As asas de um anjo - a casa do espiritismo
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CENA VII<br />
(Os mesmos, Carolina e Margarida)<br />
Carolina – Minha filha!... Como está bonita!... Tu conheces tua mãe?...<br />
Abraça-me!<br />
Luís – Tem ânimo <strong>de</strong> separá-las?<br />
Ribeiro – Custa-me!... É verda<strong>de</strong>!<br />
Luís – Não lhe digo nada mais, Sr. Ribeiro. Ali está <strong>um</strong>a mulher que o senhor<br />
fez <strong>de</strong>sgraçada; hoje que ela vai reabilitar-se, consulte a sua consciência, e<br />
proceda como enten<strong>de</strong>r. Se julga que <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> a ter seduzi<strong>do</strong> <strong>de</strong>ve ser <strong>um</strong><br />
obstáculo à sua regeneração, arranque-lhe a filha <strong>do</strong>s braços e complete a<br />
sua obra.<br />
Ribeiro – Se soubesse como amo esta menina!<br />
Luís – Não mostra!<br />
Ribeiro – Que diz, senhor!<br />
Luís – Se a amasse verda<strong>de</strong>iramente não hesitaria em fazer-lhe esse<br />
sacrifício. Que respon<strong>de</strong>rá o senhor <strong>um</strong> dia à sua filha quan<strong>do</strong> ela lhe<br />
perguntar por sua mãe?...<br />
Ribeiro – Basta, senhor!<br />
Carolina (assustada) – Quer levá-la outra vez?<br />
Ribeiro – Quero dizer-lhe a<strong>de</strong>us.<br />
Carolina – Ah!...<br />
Margarida (baixo, a Luís – Antônio está aí.<br />
Luís – Man<strong>de</strong> que espere <strong>um</strong> momento. (Sai Margarida com a menina)<br />
CENA VIII<br />
(Luís e Carolina)<br />
Luís – Estás satisfeita, Carolina?<br />
Carolina – Tanto quanto me é possível!<br />
Luís – Ainda te falta alg<strong>um</strong>a coisa, não é verda<strong>de</strong>?<br />
Carolina – Falta-me o que nunca mais po<strong>de</strong>rei obter!...<br />
Luís – Por quê? Não te prometi há pouco?<br />
Carolina – Sim: mas essa promessa não se realizará...<br />
Luís – Depen<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong>a palavra tua.<br />
Carolina – Como?...<br />
Luís – Consentes em ser minha mulher?<br />
Carolina – Luís!...<br />
Luís – Respon<strong>de</strong>!<br />
Carolina – Não!<br />
Luís – Recusas, Carolina?<br />
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