19.04.2013 Views

As asas de um anjo - a casa do espiritismo

As asas de um anjo - a casa do espiritismo

As asas de um anjo - a casa do espiritismo

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Meneses – O <strong>de</strong>sse moço. Outros em seu lugar, ten<strong>do</strong> perdi<strong>do</strong> a sua fortuna,<br />

andariam por aí a incomodarem os amigos <strong>do</strong> seu pai, e o seus antigos<br />

conheci<strong>do</strong>s, para lhe arranjarem emprego, que "não estivesse abaixo <strong>de</strong> sua<br />

posição".<br />

Araújo – Como eu conheço muitos. Não têm vintém, e enten<strong>de</strong>m que se<br />

<strong>de</strong>sonram em ser caixeiros.<br />

Luís – É <strong>um</strong> prejuízo que já vai <strong>de</strong>saparecen<strong>do</strong>.<br />

Carolina – Mas, Sr. Meneses...<br />

Meneses – O que é, Carolina?<br />

Carolina – Por que os senhores apareceram to<strong>do</strong>s <strong>de</strong> repente?... Nem <strong>de</strong><br />

propósito!...<br />

Meneses – É verda<strong>de</strong>!<br />

Carolina – Como souberam a <strong>casa</strong>?<br />

Helena – Escrevi-lhes.<br />

Carolina – Pedi-te tanto, Helena!<br />

Luís – Não queria que viéssemos?<br />

Carolina – Para que afligi-los?...<br />

Meneses – Mais nos afligiríamos se soubéssemos que tinha sofri<strong>do</strong> privações<br />

por falta <strong>de</strong> amigos.<br />

Carolina – Por isso não! Não preciso <strong>de</strong> nada.<br />

Araújo – Como!... Não po<strong>de</strong> ficar nesta <strong>casa</strong>. É tão úmida...<br />

Carolina – Quem não tem melhor!<br />

Araújo – Para que estamos nós aqui?<br />

Carolina – Não, senhor Araújo!... Não aceito coisa alg<strong>um</strong>a.<br />

Meneses – Deixa-te <strong>de</strong> caprichos.<br />

Carolina – Já não os posso ter! (Luís e Araújo conversam baixo.)<br />

Meneses – Helena, há pouco, me revelou as tuas circunstâncias!...Ontem<br />

não teve com que comprar <strong>um</strong> frango para dar-me <strong>um</strong> cal<strong>do</strong>.<br />

Carolina – Oh! Neste ponto é escusa<strong>do</strong>, Sr. Meneses!... Não ce<strong>do</strong>.<br />

Meneses – Nem eu!<br />

CENA X<br />

(Carolina, Helena, Meneses e Luís)<br />

Luís – Não a contrarie!... Nada obteremos. Deixe-me com ela! Eu<br />

conseguirei persuadi-la.<br />

Meneses – Com <strong>um</strong>a condição, porém.<br />

Luís – Qual?<br />

Meneses – Que me tratará nisso como <strong>um</strong> amigo.<br />

Luís – Era minha intenção, e a prova... Araújo foi buscar Margarida.<br />

Meneses – A mãe <strong>de</strong> Carolina?<br />

63

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!