois pares<br />

de pegadas na areia: <strong>um</strong> era o meu e o outro era do<br />

Senhor.<br />

Quando a ultima cena da minha vida passou diante de<br />

nós, olhei para trás, para as pegadas na areia e notei que<br />

muitas vezes, no caminho da minha vida havia apenas <strong>um</strong><br />

par de pegadas na areia.<br />

Notei também, que isso aconteceu nos momentos<br />

mais difíceis e angustiosos do meu viver. Isso me<br />

entristeceu deveras, e perguntei então ao Senhor:<br />

“Senhor, Tu me dissestes que, <strong>um</strong>a vez que eu resolvi<br />

Te seguir. Tu andarias sempre comigo todo o caminho mas,<br />

notei que durante as maiores atribulações do meu viver<br />

havia na areia dos caminhos da vida apenas <strong>um</strong> par de<br />

pegadas. Não compreendo por que nas horas que eu mais<br />

necessitava de Ti Tu me deixastes.”<br />

O Senhor me respondeu:<br />

“Meu precioso filho. Eu te amo e jamais te deixaria nas<br />

horas da tua prova e do teu sofrimento. Quando vistes na<br />

areia apenas <strong>um</strong> par de pegadas, foi exatamente aí que Eu,<br />

nos braços... te carreguei.”<br />

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LIÇÃO QUATRO <strong>–</strong> CULTIVANDO UM BOM<br />

RELACIONAMENTO COM O NOVO CRENTE<br />

I. INTRODUÇÃO<br />

O que deve fazer <strong>um</strong> acompanhante durante os três meses de<br />

acompanhamento do novo decidido, para integrá-lo no corpo de<br />

Cristo <strong>–</strong> a Igreja?<br />

Não é preciso fazer tudo na primeira visita. Você tem três<br />

meses para isso. Na primeira visita, o mais importante é a formação<br />

de <strong>um</strong>a amizade. O professor da classe da EBD, ou outro membro da<br />

classe, deve participar dessa primeira visita. Outros membros da<br />

classe podem participar em outras visitas depois. O que fazer?<br />

1. Mostrar ao Novo Crente Como Crescer Espiritualmente<br />

1.1. Ajudar o novo crente a conhecer a sua Bíblia (as divisões do<br />

Novo Testamento e do Velho Testamento, os livros,<br />

Evangelhos, cartas, profetas, capítulos, versículos, etc.).<br />

1.2. Mostrar ao novo crente as grandes verdades nos seguintes<br />

textos:<br />

a. 1 João 5:11-13 <strong>–</strong> certeza da salvação (No primeiro encontro);<br />

b. 1 Co 10:13 <strong>–</strong> certeza da vitória sobre a tentação; e<br />

c. 1 Jo 1:9 <strong>–</strong> certeza do perdão.<br />

Fazer com o novo crente <strong>um</strong> compromisso de se encontrar com<br />

ele no mínimo por três meses, em encontros semanais. (Por<br />

<strong>um</strong>a hora no mínimo).<br />

Participar, junto com o novo crente, de vez em quando, de<br />

atividades sociais, atléticas, recreativas, etc.<br />

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Quando tiver que faltar ao encontro, deverá avisar o novo<br />

crente.<br />

Compartilhar com o novo crente as experiências de seu tempo<br />

devocional particular.<br />

Compartilhar o que você está aprendendo no seu estudo da<br />

Bíblia.<br />

2. Aproveitar Outros Recursos em Orientar o Novo Crente<br />

2.1. Levar o novo crente a participar do estudo para <strong>novos</strong> decididos.<br />

2.2. Acompanhar o novo crente <strong>aos</strong> cultos. Escola Bíblica Dominical,<br />

etc. (Até que ele fique suficientemente firme, e passe a assistir<br />

sem que seja preciso alguém ir buscá-lo).<br />

2.3. Levar o novo crente a estabelecer metas para memorizar<br />

versículos semanalmente, de acordo com sua capacidade.<br />

2.4. Pedir que o novo crente compartilhe o que está aprendendo no<br />

seu tempo devocional particular.<br />

2.5. Sugerir outros estudos, livros ou revistas que o novo crente<br />

possa usar no seu tempo devocional.<br />

3. Dinâmicas Práticas<br />

3.1. Anotar os estudos e sugestões que têm ajudado o novo crente.<br />

Guardá-los n<strong>um</strong>a pasta, para usar com outros.<br />

3.2. Compartilhar o que você está aprendendo. (A melhor maneira de<br />

guardar o que se aprende é ensinar a outrem).<br />

3.3. Aplicar em sua vida o que está sendo ensinado. (Hipocrisia<br />

geralmente é o resultado de não se aplicar na própria vida o<br />

conhecimento que se tem).<br />

3.4. Dar oport<strong>unidade</strong> para o novo crente compartilhar o que está<br />

aprendendo no seus tempo devocional, bem como sua<br />

dificuldade em entender e responder às perguntas nos estudos.<br />

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3.5. Continuar crescendo! Estudando, para crescer na fé cristã.<br />

3.6. Não desanimar. Um acompanhante bem sucedido é alguém que<br />

ama e treina o novo crente, deixando os resultados com Deus.<br />

“Não nos cansemos de fazer o bem” (Gl 6:9).<br />

4. Sempre Arquivar os Materiais Que Tem na Sua Pasta de<br />

Integração<br />

4.1. Quando achar materiais que podem ajudar o novo crente,<br />

inclua-os na sua pasta de integração.<br />

4.2. Deixar que o Espírito Santo lhe mostre verdades que possam<br />

beneficiar o novo crente. A note-as e inclua-as na pasta.<br />

4.3. Quando o novo crente ficar bem integrado, em condições de se<br />

alimentar espiritualmente, deve providenciar para ele cópias<br />

dos materiais que você tem na sua pasta de integração. Esses<br />

materiais podem ajudá-lo a continuar crescendo e também o<br />

ajudarão a integrar outros.<br />

4.4. Todo o tempo, o acompanhante do novo crente deve lembrar-se<br />

que seu objetivo é exortá-lo a ficar firme na comunhão com<br />

Cristo e a sua igreja. Ele fará isso levando o novo crente a se<br />

alimentar espiritualmente e participar assiduamente na vida da<br />

igreja.<br />

1. REVISÃO DO CONTEÚDO<br />

Recapitule e avalie a aprendizagem: “Cultivando <strong>um</strong> bom<br />

relacionamento com o novo crente”<br />

A. Quando estivermos cultivando o relacionamento,<br />

precisamos:<br />

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a. Certificar-nos de que estamos cultivando <strong>um</strong>a<br />

__________________________________________;<br />

b. Desenvolver o _______________________ centralizado nas<br />

coisas espirituais (em Cristo);<br />

c. Ser ____________________ e ________________________;<br />

d. Passar _____________________ suficientes juntos;<br />

e. Ter __________________ no novo crente como <strong>um</strong> todo, e<br />

não somente na sua vida espiritual; e<br />

f. Ser <strong>um</strong> eficiente ______________ e ______________.<br />

Respostas: (Atmosfera de interesse e amor; Relacionamento;<br />

Pacientes, perseverantes; Tempo; Interesse; Líder, Amigo)<br />

Reveja, para fixação, os elementos essenciais ao cultivo<br />

de bons relacionamentos:<br />

A. O resultado do cultivo de bons relacionamento é:<br />

ENSINO da matéria + APLICAÇÃO dos princípios +<br />

COMUNICAÇÃO em amor + TRANSMISSÃO de vida =<br />

NUTRIMENTO espiritual.<br />

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II. SUGESTÃO PRÁTICA<br />

1. O CONSELHEIRO E SUA TAREFA<br />

1.1. Memorize agora mesmo.<br />

Lucas 17:10<br />

1.2. Ao sair de casa:<br />

a) Cuidado com a sua apresentação;<br />

b) Não se esqueça de orar; e<br />

c) Não se atrase.<br />

1.3. No templo:<br />

a) Esteja no seu posto 10 minutos antes do culto orando por<br />

decisões;<br />

b) Não esqueça seu crachá;<br />

c) Na hora do apelo, ore de olhos abertos; e<br />

d) Seja simpático ao primeiro contato com o decidido.<br />

1.4. Que fazer no primeiro contato?<br />

a) Quero dar-lhe meus parabéns por sua decisão. Tenho grande<br />

prazer em ajudá-lo. Por favor vamos à frente. O Pastor te<br />

espera.<br />

b) Chegando lá na frente: Meu nome é: (aponte seu crachá) e o<br />

seu? Irmão “José” quero lhe dizer que farei de tudo que<br />

puder para ajudá-lo a c<strong>um</strong>prir perante Deus a sua<br />

decisão.<br />

c) Agora anote o primeiro nome na ficha e ofereça seu cantor e<br />

cante com ele ou peça a ele que fique em oração pedindo<br />

pelos outros que ainda não se decidiram.<br />

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1.5. Na sala de aconselhamento:<br />

a) Antes do culto o líder da equipe precisa ir até a sala,<br />

certificar-se de que está tudo em ordem.<br />

A limpeza e arr<strong>um</strong>ação<br />

Material a ser entregue já sobre a mesa<br />

b) O conselheiro vai demonstrar como podem os decididos<br />

estarem seguros da salvação.<br />

c) O conselheiro pede que orem com ele agradecendo o perdão<br />

e a salvação.<br />

d) O conselheiro preencherá a ficha de decisão e entregará kit<br />

de aconselhamento.<br />

e) O conselheiro dirá que a segunda ajuda que queremos dar é<br />

o curso bíblico gratuito “O Que Jesus Deseja Que Você Faça”,<br />

segundas-feiras às 19:30h.<br />

f) Cada conselheiro entregará ao líder a ficha de decisão, cujos<br />

os dados serão repassados para o relatório de<br />

aconselhamento.<br />

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III. REFLEXÃO<br />

DEUS E A CIÊNCIA<br />

Na França, <strong>um</strong> senhor de 70 anos viajava de trem tendo ao seu<br />

lado <strong>um</strong> jovem universitário que, compenetrado lia o seu livro de<br />

ciências. O senhor por sua vez lia <strong>um</strong> livro de capa preta.<br />

Foi quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia. Sem<br />

muita cerimônia o jovem interrompeu a leitura do velho e perguntou:<br />

- “O senhor ainda acredita neste livro cheio de fábulas e<br />

crendices?”<br />

-“Sim” <strong>–</strong> disse o senhor <strong>–</strong> “Mas não é crendices, é a Palavra de<br />

