Diário reflexivo na formação inicial - CCHLA - Universidade Federal ...

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No excerto 03/10 percebemos uma diferença na correção tanto em relação à
mostrada em 04/10 quanto às duas anteriores, tendo em vista que os alunos é que se
ajudam, o conhecimento é construído na interação com o outro. Identificamos um
amadurecimento da docente, pois ao agir diferente em uma situação semelhante a outras
ocorridas e nas quais ela simplesmente reproduzia o método de correção, aqui observamos
que ela faz uso da interação entre os alunos para a correção, o que sinaliza uma mudança,
uma (re) construção de sua identidade profissional.
3.1.1.5 Reações, questionamentos, reflexões, motivação/desmotivação diante de
questionamentos/comportamentos dos alunos
O diário como espaço de voz do professor permite que ele externe suas emoções,
sua motivação, desmotivação, reflexões, entre outros, diante de situações e
comportamentos de seus alunos. Os trechos a seguir nos mostram o posicionamento da
docente nesses momentos.
Excerto 05/09: “[...] Eles cantaram o inicio da música, mas não conseguiram aprender toda,
falaram que era para nós termos levado a letra da música impressa, que seria mais fácil
aprender a música assim […] Não gostei da música não ter sido assimilada por eles, e em
parte foi por falha nossa, pois concordo que a letra da música impressa ajudaria na
aprendizagem [...]” (07/07/2009) [grifo nosso]
Excerto 06/09: [...] Está diminuindo o número de alunos que está participando das oficinas,
observei que ultimamente sempre que é a hora da oficina eles estão fazendo algum “trabalho
mais importante” (cartazes, colagens, trabalhos da escola). O que fazer para atraí-los para a
oficina de modo que façam os seus trabalhos importantes, antes ou depois do horário das
oficinas?”(07/07/2009) [grifo nosso]
Os dois excertos expressam questionamentos, reflexões e um pouco de
desmotivação em relação ao andamento das oficinas. O excerto 06/09, da segunda
vigência, apresenta a preocupação da docente quanto à redução no número de alunos que
frequentam as oficinas. A professora procura uma causa para essa redução, demonstra
capacidade de reflexão sobre a situação, questionando de que modo isso pode ser revertido.
Compreendemos que ela confronta o problema e reflete em como mudar. Dessa forma,
esse trecho se enquadra na terceira ação de Smyth (1992) que é o confrontar.