19.04.2013 Views

As asas de um anjo - a casa do espiritismo

As asas de um anjo - a casa do espiritismo

As asas de um anjo - a casa do espiritismo

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Carolina – Mas eu tenho me<strong>do</strong>. Meu pai po<strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir; se ele soubesse!...<br />

Helena – Qual! É <strong>um</strong> instante! O Ribeiro bate três pancadas na rótula; é o<br />

sinal.<br />

Carolina – Não! Não! Diga a ele...<br />

Helena – Não diga nada; não me acredita, e vem. Se não falar-lhe, nunca<br />

mais voltará.<br />

Carolina – Então <strong>de</strong>ixará <strong>de</strong> amar-me!...<br />

Helena – E <strong>de</strong> quem será a culpa?<br />

Carolina – Mas exige <strong>um</strong>a coisa impossível.<br />

Helena – Não há impossíveis para o amor. Pense bem; lembre-se que ele<br />

tem <strong>um</strong>a paixão...<br />

Carolina – Aí vem mãezinha!<br />

CENA VIII<br />

(<strong>As</strong> mesmas, Margarida e Araújo.)<br />

Margarida – Não achei, Carolina; procurei tu<strong>do</strong>.<br />

Helena – Está bom; já não é preciso. Man<strong>do</strong> fazer isto em <strong>casa</strong> pela minha<br />

preta.<br />

Araújo (Entran<strong>do</strong> pelo fun<strong>do</strong> com <strong>um</strong> colarinho postiço na mão) – A senhora<br />

me apronta este colarinho?<br />

Margarida – A esta hora, Sr. Araújo?<br />

Araújo – Que quer que lhe faça? Um caixeiro só tem <strong>de</strong> seu as noites. Agora<br />

mesmo chego <strong>do</strong> armarinho, e ainda foi preciso que o amo <strong>de</strong>sse licença.<br />

Margarida – Pois <strong>de</strong>ixe ficar, que amanhã ce<strong>do</strong> está pronto.<br />

Araújo – Amanhã?... E como hei <strong>de</strong> ir hoje ao baile da Vestal?<br />

Carolina – Ah!... o senhor vai ao baile?<br />

Araújo – Então pensa que por ser caixeiro não freqüento a alta socieda<strong>de</strong>?<br />

Cá está o convite... Mas o colarinho? An<strong>de</strong>, Sra. Margarida.<br />

Margarida – Lavar e engomar hoje mesmo?<br />

Araújo – Para as oito horas. Não quero per<strong>de</strong>r nem <strong>um</strong>a quadrilha. <strong>As</strong> valsas<br />

pouco me importam...<br />

Margarida – O senhor dá-me sempre cada maçada!...<br />

Araújo – Deixe estar que <strong>um</strong> dia <strong>de</strong>stes trago-lhe <strong>um</strong>a caixinha <strong>de</strong> agulhas.<br />

Margarida – Veremos.<br />

– Carolina, na janela –<br />

CENA IX<br />

(Araújo, Helena e Carolina)<br />

11

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!