Deus. Estou errado?”<br />

Com <strong>um</strong>a risadinha sarcástica respondeu:<br />

-“Claro que está! Creio que o senhor deveria estudar a história<br />

geral. E veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100<br />

anos, fez o favor de mostrar a miopia da religião.<br />

Somente pessoas sem cultura ainda crêem nessa história de<br />

que Deus criou o mundo em seis dias.<br />

O senhor deveria conhecer <strong>um</strong> pouco mais sobre o que os<br />

cientistas dizem sobre isso.”<br />

-“É mesmo?” <strong>–</strong> perguntou o velho cristão <strong>–</strong> “e o que dizem os<br />

cientistas sobre a Bíblia?”<br />

-“Bem, - respondeu o universitário <strong>–</strong> “agora eu vou descer na<br />

próxima estação, mas deixe o seu cartão que eu lhe enviarei o<br />

material pelo correio.”<br />

O velho então cuidadosamente abriu o bolso interno do paletó,<br />

e deu seu cartão ao universitário.<br />

Quando o jovem leu o que estava escrito abaixou a cabeça, e<br />

saiu cabisbaixo.<br />

- O cartão dizia:<br />

“Louis Paster, Diretor do Instituto de Pesquisa Científicas da<br />

École Normale de Paris”.<br />

Isso aconteceu em 1892.<br />

Provérbios 3. 7: “Não sejais sábio a teus próprios olhos; teme<br />

ao Senhor e aparta-te do mal”<br />

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LIÇÃO CINCO <strong>–</strong> SOLUCIONANDO OS PROBLEMAS<br />

ENCONTRADOS NO ACONSELHAMENTO<br />

I. INTRODUÇÃO<br />

Não importa o quanto nos preparamos para o trabalho, e nem o<br />

quanto tentemos evitar os problemas, o fato é que eles aparecem em<br />

toda obra de aconselhamento pessoal. Nem todos vão reagir<br />

positivamente ao nosso programa de “nutrimento” espiritual. Como<br />

então iremos enfrentar os problemas que surgirem nesse trabalho?<br />

A melhor solução é preparar-nos antecipadamente para<br />

solucionar quaisquer problemas com quem venhamos a defrontar-<br />

nos. Isso não apenas nos prepara melhor para realização de <strong>um</strong> bom<br />

trabalho, mas a<strong>um</strong>enta grandemente nosso senso de auto-confiança.<br />

Examinaremos as possíveis causas e as medidas a serem<br />

tomadas para a solução deles. Seria impossível en<strong>um</strong>erar todas as<br />

causas prováveis de certo problema; nos limitaremos a examinar as<br />

causas mais comuns:<br />

1. Desinteresse em reunir-se com o conselheiro para<br />

aconselhamento<br />

Causas:<br />

a. Uma conversão puramente emocional, sem envolver o<br />

intelecto ou vontade. Possivelmente, a pessoa não se arrependeu,<br />

nem recebeu Cristo como seu Salvador e Senhor.<br />

b. Oposição satânica. O período em que o crente é mais vulnerável<br />

ao inimigo é logo a após sua conversão/batismo. Veja 1Pe 5:8 cf.<br />

Tg 4:7, Mt 4:1-11 (Mc 1:12-13; Lc 4:1-13).<br />

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c. Pressão social. Família e amigos não crentes que fazem com que<br />

o novo crente reverta sua decisão ao lado de Cristo e recuse o<br />

aconselhamento.<br />

d. Insegurança quanto <strong>aos</strong> objetivos do aconselhamento. Falta<br />

de confiança nos outros devido experiências anteriores com<br />

determinadas pessoas.<br />

Soluções:<br />

a. A Oração. Uma intercessão contínua muito fará no sentido de<br />

modificar a disposição do novo crente.<br />

b. Salientar a necessidade do crescimento espiritual na vida<br />

do crente. A conversão é o ponto de partida da vida cristã, não o<br />

ponto final. O novo crente precisa ser nutrido, protegido e<br />

orientado até que ele alcance sua autonomia espiritual.<br />

c. Levar o novo crente a abrir-se com o conselheiro e declarar<br />

sinceramente porque não deseja o aconselhamento. Quanto<br />

<strong>aos</strong> que suspeitamos não serem realmente <strong>convertidos</strong> será<br />

preciso que analisemos com eles os aspectos da vontade, intelecto<br />

e emoções, e sua relação com a verdadeira conversão.<br />

2. Ausência da certeza de salvação<br />

Causa:<br />

A maioria das pessoas que não tem certeza da sua salvação<br />

passam a tê-la durante <strong>um</strong> processo de aconselhamento pessoa<br />

(discipulado). No entanto, em casos contrários é provável que a<br />

pessoa não é realmente salva e portanto, não pode ter essa<br />

certeza.<br />

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Solução:<br />

a. Arrependimento (Lc 24:46-47; At 17:30) <strong>–</strong> O arrependimento é<br />

<strong>um</strong> elemento essencial à verdadeira conversão. “Ora, não levou<br />

Deus em conta os tempos da ignorância, agora porém,<br />

notifica <strong>aos</strong> homens que todos em toda parte se<br />

arrependam”. (At 17:30).<br />

Acerca do intelecto: Intelectualmente arrependimento é <strong>um</strong>a<br />

mudança quanto ao conceito do pecado de ego (h<strong>um</strong>ano) e de<br />

Deus (espiritual) (Sl 51:3-5; Jó 42:56, Lc 15:17-18).<br />

Acerca das emoções: No plano emocional, arrependimento é<br />

<strong>um</strong>a mudança de atitude e sentimento. (Sl 38:18; Sl 51:1-2; 2Co<br />

7:9-10).<br />

Acerca da vontade: Esta acontece pela mudança de mente<br />

(metanóia) produzida pelo arrependimento dos pecados no<br />

momento da conversão.<br />

b. Fé Salvadora: (Rm 5:1; Ef 2:8) <strong>–</strong> O arrependimento é essencial à<br />

salvação, contudo, não constitui o único elemento dela.<br />

Igualmente importante é a “fé salvadora”.<br />

Acerca do intelecto: Intelectualmente fé salvadora é a aceitação<br />

do que a Bíblia diz a respeito do pecado e da salvação.<br />

Implicações: (Rm 10:14-17)<br />

Reconhecer o próprio pecado; e<br />

Crer nos fatos relativos à salvação.<br />

Acerca das emoções: Emocionalmente a fé salvadora é <strong>um</strong><br />

desejo de entregar-se à verdade do Evangelho.<br />

Implicações: (Sl 106:12; Mt 13:20)<br />

Ter consciência de sua carência espiritual; e<br />

Tristeza pelo pecado.<br />

Acerca da vontade: No elemento vontade, a fé salvadora é <strong>um</strong>a<br />

confiança pessoal em Cristo como Salvador e Senhor.<br />

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Implicações: (Jo 1:12; Ap 3:20)<br />

Abandonar o pecado;<br />

Receber a Cristo; e<br />

Obedecer a Dês.<br />

3. Senso de Culpa<br />

Muitas vezes, no trabalho de aconselhamento encontramos <strong>um</strong>a<br />

pessoa que parece ter <strong>um</strong> sentimento de culpa arraigado. Ela não<br />

consegue experimentar o perdão de Deus.<br />

Orientações:<br />

a. Ensinar ao novo crente o que diz a Bíblia a respeito da confissão<br />

de pecados (tentação não é pecado). Deus nos promete perdão e<br />

purificação (1Co 10:13; 1Jo 1;9).<br />

b. Pode ser necessária a reconciliação com alguém (Veja Mt 18:15).<br />

c. Talvez exista <strong>um</strong>a recusa interior em abandonar determinado<br />

(abandono de pecado=libertação espiritual <strong>–</strong> veja Is 55:7).<br />

d. Se após terem sido tomadas essas medidas, ainda persistir o<br />

sentimento de culpa, transfira-se o novo convertido para <strong>um</strong><br />

experiente conselheiro bíblico. Antes, porém, oremos para que o<br />

Senhor nos dê discernimento espiritual pois <strong>um</strong> senso de culpa<br />

exagerado pode ser o resultado de acusações (Rm 8:33).<br />

4. Vida Devocional Negligenciada<br />

A constância na oração e o estudo bíblico é <strong>um</strong>a prática que<br />

precisa ser cultivada pelo novo crente. Há varias razões prováveis<br />

para <strong>um</strong>a pessoa ter dificuldades em manter o momento devocional:<br />

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4.1. Causas:<br />

a. Falta de motivação para orar e estudar a Bíblia<br />

O novo crente precisa entender porque a oração e a Palavra de<br />

Deus são indispensável no crescimento espiritual (1Pe 2:2;<br />

2Tm 3:16);<br />

b. Falta de orientação no sentido de como realizar esse momento<br />

devocional; e<br />

c. Falta de auto-disciplina (talvez de modo geral) por parte do novo<br />

crente.<br />

4.2. Soluções:<br />

Temos que colocar como prioridade em nossas vidas,<br />

gastarmos tempo todos os dias com Deus em oração e na leitura da<br />

Bíblia. É através dessa convivência com Jesus, todos os dias, que<br />

Deus nos dará a força de viver com liberdade.<br />

Aqui está <strong>um</strong> apresentamos <strong>um</strong> plano fácil que você pode<br />

seguir para lhe ajudar:<br />

A. Como ler a Bíblia? A Bíblia é <strong>um</strong>a carta de amor de Deus para<br />

você. Leia sua Bíblia usando este método:<br />

a. Começar a ler <strong>um</strong> livro <strong>–</strong> por exemplo: o livro de João;<br />

b. Ler o primeiro verso;<br />

c. Pedir a Deus para mostrar a Deus <strong>um</strong>a verdade espiritual no<br />

verso. Por exemplo: Jo 1:1 diz: “Antes de ser criado o<br />

mundo, aquele que é a Palavra já existia. Ele estava com<br />

Deus e era Deus”.<br />

Quais são as verdades espirituais contidas nestes versos?<br />

O mundo foi criado pelo verbo;<br />

O verbo era Deus. (O verso quatorze diz que o verbo é Jesus).<br />

d. Ler cada verso ou parágrafo usando este método, e deixe Deus<br />

falar com você sobre quem Ele é, sobre pecados em sua vida,<br />

ordens para obedecer, etc.<br />

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B. Como orar? Deus diz em Lucas 18:1 que devemos orar sempre e<br />

nunca desanimarmos. Como você pode orar? É importante que<br />

você tenha <strong>um</strong> tempo a sós com Deus. Comece seu tempo usando<br />

este método:<br />

a. Adoração<br />

Diga: “Senhor Pai, eu amo o Senhor porque...”<br />

b. Gratidão<br />

“Agradeço ao Senhor porque...”<br />

c. Intercessão<br />

“Oro por meu filho José, porque ele precisa de...”<br />

continue a orar pelas pessoas que não receberam a Jesus<br />

ainda. Faça <strong>um</strong> lista de pessoas. Ponha alguns nomes n<strong>um</strong>a<br />

lista para o domingo, outro para segunda, terça-feira, etc.<br />

d. Súplica<br />

Fale com Deus sobre suas necessidades.<br />

e. Confissão<br />

Fique em silêncio <strong>um</strong> tempo e peça ao Senhor para trazer<br />

em sua mente qualquer pecado, coisa má que haja em<br />

sua vida. 1Jo 1:9 diz “Se confessarmos os nossos<br />

pecados a Deus Ele c<strong>um</strong>prirá a Sua promessa e fará<br />

o que é justo: perdoará os nossos pecados e nos<br />

limpará de todas as maldades”. Isto foi escrito para as<br />

pessoas que já receberam a Cristo. Quando você ficar<br />

sujo você deve tomar banho. Confissão para <strong>um</strong> crente é<br />

<strong>um</strong> banho espiritual<br />

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II. REVISÃO DO CONTEÚDO<br />

