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As asas de um anjo - a casa do espiritismo

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Carolina – Eu te amo, Luís! Deus sabe que po<strong>de</strong>r tem este amor em minha<br />

alma; Deus sabe que para partilhá-lo contigo, para ser amada por ti, eu<br />

daria, talvez não creias, eu daria o amor <strong>de</strong> minha filha! Porém nada neste<br />

mun<strong>do</strong> me faria sacrificar a tua felicida<strong>de</strong>!<br />

Luís – Como te enganas! Não é <strong>um</strong> sacrifício.<br />

Carolina – Queres dar-me à custa <strong>de</strong> tua honra, <strong>um</strong> título <strong>de</strong> que eu me<br />

tornei indigna. Não <strong>de</strong>vo aceitá-lo.<br />

Mas eu também te amo!...<br />

Carolina – Tu?... Tu me amas... Luís?... Não acredito!...<br />

Luís – Deves acreditar.<br />

Carolina – Não! Não é possível! Depois <strong>do</strong> meu crime, Deus não podia darme<br />

tanta ventura! Que reservaria Ele para a virtu<strong>de</strong>?<br />

Luís– Deus já te per<strong>do</strong>ou, Carolina. Vê!<br />

Carolina – Um altar?<br />

Luís – Que nos espera.<br />

Carolina – Luís, pelo que há <strong>de</strong> mais sagra<strong>do</strong>, respon<strong>de</strong>-me: este <strong>casa</strong>mento<br />

é necessário para a tua felicida<strong>de</strong>?<br />

Luís – Eu te juro!...<br />

Carolina – Então... C<strong>um</strong>pra-se a tua vonta<strong>de</strong>!<br />

CENA IX<br />

(Antônio)<br />

(Cena muda. Toca a música durante o tempo em que celebra o <strong>casa</strong>mento.<br />

Pouco <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> esvaziar-se acena, Antônio, quebra<strong>do</strong> pelos anos e<br />

encaneci<strong>do</strong>, entra; olha com <strong>um</strong>a admiração profunda o que se passa na<br />

sala imediata. Ajoelha e reza.)<br />

CENA X<br />

(Antônio, Luís e Carolina)<br />

Antônio – Ah!...<br />

Luís – Antônio, eu te restituo a filha que per<strong>de</strong>ste.<br />

Carolina – Meu pai!...<br />

Antônio – Carolina!...<br />

Luís – Abençoa tua filha!<br />

Antônio – Depois que ela me per<strong>do</strong>ar!<br />

Carolina – Sou eu que preciso <strong>de</strong> perdão!... Meu pai!... (Abraçam-se)<br />

Luís – Agora, Antônio, entra naquela sala; <strong>de</strong>ixa-me dizer duas palavras à<br />

minha mulher.<br />

CENA XI<br />

(Luís e Carolina)<br />

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