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ANÁLISE DO PADRÃO DE COMPETITIVIDADE DO ... - SOBER

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Fatos como este, é que trazem a necessidade de tratar a problemática deste setor, a fim<br />

de identificar os estrangulamentos e os pontos fortes. Entende-se que o estado apresenta<br />

relativa vantagem na produção do couro, em virtude do numerário de seu rebanho.<br />

Especificamente objetiva-se estimar o índice de vantagem comparativa revelada para<br />

analisar competitividade do couro mato-grossense em relação ao couro brasileiro; e desta<br />

forma, analisar os pontos fortes e pontos de estrangulamento do setor, que propiciam o<br />

crescimento ou a diminuição de sua representatividade e por fim, através dos resultados<br />

obtidos, delinear diretrizes para a condução da produção do produto no estado, de modo a<br />

conscientizar os agentes envolvidos.<br />

Metodologia<br />

A teoria das vantagens comparativas de Ricardo 3 é a base teórica do índice de<br />

vantagens comparativas reveladas proposto por Bela Balassa (1965). Através deste índice<br />

pode-se identificar a estrutura das exportações de uma região, estado ou país, ou seja, permite<br />

identificar qual a importância do produto analisado nas exportações do mercado em estudo,<br />

além de identificar quais os produtos apresentam melhor competitividade no espaço<br />

empregado. (CORONEL et. al. 2007)<br />

Portanto, pode-se dizer que, à luz da teoria de Ricardo, Mato Grosso, sendo o maior<br />

produtor de carnes do país, deve possuir vantagem comparativa em relação ao restante do<br />

Brasil nas atividades ligadas a este complexo, portanto, um incentivo produtivo a atividades<br />

ligadas à pecuária, através de um plano de desenvolvimento profundo e integrado neste setor,<br />

traria um adicional de competitividade para o estado.<br />

O índice é representado pela seguinte expressão:<br />

( X<br />

IVCR J =<br />

( X<br />

i,<br />

j<br />

w,<br />

j<br />

/ X<br />

/ X<br />

i<br />

)<br />

w<br />

)<br />

Onde X ij = valor das exportações mato-grossenses de couro;<br />

X i = valor total das exportações mato-grossenses;<br />

X wj = valor total das exportações brasileiras de couro;<br />

X w = valor total das brasileiras mundiais.<br />

Para valores superiores a um, apresentados pelo índice, pode-se dizer que o estado<br />

possui vantagem comparativa revelada para as exportações de couro. Entretanto, se o valor do<br />

índice for inferior a um entende-se que o estado não possui vantagem comparativa revelada na<br />

exportação do produto estudado. Portanto, quanto mais alto o valor do IVCR, maior será a<br />

vantagem comparativa do país.<br />

Os dados utilizados foram obtidos através do Sistema de Análise das Informações de<br />

Comércio Exterior, denominado ALICE-Web, da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX),<br />

do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). As categorias<br />

3 Os estudos de David Ricardo em 1817, verificaram que os países devem especializar-se na produção das<br />

mercadorias para as quais possuem alguma vantagem competitiva na produção das mesmas, desta conclusão é<br />

foi derivada a Teoria das Vantagens Comparativas. Teoria esta, que trata-se de um avanço ao pensamento<br />

preconizado por Adam Smith através da teoria das vantagens absolutas. As vantagens comparativas são descritas<br />

num cenário de livre comércio entre as nações, onde cada nação deve dedicar seu capital e trabalho à produção<br />

da atividade que lhe seja mais benéfica, onde a otimização dos fatores de produção gera eficiência econômica e<br />

provoca o intercambio entre as nações. (RICAR<strong>DO</strong>, 1817)

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