Acabamos de examinar nesta <strong>unidade</strong> quatro problemas básico<br />

no Ministério de Aconselhamento. Quais foram eles?<br />

1. Recapitule e avalie a aprendizagem acerca das soluções<br />

para os problemas encontrados no aconselhamento.<br />

Primeiro Problema: ________________________em reunir-se<br />

com o conselheiro para o aconselhamento;<br />

Segundo Problema: Ausência da<br />

_______________________________;<br />

Terceiro Problema: Senso de ________________; e<br />

Quarto Problema: ______________________________<br />

negligenciada.<br />

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III. REVEJA PARA FIXAÇÃO<br />

A. Observações feitas durante o período de aconselhamento básico<br />

revelam que:<br />

a. Em toda obra aconselhamento pessoal surgirão problemas de<br />

maior ou menor gravidade; e<br />

b. A melhor solução é preparar-se antecipadamente e<br />

adequadamente para solucioná-los.<br />

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IV. SUGESTÃO PRÁTICA <strong>–</strong> COMO ACONSELHAR<br />

DECIDIDOS<br />

1. Aceitando Cristo Como Senhor<br />

O aconselhamento começa na sala; continuando <strong>aos</strong><br />

domingos em nível de curso bíblico.<br />

2. Para Ser Batizado<br />

Não há conselhos além dos que já está recebendo na classe,<br />

porém não deixe de preencher a ficha porque o nome será<br />

encaminhado ao pastor da Igreja.<br />

3. Quero Ser Crente Mas Tenho Dúvida<br />

Precisa ser evangelizado com “As 4 Leis Espirituais”.<br />

4. Quero Oração<br />

Precisa ser evangelizado com “As 4 Leis Espirituais”.<br />

5. Reconciliação<br />

Esse decidido tem duas necessidades maiores:<br />

1°- Sentir-se perdoado e aceito por Deus e pela Igreja;<br />

2°-Confessar (desabafar) para alguém a causa do seu<br />

afastamento do Senhor e ser ajudado para não voltar atrás.<br />

O conselheiro usando a Bíblia:<br />

Salmo 51:1-10<br />

I João 1:7-9<br />

II Crônicas 7:14<br />

Lucas 15:4-7 e 32<br />

Romanos 6:11-14<br />

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Para a segunda necessidade (confessar/desabafar) há <strong>um</strong><br />

conselho geral: manter a mente cheia da Palavra de Deus. O<br />

conselho específico dependerá da causa do afastamento que ele<br />

confessar.<br />

6. Consagração<br />

Esse decidido normalmente tem fraquezas espirituais apontadas<br />

na mensagem que o persuadiu a decidir. Ele as conhece e estará<br />

pronto a deixá-las.<br />

<strong>um</strong>.<br />

Use:<br />

O conselho específico será de acordo com a dificuldade de cada<br />

O conselho geral é: manter a mente cheia da Palavra de Deus.<br />

Hebreus 12:14<br />

João 17:17<br />

Salmo 119:11<br />

Romanos 12:1-2<br />

II <strong>Timóteo</strong> 2:15<br />

II <strong>Timóteo</strong> 3:16-17<br />

4- COMO ACONSELHAR DECIDIDOS:<br />

A <strong>–</strong> Aceitando Cristo Como Senhor<br />

O aconselhamento começa na sala; continuando <strong>aos</strong><br />

domingos em nível de curso bíblico.<br />

B <strong>–</strong> Para Ser Batizado<br />

Não há conselhos além dos que já está recebendo na classe,<br />

porém não deixe de preencher a ficha porque o nome será<br />

encaminhado ao pastor da Igreja.<br />

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C <strong>–</strong> Quero Ser Crente Mas Tenho Dúvida<br />

Precisa ser evangelizado com “As 4 Leis Espirituais”.<br />

D <strong>–</strong> Quero Oração<br />

Precisa ser evangelizado com “As 4 Leis Espirituais”.<br />

E <strong>–</strong> Reconciliação<br />

Esse decidido tem duas necessidades maiores:<br />

1°- Sentir-se perdoado e aceito por Deus e pela Igreja;<br />

2° - Confessar (desabafar) para alguém a causa do seu<br />

afastamento do Senhor e ser ajudado para não voltar atrás.<br />

O conselheiro usando a Bíblia: Salmo 51:1-10<br />

I João 1:7-9<br />

II Crônicas 7:14<br />

Lucas 15:4-7 e 32<br />

Romanos 6:11-14<br />

Para a segunda necessidade há <strong>um</strong> conselho geral: manter a<br />

mente cheia da Palavra de Deus. O conselho específico dependerá da<br />

causa do afastamento que ele confessar.<br />

F <strong>–</strong> Consagração<br />

Esse decidido normalmente tem fraquezas espirituais apontadas<br />

na mensagem que o persuadiu a decidir. Ele as conhece e estará<br />

pronto a deixá-las.<br />

<strong>um</strong>.<br />

O conselho específico será de acordo com a dificuldade de cada<br />

O conselho geral é: manter a mente cheia da Palavra de Deus.<br />

Use: Hebreus 12:14<br />

João 17:17<br />

Salmo 119:11<br />

Romanos 12:1-2<br />

II <strong>Timóteo</strong> 2:15<br />

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V. REFLEXÃO<br />

FAÇA O SEU MELHOR!!!<br />

Nos Estados Unidos, a maioria das residências tem por<br />

tradição ter na frente <strong>um</strong> lindo gramado. E, para este<br />

serviço, há diversos jardineiros autônomos que fazem<br />

reparos nestes jardins.<br />

Um dia, <strong>um</strong> Executivo de Marketing de <strong>um</strong>a grande<br />

empresa americana contratou <strong>um</strong> desses jardineiros.<br />

Chegando em sua casa, o executivo viu que estava<br />

contratando <strong>um</strong> garoto de apenas 18 anos de idade.<br />

Claro que o executivo ficou surpreso.<br />

Quando o garoto terminou o serviço, solicitou ao<br />

executivo a permissão para utilizar o telefone. O executivo,<br />

encantado, com a educação do garoto, prontamente<br />

atendeu ao pedido e, muito curioso com a atitude do<br />

garoto, não pôde deixar de escutar a conversa. O garoto<br />

havia ligado para <strong>um</strong>a senhora e perguntara:<br />

- A senhora está precisando de <strong>um</strong> jardineiro?<br />

- Não. Eu já tenho <strong>um</strong> <strong>–</strong> respondeu à senhora.<br />

- Mas, além de aparar, eu também tiro o lixo.<br />

- Isso o meu jardineiro também faz.<br />

- Eu limpo e lubrifico todas as ferramentas no final do<br />

serviço <strong>–</strong> disse o garoto.<br />

- Mas isso o meu jardineiro também faz.<br />

- Eu faço a programação de atendimento o mais<br />

rápido possível.<br />

- O meu jardineiro também me atende prontamente.<br />

- O meu preço é <strong>um</strong> dos melhores.<br />

- Não, muito obrigada! O preço do meu jardineiro<br />

também é muito bom.<br />

- Quando o garoto desligou o telefone, o executivo lhe<br />

perguntou:<br />

- Você perdeu <strong>um</strong> cliente?<br />

- Não <strong>–</strong> respondeu o garoto. <strong>–</strong> Eu sou o jardineiro<br />

dela. Eu apenas estava verificando o quanto ela estava<br />

satisfeita com o meu serviço.<br />

Para você que, hoje, tem metas a c<strong>um</strong>prir e precisa de<br />

muita determinação para que seus objetivos sejam<br />

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alcançados, lembre-se que, para conseguir atingir o que<br />

quer, é preciso ter <strong>um</strong>a prestação de serviço extraordinária.<br />

Como é que você está tratando o seu cliente interno e o<br />

seu cliente externo?<br />

Você já mediu a satisfação dos seus clientes com<br />

relação <strong>aos</strong> seus serviços?<br />

Você...? Bem, você sabe o que pode, o que deve e o<br />

que tem que fazer...<br />

Que suas atitudes, hoje, possam ser o Marketing da<br />

sua vida.<br />

“O sucesso individual depende, principalmente, do<br />

desempenho da Equipe”<br />

“Quando penso que atingi o Máximo da minha<br />

capacidade, percebo que ainda posso me superar<br />

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LIÇÃO SEIS <strong>–</strong> APLICANDO O ACONSELHAMENTO<br />

I. INTRODUÇÃO<br />

NUMA IGREJA MODELO<br />

A integração dos <strong>novos</strong> é promovida pela igreja local em todas<br />

as suas instâncias. A começar da grande congregação, passando por<br />

grupos pequenos, ministérios, escola bíblica dominical e outros, cada<br />

momento da vida da igreja pode ser instr<strong>um</strong>ento eficaz para a<br />

integração dos <strong>novos</strong>. Todos devem estar envolvidos. Ninguém pode<br />

ser dispensado de exercer com relevância o papel de agente na<br />

integração de <strong>novos</strong> irmãos à família de Deus.<br />

O trabalho de integração começa com o apelo. Durante o apelo<br />

vem o segundo passo que podemos chamar de “aconselhamento”. O<br />

propósito do aconselhamento é confirmar a pessoa na sua decisão.<br />

1 <strong>–</strong> Aconselhamento da Pessoa Decidida<br />

A. O conselheiro começa o seu trabalho quando alguém vai à<br />

frente durante <strong>um</strong> apelo. Nesse momento o conselheiro vai até a<br />

pessoa e dá-lhe as boas vindas.<br />

A sala de aconselhamento fica próximo ao local da decisão, o<br />

gabinete pastoral ou alg<strong>um</strong> cômodo reservado para esse fim. As<br />

pessoas se assustam, quando são tiradas do ambiente em que estão<br />

sentadas e levadas para local que desconhecem.<br />

Para evitar este problema, os conselheiros, ou o próprio pregador,<br />

anunciam o que vai acontecer com aquelas pessoas. É explicado que<br />

elas serão levadas a <strong>um</strong>a sala ao lado para <strong>um</strong>a breve orientação.<br />

Seus parentes e acompanhantes podem aguardá-las no primeiro<br />

banco. Elas não demorarão.<br />

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Já na sala, com os decididos, o relator da comissão dará <strong>um</strong>a<br />

breve palavra sobre o que se pretende: é <strong>um</strong>a orientação geral sobre<br />

a decisão que fizeram e a obtenção de endereços para que possam<br />

ser ajudadas.<br />

Daí, cada conselheiro trabalha com <strong>um</strong>a pessoa.<br />

Cada processo é bem natural para não espantar o visitante. O<br />

conselheiro aproxima-se do recém-convertido e dá o seu nome.<br />

Naturalmente a pessoa dá o seu. Não se preenche a ficha no primeiro<br />

momento. De <strong>um</strong> modo geral, as pessoas têm receio de<br />

compromissos; é bom conversar primeiro.<br />

É muito importante saber que tipo de decisão a pessoa tomou.<br />

Pede-lhe que diga claramente qual foi a decisão que fez: se para a<br />

salvação ou se para reconciliação ou qualquer outra. Se ela não<br />

entendeu bem o que estava fazendo, é lhe exposto brevemente o<br />

plano da salvação.<br />

Determinada a questão da decisão, o conselheiro lê alguns<br />

versículos sobre a certeza da salvação e mostra a necessidade de<br />

permanecer firme na decisão que tomou. Ela é encorajada a vir à<br />

igreja e participar da classe de doutrinamento. Mas antes deve<br />

permitir ao conselheiro visitá-la para ajuda mais detalhada. Esta é a<br />

hora propícia de preencher a ficha mas com poucos detalhes: nome<br />

completo, endereço completo e a melhor hora de receber <strong>um</strong>a visita.<br />

