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As asas de um anjo - a casa do espiritismo

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Helena – Não faz mal; porém <strong>de</strong>ixe ver os vesti<strong>do</strong>s.<br />

Carolina – Vou mostrar-lhe.<br />

Margarida – É obra acabada às pressas; não po<strong>de</strong> estar como ela <strong>de</strong>sejava.<br />

Helena – Bem cosi<strong>do</strong>s eles estão; assim me assentem.<br />

Margarida – Hão <strong>de</strong> assentar. Carolina cortou-os pelo mol<strong>de</strong> da francesa.<br />

Carolina – Apenas fiz <strong>um</strong> pouco mais <strong>de</strong>cota<strong>do</strong>s como a senhora gosta.<br />

Helena – É a moda.<br />

Margarida – Mas <strong>de</strong>scobrem tanto!<br />

Helena – E por que razão as mulheres hão <strong>de</strong> escon<strong>de</strong>r o que têm <strong>de</strong> mais<br />

bonito?<br />

Carolina – É verda<strong>de</strong>!...<br />

Helena (aMargarida) – Me dê <strong>um</strong>a ca<strong>de</strong>ira. (MARGARIDA vai buscar <strong>um</strong>a<br />

ca<strong>de</strong>ira; ela diz baixo à CAROLINA) Preciso falar-lhe.<br />

Carolina – Sim!<br />

Margarida (dan<strong>do</strong> a ca<strong>de</strong>ira) – Aqui está.<br />

Helena – Obrigada. (Senta-se) Realmente esta menina tem muita<br />

habilida<strong>de</strong>.<br />

Carolina – Mãezinha, Vm. vai lá <strong>de</strong>ntro buscar a minha tesoura? Esquece<strong>um</strong>e<br />

abrir <strong>um</strong>a <strong>casa</strong>.<br />

Margarida – Não queres a minha?<br />

Carolina – Não; está muito cega.<br />

Margarida – On<strong>de</strong> guardaste a tua?<br />

Carolina – No cestinho da costura. (Margarida sai à esquerda. Carolina tira<br />

<strong>do</strong> bolso a tesoura e mostra sorrin<strong>do</strong> a Helena.)<br />

CENA VII<br />

(Helena e Carolina)<br />

Helena – Eu percebi!...<br />

Carolina – Mas... Por que ele não veio?<br />

Helena – É sobre isto mesmo que lhe quero falar. O Ribeiro man<strong>do</strong>u dizerlhe...<br />

Carolina – O quê?...<br />

Helena – Que <strong>de</strong>seja vê-la a sós.<br />

Carolina – Como?<br />

Helena – Escute. Às nove horas ele passará por aqui e lhe falará por entre a<br />

rótula.<br />

Carolina – Para quê?<br />

Helena – Está apaixona<strong>do</strong> loucamente por você; quer falar-lhe; não há<br />

senão este meio.<br />

Carolina – Podia ter vin<strong>do</strong> hoje com a senhora, como cost<strong>um</strong>a. Era melhor.<br />

Helena – O amor não se contenta com estes olhares a furto e esses apertos<br />

<strong>de</strong> mão às escondidas.<br />

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