DE IMIGRANTE A VISCONDE: A TRAJETÓRIA DE ... - ANPUH-RJ
DE IMIGRANTE A VISCONDE: A TRAJETÓRIA DE ... - ANPUH-RJ
DE IMIGRANTE A VISCONDE: A TRAJETÓRIA DE ... - ANPUH-RJ
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>DE</strong> <strong>IMIGRANTE</strong> A VISCON<strong>DE</strong>:<br />
Anpuh Rio de Janeiro<br />
Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro – APE<strong>RJ</strong><br />
Praia de Botafogo, 480 – 2º andar - Rio de Janeiro – <strong>RJ</strong><br />
CEP 22250-040 Tel.: (21) 9317-5380<br />
A <strong>TRAJETÓRIA</strong> <strong>DE</strong> JOAQUIM ANTÔNIO FERREIRA<br />
HENRIQUE SÉRGIO <strong>DE</strong> ARAÚJO BATISTA<br />
Doutorando em História Social (UF<strong>RJ</strong>)<br />
Quando da inauguração do retrato a óleo de Joaquim Antonio Ferreira – Visconde Guaratiba –<br />
na igreja de Santa Rita de Cássia, em 04 de setembro de 1870, José Luis Alves buscou na antiguidade e<br />
na renascença italiana caminhos para homenagear e cultuar a memória de seus “varões ilustres” para<br />
que os mesmos sirvam de exemplos a gerações futuras. Embora citando alguns dos chamados mestres<br />
da arte ocidental de diversas procedências, Alves manifesta sua preferência pelos italianos quando<br />
considera a Itália o “berço das belas artes” e, em certo sentido, a construção da memória do<br />
homenageado já estava devidamente vinculada aos artefatos artísticos dessa nação quando da<br />
construção de seu mausoléu executado pelo marmorista italiano José Berna. Embora a estrutura de<br />
mármore pudesse garantir a perpetuidade, mostrou-se efêmero ao ser demolido e por essa razão, na<br />
cidade dos mortos, o ato contínuo de atualização da memória perdeu seu principal sustentáculo e palco.<br />
Quem seria o homenageado por um quadro de Vitor Meireles? Felix Ferreira em sua história da<br />
Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, acredita que, após 1826, a administração da referida<br />
instituição de caridade não contou com elogiáveis provedores: coronéis de milícias e commendadores<br />
muito conhecidos pella philantropia de que deram os mais bellos exemplos no 1º e 2º reinados, mas de<br />
somennos valor como provedores”. 1<br />
Acredita Clarival do Prado Valadares que o desprezo de Ferreira, no caso de Joaquim Antonio<br />
Ferreira, provedor no período de 1828-1829, decorre da relação de Joaquim Antônio Ferreira com o<br />
tráfico negreiro. Embora o provedor da Santa Casa mais importante do século XIX tenha sido Clemente<br />
Pereira que exerceu a direção de 1838 até sua morte em 1854, o responsável por sua adesão a referida<br />
instituição foi Joaquim Antonio Ferreira que já participava da mesma desde 1813 onde exerceu cargos<br />
de tesoureiro (por seis anos) e de definidor. Na escalada social e nobiliárquica, Joaquim Antonio<br />
Ferreira necessitava não só de pertencer a diversas irmandades e instituições como a Santa Casa, mas<br />
também “conseguir em papel timbrado o reconhecimento de uma distinção social” 2 , já que possuir um
‘Usos do Passado’ — XII Encontro Regional de História <strong>ANPUH</strong>-<strong>RJ</strong> 2006: 2<br />
título era chave para entrar, como Antonio Candido intitulou tal ascensão social, na cadeia de<br />
felicidade 3 que poderia levar aos salões do Paço.<br />
Em 1814, já pertencendo ao segundo regimento de Infantaria de Milícias, Ferreira recebe a<br />
patente de capitão. Embora não recebesse vencimentos pelo posto, acumulava, em uma sociedade<br />
hierarquicamente demarcada, outro tipo de capital mais valioso que o financeiro – o simbólico, posto<br />
que com a nova graduação poderia gozar de “todas as honras, previlegios, liberdades, injunções e<br />
franquezas que direitamente lhe pertecerem”. 4 Passados cinco anos e alegando problemas de saúde,<br />
Ferreira pede reforma do seu posto o que não significa perder ser destituídos dos respectivos<br />
privilégios. 5 Em uma sociedade de Antigo Regime, segundo Maria Beatriz Nizza da Silva, os que<br />
buscavam alcançar a titulação nobiliárquica não se contentavam com uma única fonte de nobreza pois a<br />
conjunção de várias mercês, a reforçar umas as outras, é que imporia, na sociedade, o brasonato. 6<br />