Se oferece ao visitante <strong>um</strong> estudo bíblico e <strong>um</strong>a breve orientação<br />

para o uso do mesmo.<br />

Este é <strong>um</strong> trabalho curto. Não se faz tudo de <strong>um</strong>a vez porque<br />

não funciona. Ao final, o conselheiro ora com a pessoa e a<br />

acompanha até os seus parentes ou acompanhantes e faz amizade<br />

com eles.<br />

B. Mesmo o pregador mais cuidadoso sempre terá “decididos” que<br />

não entendem bem o que é ser crente em Cristo. Por isso é<br />

providenciado aconselhamento na hora. É do conhecimento geral que<br />

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o motivo de evangelizar não é apenas contar decisões. O objetivo<br />

principal é levar o não crente a se tornar discípulo de Cristo. Quando<br />

aconselha, o conselheiro ajuda o não crente a entender como aceitar<br />

Cristo. Ainda mais, ele contribui no processo de levar o não crente a<br />

se integrar como discípulo que se desenvolve n<strong>um</strong>a igreja evangélica.<br />

Dada a diferença que há entre as pessoas não crentes, o<br />

pregador não pode responder a todas as dúvidas de todos os<br />

interessados. Os conselheiros tratam as dúvidas especificamente. O<br />

sucesso dos conselheiros, porém, depende da sua preparação. Nem<br />

todos são conselheiros experimentados. Mas são pessoas instruídas.<br />

O treinamento básico preparado por <strong>um</strong>a igreja modelo deve oferecer<br />

fonte de ajuda no preparo de conselheiros. Charles Riggs declarou<br />

que integração efetiva pode começar apenas na vida de alguém que<br />

nasceu de novo pelo Espírito de Deus. Conselheiros bem preparados<br />

são instr<strong>um</strong>entos para levar interessados a se entregarem totalmente<br />

a Cristo.<br />

C. Provavelmente o maior impedimento em aconselhar é falta de<br />

conhecimento sobre o que dizer e como dizer. O conselheiro, pastor<br />

ou leigo, precisa saber se a pessoa realmente já se decidiu ou se está<br />

manifestando o desejo de fazer <strong>um</strong>a decisão ao lado de Cristo. É<br />

necessário determinar se a pessoa é convertida ou não. É claro que<br />

ninguém pode saber com certeza, porém o decidido deve ser levado a<br />

fazer <strong>um</strong>a avaliação própria, a fim de verificar se tem convicção do<br />

passo que está dando. Isso pode ser feito através de <strong>um</strong>a série de<br />

perguntas breves. É claro que o fator mais importante é a orientação<br />

do Espírito Santo.<br />

São muito úteis alg<strong>um</strong>as perguntas implícitas no apelo de Pedro<br />

no capítulo dois do livro de Atos. Essas perguntas podem ser usadas<br />

por <strong>um</strong>a igreja modelo pelos seus conselheiros:<br />

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a. Por que o senhor vem à frente agora?<br />

(A resposta vai indicar se a pessoa já aceitou a Cristo ou se está<br />

manifestando o desejo de aceitá-lo).<br />

b. Reconhece que é pecador?<br />

c. Quer abandonar agora e para sempre os seus pecados?<br />

d. Crê que Cristo morreu na cruz para pagar o preço dos seus<br />

pecados?<br />

e. Quer aceitar a Cristo como Senhor (Chefe) da sua vida,<br />

agora, e segui-lo para sempre?<br />

f. Quer obedecer a Cristo em tudo?<br />

g. Quer obedecer a Cristo pelo batismo?<br />

h. Quer orar agora e confessar tudo isso a Cristo em oração?<br />

D. A pessoa que está se entregando a Cristo sente-se disposta<br />

para aceitar as exigências de Cristo. Alguns conselheiros preferem<br />

não abordar assuntos como “a igreja”, ou “o batismo” ou “o dízimo”,<br />

logo no início. Acham que podem assustar o convertido, fazendo-o<br />

desistir de sua decisão. Se alguém, no entanto, está ass<strong>um</strong>indo <strong>um</strong><br />

compromisso da vida inteira, precisa saber o que isso significa. É no<br />

começo da vida cristã que o crente novo sente mais disposição para<br />

fazer o necessário a fim de agradar seu novo Mestre. Ao tomar<br />

conhecimento das exigências mais tarde, ele pode pensar que alguém<br />

simplesmente o enganou.<br />

Billy Graham observou que o desenvolvimento e o crescimento<br />

do crente novo acontecem no ambiente de <strong>um</strong>a igreja. Por isso, o<br />

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outro objetivo do conselheiro é levar o convertido a se batizar e se<br />

tornar membro ativo da igreja. Citando problemas de conservação na<br />

América Latina, Wagner declara que parece bem certo que a falta de<br />

ênfase na necessidade de batismo e ser membro da igreja tem sido<br />

fator negativo em integração. Essa ênfase começando no apelo<br />

ajudará imensamente na conservação. Jesus quer edificar Sua igreja<br />

(Mateus 16.18).<br />

E. Recapitulando O acompanhamento começa no culto. O<br />

conselheiro se reúne com o novo convertido imediatamente após o<br />

culto. Primeiro, ele recebe informações pessoais do novo crente<br />

anotando o nome e o endereço, porque ele receberá <strong>um</strong>a visita<br />

naquela semana. Procura saber com exatidão, o local e, se preciso<br />

for, pede pontos de referência. Segundo, oferece ao recém-<br />

convertido <strong>um</strong> kit contendo o Evangelho de João, e o seu primeiro<br />

curso bíblico. Finalmente, termina com <strong>um</strong>a oração agradecendo a<br />

Deus a decisão da pessoa, pedindo a orientação de Deus para o seu<br />

crescimento.<br />

F. Os conselheiros entregam ao líder as fichas de decisões que<br />

serão cadastradas no “Relatório de Aconselhamento”.<br />

2. Cursos Para Os Novos Convertidos<br />

A. Orientamos o crente novo sobre como usar a Bíblia. Muitos não a<br />

conhecem, não sabem nada das divisões dos livros e Testamentos.<br />

Eles são orientados sobre o livro ou os livros em que devem começar<br />

a leitura da Bíblia. Sugerimos a leitura do Evangelho de João ou<br />

Marcos. Alguns por não saberem ler muito bem precisam de <strong>um</strong>a<br />

tradução mais simples, como o Novo Testamento na Linguagem de<br />

Hoje.<br />

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B. Assim como a leitura diária da Bíblia, <strong>um</strong> plano para a Hora<br />

Bendita é importante. Existem muitos planos para esse momento<br />

particular de oração, mas temos reconhecido que eles variam de<br />

acordo com as pessoas e as circunstâncias. O crente novo é orientado<br />

no sentido de optar por <strong>um</strong> plano, normalmente, aquele que está<br />

dando resultados para o seu discipulador.<br />

Existem vários planos feitos em torno de perguntas ou passos.<br />

Aqui apresentamos <strong>um</strong> exemplo usando quatro passos na oração com<br />

a leitura de qualquer trecho da Palavra de Deus:<br />

a. Falar com Deus sobre o sentido da leitura.<br />

b. Dar graças a Deus pela mensagem e seu significado para você.<br />

c. Confessar qualquer pecado revelado por Deus através da leitura.<br />

d. Orar por você mesmo, por outras pessoas na sua lista de oração,<br />

parentes, amigos, irmãos na igreja e outros conhecidos, à luz do<br />

que foi lido.<br />

Esses passos são baseados no plano de Martinho Lutero. Muitos<br />

crentes através dos anos já o seguiram com grande proveito.<br />

C. Comunhão é <strong>um</strong> outro conceito essencial que é apreciado na lição<br />

que trata da natureza da igreja. O dízimo é incluído e considerado no<br />

assunto mordomia da vida cristã. Abordamos também outros pontos<br />

bíblicos, incluindo o Senhorio de Jesus Cristo.<br />

D. O novo crente pode entrar no estudo do capítulo em que o grupo<br />

está. Se estiver, por exemplo, na lição cinco, o novo crente entrará<br />

para estudar a lição cinco primeiro, e acompanhará o estudo até a<br />

volta para a lição quatro, assim completando o seu estudo. Esse tipo<br />

de ensino chama-se CICLO CONTÍNUO. É chamado ciclo porque o<br />

processo de ensino continua. A ordem não se altera. Há sempre<br />

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<strong>novos</strong> <strong>convertidos</strong>. Um novo crente pode iniciar o estudo em qualquer<br />

lição. Concluirá o curso quando completar todo o programa.<br />

3. E. E.N.Cs <strong>–</strong> Encontro dos Novos Convertidos<br />

A. O Encontro dos Novos Convertidos visa diversas finalidades:<br />

expressar a gratidão a Deus pelos <strong>novos</strong> crentes, mostrar o interesse<br />

da igreja por eles e ajudá-los a conhecer a igreja e a sua liderança. O<br />

pastor deve apresentar a diretoria da igreja, citando o nome e o<br />

cargo de cada pessoa. O pastor pode falar brevemente 5 a 8 minutos<br />

sobre a necessidade de crescimento espiritual. O programa deve ser<br />

curto e informal, com o objetivo de estimular <strong>um</strong>a confraternização<br />

entre os <strong>novos</strong> crentes e os membros antigos da igreja.<br />

B. Todos que fizeram decisão por Cristo no último mês (ou noutro<br />

prazo determinado) serão convidados para esse encontro. É melhor<br />

fazer a festa mensalmente, para não se ter <strong>um</strong> número muito grande<br />

de pessoas. Se a igreja é pequena e não tem condições todos os<br />

meses, ainda é importante fazer essa festa mensalmente porque<br />

serve como lembrete de que a igreja deve ter <strong>novos</strong> <strong>convertidos</strong><br />

sempre.<br />

C. A igreja inteira deve ser convidada para o encontro. É muito<br />

importante a participação da diretoria, de todos os obreiros da EBD,<br />

dos líderes das diversas organizações e dos conselheiros. Pode-se<br />

oferecer <strong>um</strong> lanche simples, preparado pelos membros da igreja,<br />

conforme <strong>um</strong> plano elaborado pelos elementos designados na equipe<br />

de integração.<br />

D. O momento é propício para que mais pessoas da igreja se<br />

tornem conhecidas do crente novo. Também oferece ensejo para que<br />

ele descubra que as coisas que “o povo diz” a respeito das igrejas<br />

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evangélicas não representam a verdade. A confraternização contribui<br />

para a formação de novas amizades.<br />

E. O novo convertido pode receber <strong>um</strong> convite para este evento<br />

no final do culto em que faz a sua decisão por Cristo.<br />

F. Esta atividade pode ser realizada todos <strong>aos</strong> terceiros sábados<br />

de cada mês (sugestão); com a participação dos conselheiros nas<br />

diversas partes deste evento: direção, recepção, introdução, sorteio e<br />

lanche.<br />

G. A ordem do culto (com duração de <strong>um</strong>a hora) é a que se<br />

segue:<br />

Boas Vindas (2 minutos)<br />

Louvor (5 minutos)<br />

Leitura Bíblica / Oração (5 minutos)<br />

Testemunho (15 minutos)<br />

Solo (3 minutos)<br />

Meditação (15 minutos)<br />

Louvor (5 minutos)<br />

Sorteio (10 minutos)<br />

Lanche<br />

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II <strong>–</strong> COMO PREPARAR UM TESTEMUNHO<br />

