Diário reflexivo na formação inicial - CCHLA - Universidade Federal ...

2. DIRETRIZES DA METODOLOGIA ADOTADA
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Neste capítulo, apresentaremos a metodologia utilizada no desenvolvimento da
pesquisa, sendo este estruturado em três partes, são elas: a natureza e o contexto da
pesquisa, o perfil da pesquisadora-diarista e os procedimentos de análise.
2.1 A natureza e o contexto da pesquisa
Podemos classificar essa pesquisa como de natureza qualitativa e interpretativa,
considerando que “[...] A pesquisa qualitativa procura entender, interpretar fenômenos
sociais inseridos em um contexto” (BORTONI-RICARDO, 2008, p. 34). Tendo em vista
os objetivos dessa pesquisa, que de forma geral consistem na verificação da presença das
formas de ação de Smyth (1992) e a identificação de trechos no diário reflexivo que
indicam a construção identitária da professora em formação, acreditamos que a escolha por
esse tipo de pesquisa é viável e atende os objetivos pretendidos.
Como já mencionamos, para esta pesquisa, optamos por analisar o diário reflexivo
de uma professora de língua francesa em formação inicial, participante dos Projetos
acadêmicos: Direitos Linguísticos e Inclusão social: oficinas de língua estrangeira para a
comunidade Maria de Nazaré (PROBEX/UFPB), com vigência nos anos 2008 a 2010 e
Diários Reflexivos e Formação do Professor de Língua Estrangeira: construindo
educadores-pesquisadores críticos (PROLICEN/UFPB), com vigência nos anos 2009 e
2010.
O Projeto de Extensão Direitos Linguísticos e Inclusão social: oficinas de língua
estrangeira para a comunidade Maria de Nazaré (PROBEX/UFPB) tinha por objetivo a
realização de oficinas de língua francesa, de modo prazeroso e lúdico, apoiando-se sobre o
tripé: construção de cidadania, aprendizagem de língua estrangeira e espaço para prática de
ensino. As oficinas eram realizadas no núcleo do Programa de Erradicação do Trabalho
Infantil (PETI) da Comunidade Maria de Nazaré, no Bairro Funcionários III, na cidade de
João Pessoa.
De acordo com a perspectiva adotada, procurava-se trabalhar questões da
cidadania, da inclusão social, aspectos culturais, de relações sociais, de respeito ao outro e
de tolerância. Baseando-se na pedagogia da autonomia (FREIRE, 2003) e na pedagogia da
positividade (MATOS, 1996), que consiste na utilização de palavras que promovam a paz