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CAPÍTULO 2 A TERCEIRIZAÇÃO: HISTÓRICO, CONCEITOS E CRÍTICAS
Terceirizar não é prática nova no mundo globalizado dos empreendimentos. Há muitos anos, nas empresas dos países desenvolvidos e no Brasil, se pratica a contratação via prestação de serviços, de empresas especializadas em atividades que não cabem ser desenvolvidas no ambiente interno da organização. O conceito foi introduzido como processo e técnica de gestão administrativa- operacional corrente nos países industrialmente competitivos, tendo se originado nos Estados Unidos da América (EUA), logo após a eclosão da II Grande Guerra. “Já era uma idéia antiga que consolidou-se durante a Segunda Guerra Mundial” (LEITE,1994, p. 03). As indústrias bélicas tinham como desafio concentrar-se no desenvolvimento da produção de armas e munição, para serem usados contra os países do EIXO – Alemanha, Japão e Itália - e passaram a delegar algumas atividades de suporte a empresas prestadoras de serviços por intermédio de contrato. Posteriormente as empresas passaram por “tempos de mutação administrativa” (GIOSA, 1993, p. 12), concentrando todas as funções técnico- administrativas sob sua coordenação e execução. No final dos anos 80, o mercado mostrou novos horizontes a serem percorridos, pois percebeu-se que o importante era satisfazer o cliente, tentando e tendo, para isso, que dar mais qualidade ao produto ou serviço prestado. Para se obter essa “qualidade” que o cliente exigia, era necessário conhecer o seu perfil, seu gosto, seus desejos. As grandes organizações encontravam-se despreparadas, pois estavam acostumadas a ditar as tendências do mercado. Assim, as pequenas e médias empresas, mais ágeis e percebendo o momento de mutação, aproveitaram-se da situação e começaram a conquistar fatias significativas do mercado. Segundo Leite (1994), as grandes corporações reagiram a este processo, primeiramente, introduzindo o “downsizing”, que consiste na redução dos níveis hierárquicos na empresa. Foi necessário, então, para se diminuir o organograma, reduzir o número de cargos e agilizar a tomada de decisões, o que não significa cortes de pessoal. Essa nova organização da direção e seus setores determinaram o enfrentamento de um outro paradigma, “questionar as atividades secundárias
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