A tecnologia Cisternas.pdf
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A tecnologia Cisternas O que é a “nossa” cisterna de placas? A cisterna de placa é um tipo de reservatório de água cilíndrico, coberto e semi-enterrado, que permite a captação e armazenamento de águas das chuvas a partir de seu escoamento nos telhados das casas, por meio da utilização de calhas de zinco ou PVC. O reservatório, fechado, é protegido da evaporação e das contaminações causadas por animais e dejetos trazidos pelas enxurradas. A cisterna fica enterrada no chão até mais ou menos dois terços da sua altura. Sua totalidade consiste em placas de concreto com tamanho de 50 por 60 cm e com 3 cm de espessura, que estão curvadas de acordo com o raio projetado da parede da cisterna, variando conforme capacidade prevista. Há variantes onde, por exemplo, as placas de concreto são menores e mais grossas, e feitas de um traço de cimento mais fino. Estas placas são fabricadas no local de construção em moldes de madeira. A parede da cisterna é levantada com essas placas finas, a partir do chão cimentado. Para evitar que a parede venha a cair durante a construção, ela é sustentada com varas até que a argamassa esteja seca. Depois disso, um arame de aço galvanizado é enrolado no lado externo da parede e essa pé rebocada. Num segundo momento, constrói-se a cobertura com outras placas pré-moldadas em formato triangular, colocada em cima de vigas de concreto armado, e rebocadas por fora.
- Page 2 and 3: Quais os modelos de cisternas? Brev
- Page 4 and 5: Cisterna de tijolos Esta cisterna f
- Page 6 and 7: de argamassa de cal com pouco cimen
- Page 8 and 9: a) Colocação do Pilar Central; b)
- Page 11 and 12: Outras tecnologias para captação
- Page 13: muretas facilitando a contenção o
A <strong>tecnologia</strong> <strong>Cisternas</strong><br />
O que é a “nossa” cisterna de placas?<br />
A cisterna de placa é um tipo de reservatório de água cilíndrico, coberto<br />
e semi-enterrado, que permite a captação e armazenamento de águas das<br />
chuvas a partir de seu escoamento nos telhados das casas, por meio da<br />
utilização de calhas de zinco ou PVC. O reservatório, fechado, é protegido da<br />
evaporação e das contaminações causadas por animais e dejetos trazidos<br />
pelas enxurradas.<br />
A cisterna fica enterrada no chão até mais ou menos dois terços da sua<br />
altura. Sua totalidade consiste em placas de concreto com tamanho de 50 por<br />
60 cm e com 3 cm de espessura, que estão curvadas de acordo com o raio<br />
projetado da parede da cisterna, variando conforme capacidade prevista. Há<br />
variantes onde, por exemplo, as placas de concreto são menores e mais<br />
grossas, e feitas de um traço de cimento mais fino. Estas placas são fabricadas<br />
no local de construção em moldes de madeira. A parede da cisterna é<br />
levantada com essas placas finas, a partir do chão cimentado. Para evitar que<br />
a parede venha a cair durante a construção, ela é sustentada com varas até<br />
que a argamassa esteja seca.<br />
Depois disso, um arame de aço galvanizado é enrolado no lado externo<br />
da parede e essa pé rebocada. Num segundo momento, constrói-se a<br />
cobertura com outras placas pré-moldadas em formato triangular, colocada em<br />
cima de vigas de concreto armado, e rebocadas por fora.
