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As asas de um anjo - a casa do espiritismo

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Ribeiro – Tu não me amas, Carolina! Senão havias <strong>de</strong> ter confiança em mim;<br />

havias <strong>de</strong> sentir-te feliz como eu.<br />

Carolina – E o meu silêncio aqui não diz tu<strong>do</strong>? Não engano meu pai para<br />

falar-lhe?<br />

Ribeiro – Tu não sabes! O coração duvida sempre da ventura. Dize que me<br />

amas. Dize, sim!<br />

Carolina – Para quê?<br />

Ribeiro – Eu te suplico!<br />

Já não lhe confessei tantas vezes que lhe...<br />

Ribeiro – <strong>As</strong>sim não quero. Há <strong>de</strong> ser: eu te...<br />

Carolina – Eu te amo. Está contente?<br />

Ribeiro – Agora a<strong>de</strong>us. Até amanhã.<br />

Ribeiro – Separarmo-nos! Depois <strong>de</strong> estar <strong>um</strong>a vez perto <strong>de</strong> ti, <strong>de</strong> saber que<br />

tu me amas? Não, Carolina.<br />

Carolina – Mas é preciso. Ribeiro – Tu és minha. Vamos viver juntos.<br />

Carolina – Sempre?<br />

Ribeiro – Sempre! sempre juntos!<br />

Carolina – Como?<br />

Ribeiro – Vem comigo; o meu carro nos espera.<br />

Carolina – Fugir!<br />

Ribeiro – Fugir? não; acompanhar aquele que te a<strong>do</strong>ra.<br />

Carolina – É impossível!<br />

Ribeiro – Vem, Carolina!<br />

Carolina – Não! Não! Deixe-me!<br />

Ribeiro – Ah! É esta a prova <strong>do</strong> amor que me tem! A<strong>de</strong>us! Esqueça-se <strong>de</strong><br />

mim. Nunca mais nos tornaremos a ver.<br />

Carolina – Mas posso aban<strong>do</strong>nar minha mãe? Não posso!<br />

Ribeiro – Eu acharei outras que me amem bastante para me fazerem esse<br />

pequeno sacrifício.<br />

Carolina – Outras que não terão suas famílias.<br />

Ribeiro – Mas que terão <strong>um</strong> coração.<br />

Carolina – E eu não tenho?<br />

Ribeiro – Não parece.<br />

Carolina – Antes não o tivesse.<br />

Ribeiro – A<strong>de</strong>us.<br />

Carolina – Até amanhã. Sim?<br />

Ribeiro – Para sempre.<br />

Carolina – Amanhã... Talvez.<br />

Ribeiro – Deve ser hoje ou nunca.<br />

Carolina – E minha mãe?<br />

Ribeiro – É <strong>um</strong>a separação <strong>de</strong> alguns dias.<br />

Carolina – Mas ela me per<strong>do</strong>ará?<br />

Ribeiro – Ven<strong>do</strong> sua filha feliz...<br />

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