19.04.2013 Views

As asas de um anjo - a casa do espiritismo

As asas de um anjo - a casa do espiritismo

As asas de um anjo - a casa do espiritismo

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Meneses – Oh!... Ribeiro...<br />

Ribeiro – Também vieste?...<br />

Meneses – O mesmo motivo nos trouxe a to<strong>do</strong>s.<br />

Ribeiro – Ah! Mas não se incomo<strong>de</strong>m; eu me encarrego <strong>do</strong> que for preciso.<br />

Luís – Perdão, Sr. Ribeiro; aprecio a sua <strong>de</strong>lica<strong>de</strong>za; mas ela não me<br />

dispensa <strong>de</strong> c<strong>um</strong>prir o meu <strong>de</strong>ver.<br />

Ribeiro – Creio que é a mim que pertence como pai <strong>de</strong> sua filha...<br />

Luís – Não senhor: a obrigação <strong>de</strong> ampará-la é minha e ninguém ma po<strong>de</strong><br />

contestar. Sou seu parente; e represento aqui sua família.<br />

Meneses – Não há dúvida, Sr. Viana; mas permita-me que lhe diga também<br />

que quan<strong>do</strong> se trata <strong>de</strong> <strong>um</strong>a boa ação não reconheço em ninguém o direito<br />

<strong>de</strong> excluir-me <strong>de</strong>la. Sou pobre...<br />

Ribeiro – Não se trata <strong>de</strong> fortuna, Sr. Meneses: nem <strong>um</strong> <strong>de</strong> nós é rico.<br />

Araújo – Pois então façamos <strong>um</strong>a coisa: associemo-nos, e partilhemos to<strong>do</strong>s<br />

o prazer <strong>de</strong> fazer o bem.<br />

Luís – Não é necessário.<br />

Ribeiro – É ser egoísta, Sr. Viana.<br />

Luís– Desculpe: se estivesse no meu lugar faria o mesmo.<br />

Ribeiro – Estão baten<strong>do</strong>.<br />

Helena – Vou ver.<br />

Meneses – Pois advirto-lhe que não me sujeito.<br />

Luís – Se o senhor tivesse prometi<strong>do</strong> a <strong>um</strong>a mãe quase moribunda restituirlhe<br />

sua filha, consentiria que outros a ajudassem a c<strong>um</strong>prir essa promessa?<br />

Meneses – Por que não? Seria orgulho...<br />

Luís – Talvez, Sr. Meneses; mas <strong>um</strong> orgulho legítimo. O que sofri por ela dáme<br />

esse direito.<br />

Meneses – Compreen<strong>do</strong> e respeito essa <strong>do</strong>r.<br />

CENA IV<br />

(Os mesmos e Vieirinha)<br />

Ribeiro – Que vem fazer aqui?<br />

Vieirinha – O meu negócio não é com o senhor.<br />

Helena – É comigo.<br />

Vieirinha – Justamente. Saiba que fez muito mal em escrever-me.<br />

Meneses – Já eu o tinha dito.<br />

Vieirinha – Ah! Está por aqui, Meneses?<br />

Meneses – Peço-lhe que esqueça <strong>do</strong> meu nome.<br />

Vieirinha – Que quer dizer isto?<br />

Araújo – Quer dizer que há certos conhecimentos que <strong>de</strong>sonram <strong>um</strong> homem<br />

honesto.<br />

58

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!