Todavia, seriam necessários vários anos e outras graduações para que Joaquim Antonio Ferreira<br />
recebesse, na década de quarenta, o primeiro título de nobreza. No intitulado quinto ano da<br />
Independência, dispensado de apresentar das “provanças e habilitações”, exceto a de folha corrida,<br />
torna-se cavaleiro da Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo e professou o habito de noviço da referida<br />
ordem na imperial capela de Nossa Senhora do Monte de Carmo. Todavia, já em 1821, Ferreira já<br />
havia recebido a Mercê do referido hábito de cristo com a tença de doze mil réis. 7<br />
Em 1828, Joaquim Antonio Ferreira recebe mais uma comenda – torna-se cavaleiro da Ordem<br />
Imperial do Cruzeiro. Em sua vestimenta, poderia pendurar; portanto, comendas de duas ordens e,<br />
certamente, seu vestuário, nos dias de procissão e cortejos, corresponderia a de um cavaleiro do<br />
Império. No ano seguinte, em 1829, Ferreira receberia seu mais importante título até o baronato – o de<br />
comendador da Ordem de Cristo tendo o referido decreto de concessão assinado pelo ministro<br />
secretario de Estado nos Negócios do Império, o já citado José Clemente Pereira.<br />
Todavia, encontramos, no elogioso discurso (depois publicado) de José Luis Alves, indícios do<br />
vínculo do Joaquim Antonio Ferreira com o tráfico de escravos – sua ligação como empregado e depois<br />
sócio e finalmente herdeiro do comerciante João Gomes Valle:<br />
“Em 1796 aportou elle ás plagas venturosas da cidade de Mem de Sá, encetando logo a<br />
carreira commercial na casa do muito digno e respeitavel commerciante desta praça e rico<br />
capitalista João Gomes Val (..)”. 8<br />
O comerciante João Gomes Valle foi um dos intitulados por João Luis Fragoso de “homens de<br />
grossa ventura” em seus estudos sobre as atividades mercantis na cidade do Rio de Janeiro, no período<br />
compreendido entre os anos de 1790 e 1830. Associado com Manolo Florentino, Fragoso analisa a<br />
constituição da economia mercantil desse período e suas conexões com o tráfico negreiro no livro O
‘Usos do Passado’ — XII Encontro Regional de História <strong>ANPUH</strong>-<strong>RJ</strong> 2006: 3<br />
arcaísmo como projeto – mercado atlântico, sociedade agrária e elite mercantil no Rio de Janeiro, c.<br />
1790 – c. 1840. 9<br />
Dentre as famílias listadas na referida publicação que trata da concentração e diversificação dos<br />
negócios das quinze maiores empresas de longo curso estabelecidas na praça mercantil do Rio de<br />
Janeiro 1800 – 1830, a de João Gomes do Valle ocupa uma posição de destaque dentre outras como a<br />
de Carneiro Leão e Velho da Silva, pois no item que trata do tráfico atlântico de escravos – a empresa<br />
de João Gomes do Valle realizou cinqüenta expedições. Mas se a empresa de João Gomes do Valle<br />
realizou tal número, a de seu ex-empregado, Joaquim Antonio Ferreira situa-se em primeiro com 82 10 ,<br />
ou seja, o futuro visconde de Guaratiba foi responsável por mais de trinta por cento de todas as<br />
expedições do trafico negreiro. No livro de óbitos da freguesia de Santa Rita existente no arquivo da<br />
Cúria metropolitana que trata dos enterros de escravos no cemitério localizado no Valongo conhecido<br />
como o dos “pretos novos” exibe inequívoca ligação do minhoto com o tráfico negreiro. O nome de<br />
Joaquim Antonio Ferreira aparece em quase todas as páginas do tal livro – do total de 260 páginas só<br />
não existem registros em 17. Dos mil cento e noventa e sete escravos (1197) que mandou enterrar no<br />
cemitério do Valongo, entre dezembro de 1824 e fevereiro de 1830, quatrocentos e trinta e três (433) o<br />
foram em 1828 11 . Embora o último registro com o nome de Joaquim Antonio Ferreira tenha sido feito<br />
em fevereiro de 1829 12 relacionados a africanos vindos na galera Amália é possível afirmar que o<br />
número de escravos mortos traficados pelo mesmo seja maior que os cento e cinquenta e cinco listados<br />
no livro.<br />
Ao final de 1829 encontramos no Jornal do Comercio dados que não constam dos registros da<br />