Quais os modelos de cisternas?<br />
Breve descrição dos aspectos técnicos de alguns tipos de cisternas que<br />
atualmente estão sendo construídas com sucesso sobretudo nas comunidades<br />
rurais no Nordeste 1 :<br />
Cisterna de placas de cimento<br />
O modelo de cisterna de placas de cimento é encontrado em todo<br />
Nordeste e continua sendo construído com êxito. Estas cisternas foram usadas<br />
originalmente em comunidades de pequenos agricultores e hoje estão sendo<br />
construídas também por pequenos empreiteiros e prefeituras.<br />
A cisterna de placas de cimento fica enterrada no chão até mais ou<br />
menos dois terços da sua altura. Ela consiste em placas de concreto (mistura<br />
cimento : areia de 1 : 4), com tamanho de 50 por 60 cm e com 3 cm de<br />
espessura, que estão curvadas de acordo com o raio projetado da parede da<br />
cisterna, dependendo da capacidade prevista. Há variantes onde, por exemplo,<br />
as placas de concreto são menores e mais grossas, e feitas de um traço de<br />
cimento mais magro. Estas placas são fabricadas no lugar mesmo em simples<br />
moldes de madeira. A parede da cisterna é levantada com essas placas finas,<br />
1 extraído da apresentação técnica de João Gnadlinger, disponível em:<br />
http://ircsa.org.br/docs/9confcisternas.<strong>pdf</strong>
à partir do chão já cimentado. Para evitar que a parede venha a cair durante a<br />
construção, ela é sustentada com varas até que a argamassa esteja seca.<br />
Depois disso, um arame de aço galvanizado (No.12 ou 2,77 mm) é enrolado no<br />
lado externo da parede e essa é rebocada.<br />
Em seguida a parede interna e o chão são rebocados e cobertos com<br />
nata de cimento forte. O telhado da cisterna, cônico e raso, também é feito de<br />
placas de concreto, que estão apoiados em estreitos caibros de concreto. Um<br />
reboco somente externo é suficiente para dar firmeza. O espaço vazio em volta<br />
da cisterna é cuidadosamente aterrado. Assim a terra apóia a cisterna.<br />
Cisterna de tela e arame<br />
Este tipo de cisterna normalmente é construído na superfície. Ela tem<br />
uma altura de dois metros. Antes de concretar o fundo, só é preciso retirar a<br />
terra fofa. O chão é nivelado a uma profundidade de cerca de 20 cm e uma<br />
camada de cascalho e areia grossa é colocada debaixo da camada de<br />
concreto.<br />
Para a construção dessa cisterna é preciso uma forma de chapa de aço.<br />
Essa consiste de chapas de aço plano (1 m x 2 m), finas (0,9 mm) que são<br />
seguradas por cantoneiras e parafusadas uma nas outras em forma cilíndrica.<br />
A forma levantada é primeiramente envolta com tela de arame e em seguida<br />
com arame de aço galvanizado com uma espessura de 2 ou 4 mm - para<br />
cisternas com capacidade de 10 ou 20 m3 respectivamente. A tela de arame<br />
deve passar por debaixo da forma e cobrir uma largura de aproximadamente<br />
50 cm no fundo da cisterna.<br />
Depois de colocadas duas camadas de argamassa na parte exterior, a<br />
forma de aço é retirada (e reusada para construir outras cisternas). O interior é<br />
rebocado duas vezes e depois coberto com nata de cimento. O teto da cisterna<br />
pode ser fabricado também com a ajuda de uma forma de aço, porém é muito<br />
mais fácil e rápido utilizar a <strong>tecnologia</strong> usada na cisterna de placas.<br />
No intervalo das diversas etapas de trabalho e durante a noite a cisterna<br />
tem que ser coberto com uma lona para evitar o ressecamento prematuro da<br />
parede de concreto fina, o que provocaria pequenas rachaduras.
