19.04.2013 Views

As asas de um anjo - a casa do espiritismo

As asas de um anjo - a casa do espiritismo

As asas de um anjo - a casa do espiritismo

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Antônio – Pois é o que basta. Quan<strong>do</strong> me casei com tua mãe ela não sabia<br />

que história era essa <strong>de</strong> amor; e nem por isso <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> gostar <strong>de</strong> mim, e<br />

ser <strong>um</strong>a boa mulher.<br />

Margarida – Entretanto, Antônio, não há pressa; Carolina há <strong>de</strong> fazer <strong>de</strong>zoito<br />

anos pela Páscoa.<br />

Carolina – É verda<strong>de</strong>, mãezinha; sou muito moça; posso esperar...<br />

Antônio – Esperar!... Não enten<strong>do</strong> disto; quero as coisas ditas e feitas. Tu<br />

tens amiza<strong>de</strong> a teu primo; ele te paga na mesma moeda; portanto só falta ir<br />

à igreja. Domingo...<br />

Carolina - Meu pai!... Por quem é!...<br />

Margarida – Ouve, Antônio; é preciso também não fazer as coisas com<br />

precipitação. (LUÍS aparece)<br />

Antônio – Não quero ouvir nada. Domingo... está <strong>de</strong>cidi<strong>do</strong>.<br />

Carolina – Ah! Mãezinha, <strong>de</strong>fenda sua filha!...<br />

Margarida – Que posso eu fazer, Carolina? Tu não conheces o gênio <strong>do</strong> teu<br />

pai!! Quan<strong>do</strong> teima...<br />

Antônio – Não é teima, mulher. Luís há <strong>de</strong> ser <strong>um</strong> bom mari<strong>do</strong> para ela. Se<br />

não fosse isto não me importava. Quero-lhe tanto bem como tu!<br />

Carolina (choran<strong>do</strong>) – Se me quisesse bem não me obrigava...<br />

Antônio – É escusa<strong>do</strong> começares com chora<strong>de</strong>iras; não adiantam; o<br />

<strong>casa</strong>mento sempre se há <strong>de</strong> fazer.<br />

CENA IV<br />

(Os mesmos e Luís<br />

Luís– Não, Antônio.<br />

Carolina – Meu primo!<br />

Antônio – Oh! Estavas aí, rapaz? Chegaste a propósito, mas que queres tu<br />

dizer?<br />

Margarida – Ele não aceita.<br />

Antônio – Espera, Margarida! Fala, Luís.<br />

Luís – Tratava-se aqui <strong>de</strong> fazer Carolina minha mulher; mas faltava para isso<br />

<strong>um</strong>a condição indispensável.<br />

Antônio – Qual?<br />

Luís – O meu consentimento. Não pedi a mão <strong>de</strong> minha prima, nem <strong>de</strong>i a<br />

enten<strong>de</strong>r que a <strong>de</strong>sejava.<br />

Margarida – Mas tu lhe queres bem, Luís?<br />

Luís – Eu, Margarida?<br />

Antônio – Tens <strong>um</strong>a paixão forte por ela; eu sei.<br />

Carolina – É verda<strong>de</strong>?<br />

7

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!