freguesia de Santa Rita. Talvez existissem outros livros na mesma freguesia nos quais poderiam constar<br />
informes sobre os enterramentos no ano de 1829 e não chegaram até nós. Não é possível determinar se<br />
Joaquim Antonio Ferreira continuou a negociar, apesar da proibição, com o tráfico atlântico de<br />
escravos. No entanto, manteve um certo tipo de intercâmbio comercial com Benguela, pois, em 12 de<br />
julho de 1837, o Jornal do Comércio, em sua coluna Parte Comercial, informa que a escuna portuguesa<br />
Mariana trouxe uma carga para Joaquim Antonio Ferreira constando de duzentos e trinta e uma<br />
gamelas (231), oitocentos e setenta e cinco pontas de marfim(875) e vinte molhos de esteiras(20) 13 . Tal<br />
carga, para quem foi o maior traficante do Rio de Janeiro, não deixa de ser surpreendentemente singela.<br />
Com a proibição do tráfico negreiro, em 1830, e a conseqüente ilegalidade dessa atividade –<br />
além, é claro, da condenação de tais práticas, parte desses comerciantes da elite mercantil da Corte<br />
buscaram, em busca de prestígio, canalizar suas fortunas atividades socialmente respeitadas, como o<br />
investimento em prédios urbanos. Nesse sentido, de comerciantes de mercadorias - de homens e de
‘Usos do Passado’ — XII Encontro Regional de História <strong>ANPUH</strong>-<strong>RJ</strong> 2006: 4<br />
coisas – tornam-se proprietários de imóveis e assim constituem fortunas baseadas no aluguel dos<br />
mesmos, ou seja, fortunas rentistas.<br />
Visando desvincular-se da pecha de “negreiro” e adquirir certa respeitabilidade em sua ascensão<br />
social nobiliárquica, o futuro visconde de Guaratiba, a exemplo dos listado por Fragoso, tornou-se<br />
grande proprietário urbano e sua prodigiosa participação em diversas irmandades, como um dos<br />
principais mantenedores da Santa Casa de Misericórdia buscava apagar traços da tal origem – “O<br />
mercado de escravos carecia e procurava, sobretudo, o respeito público. Seus gestos da caridade<br />
tinham que ser bem maiores e desafiantes que os dos latifundiários de bens de raízes, mas de economia<br />
imolada” 14 . Todavia, o vultoso volume de doações aplicado pelo referido nobre nas confrarias das<br />
quais era irmão pode ser interpretado não somente como uma tentativa de se encobrir a citada origem,<br />
mas também, uma forma pública socialmente elogiada de se ostentar o poderio econômico, pois, como<br />
afirma Veblen 15 , somente quem possuía significativa riqueza poderia ostensivamente dispor de tanto<br />
capital.<br />
Nem a morte interrompeu suas doações para a Santa Casa, de irmandades onde era irmão, mas,<br />
apesar de ser da confraria proprietária do cemitério onde seria enterrado, para a mesma não deixou<br />
nenhum legado. De um total de quase noventas contos de réis, não existe um centavo sequer para a<br />
confraria de São Francisco de Paula e nem mesmo na notícia de sua morte publicada no Jornal do<br />
Commercio existe referência à tal filiação A escolha do Cemitério do Catumbi, mesmo quando já<br />
funcionava o da Santa Casa de Misericórdia, é um seguro indício da importância do mesmo para os<br />
portugueses que cá enriqueceram e tornaram tal necrópole a preferida dessa elite em busca de<br />
afirmação social e sedenta de títulos de nobreza.<br />
A inauguração do retrato era uma das possibilidades de continuação da construção da memória<br />
do visconde, que já firmara suas fundações com o erguer do mausoléu. A este artefato, acrescia-se<br />
agora a pintura e o próprio discurso de Alves tornado livro. Em 1905, é produzido outro monumento<br />
em torno de Guaratiba , com a publicação de uma biografia escrita pelo Barão Smith de Vasconcellos 16 .<br />
O exemplar existente na Biblioteca Nacional foi doação do próprio autor, conforme dedicatória<br />
na folha de rosto, ou seja, entregar a publicação para o principal guardião dos livros do país foi outro<br />
ato na luta contra o esquecimento em torno do visconde. Entretanto, existia um interesse pessoal e<br />
familiar do barão de Smith de Vascocellos na permanência dessa memória, já que o mesmo se havia<br />
casado com uma sobrinha-neta do argentário visconde.