Cisterna de tijolos<br />
Esta cisterna fica também cerca de dois terços debaixo do chão como a<br />
cisterna de placas de cimento. Ele também exige uma escavação maior, para<br />
que se possa trabalhar na parte externa da parede.<br />
A parede circular de tijolos é levantada em uma base concretada. A<br />
espessura da parede é de 20 cm. A parede é rebocada pelo lado de dentro e<br />
de fora e o lado de dentro é coberto com nata de cimento. Para assegurar uma<br />
maior elasticidade, a argamassa deve ser feita com cimento e com cal. O teto<br />
da cisterna é nivelado, de concreto de armação simples ou até de vigas de<br />
madeira com uma laje fina de concreto.<br />
Observação: Para prevenir vazamentos entre o fundo e a parede, deve<br />
ser colocado uma tela de arame de 1 metro de largura de modo que cubra 50<br />
cm do chão e 50 cm da parede, antes de colocar o reboco. A tela pode ser<br />
substituída por pedaços de arame farpado colocados em intervalos regulares.<br />
A parede externa deve ser enrolada com arame galvanizado (ou arame<br />
farpado). A necessidade adicional de material é de 8 metros de tela de arame e<br />
135 metros de arame farpado para uma cisterna de 16 m3.<br />
Cisterna de ferro cimento
A cisterna de ferro-cimento é adequada especialmente para a<br />
construção individual. Em cima de um fundo cimentado é construído uma<br />
armação de arame de aço (diâmetro do arame até 5 mm). Esta armação é<br />
enrolada varias vezes com telas de arame. Uma primeira camada de<br />
argamassa de cimento é aplicada por dois trabalhadores, sendo que um enche<br />
a armação enquanto o outro segura uma tábua ou algo parecido, contra o outro<br />
lado da parede a ser feita. A observação da proporção exata entre cimento,<br />
água e areia é muito importante, comotambém o uso de lonas para evitar o<br />
ressecamento das paredes antes da hora, o que causaria perca de<br />
estabilidade.<br />
Cisterna de cal<br />
A cisterna de cal fica praticamente na sua totalidade debaixo da terra,<br />
sendo que muitas vezes só uma pequena parte da cúpula superior aparece na<br />
superfície.<br />
A terra é escavada na medida exata do tamanho da cisterna. O fundo da<br />
cisterna é côncavo. Por dentro a cisterna tem a forma da metade grossa de<br />
uma enorme casca de ovo. Começa-se levantar a cisterna no centro do fundo<br />
da cisterna com os tijolos em pé. As paredes de tijolos, com 20 cm espessura,<br />
estão diretamente encostadas na terra. Para o levantamento usa-se em geral<br />
argamassa de cal pura. O reboco interno é aplicado em duas ou três camadas
de argamassa de cal com pouco cimento e coberto com nata de cimento. O<br />
teto da cisterna pode ser feito de tábuas, pode ser um telhado comum, porém<br />
bem vedado contra a entrada de pequenos animais, ou, mais simples, pode ser<br />
uma cúpula feita de tijolos.<br />
Como é o processo de construção de uma cisterna de placa?<br />
O processo de construção da cisterna ocorre a partir de 7 etapas<br />
principais. Abaixo são apresentadas as etapas, com informações e<br />
recomendações técnicas relativas ao processo de construção:<br />
1 - Escavação do buraco<br />
2 - Fabricação das Placas<br />
3 - Fabricação dos caibros<br />
• A construção deve ser próxima à casa;<br />
• O tipo de terreno influi na profundidade da escavação e na<br />
estabilidade da cisterna;<br />
• Não construir próximo a árvores, currais e fossas (distância<br />
mínima de 10 a 15 metros);<br />
• Areia média (nem grossa nem fina) lavada e peneirada;<br />
• Proporção: 4,0 latas de areia por 1 lata de cimento;<br />
• A fabricação dos caibros é feita com massa de concreto com<br />
vergalhão retorcido;<br />
• Material: 2 latas de areia, 2 de brita e 1 de cimento (areia<br />
grossa);<br />
• 4 tábuas com 1,30m comprimento, 6cm de largura, 2 a 3 cm<br />
de espessura;<br />
• 17 varas de vergalhão ¼ de polegadas, (fazer um gancho na<br />