O propósito do testemunho é compartilhar o que já aconteceu a<br />

você pessoalmente. Uma pessoa pode arg<strong>um</strong>entar sobre muitas<br />

coisas, mas é difícil arg<strong>um</strong>entar com você sobre o que aconteceu em<br />

sua própria vida.<br />

Leia o testemunho de Paulo em Atos 22:1-16; 26:9-23. Ele<br />

simplesmente contou a história de sua vida antes de conhecer a<br />

Cristo e como o encontrou e aceitou.<br />

Vamos ao esquema:<br />

1. Regras a Respeito de Compartilhar Seu Testemunho<br />

a. Não use idéia vagas. Por exemplo: “Eu assisti a <strong>um</strong>a campanha<br />

na igreja e fui à frente.” Um não crente não saberá o que você<br />

quer dizer quando diz <strong>–</strong> “fui à frente” ou “fui batizado”. É<br />

melhor dizer: “Uma noite eu recebi a Cristo em meu coração”.<br />

Ou: “Eu aceitei Cristo como único Mediador e Salvador”;<br />

b. Você pode usar vários versículos;<br />

2. Testemunho<br />

Para escrever seu testemunho, você deverá responder as<br />

seguintes perguntas:<br />

a. Como era minha vida antes de receber a Jesus Cristo no meu<br />

coração? (Explique sua religião, atitudes, seu estilo de vida,<br />

seus pecados).<br />

b. Como eu percebi que precisava aceitar a Cristo?<br />

c. Onde e como eu aceitei a Cristo em minha vida?<br />

d. Como é minha vida desde que aceitei a Cristo?<br />

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e. Concluindo: “Agora eu tenho certeza da vida eterna. Me sinto<br />

salvo(a) e feliz nas mãos de Deus, sob seus cuidados. Será que<br />

todos que estão aqui têm essa segurança?”<br />

3. Atividade<br />

Escreva seu próprio testemunho, usando suas próprias palavras<br />

e seguindo as regras que estão mencionadas nos itens 1 (Regras a<br />

Respeito de Compartilhar Seu Testemunho) e 2 (Testemunho)<br />

a. Como era minha vida antes de receber a Jesus Cristo no meu<br />

coração? (Explique sua religião, atitudes, seu estilo de vida, seus<br />

pecados).<br />

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b. Como eu percebi que precisava aceitar a Cristo?<br />

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c. Onde e como eu aceitei a Cristo em minha vida?<br />

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d. Como é minha vida desde que aceitei a Cristo?<br />

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e. Concluindo:<br />

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III. REFLEXÃO<br />

ALEGRIA POR OCASIÃO DA COLHEIRA<br />

“Quem sai andando e chorando enquanto semeia,<br />

voltará com júbilo, trazendo os seus feixes”. (Salmo 126. 5).<br />

Thomas Johannes Bach, estudante de Engenharia,<br />

caminhava por <strong>um</strong>a rua de Copenhague certo dia, quando<br />

<strong>um</strong> juvenil se aproximou dele com <strong>um</strong> folheto na mão.<br />

- Aceita este folhetinho? - perguntou o menino. <strong>–</strong> Ele<br />

tem <strong>um</strong>a mensagem para o senhor.<br />

Olhando para o folheto, Thomas viu que era religioso.<br />

Não estava interessado e não gostou de ter sido parado na<br />

rua por causa de <strong>um</strong> folheto.<br />

- Por que você incomoda as pessoas com a sua<br />

religião? <strong>–</strong> quis saber ele. <strong>–</strong> Sou perfeitamente capaz de<br />

tomar conta de mim mesmo.<br />

Como o rapazinho continuasse com a mão estendida,<br />

Thomas pegou o folheto de modo grosseiro, rasgou-o e<br />

colocou-o no bolso. O garoto virou-se e foi embora muito<br />

triste. Mas Thomas não conseguiu tirar os olhos do menino.<br />

Dirigindo-se ao vão de <strong>um</strong>a porta, o juvenil curvou a<br />

cabeça e orou silenciosamente. Thomas observava e<br />

percebeu que lágrimas corriam pela face do menino. O<br />

coração de Thomas foi tocado. Ali estava alguém que se<br />

importava tanto com sua alma, a ponto de oferecer-lhe <strong>um</strong><br />

folheto, e ele o havia rejeitado. A partir daquele momento,<br />

a vida de Thomas tomou <strong>um</strong> r<strong>um</strong>o diferente. Em vez de<br />

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tornar-se engenheiro, tornou-se missionário na América do<br />

Sul.<br />

Alguns, lendo acerca do método que o juvenil usou<br />

para testemunhar, podem acusá-lo de “impor” sua religião<br />

<strong>aos</strong> outros.<br />

- e talvez ele o estivesse fazendo. Alguns podem<br />

concluir que as lágrimas dele provinham de sentimentos<br />

feridos, e não de preocupações pela alma de Thomas <strong>–</strong> e<br />

podem estar certos! Mas outros ainda podem ver nas<br />

lágrimas do rapazinho <strong>um</strong> interesse genuíno pelas almas,<br />

como se estivesse clamando: “Passou a seca, findou o<br />

verão, e nós não estamos salvos” - e talvez estejam<br />

certos! Por que não dar ao garoto o benefício da dúvida?<br />

Testemunhar por Cristo deve ser feito de modo<br />

cativante e inofensivo; as lágrimas derramadas devem<br />

provir de preocupação pelas almas e não de sentimentos<br />

feridos. Mas quem pode contestar o fato de que o Espírito<br />

Santo usou o testemunho do menino para ganhar <strong>um</strong>a<br />

alma para Cristo? Estamos nós fazendo a mesma coisa por<br />

Ele?<br />

Não posso deixar de crer que no grande dia da<br />

colheita, no fim do mundo aquele rapazinho virá com<br />

regozijo, trazendo seu “feixe” de almas!<br />

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LIÇÃO SETE <strong>–</strong> VISITAÇÃO - PARTE UM<br />

I. INTRODUÇÃO<br />

“Um sermão vivo vale 100<br />

sermões”.<br />

(Robert Coleman)<br />

R. Cal Guy, professor de missões, enfatiza que a visita ao novo<br />

decidido deve ser feita dentro de quarenta e oito horas. Ele cita<br />

pesquisas seculares que indicam maior probabilidade de alguém<br />

desistir de qualquer decisão importante nas primeiras quarenta e oito<br />

horas após a decisão. É justamente por causa disso que o inimigo,<br />

Satanás, faz tanta coisa para levar o crente a desistir nos primeiros<br />

dias. Esse é o motivo principal por que o visitador tem que fazer a<br />

visita no dia imediato ao da conversão, se possível.<br />

Esteja certo de que o Espírito Santo o ajudará nesta tarefa e de<br />

que Jesus estará com você todos os dias, porque Ele o prometeu (Mt.<br />

10. 22 e 28. 18-20).<br />

1. BASES BÍBLICAS PARA VISITAÇÃO<br />

Os fundamentos legais: Atos 2. 42; Atos 3.4; Atos 4.20; Atos<br />

5.42; Atos 6.7; Atos 8.4; Atos 12.24; Atos 19.20; Mateus 9.36;<br />

Lucas 13.22; Hebreus 13.3.<br />

2. QUALIFICAÇÕES DO VISITADOR<br />

Além de servo do Senhor Jesus e da submissão ao Espírito<br />

Santo, o visitador evangélico precisa apresentar, pelo menos, as<br />

seguintes qualidades:<br />

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a) Profundo amor às almas perdidas.<br />

b) Leitura diária da Palavra de Deus.<br />

c) Vida de Oração.<br />

d) Relacionamento afável e espontâneo com qualquer <strong>um</strong>.<br />

e) Boa capacidade de atenção e observação.<br />

f) Não se impressionar com o aspecto físico do ambiente.<br />

g) Respeito as idéias religiosas diferentes das suas.<br />

h) Discrição no olhar e moderação dos gestos.<br />

i) H<strong>um</strong>or estável e perseverança no trabalho.<br />

j) Discernimento e sensibilidade espiritual; na conversação não ser<br />

absorvente e nem dominador.<br />

l) Saber escutar pacientemente o novo convertido e seus familiares.<br />

m) Ter cuidado e bom gosto com a aparência pessoal.<br />

n) Evitar intimidade e não invadir a privacidade alheia.<br />

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3. UM PROGRAMA DE VISITAÇÃO OU ESTRATÉGIA DE<br />

VISITAÇÃO<br />

a) Nunca improvisar <strong>–</strong> Planejar é de bom gosto e agrada mais.<br />

b) Nunca demorar <strong>–</strong> É de bom alvitre deixar saudades.<br />

c) Saiba fazê-lo no dia e hora certos, se possível marcado.<br />

d) Saiba ouvir e falar quando necessário.<br />

e) Aos doentes seja breve, e não os deixe falar muito.<br />

f) Selecione <strong>um</strong>a literatura própria; cuidado com textos inoportunos.<br />

g) Faça <strong>um</strong>a seleção de textos próprios para ocasiões específicas.<br />

4. DIFERENTES TIPOS DE VISITAS<br />

a) Visitas de rotina: São aquelas realizadas de <strong>um</strong> modo sistemático<br />

