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suas companheiras.<br />

Para PINAFI, 2007, a classificação da Mulher tem sido norteada pelas óticas biológica e<br />

social, determinantes <strong>para</strong> a desigualdade de gênero, que traz em seu bojo uma relação assimétrica<br />

sob a égide de um discurso que se pauta na valoração de um sexo sob o outro. Como declara<br />

SAFFIOTI (2004):<br />

É obvio que a sociedade considera normal e natural que homens maltratem suas mulheres,<br />

assim como que os pais e mães maltratem seus filhos, ratificando deste modo a pedagogia<br />

da violência, efetivamente, a questão se situa na tolerância e até no incentivo da sociedade<br />

<strong>para</strong> que os homens exerçam sua força-potência-dominação contra as mulheres, em<br />

detrimento de uma virilidade doce e sensível, portanto mais adequada ao desfrute do prazer.<br />

(SAFFIOTI, 2004,pgs.74 e 75)<br />

Diante deste con<strong>texto</strong>, qualquer mulher pode sofrer violência doméstica, independente de<br />

étnia, religião e classe social, a única diferença é que a mulher economicamente emancipada<br />

consegue esconder melhor sua situação e tem recursos <strong>para</strong> escapar mas rápido da violência.<br />

Para as organizações de defesa e proteção à mulheres vítimas de violência, numa sociedade<br />

patriarcal1, é no espaço doméstico que as mulheres são mantidas como seres sulbalternizados e<br />

violentados, sem acesso a direitos básicos, como educação, trabalho, lazer e cultura, o poder<br />

machista, limita, pune e priva as mulheres dos espaços públicos e da liberdade de ascessão<br />

economica e social. 2<br />

Portanto, é no con<strong>texto</strong> de uma necessidade de ações intersetoriais e em rede <strong>para</strong> o<br />

enfrentamento da violência contra as mulheres que realizaremos este estudo. Pautados nos<br />

referenciais teóricos da questão social da violência.<br />

E ainda nos direitos sociais constitucionais (Constituição Federal de 1988, e Lei Maria da<br />

Penha), além das políticas nacionais <strong>para</strong> mulheres, as políticas de segurança, de saúde, de justiça e<br />

assistência social. Com foco na visão da Intersetorialidade como instrumento de efetivação de<br />

políticas públicas.<br />

1.1 – Problema da Pesquisa<br />

Partindo das reflexões de uma prática de referência no enfretamento da violência contra a<br />

mulher e das dificuldades <strong>para</strong> a realização de ações em rede e que pautamos a discussão deste<br />

estudo. Numa visão de que a intersetorialidade e interdisciplinariedade no campo de politicas<br />

públicas se faz urgente. Precisando ser discutida amplamente por todos os profissionais e gestores<br />

responsáveis pela execusão de serviços, programas e projetos no âmbito do enfrentamento a<br />

1 - Representação de estrutura de poder baseado tanto na ideologia quanto na violência, ver SAFFIOTI, 2004,p.58<br />

2 -Ascessão social, se refere a oportunidade de sair de casa <strong>para</strong> trabalhar, estudar, em sua maioria as mulheres que<br />

sofrem violência doméstica, são prioneiras do agressor e vivem em cárcere privado.

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