4 - Levantamento das paredes<br />
extremidade de cada vara de vergalhão nos 10cm finais);
a) Fabricação de laje do fundo<br />
• Traço de concreto com 4 latas de areia grossa, 3 de brita e 1<br />
de cimento;<br />
• Espessura de 3 a 4 cm;<br />
b) Assentamento das placas<br />
c) Amarração das paredes<br />
• Riscar 1,73 m do centro até as bordas (Raio);<br />
• Material: 2 latas de areia por 1 lata de cimento;<br />
• 102 varas finas de madeira para escorar as placas;<br />
• A distância de uma placa para a outra é de 2cm;<br />
• Arame galvanizado Nº 12;<br />
• A amarração pode ser feita 1 hora após o levantamento das<br />
placas;<br />
d) Reboco das paredes<br />
• Iniciar pela base, (todas as voltas de arame deverão ser bem<br />
distribuídas na parede da cisterna);<br />
• Areia fina: traço 3 latas de areia para 1 de cimento.<br />
(correspondente ao reboco interno);<br />
• Areia fina: traço 5 latas de areia para 1 lata de cimento<br />
(correspondente ao reboco externo);<br />
• Obs.: Iniciar primeiro o reboco externo, para só então iniciar o<br />
reboco interno;<br />
e) Reboco do fundo da cisterna<br />
• A mesma massa do reboco interno da parede;<br />
f) Aplicação do impermeabilizante<br />
5 - Cobertura<br />
• Deve ser feita 1 ou 2 dias, após a construção da cisterna no<br />
interior da mesma;<br />
• Misturar o impermeabilizante com cimento (passar até três<br />
demãos);<br />
• Obs: colocar água na cisterna após que a mesma esteja<br />
pronta, para não ressecar;
a) Colocação do Pilar Central;<br />
b) Posicionamento dos caibros;<br />
c) Colocação das placas do teto;<br />
d) Reboco do teto<br />
5 latas de areia para 1 de cimento;<br />
e) Acabamento<br />
Pintura com cal;<br />
6 - Colocação do Sistema de Captação<br />
• É feita por meio de calhas de bica, que são presas aos<br />
caibros do telhado da casa e canos que ficam entre as calhas<br />
e a cisterna. Na entrada da cisterna deve-se colocar um<br />
coador para evitar o ingresso de sujeira no interior da<br />
mesma;<br />
7 - Retoques e acabamentos<br />
• Esta fase consiste em fazer uma cinta de argamassa para<br />
juntar os caibros à parede da cisterna;<br />
• Material: Areia fina e cimento: traço 5 latas de areia para 1<br />
lata de cimento;<br />
• Fixação de Placa de Identificação (conforme modelo padrão<br />
– II).<br />
8 – Instalação da bomba manual<br />
• Esta fase consiste em instalar adequadamente a bomba<br />
d’água na cisterna.<br />
Quais os custos de uma cisterna de placa?<br />
Os custos atuais variam bastante de região para região, o custo médio é<br />
de R$ 1.500,00.
Os materiais necessários são: cimento, ferro, arame galvanizado, arame<br />
recozido, bica (zinco 30 cm), areia, brita, impermeabilizante, joelho 75mm, cano<br />
PVC 75 mm, T 75mm, tampa, cadeado 25mm, cal hidratada, filtro (tela fina), kit<br />
bomba manual e placa de identificação.<br />
As cisternas do Programa <strong>Cisternas</strong> têm capacidade de armazenar 16<br />
mil litros cúbicos de água, quantidade suficiente para suprir a necessidade de<br />
uma família de cinco pessoas por um período de seca de 8 meses.<br />
A mão-de-obra é um pedreiro treinado e a própria família, que precisa<br />
aprender não só a construir a cisterna, mas como fazer sua manutenção e<br />
como tratar a água.<br />
Pedreiros são treinados para fazer cisternas. Pela obra recebem em<br />
torno de R$ 175,00. Dá-se preferência a pedreiros da própria comunidade.<br />
Quais os benefícios 2 ?<br />
- Queda vertical dos casos de verminose. Uma comunidade da Bahia acusou<br />
100% de habitantes com verminose antes da construção de cisternas. Depois,<br />
caiu para 7%.<br />
- Uma família gasta em média uma hora por dia para buscar água nos açudes.<br />
Com a cisterna têm mais tempo para outras atividades.<br />
- Diminui a dependência da população aos caminhões-pipa enviados por<br />
políticos regionais.<br />