‘Usos do Passado’ — XII Encontro Regional de História <strong>ANPUH</strong>-<strong>RJ</strong> 2006: 5<br />
ENTRE ATAS E SESSÕES<br />
Na última sessão de mesa conjunta de 1863 da Venerável Ordem Terceira de São Francisco de<br />
Paula, foi apresentado o pedido para a compra de um terreno para o mausoléu do visconde. O cemitério<br />
do Catumbi ocupa uma área que se inicia ao pé e se estende pela encosta de um morro. A escolha do<br />
local considerou tais características, e o terreno adquirido situava-se em plano elevado. Erguido nesse<br />
local, o mausoléu seria visto por todos que passassem próximo ao cemitério, e até mesmo a uma certa<br />
distância se descortinariam as esculturas que o ornavam.<br />
Foram erguidos mausoléus, na busca de se construir um tipo de memória familiar, que seguiam<br />
características estilísticas de outras épocas, da antiguidade grega e romana, passando por pirâmides<br />
egípcias, ou, um dos mais presentes, os neomedievais:<br />
“Não há dúvida de que os portugueses que viviam no Brasil no final de Oitocentos e no<br />
início do nosso século tinham a mesma visão da arquitetura manuelina que aqueles que estavam<br />
no território europeu e continuaram a associar espontaneamente as formas do tempo de D.<br />
Manuel ao prestígio e à grandeza. Nostalgia do poder perdido que procurava na pedraria lavrada<br />
lenitivo para as chagas abertas no corpo nacional, pela longa guerra fratricida entre liberais e<br />
absolutistas, pela crise econômica, pelos desastres africanos, pelo ultimato inglês(...)” 17<br />
Os estilos arquitetônicos dos artefatos tumulares faziam parte do horizonte de representações da<br />
construção de memória em um de seus principais lugares no século XIX. Se muitos dos portugueses<br />
que ergueram mausoléus no Catumbi deixaram um passado de pobreza quando aportaram no Brasil,<br />
quando enriquecidos buscam para além desse tempo de parcos recursos filiar-se ao esplendor da<br />
antiguidade como se os alicerces familiares remontassem a um tempo remoto que legitimasse o poderio<br />
muitas vezes fugaz .<br />
O uso da pedra na construção de memória não garante sua perenidade. Na peleja entre o lembrar<br />
e o esquecer, nas necrópoles, o suporte material sofre não só o desgaste da chuva e do inclemente sol,<br />
mas principalmente a ação dos homens. Intitulando-se herdeira – como descendente direta – do<br />
visconde de Guaratiba, Celeste Ferreira Amorim, alegando problemas financeiros para pagar as diárias<br />
do quarto duplo onde vivia no Hospital Geriátrico São Sebastião consegue judicialmente a venda do<br />
mausoléu. Não se sabe como a requerente provou sua descendência já que o visconde – conforme<br />
testamento 18 publicado no Jornal do Comercio era solteiro.<br />
O cemitério do Catumbi perdeu lugar privilegiado de construção de memória de certa elite e a<br />
memória do visconde de Guaratiba e de sua família seus principais suportes - os títulos de visconde e 2º<br />
barão de Guaratiba adornam um dentre vinte oito outros erguidos na área onde antes se firmava apenas<br />
o do 2 º barão. O mármore de Carrara foi substituído por granito – iguais a outros em volta. E a estátua
‘Usos do Passado’ — XII Encontro Regional de História <strong>ANPUH</strong>-<strong>RJ</strong> 2006: 6<br />
jacente do visconde que ficava ao centro do mausoléu, com suas condecorações e medalhas, dorme o<br />
sono eterno na reserva técnica do Museu Histórico Nacional.<br />
NOTAS<br />
1.FERREIRA, Felix. A Santa Casa da Misericórdia fluminense fundada no século XVI – notícia<br />
histórica desde o começo do século XVII, sendo Provedor o governador Martin de Sá, até o fim<br />
do século XIX sob a provedoria do Exm. Sr. Conselheiro Paulino José Doares de Souza. Rio de<br />
Janeiro: Santa Casa de Misericórdia, 1894 – 1898, p. 319.<br />
2. MALERBA, Jurandir. A corte no exílio – civilização e poder às vésperas da Independência (1808 a<br />
