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2009).<br />

Ao questionar a construção social da diferença entre os sexos e os campos de articulação de<br />

poder, as feministas criaram o conceito de gênero, abrindo assim, portas <strong>para</strong> se analisar o<br />

binômio dominação-exploração construído ao longo dos tempos. A violência contra a<br />

mulher traz em seu seio, estreita relação com as categorias de gênero, classe e raça/etnia e<br />

suas relações de poder. Tais relações estão mediadas por uma ordem patriarcal proeminente<br />

na sociedade brasileira, a qual atribui aos homens o direito a dominar e controlar suas<br />

mulheres, podendo em certos casos, atingir os limites da violência. (PINAFI,2007)<br />

Conforme Dados da ONG, Centro da Mulher 8 de Março(2009), as delegacias são as<br />

primeiras iniciativas de políticas públicas <strong>para</strong> as mulheres no Brasil, no campo da segurança<br />

pública. E esta iniciativa foi fruto da luta do movimento pela politização da violência contra a<br />

mulher e também do processo de redemocratização do país.<br />

No con<strong>texto</strong> brasileiro, a década de 70 é marcada pelo surgimento dos primeiros<br />

movimentos feministas organizados e politicamente engajados em defesa dos direitos da mulher<br />

contra o sistema social opressor — o machismo. (PINAFI, 2007).E ainda neste con<strong>texto</strong>,<br />

SAFIOTTI,( 1995 , p.26 ) considera :<br />

As relações de gênero, as desigualdades sociais e econômicas que imperam e fundamentam<br />

nossa sociedade, como elementos fundamentais <strong>para</strong> a violência contra a mulher, ou seja, o<br />

debate sobre as contradições de um sistema de capital, onde as desigusldades são visiveis em<br />

nossa sociedadade devem também ser parâmetros <strong>para</strong> explicar o fenômeno da violência<br />

contra a mulher.<br />

A criação das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) são ações de<br />

compromisso do Governo Brasileiro frente aos organismos internacionais, as delegacias foram<br />

uma das formas de tornar mais visivel a problemática da violência contra a mulher, com prioridade<br />

<strong>para</strong> a doméstica.<br />

Esta visibilidade garantiu a discussão e divulgação do crime nas questões de gênero, além<br />

de se tornarem primeiras referências de redes no enfrentamento a violência contra a mulher, mesmo<br />

antes da criação da Lei Maria da Penha, que só vem no ano de 2006.<br />

Dentre os documentos que embasam a politica pública de enfrentamento a violência contra a<br />

mulher de forma integral e intersetorial, resaltamos a Convenção sobre a Eliminação de Todas as<br />

formas de Discriminação contra a mulher (CENDAW, 1979), A Convenção Interamericana <strong>para</strong><br />

Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher (Convenção de Belém do Pará, 1994) e a<br />

Conferência Mundial sobre Igualdade, Paz e Desenvolvimento, das nacões Unidas ( Pequim,1995).<br />

Estes instrumentos foram fundamentais <strong>para</strong> a criação da Lei Maria da Penha. A lei<br />

11.340/2006, é um instrumento que garante cidadania e justiça social a mulheres vítimas de<br />

violência. A lei é clara quanto a integralidade e intersetorialidade das politicas públicas <strong>para</strong> as

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