- Reduz o consumo de água da rede pública e o próprio custo do fornecimento,<br />
pois reduz o volume de produtos químicos usados no tratamento da água.<br />
- Promove a educação da população em questões de saúde, higiene, ecologia<br />
e cidadania.<br />
- Contribui para a geração de renda tornando o grupo beneficiado auto-<br />
sustentado.<br />
- Fixação da população na região.<br />
2 fonte: http://www.febraban.org.br/arquivo/destaques/destaque-fomezero_cistermas.asp
Outras <strong>tecnologia</strong>s para captação e armazenamento de água 3 ?<br />
Os diferentes tipos de captação de água de chuva usados no Semi-Árido<br />
Brasileiro, na sua maioria desenvolvidos por agricultores familiares, que podem<br />
ser multiplicadas, por exemplo:<br />
- Caxios, cisternas cavadas manualmente na rocha; trata-se de uma maneira<br />
tradicional de captar a água de chuva. Sua água é geralmente usada para os<br />
animais, porém, depois de filtrada, pode ser usada também para consumo<br />
humano.<br />
- Captação in sito entre fileiras aplica-se por exemplo no sulcamento da roça<br />
antes ou depois da semeadura, na aração parcial ou nos sulcos com<br />
barramento de água. Captação de água de chuva in situ é apropriado para<br />
sistemas de plantação existentes e pode ser executada com a ajuda de<br />
máquinas ou animais.<br />
- Cisterna adaptada para a roça: É formada por uma área de captação (para<br />
captar água das chuvas que escorre dos desníveis do terreno ou de áreas<br />
pavimentadas como um calçadão), por um reservatório de água (que deve ser<br />
bem maior que a cisterna para o uso humano) e um sistema de irrigação (que<br />
pode ser operacionalizado manualmente ou por sistemas de bombeamento e<br />
gotejamento). Com a água de uma cisterna de 50 mil litros (outra que não a de<br />
consumo doméstico) é possível irrigar um "quintal produtivo" de verduras, regar<br />
mudas ou ter água para galinhas e abelhas.<br />
3 fontes: http://www.irpaa.org.br/colheita/04b.htm e http://www.asabrasil.org.br/
- Barragem subterrânea: A barragem subterrânea conserva a água de chuva<br />
infiltrada no subsolo nas áreas de baixios, fundos de vales e áreas de<br />
escoamento das águas de chuva, mediante uma barragem em profundidade<br />
cavada até a camada impermeável do solo. Ela tem um grande impacto sobre<br />
a estabilidade do sistema produtivo, aumentando a resistência em períodos de<br />
seca, quando a área da barragem parece uma ilha verde no meio da caatinga<br />
seca. Ela garante a autonomia no que se refere à alimentação, permite a<br />
criação de um número maior de animais e diminui a dependência de insumos<br />
externos.<br />
- Tanque de Pedra: Os tanques de pedra possibilitam o armazenamento de<br />
grandes volumes de água captada nos lajedos, aproveitando a inclinação<br />
natural neles existentes. Em alguns locais, é necessário construir paredes ou
muretas facilitando a contenção ou o direcionamento da água para os tanques<br />
e conseqüentemente maior acumulo de água. É uma das inovações técnicas<br />
que tem como base à valorização do conhecimento dos agricultores familiares<br />
nas estratégias de uso e gestão da água. O tanque de pedra armazena água<br />
para os gastos domésticos, para alimentação animal e irrigação de um "quintal<br />
produtivo" de verduras.<br />
- Barreiro Trincheira: São tanques profundos e estreitos, cavados em subsolo<br />
cristalino com um ou mais compartimentos e de mais de três metros de<br />
profundidade, com fundo e parede de pedra (piçarra), que não deixa a água se<br />
infiltrar. Pequenas valetas são construídas para direcionar a água de<br />
enxurradas para esses compartimentos. É aconselhado fazer pequenas<br />
barreiras de pedras dentro do desvio da água para reter a areia. Por ser<br />
estreito e fundo sua superfície de evaporação é menor. O Barreiro-trincheira<br />
armazena água para os animais e para irrigação de um "quintal produtivo" de<br />
verduras.