As asas de um anjo - a casa do espiritismo
As asas de um anjo - a casa do espiritismo
As asas de um anjo - a casa do espiritismo
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Vieirinha – Não enten<strong>do</strong>.<br />
Luís – Eu lhe explico. Tenha a bonda<strong>de</strong> <strong>de</strong> retirar-se.<br />
Vieirinha – Depois <strong>de</strong> dizer alg<strong>um</strong>as palavras a esta mulher.<br />
Helena – Já não sabe como me chamo?<br />
Ribeiro – De que te admiras? Já não tens dinheiro para dar-lhe.<br />
Helena – Que quer <strong>de</strong> mim? Vem restituir o que roubou?... Quanto ao que<br />
lhe <strong>de</strong>i não é necessário.<br />
Vieirinha – Não quero que me escreva. Suas cartas po<strong>de</strong>m comprometerme;<br />
estou em vésperas <strong>de</strong> <strong>casa</strong>r-me.<br />
Helena – Que tem isso?...<br />
Vieirinha – Po<strong>de</strong>m suspeitar que tenho relações com gente <strong>de</strong> tal qualida<strong>de</strong>.<br />
Helena – E o senhor envergonha-se?...<br />
Vieirinha – Não lhe parece que é <strong>um</strong>a honra...<br />
Helena – Não se envergonha, porém, <strong>do</strong> que praticou; não se lembra que,<br />
por mais <strong>de</strong> <strong>um</strong> ano, foi sustenta<strong>do</strong> por <strong>um</strong>a mulher da minha qualida<strong>de</strong>.<br />
Vieirinha– Não <strong>do</strong>u peso ao que diz.<br />
Helena – E não <strong>de</strong>ve dar mesmo: porque a mulher que chega a amar <strong>um</strong><br />
homem como o senhor é bem <strong>de</strong>sprezível!... (Vieirinha quer sair.)<br />
CENA V<br />
(Os mesmos e Carolina)