à toda membresia. Tem finalidade de acompanhar o crente,<br />

mostrar o cuidado da Igreja para com ele, apoiá-lo e ajudá-lo em<br />

sua vida espiritual. Nestas visitas quase sempre descobrimos<br />

dificuldades que não vemos na igreja.<br />

b) Visitas a enfermos: Não podemos falhar aqui. É o momento de<br />

maior dificuldade, incerteza e necessidade de apoio. Esta é <strong>um</strong>a<br />

visita de consolo e conforto, onde todos os problemas e<br />

dificuldades devem ser esquecidos e devemos abençoar as<br />

pessoas. Esta visita pode ser à crentes e não crentes.<br />

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c) Visitas <strong>aos</strong> ausentes: Nossas igrejas tem se tornado <strong>um</strong> grande<br />

corredor de passagens. Entram pela porta da frente e saem pela<br />

porta dos fundos. Veja por exemplo o n.º de batismos dos<br />

últimos anos e por várias razões, mas a principal é o abandono<br />

(descaso da igreja quando passaram por dificuldades). Outras<br />

são o pecado, e outras a faltas de firmeza doutrinária, por falta<br />

de assiduidade à igreja.<br />

d) Visitas <strong>aos</strong> <strong>novos</strong> decididos: “A decisão é cinco por cento; o<br />

seguimento a esta decisão é noventa e cinco por cento”. Billy<br />

Grahm.<br />

Precedendo a visitação, é sempre bom enviar <strong>um</strong>a<br />

correspondência da igreja para pessoa que se decidiu, em forma de<br />

carta ou cartão feito para esse fim. Se a visita por qualquer motivo<br />

demorar, a pessoa terá pelo menos <strong>um</strong> sinal inicial de que a igreja se<br />

preocupa com ela.<br />

5. REVISÃO DO CONTEÚDO<br />

Questionário<br />

A. Cite alg<strong>um</strong>as qualidades que o visitador evangélico precisa<br />

R.<br />

apresentar (ver qualificações do visitador)<br />

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B. Quais os diferentes tipos de visitas (ver diferentes tipos de<br />

visitas)<br />

R.<br />

_______________________________________________________<br />

_______________________________________________________<br />

____________________________________________<br />

____________________________________________<br />

___________________________________________<br />

____________________________________________<br />

____________________________________________<br />

____________________________________________<br />

____________________________________________<br />

6. CONSIDERAÇÕES PARA PRÁTICA<br />

Regras Para Visitação <strong>aos</strong> Doentes<br />

Faça visitas freqüentes, mais breves.<br />

Deixe que o paciente tome a iniciativa de dar a mão para<br />

c<strong>um</strong>primentar.<br />

Fique de pé ou sentado onde o paciente possa vê-lo com<br />

facilidade.<br />

O lado da cama é mais adequado do que o pé da mesma.<br />

Dê ao paciente liberdade para falar livremente e ouça com atenção<br />

enquanto ele fala.<br />

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Use seus recursos como cristão: oração, Escrituras, comentários<br />

de encorajamento, etc.<br />

A oração audível ou não deve ser determinado pelo Espírito Santo<br />

e pela situação, que implica no nível espiritual do paciente, o<br />

número de pessoas presentes, etc.<br />

Faça <strong>um</strong>a breve e discreta oração, mesmo que o enfermo não<br />

solicite.<br />

Tome as precauções recomendadas no caso de doença contagiosa.<br />

Deixe alg<strong>um</strong> material devocional.<br />

Avalie cada visita para determinar como podem ser melhores no<br />

futuro.<br />

7. INFORMAÇÕES IMPORTANTES<br />

A. O corpo h<strong>um</strong>ano, como todos sabem, é <strong>um</strong> organismo notável.<br />

Composto de bilhões de células, inúmeros elementos químicos,<br />

centenas de músculos, quilômetros de vasos sanguíneos e <strong>um</strong>a<br />

variedade de órgãos, o corpo h<strong>um</strong>ano pode crescer, curar-se a<br />

si mesmo, lutar contra a doença, adaptar-se a mudanças de<br />

temperatura, reagir ao estímulo do ambiente, e sobreviver a<br />

n<strong>um</strong>erosos abusos físicos. Mas o corpo não vive para sempre,<br />

pelo menos neste mundo. Alg<strong>um</strong>as vezes os danos sofridos não<br />

podem ser reparados. Ele pode se deteriorar se não for cuidado<br />

e eventualmente se desgasta.<br />

B. Quando temos saúde, geralmente não nos preocupamos com o<br />

corpo. Resfriados e crises periódicas de gripe são incômodos,<br />

mas quase sempre interrupções apenas temporárias das<br />

atividades da vida. Porém, quando a doença é mais séria,<br />

penosa, ou de mais longa duração, somos forçados a<br />

reconhecer as nossas limitações. A doença, é mais do que<br />

61


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falta de saúde. Trata-se de <strong>um</strong>a expressão de nossas<br />

limitações físicas, emocionais e espirituais. Ela é <strong>um</strong>a<br />

indicação viva de que somos seres h<strong>um</strong>anos, habitando <strong>um</strong><br />

corpo destinado a morrer. Desde que a maioria de nós tenta<br />

evitar pensamentos sobre a doença e alg<strong>um</strong>as vezes até<br />

ignora os sintomas, torna-se difícil tolerar ou aceitar a doença<br />

quando ela vem. A doença inibe as nossas atividades, nos<br />

atrasa, torna a vida mais difícil, e com freqüência parece não<br />

ter significado ou propósito. Se a moléstia persiste, somos<br />

inclinados a fazer perguntas difíceis, como: “Porque eu?” ou<br />

“Porque isso aconteceu agora?” E muitas vezes a enfermidade<br />

é acompanhada de sentimento de ira, desanimo, solidão,<br />

amargura e confusão. Aconselhar os doentes e suas famílias<br />

torna-se então <strong>um</strong> grande desafio para os conselheiros<br />

cristãos.<br />

8. CONTEXTUALIZAÇÃO BÍBLICA<br />

A. Considerações<br />

A doença é <strong>um</strong>a questão que as Escrituras mencionam em muitas<br />

de suas páginas. A doença de Miriam, Naamã, Nabucodonosor, o filho<br />

recém-nascido de Davi, Jô, e vários outros é descrita com clareza<br />

tanto no Velho como no Novo Testamento. Quando Jesus veio<br />

pessoalmente a terra, seu interesse pelos doentes se destacou tanto<br />

que praticamente <strong>um</strong> quinto dos Evangelhos é dedicado ao tema da<br />

cura. Os discípulos deveriam continuar este ministério de cura, e o<br />

Livro de Atos registra como a primeira igreja cuidou dos enfermos.<br />

B. Quatro Conclusões a Serem Observadas Pelos Conselheiros<br />

a. A doença faz parte da vida;<br />

b. Cuidado, compaixão e cura são importantes para os cristãos;<br />

c. Doença, pecado e fé não coisas necessariamente relacionadas;<br />

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a. “A doença faz surgir questões difíceis e cruciais sobre o<br />

sofrimento."<br />

Rev. Airton S. Schroeder, Pastor Luterano e Técnico da<br />

Diaconia.<br />

I. INTRODUÇÃO<br />

VISITAÇÃO - PARTE DOIS<br />

A visitação deve ser feita de preferência por alguém que possa<br />

continuar acompanhando a pessoa. O conselheiro procurará saber<br />

quem a influenciou a visitar a igreja e incluir essa pessoa no plano,<br />

levando-a a adotar o novo crente. Se a tal pessoa dispõe de<br />

condições, poderá prosseguir sozinha o trabalho. Se não tem<br />

treinamento, poderá ser ajudada pelo conselheiro. O importante é<br />

não deixar o recém convertido sem acompanhamento. A pequena<br />

semente que foi lançada em seu coração pode ser facilmente levada.<br />

É importante observar isso.<br />

A. Alguns Cuidados Necessários Antes Da Visitação<br />

Se o novo convertido é do sexo feminino e casada e o marido<br />

não está em casa não é aconselhável a visitação, se for por<br />

parte de visitador masculino. O melhor é ser <strong>um</strong> visitador do<br />

sexo feminino ou em dupla (feminino e masculino).<br />

Verificar a melhor hora para a visita e respeitar os programas<br />

da família, principalmente se há mais gente que não se decidiu<br />

e não está motivada.<br />

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Sempre que possível, programe a visita antes com a família e<br />

não bata à sua porta de surpresa.<br />

Esteja preparado para <strong>um</strong> possível desestímulo ou indisposição<br />

do decidido, alguns dias após a sua decisão.<br />

B. O Que Fazer Durante Uma Visita<br />

Depois de <strong>um</strong> certo tempo, é possível que a pessoa não esteja<br />

mais motivada para o evangelho. Há muita pressão da<br />

sociedade e até de familiares sobre as mudanças religiosas das<br />

pessoas. Assim, o conselheiro ou visitador deve tornar essa<br />

visita bem natural e interessante. Ao chegar, prepare o<br />

ambiente e procure conhecer melhor a família.<br />

Em <strong>um</strong> segundo momento, faça a transição para a decisão da<br />

pessoa. Peça-lhe que fale em detalhe como foi a sua ida à<br />

igreja, como acompanhou a mensagem e como chegou ao<br />

ponto de decidir-se. Procure saber até que ponto o seu<br />

comprometimento com aquela decisão.<br />

Em <strong>um</strong> terceiro momento, exponha-lhe melhor o plano de<br />

salvação. Termine esta exposição com ênfase na certeza da<br />

salvação.<br />

N<strong>um</strong> quanto momento, ensine o nove crente a usar a Bíblia e<br />

encoraje-o a iniciar a leitura, começando pelo Novo<br />

Testamento.<br />

N<strong>um</strong> último momento, fale da oração, ensinado a pessoa a orar<br />

e a confiar na oração.<br />

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Se não for possível fazer tudo isto n<strong>um</strong>a só visita, divida-o em<br />

duas ou três.<br />

O sucesso desse trabalho vai depender do grau de confiança e<br />

de simpatia que a pessoa depositar no visitador. Daí o visitador<br />

deve ser autêntico, sincero e manter <strong>um</strong>a vida de oração,<br />

pondo, de fato, o seu coração nesse trabalho. Do contrário,<br />

tudo será artificial.<br />

C. Alguns Cuidados Especiais<br />

O trabalho de visitação não deve ser forçado, assim como o<br />

visitador não deve mostrar-se fadigado, do mesmo modo a<br />

suas visitas não devem produzir cansaço ao novo convertido e<br />

nem <strong>aos</strong> familiares.<br />

As visitas não devem ser ac<strong>um</strong>uladas, de modo que a agenda<br />

do visitador fique com excessos sucessivos para o mesmo dia.<br />

As concessões podem, e até devem ser feitas, mas não podem<br />

se transformar em estilo de trabalho do visitador.<br />

Uma agenda excessivamente cheia pode prejudicar a visitação<br />

e até tornar o obreiro vazio de inspiração espiritual.<br />

O visitador deve fazer o possível para concentrar as visitas em<br />

<strong>um</strong>a só região ou <strong>um</strong> só bairro, tendo cuidado de separar os<br />

endereços mais próximos.<br />

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D. Aplicando A Visitação N<strong>um</strong>a Igreja Modelo<br />

a) Nos dias seguintes ao da decisão, todos os decididos precisam<br />

receber <strong>um</strong>a visita. Sempre haverá decisões de naturezas<br />

diferentes. É aconselhável que tenham preferência na visitação<br />

as pessoas que aceitam Cristo como Salvador. A necessidade de<br />

confirmar sua decisão é mais urgente do que a dos outros. A<br />

visita da Igreja revela ao decidido o interesse que ela tem nele.<br />

Vai apoiá-lo. Ele saberá que seu valor como novo crente é real<br />

não só para eternidade com Cristo, mas também para o trabalho<br />

da igreja. Muito importante também é que se duas pessoas<br />

forem visitá-lo, ele terá oport<strong>unidade</strong> de conhecer mais essas<br />

