19.04.2013 Views

As asas de um anjo - a casa do espiritismo

As asas de um anjo - a casa do espiritismo

As asas de um anjo - a casa do espiritismo

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Ribeiro – Não bebas tanto champagne, Carolina. Faz-te mal!<br />

Luís – Esse homem compreendia o mun<strong>do</strong>, não é verda<strong>de</strong>?<br />

Vieirinha – Era <strong>um</strong> gran<strong>de</strong> político.<br />

Meneses – Da tua escola.<br />

Luís – Des<strong>de</strong> então ele tratou <strong>de</strong> ganhar dinheiro; precisava não só para<br />

satisfazer o seu capricho, como para aliviar a miséria da família daquela<br />

moça, que com a sua loucura, tinha lança<strong>do</strong> sua mãe em <strong>um</strong>a cama, e<br />

arrasta<strong>do</strong> o pai ao vício da embriaguez.<br />

Ah!...<br />

Ribeiro – Que tens?<br />

Carolina – Uma <strong>do</strong>r que cost<strong>um</strong>o sofrer! Dá-me vinho.<br />

Luís – É justamente o que esse pai fazia. Sentia a <strong>do</strong>r da perda <strong>de</strong> sua filha<br />

e queria afogá-la com vinho.<br />

Vieirinha – Mau! A história começa a enternecer-me.<br />

Meneses – É bem interessante.<br />

Carolina – Mas falta-lhe o fim.<br />

Meneses – Ah! Tem <strong>um</strong> fim?<br />

Ribeiro – Carolina!<br />

Carolina – Essa moça... Os senhores <strong>de</strong>sejam conhecê-la?<br />

Vieirinha – Decerto.<br />

Carolina – Sou eu!<br />

Pinheiro – A senhora!<br />

Luís (a Araújo) – Está perdida.<br />

Carolina – Sou eu: e espero que chegue o dia em que possas pagar o<br />

sacrifício <strong>de</strong>sse amor tão generoso, que <strong>de</strong>sprezei.<br />

Pinheiro – Mas seu primo?...<br />

Carolina – Já o não é.<br />

Meneses – Como se chama?<br />

Carolina – Não sei.<br />

Araújo – José, dá-me a conta.<br />

Meneses – Espera, vamos juntos.<br />

Araújo – Ainda te <strong>de</strong>moras!<br />

Meneses – Não.<br />

CENA VIII<br />

(Os mesmos, José e Antônio)<br />

José (na porta – Ponha-se na rua! Não achou outro lugar para cozinhar a<br />

bebe<strong>de</strong>ira?<br />

Antônio (da parte <strong>de</strong> fora)– Quero beber... Vinho... compro com o meu<br />

dinheiro. Eh! Meia garrafa, senhor moço!<br />

José – Vá-se embora, já lhe disse.<br />

Meneses – Que barulho é este, José?<br />

28

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!