1 Dom Expedito Lopes: Esquecimento e Memória (Discurso ... - anpuh
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em seu leito? Para onde foram e como se mostram ou se escondem as outras vozes e/ou<br />
interpretações sobre a personalidade de Padre Hosana e os motivos defendidos por ele<br />
para matar o prelado? Onde está padre Hosana, seus ecos, seus rastros?<br />
O que temos aqui são as vozes proferidas pela instituição católica, os jornais e<br />
alguns depoimentos dos dispersados devotos de <strong>Dom</strong> <strong>Expedito</strong> para compor sua<br />
“santidade”, sua memória.<br />
Um dos caminhos trilhados até o momento é a apropriação e a (re) interpretação<br />
dos depoimentos orais de pessoas que conheceram e/ou tiveram um maior contato com<br />
o extinto bem como as cartas enviadas por alguns fiéis narrando os milagres e graças<br />
alcançadas por intermédio do morto; os quais contribuem, e muito, no e para o<br />
Processo de Beatificação do Bispo, junto a Roma 7 ; na tentativa de institucionalizar,<br />
desta forma, um “santo”, ainda sem altar.<br />
Outro meio para objetivar a construção de uma memória sobre o bispo<br />
assassinado repousa na realização de uma missa para homenagear os 40 anos de morte<br />
do prelado. Acontecida em Garanhuns, no dia 02 de Julho de 1997 foi uma iniciativa do<br />
Instituto de Nossa Senhora da Fátima, fundado pelo moribundo ainda em vida. A alusão<br />
da morte de <strong>Dom</strong> <strong>Expedito</strong> à morte de Cristo é uma constante nos textos que e nas falas<br />
proferidas nesta missa. A celebração apresentou-se como um espaço de propagação<br />
oficial de um ser extraordinário para os católicos como também uma<br />
apresentação/convencimento do prelado para os indiferentes a ele, até então.<br />
Consoante ao livro de cânticos e de acompanhamento da missa, assim se deu a<br />
procissão de entrada da liturgia, acompanhada com um comentário intrigante e<br />
instigante: um cartaz era trazido para ser deposto próximo ao altar; o qual trazia<br />
fragmentos das últimas palavras do moribundo. Dizia:<br />
Estou sofrendo muitas dores. Seja tudo pela Diocese.<br />
Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a<br />
fé. Meu Jesus, misericórdia!<br />
7 Em Julho de 2004, uma comissão fez um itinerário entre Fortaleza, Sobral (CE), Oeiras(PI) e<br />
Garanhuns(PE) para recolher depoimentos daqueles e daquelas que conheceram pessoalmente <strong>Dom</strong><br />
<strong>Expedito</strong> e, a partir daí, anexá-los ao processo de Canonização e Beatificação; o qual já foi enviado à<br />
Roma para análise e posicionamento da Santa Sé. Caso seja positivo, <strong>Dom</strong> <strong>Expedito</strong> pode vir a ser o<br />
primeiro santo do Brasil. Essa comissão é composta por: Padre Marcelo Protázio Alves, atual Pároco da<br />
Catedral de Santo Antônio, local onde se encontra enterrado o corpo de <strong>Dom</strong> <strong>Expedito</strong>; Frei Francisco<br />
Fernando da Silva, da Ordem Franciscana de Recife e Irmã Deyse, representante do Instituo de Nossa<br />
Senhora de Fátima do Brasil, fundado por <strong>Dom</strong> <strong>Expedito</strong> <strong>Lopes</strong>, em 1956, em Garanhuns.<br />
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