19.04.2013 Views

As asas de um anjo - a casa do espiritismo

As asas de um anjo - a casa do espiritismo

As asas de um anjo - a casa do espiritismo

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Margarida – Já o habituaste a fazer-lhe todas as vonta<strong>de</strong>s!...E assim <strong>de</strong>ve<br />

ser porque ele te estima como <strong>um</strong> verda<strong>de</strong>iro irmão.<br />

Carolina – Infelizmente não mereço essa estima.<br />

Margarida – Não digas isto, Carolina!<br />

Carolina – De que serve negá-lo? Não é a verda<strong>de</strong>?<br />

Margarida – Não te importes com o que pensa o mun<strong>do</strong>; não é para ele que<br />

vives, e sim para a tua mãe, para aqueles que te amam. O teu mun<strong>do</strong>, o<br />

nosso, é esta <strong>casa</strong>...<br />

Carolina – E nesta mesma <strong>casa</strong> não falta alguém?... O amor <strong>de</strong> minha mãe<br />

não me lembra que eu tenho <strong>um</strong> pai que não me quer ver, que foge <strong>de</strong> sua<br />

filha como <strong>de</strong> <strong>um</strong> objeto repulsivo?...<br />

Margarida – Isto te faz sofrer e a mim também! Mas consola-te. Luís me<br />

prometeu que havia <strong>de</strong> trazê-lo...<br />

Carolina – E po<strong>de</strong>rá c<strong>um</strong>prir essa promessa?<br />

Margarida – Tenho esperança.<br />

Carolina – Há mais <strong>de</strong> <strong>um</strong> ano que esperamos!...<br />

Margarida – Por isso mesmo! O único motivo que ainda te separa <strong>de</strong> Antônio<br />

é a vergonha que ele tem...<br />

Carolina – Vergonha?... De que, minha mãe?<br />

Margarida – Do que fez!... bebia... tanto... Como tu viste.<br />

Carolina – Então é só este motivo?...<br />

Margarida – Só. Po<strong>de</strong>s acreditar. Não conserva a menor queixa <strong>de</strong> ti.<br />

Carolina – Per<strong>do</strong>ou tu<strong>do</strong> então?<br />

Margarida – Tu<strong>do</strong>!<br />

Carolina – Oh! Mas Deus não per<strong>do</strong>ou, porque a to<strong>do</strong> momento vejo...<br />

Margarida – O quê?...<br />

Carolina – Nada, minha mãe, nada!<br />

Margarida – Não chores!... Falemos <strong>de</strong> outra coisa... Luís <strong>de</strong>ve ter volta<strong>do</strong>.<br />

São cinco horas.<br />

Carolina (enxugan<strong>do</strong> os olhos) – Chorar não me entristece, minha mãe, ao<br />

contrário me consola.<br />

CENA II<br />

(<strong>As</strong> mesmas, Luís e Meneses)<br />

Margarida (a Luís) – Chegaste enfim.<br />

Carolina – Ah! Luís!<br />

Margarida – Sr. Meneses...<br />

Meneses – A<strong>de</strong>us, Margarida. (A Carolina) Hoje está mais coradazinha!... Só<br />

falta o sorriso nos lábios.<br />

Carolina – <strong>As</strong> lágrimas assentam-me melhor.<br />

Luís – Por que choravas, Carolina?<br />

68

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!