1821). São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 189.<br />
3. CANDIDO, Antonio. Um funcionário da monarquia – ensaio sobre o segundo escalão. Rio de<br />
Janeiro: Editora Ouro Sobe o Azul, 2002.<br />
4. AN Livro 29º do registro das Mercês.<br />
5. AN Livro 49º do Registro das Mercês.<br />
6. SILVA, Maria Beatriz Nizza da Silva. Ser nobre na Colônia. São Paulo: Editora UNESP, 2005.<br />
7. AN Decretos Honoríficos, Caixa 787, Documento 101.<br />
8. Alves, op. cit., p. 6.<br />
9. FRAGOSO, João, FLORENTINO, Manolo. O arcaísmo como projeto – mercado atlântico,<br />
sociedade agrária e elite mercantil no Rio de Janeiro, c. 1790 – c. 1840. Rio de Janeiro, Diadorim,<br />
1993.<br />
10. No período de 1811-1812 e 1821-1820, Joaquim Antonio Ferreira traficou 25850 escravos.<br />
FLORENTINO, Manolo Garcia. Em costas negras : uma historia do trafico atlântico de escravos<br />
entre a África e o Rio de Janeiro : seculos XVIII e XIX. Rio de Janeiro : Arquivo Nacional, 1995.<br />
11. 1824 – 11; 1825 – 186; 1827 – 226; 1828 – 433; 1829 – 155.<br />
12. “Joaquim Antonio fevereiro a 21 de fevereiro de 1829 mandou sepultar hum escravo com a marca a<br />
margem no peito direito por conta de quem pertencer vindo de Moçambique na Galera Amália de<br />
que fiz este assento”. Livro de Óbito de Santa Rita 1824-1830. Arquivo da Cúria Metropolitana.<br />
13. Idem, de 12 de julho de 1837, n. 151.<br />
14. Idem, p. 896.<br />
15. VEBLEN, Thorstein. A teoria da classe ociosa. São Paulo: Abril Cultural, 1980<br />
16. VASCONCELLOS, Barão. Traços biographicos do visconde de Guaratiba. Nova Friburgo: Typ. D’<br />
O Nova Friburgo, 1905.
‘Usos do Passado’ — XII Encontro Regional de História <strong>ANPUH</strong>-<strong>RJ</strong> 2006: 7<br />
17. PALÁCIO, Pedro Navascués. Fundamentos da arquitetura neomedieval. In o Neomanuelino ou a<br />
reinvenção da arquitetura dos descobrimentos, p. 50.<br />
18. O testamento do visconde foi feito em 26 de junho de 1852.<br />
BIBLIOGRAFIA<br />
ALVES, Jose Luis. Elogio histórico do visconde da Guaratiba. Rio de Janeiro ,Typ. de Pinheiro & C,<br />
1870.<br />
BAXANDALL, Michael.O Olhar Renascente - Pintura e Experiência Social na Itália da Renascença.<br />
São Paulo: Paz e Terra, 1991.<br />
CATROGA, Fernando. O cemitério romântico. In: O Neomanuelino ou a reinvenção da arquitetura dos<br />
Descobrimentos. Lisboa: Comissão Nacional dos Descobrimentos Portugueses, 1994.<br />
CANDIDO, Antonio. Um funcionário da monarquia – ensaio sobre o segundo escalão. Rio de Janeiro:<br />
Editora Ouro Sobe o Azul, 2002.<br />
FAZENDA, JOSÉ VIEIRA Os Provedores da Santa Casa da Misericordia da Cidade de São Sebastião<br />
do Rio de Janeiro tip. J. do Comércio, Rio, 1912.<br />
_______________________ Antiqualhas e memórias do Rio de Janeiro. Revista do Instituto Histórico<br />
e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro, t. 93, v. 147, 1923, p. 120.<br />
FLORENTINO, Manolo Garcia. Em costas negras : uma historia do trafico atlântico de escravos entre<br />
a África e o Rio de Janeiro : seculos XVIII e XIX. Rio de Janeiro : Arquivo Nacional, 1995.<br />
FRAGOSO, João, FLORENTINO, Manolo. O arcaísmo como projeto – mercado atlântico, sociedade<br />
agrária e elite mercantil no Rio de Janeiro, c. 1790 – c. 1840. Rio de Janeiro, Diadorim, 1993.<br />
FRAGOSO, João Luis. Homens de grossa ventura – acumulação e hierarquia na praça mercantil do Rio<br />
de Janeiro 1790 – 1830. Rio de Janeiro; Civilização Brasileira , 1998.<br />
SILVA, Maria Beatriz Nizza da Silva. Ser nobre na Colônia. São Paulo: Editora UNESP, 2005.<br />
VALLADARES, Clarival do Prado. Arte e sociedade nos cemitérios brasileiros. Rio de Janeiro:<br />
Conselho Federal de Cultura - MEC, 2 v, 1972.<br />
VASCONCELLOS, Barão. Traços biographicos do visconde de Guaratiba. Nova Friburgo: Typ. D’ O<br />
Nova Friburgo, 1905.<br />
VEBLEN, Thorstein. A teoria da classe ociosa. São Paulo: Abril Cultural, 1980.