duas pessoas, e a igreja vai se tornando, para ele, menos<br />

desconhecida e estranha.<br />

b) As visitas imediatas têm como finalidade maior firmar o decidido<br />

na igreja. Os visitadores podem ter mais tempo para explicar a<br />

decisão e responder as dúvidas do crente novo. Receios para<br />

participar dos cultos n<strong>um</strong>a igreja evangélica podem ser<br />

afastados. A formação de amizades terá começo. Mas do que<br />

qualquer outro fator h<strong>um</strong>ano, amizades podem contribuir para<br />

permanência de <strong>um</strong> crente novo na igreja. Eles podem lembrá-lo<br />

do Encontro dos Novos Convertidos, oferecendo-se para<br />

acompanhá-lo.<br />

c) Não é <strong>um</strong>a coisa fácil de começar. Sempre temos temores do que<br />

vamos encontrar em cada visita, mas lembramos que o nosso<br />

trabalho é basicamente com pessoas já convertidas o que torna a<br />

nossa presença <strong>um</strong> fator de bênção. Contudo, alguns cuidados<br />

tomamos:<br />

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Evitamos chegar na parte da manhã. É hora de trabalho,<br />

especialmente para as donas de casa. Nunca chegamos na hora<br />

das refeições também. Não é bom.<br />

Somos bastante breves em nossa permanência, salvo nas<br />

situações que venhamos identificar. Mas somos breve.<br />

Deixamos as pessoas desejando que voltemos e não o<br />

contrário.<br />

Evitamos falar nossos dos problemas, não estamos ali para<br />

isso. Falamos da igreja, dos seus programas e das coisas boas<br />

que ela está realizando. Evitamos falar também dos problemas<br />

da Igreja, pois que eles são assuntos nossos e do Pastor, não<br />

dos <strong>novos</strong> crentes.<br />

Não alimentamos insatisfações. Quando <strong>um</strong>a pessoa está com<br />

problemas, ela vê dificuldades em tudo e se nós a estimularmos<br />

poderá confirmar suas posições conflitantes .<br />

Nunca pedimos nada, poderemos ser mal interpretados (café,<br />

sucos, lanches, etc.).<br />

Não deixamos de ler <strong>um</strong>a passagem da Palavra de Deus, nem<br />

de orar. Quando é o caso pedimos para abaixar o vol<strong>um</strong>e ou<br />

desligar o rádio ou televisão. Convidamos todos os presentes<br />

para participar deste momento. Falamos das grandezas do<br />

Reino de Deus.<br />

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Modelo de Ficha de Visitação<br />

NOME DA IGREJA QUE VAI UTILIZAR O MODELO<br />

DATA: ___/___/_______<br />

Nome do Pastor da Igreja<br />

Atividade de Visitação<br />

VISITADOR ____________________<br />

NOME: ________________________________________________<br />

ENDEREÇO: ____________________________________________<br />

_______________________________________________________<br />

_______________________________________________________<br />

Tel: Residencial: _______________________________________<br />

Cel. : __________________________________________________<br />

PONTO DE REFERÊNCIA:<br />

_______________________________________________________<br />

_______________________________________________________<br />

Obs.: __________________________________________________<br />

_______________________________________________________<br />

_______________________________________________________<br />

DATA DA CONVERSÃO: ________/_______/____________<br />

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II. REFLEXÃO TEMÁTICA<br />

SERMÃO SILENCIOSO<br />

Que importância tem a nossa comunhão na igreja<br />

local? Deixe-me responder a esta pergunta com <strong>um</strong>a<br />

história.<br />

Um pastor estava preocupado com a ausência de<br />

<strong>um</strong> homem que normalmente vinha <strong>aos</strong> cultos. Depois<br />

de alg<strong>um</strong>as semanas, ele decidiu visitá-lo. Quando o<br />

pastor chegou à casa deste homem, ele o encontrou<br />

sozinho, sentado diante de <strong>um</strong>a lareira. O pastor puxou<br />

<strong>um</strong>a cadeira e se sentou ao lado do homem. Mas<br />

depois de sua saudação inicial, ele não disse mais nada.<br />

Os dois ficaram sentados em silêncio por alguns<br />

minutos, enquanto o pastor olhava para as chamas na<br />

lareira. Então, pegou as pinças e tomou<br />

cuidadosamente <strong>um</strong>a brasa acesa das chamas e a<br />

colocou de lado. Sentou-se de volta na sua cadeira,<br />

ainda em silêncio. O seu anfitrião observou em reflexão<br />

silenciosa como a brasa começou a tremular e se<br />

apagou. Pouco depois, estava fria e sem vida.<br />

O pastor olhou no seu relógio e disse que tinha<br />

que ir embora, mas antes disso pegou a brasa fria e a<br />

colocou de volta no fogo. Imediatamente, ela começou<br />

a luzir novamente com a luz e o calor do carvão aceso<br />

ao seu redor.<br />

Quando o pastor se levantou para sair, o homem<br />

também se levantou e lhe deu <strong>um</strong> aperto de mão.<br />

Então, com <strong>um</strong> sorriso no seu rosto, ele disse:<br />

“Obrigado pelo sermão, pastor. Eu vejo o senhor na<br />

igreja, no domingo”.<br />

A comunhão calorosa da igreja vai evitar com que<br />

o seu coração esfrie.<br />

David Roper<br />

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LIÇÃO OITO - DISCIPULANDO CRIANÇAS<br />

Qualquer que não receber o reino de<br />

Deus como menino, de maneira nenh<strong>um</strong>a<br />

entrará nele”.<br />

Marcos 10.15<br />

Embora a Bíblia seja muito clara quanto à<br />

possibilidade de <strong>um</strong>a criança aceitar Cristo, não apresenta<br />

exemplos específicos que ensine como integrá-las. Sem<br />

dúvida, os princípios gerais já examinados são válidos no<br />

trabalho com crianças e adolescentes, mas há diferença na<br />

aplicação.<br />

Na realidade, o processo de integração é inesgotável<br />

na vida de qualquer crente. Essa verdade se acentua com a<br />

idade mais jovem e a responsabilidade da igreja se torna<br />

também maior. Crianças e adolescentes carecem de muito<br />

tempo para entender doutrina e prática da igreja. Passam-<br />

se anos até que alguns crentes encontrem oport<strong>unidade</strong><br />

para certas aplicações. Os adolescentes precisam de muito<br />

poder espiritual para vencer as fortes tentações que vêm<br />

sobre eles. Necessitam ouvir as mesmas verdades<br />

repetidas vezes de fontes diferentes e, na hora da crise,<br />

encontrarão a resposta certa e espontaneamente.<br />

A proporção maior da população brasileira é de vinte e<br />

cinco anos ou menos de idade. Ganhar o Brasil para Cristo<br />

implica na conquista dessa faixa etária. Se quisermos ser<br />

bem sucedidos, devemos estar preparados para conservar<br />

e integrar esses <strong>convertidos</strong>, estimulando-os a entrarem<br />

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conosco na batalha para a conquista de seus colegas para<br />

Cristo.<br />

DIFERENÇAS NOS MÉTODOS EMPREGADOS<br />

A- O Plano da Salvação<br />

O plano da salvação deve ser também colocado para a<br />

criança. Pode parecer contra-indicado falar-se do pecado<br />

com crianças. Mas se não há pecado, não há necessidade<br />

de salvação.<br />

A evangelização deve começar na criança quando ela<br />

atinge a idade da consciência. Naturalmente esta idade<br />

varia de pessoa para pessoa, mas não será difícil entender-<br />

se quando certa criança já sabe o que é certo e o que é<br />

errado.<br />

Por causa da natureza da criança, nunca devemos<br />

pura e simplesmente, em evangelismo pessoal, tentar<br />

aplicar o plano no esquema já apresentado nesta apostila.<br />

A conversa sempre deve partir de alg<strong>um</strong> fato positivo.<br />

Histórias bíblicas são muito eficientes para começar.<br />

Também poderemos usar histórias morais. O plano da mão<br />

tem sido muito útil na evangelização de crianças.<br />

Mostrando a mão para a criança, começamos com o dedo<br />

polegar, dizendo: Deus ama você (João 3.16). O dedo<br />

indicador, que serve para contar, é usado para a<br />

declaração: Você é pecador (Rom. 3:23). O dedo médio<br />

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lembra Cristo crucificado entre dois malfeitores (o médio<br />

está entre dois dedos menores: o indicador e o anular), e<br />

lembra a declaração: Cristo morreu por mim (Rom. 5:8). O<br />

dedo anular, que lembra o anel e daí a idéia de receber, faz<br />

a declaração: Recebo a Cristo como meu Salvador (João<br />

1:12). Finalmente, o mínimo lembra <strong>um</strong> bebê, e daí a idéia<br />

de nova criatura e novo nascimento (II Cor. 5:17).<br />

De qualquer maneira, o evangelista deve criar<br />

recursos e caminhos <strong>novos</strong> para expor o plano à criança.<br />

Não se deve enfatizar a idéia de inferno para a criança, mas<br />

ressaltar a idéia do céu e do amor de Deus. Para averiguar<br />

e lidar com a idéia ou consciência do pecado, devemos<br />

saber da criança o que ela pensa sobre o pecado. Em<br />

última análise, ela deve entender pecado como<br />

desobediência, e a melhor figura é a desobediência <strong>aos</strong><br />

pais. E a razão porque Deus condena o pecado é a mesma<br />

pelas quais os pais não querem que os filhos desobedeçam,<br />

porque querem que eles façam as coisas corretamente.<br />

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MÃOS QUE SALVAM<br />

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B <strong>–</strong> O Apelo<br />

