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As asas de um anjo - a casa do espiritismo

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Ribeiro – Não! Tu não sairás com este homem!<br />

Carolina – Quem impedirá?<br />

Ribeiro – Eu!<br />

Helena – Sr. Ribeiro, seja pru<strong>de</strong>nte!<br />

Pinheiro – É o que faltava ver! Que o senhor queira levar o ridículo a esse<br />

ponto! Tem alg<strong>um</strong> direito sobre ela?<br />

Ribeiro – Tenho o direito <strong>de</strong> vingar-me <strong>de</strong> <strong>um</strong> amigo <strong>de</strong>sleal que me traiu.<br />

Pinheiro – Eu traí; e o senhor?... Roubou! Roubou a filha a seus pais.<br />

Luís (a Carolina) – Veja os homens a quem ama!<br />

Carolina – Não amo a ninguém! Sou livre! (Caminhan<strong>do</strong> para a porta<br />

vêMargarida que entra pelo braço <strong>de</strong> Araújo, recua com espanto.<br />

CENA X<br />

(Os mesmos, Margarida e Araújo)<br />

Carolina – Ah! Esqueci que ainda tinha mãe!<br />

Margarida – Carolina!<br />

Luís– Tardaste muito!<br />

Araújo – Apesar <strong>de</strong> toda a sua coragem, faltavam-lhe as forças! Que te disse<br />

ela?<br />

Luís – Cala-te!<br />

Margarida – Carolina!... Não falas à tua mãe? Não me queres conhecer?...<br />

Depois <strong>de</strong> tanto tempo!... Tens me<strong>do</strong> <strong>de</strong> mim?... Não penses que vim<br />

repreen<strong>de</strong>r-te.... acusar-te! Já não tenho forças!... Vim pedir-te que me<br />

restituas a filha que perdi! Queria ver-te antes <strong>de</strong> morrer... Eu te perdôo<br />

tu<strong>do</strong>... Não tenho que per<strong>do</strong>ar... Mas fala-me... Olha-me ao menos!... Mais<br />

perto! Quase não te vejo!... <strong>As</strong> lágrimas cegam... e tenho chora<strong>do</strong> tanto!<br />

Carolina – Minha mãe!...<br />

Margarida – Ah!...<br />

Carolina – Oh! não!<br />

Margarida – Que tens?<br />

Carolina – Tenho vergonha!<br />

Margarida – Abraça-me! Deus ouviu as minhas orações! Achei enfim a minha<br />

filha!...minha Carolina!<br />

Carolina – Não estás mais zangada comigo?<br />

Margarida – Nunca estive! Tinha sauda<strong>de</strong>s! Porém agora não nos<br />

separaremos mais nunca. Vem!...<br />

Carolina – Para on<strong>de</strong>?<br />

Margarida – Para a nossa <strong>casa</strong>; hás <strong>de</strong> achá-la bem mudada. Mas tu<strong>do</strong><br />

voltará ao que era. Estan<strong>do</strong> tu lá, a alegria entrará <strong>de</strong> novo; seremos muito<br />

felizes, eu te prometo.<br />

Carolina – Está tão fraca!...<br />

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