O apelo, na evangelização de crianças, pode ser feito<br />

em evangelismo pessoal ou de massa.<br />

a) O apelo em cultos e reuniões com crianças<br />

Damos, a seguir, alguns passos n<strong>um</strong> apelo:<br />

Prepare o ambiente através da oração.<br />

Certifique-se de que todos entenderam a mensagem.<br />

Explique, claramente o que você quer de cada <strong>um</strong>:<br />

que aceite a Cristo como seu Salvador.<br />

O sinal pode ser por levantar a mão ou por vir à<br />

frente. A criança não tem problemas em ir à frente.<br />

Procure evitar que outras crianças também levantem a<br />

mão só para imitar alg<strong>um</strong>as que o estão fazendo.<br />

Esclareça que não se recebe a Cristo mais de <strong>um</strong>a<br />

vez; esta decisão vale para toda a vida.<br />

Separe as crianças que se decidiram e faça o trabalho<br />

de aconselhamento com elas.<br />

Alguns cuidados especiais nesse aconselhamento:<br />

1- Teste a experiência que a criança teve.<br />

2- Procure saber se ela realmente está entendendo o<br />

que está fazendo.<br />

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3- Leia para ela João 1:12 e 5:24. Mostre-lhe que o<br />

que Jesus dá, é para sempre.<br />

4- Procure mostrar à criança como agora poderá ter<br />

vitória sobre o pecado e vencer sempre com Cristo.<br />

5- Mostre-lhe que Cristo agora é seu amigo para<br />

sempre, até quando se tornar <strong>um</strong> adulto e até o fim<br />

da vida.<br />

6- Repita estas verdades várias vezes, até que tenha a<br />

certeza de que a criança assimilou a mensagem.<br />

7- Ore com a criança, por seus pecados, e agradeça a<br />

sua salvação em Cristo. O que vimos aqui é <strong>um</strong><br />

apelo em reuniões maiores.<br />

b) O apelo em evangelismo pessoal<br />

Se o evangelista está trabalhando só com <strong>um</strong>a criança<br />

ou duas, o apelo precisa ser diferente. O apelo virá de<br />

acordo com a conversa e com a aceitação da criança do<br />

assunto que se desenvolve. Terminando de expor o plano<br />

da salvação, e vendo que a criança entendeu, o evangelista<br />

naturalmente fará a transição para o apelo: “E agora,<br />

Marcos, diante do que você ouviu e entendeu, você não<br />

quer entregar a sua vida a Jesus e recebê-lo como seu<br />

Salvador?” Dialogue com a criança sobre a decisão. Peça-<br />

lhe para acompanhá-lo n<strong>um</strong>a oração. Faça <strong>um</strong>a oração<br />

simples de decisão. Depois da decisão, abrace-a e ore com<br />

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ela, agora agradecendo a Deus por sua atuação na vida<br />

daquela criança.<br />

C <strong>–</strong> Aconselhamento Acerca da Salvação<br />

É a primeira conversa que se tem com a criança<br />

decidida ou interessada em receber o Salvador. Muitos são<br />

levados a se manifestarem publicamente durante o apelo,<br />

mas nunca demonstram fruto da salvação. O<br />

aconselhamento é o “coração” do evangelismo.<br />

Procure diagnosticar a situação da criança com<br />

perguntas claras, que forneçam respostas completas e<br />

sinceras. Alg<strong>um</strong>as crianças são tímidas e podem ficar mais<br />

a vontade depois de alg<strong>um</strong>as perguntas particulares, por<br />

ex., sobre sua escola, família, idade, nome completo, etc.<br />

Lembre-se de que o aconselhamento deve ser na força<br />

do Senhor e por isso use sua Bíblia, também. Alguns<br />

versículos poderão ser lidos pela própria criança, se ela<br />

souber.<br />

PASSOS NO ACONSELHAMENTO<br />

1. Diagnóstico da real situação espiritual da criança.<br />

Pergunte a razão de haver atendido ao apelo, ou por que<br />

está ali.<br />

É possível que esteja imitando outra criança, ou queira<br />

agradar ao dirigente (professor), ou não tenha certeza de<br />

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Salvação ou ainda porque tenha dúvidas da Salvação por<br />

haver pecado em sua vida. Claro que haverá aquelas que<br />

são sinceras e realmente atenderam ao apelo.<br />

2. Recapitule a Mensagem da Salvação com a criança<br />

sincera e se ela ainda não orou, recebendo o Salvador,<br />

então, oriente-a como deve fazer isto. Deixe claro que na<br />

oração ela fala com o Senhor Jesus; se precisar de ajuda,<br />

você poderá fazê-lo, mas é algo entre ela e o Senhor. Caso<br />

a criança prefira orar sozinha, peça que seja em voz<br />

audível; por exemplo: “Querido Deus, sei que pequei e<br />

preciso de perdão. Creio que Jesus morreu pelo meu<br />

pecado. Perdoa o meu pecado e faça com que eu siga a Tua<br />

vontade. Seguirei a Cristo como meu Salvador e Senhor e<br />

irei obedecê-lo em tudo que fizer. Eu oro em nome de<br />

“Jesus”. Amém.<br />

3. Verifique a situação espiritual da criança, após ter<br />

orado aceitando a Cristo (ou se apropriando da Salvação)<br />

com alg<strong>um</strong>as perguntas do tipo: O que você acabou de<br />

fazer? Quem é Jesus? O que Ele fez? Do que Jesus salva?<br />

Você crê que Jesus realmente é o seu Salvador? (Uma boa<br />

resposta tem base bíblica; ajude a criança com <strong>um</strong><br />

versículo). Onde está Jesus agora? Como você responderia<br />

a alguém que lhe perguntasse se você é salvo? (Deixe a<br />

Bíblia falar, mencionando <strong>um</strong> versículo de segurança da<br />

Salvação; leia-a ou deixe a criança ler.) Você acha que<br />

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nunca mais vai pecar? (Mostre 1 João 1:8 e explique sobre<br />

as duas naturezas do crente; leia 1 João 1:9 e oriente<br />

sobre a confissão de pecado.) Você sabe que agora tem<br />

dois aniversários? (Explique sobre a família espiritual e a<br />

necessidade de crescer, mencione a oração e leitura da<br />

Bíblia para o crescimento espiritual.)<br />

Atenção: Procure fazer a verificação e o início do aconse-<br />

lhamento sobre a vida cristã calmamente, aguardando<br />

resposta para cada pergunta. Pode ser necessário usar<br />

palavras sinônimas para a compreensão da criança.<br />

4. Certeza da Salvação. A verificação já deve estar<br />

encaminhando a conversa para isso e assim, continue com<br />

a Bíblia aberta, mostrando versículos e explicando-os à<br />

criança, ou fazendo perguntas que favoreçam a<br />

compreensão dela. João 1:12 diz: “feitos filhos de Deus”<br />

<strong>um</strong>a vez filho, para sempre filho.<br />

vida”.<br />

João 5:24 é claro: “tem a vida eterna” tem é hoje.<br />

1 João 5:11-13 também diz: “quem tem o Filho, tem a<br />

João 10:28: “...das mãos do Pai, ninguém pode tirar”.<br />

Hb 13:5b: “...de maneira nenh<strong>um</strong>a te deixarei, nunca<br />

jamais te abandonarei”.<br />

Lembre-se de usar apenas <strong>um</strong> versículo e os dois<br />

últimos são para segurança da Salvação; selecione o que<br />

achar melhor.<br />

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5. O QUE ESPERAR DE UMA CRIANÇA CONVERTIDA<br />

a) Alg<strong>um</strong>as evidências são esperadas na vida do salvo e<br />

devemos orar pelas crianças que atendem ao apelo, são<br />

sinceras e recebem a certeza da Salvação, para que<br />

possam demonstrar a nova vida, através de:<br />

Tristeza ao pecar, desejo de confessar o pecado e ter<br />

vitória, agradando ao Senhor.<br />

Amor pela Bíblia e desejo de aprender dela.<br />

Desejo de testemunhar de Jesus <strong>aos</strong> outros.<br />

Interesse pelos assuntos espirituais.<br />

Mudanças de atitudes, progredindo na vida cristã.<br />

b) Quando <strong>um</strong>a criança não demonstra nenh<strong>um</strong>a evidência<br />

do novo nascimento em sua vida, é motivo para nos<br />

preocuparmos, tomando alg<strong>um</strong>as decisões, como:<br />

Orar insistentemente por ela e pela atuação do<br />

Espírito Santo em sua vida.<br />

Conversar pessoalmente com ela, deixando claro o<br />

que Jesus espera dela, <strong>um</strong>a vez que atendeu ao<br />

convite de recebê-lo.<br />

Caso persista em não demonstrar real mudança,<br />

procure levá-la a <strong>um</strong>a decisão, apresentando<br />

novamente a Mensagem da Salvação.<br />

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c) Conclusão<br />

Alg<strong>um</strong>as evidências vão acontecer normalmente com<br />

<strong>um</strong>a criança convertida: convicção de pecado e desejo<br />

de endireitar para sempre sua vida diante de Deus e<br />

diante dos homens (a criança é sempre muito fiel nos<br />

seus tratos); amor pela Bíblia (ela deverá ser<br />

encorajada a lê-la); desejo de testemunhar de Cristo<br />

(a criança não consegue esconder certas coisas boas<br />

que descobre); amor à igreja de Cristo.<br />

Não se esqueça, porém, que <strong>um</strong>a criança convertida<br />

será ainda <strong>um</strong>a criança e fará coisas de criança. Um<br />

grande mal de muitas igrejas e muitos crentes é<br />

querer que <strong>um</strong>a criança convertida aja como adulto.<br />

Isto é contra a ordem natural das coisas. Então, essa<br />

criança vai brincar de pique no pátio do templo,<br />

tranqüilamente e fará outras coisas de criança.<br />

Uma criança realmente convertida tornar-se-á <strong>um</strong><br />

adulto de boa índole e vitorioso. Muitos vícios jamais<br />

atingirão a vida de <strong>um</strong>a pessoa que se converteu em<br />

criança. Estatísticas provam que os melhores líderes<br />

do mundo são aqueles que se converteram quando<br />

criança. Isto é possível verificar em países em que o<br />

evangelho tem mais tempo de atuação, como é o caso<br />

dos Estados Unidos.<br />

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Portanto, se quisermos igrejas fortes no futuro,<br />

teremos que investir na evangelização e educação<br />

religiosa das crianças. E o Brasil é <strong>um</strong> país de grande<br />

porcentagem de crianças. Eis aí, portanto, o nosso<br />

grande desafio.<br />

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO<br />

Reflita sobre Provérbios 22.6 que diz: Ensina o menino no<br />

caminho que deve andar, e, ainda quando for velho, não se<br />

desviará dele.<br />

1. Leia mais <strong>um</strong>a vez em sua apostila na página 68 e<br />

preencha as lacunas.<br />

a) A evangelização deve começar na criança quando ela<br />

atinge a idade da ________________.<br />

b) Naturalmente esta idade varia de pessoa para pessoa,<br />

mas não será difícil entender-se quando certa criança já<br />

sabe o que é __________e o que é ___________.<br />

2. Você concorda que por causa da natureza da criança,<br />

devemos evangelizá-la aplicando métodos mais simples, de<br />

modo que a conversa deva partir de alg<strong>um</strong> fato positivo?<br />

( ) SIM ( ) NÃO.<br />

3. Se você respondeu sim a esta pergunta, explique com<br />

suas palavras: que métodos devemos utilizar para<br />

evangelizar <strong>um</strong>a criança?<br />

_______________________________________________<br />

_______________________________________________<br />

_______________________________________________<br />

_______________________________________________<br />

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4. Desenhe sua mão em <strong>um</strong>a folha à parte e coloque dentro<br />

de sua Bíblia (de preferência na contra-capa) para ficar<br />

bem visível. Não esqueça de colocar em cada dedo o<br />

versículo apropriado.<br />

5. De acordo com a lição, existem diferenças em relação ao<br />

apelo em cultos e reuniões com várias crianças e, o apelo<br />

em relação ao evangelismo com apenas <strong>um</strong>a ou duas<br />

crianças. Você pode explicar com suas palavras? (ver<br />

página 70 e 71 da apostila do aluno).<br />

_______________________________________________<br />

_______________________________________________<br />

_______________________________________________<br />

_______________________________________________<br />

_______________________________________________<br />

_______________________________________________<br />

_______________________________________________<br />

_______________________________________________<br />

_______________________________________________<br />

_______________________________________________<br />

6. Você acha importante o aconselhamento para a criança<br />

que atendeu ao apelo do evangelista? Por quê?<br />

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_______________________________________________<br />

_______________________________________________<br />

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