19.04.2013 Views

Diário reflexivo na formação inicial - CCHLA - Universidade Federal ...

Diário reflexivo na formação inicial - CCHLA - Universidade Federal ...

Diário reflexivo na formação inicial - CCHLA - Universidade Federal ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software<br />

http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.<br />

23<br />

<strong>formação</strong> <strong>inicial</strong> desenvolverem essa postura crítico-reflexiva? E o sistema educacio<strong>na</strong>l no<br />

qual atuam muitos professores que ainda não desenvolveram essa postura, será que esse<br />

sistema oportuniza a autonomia do professor, ou faz dele um refém do currículo e do<br />

conteúdo a ser visto durante o ano letivo? Embora o objetivo deste trabalho não seja<br />

responder a essas questões, é inevitável não trazê-los à to<strong>na</strong>, tendo em vista a <strong>na</strong>tureza<br />

reflexiva desta pesquisa.<br />

1.3 Construindo uma identidade profissio<strong>na</strong>l docente<br />

Nessa seção, propomo-nos a expla<strong>na</strong>r algumas considerações sobre o diário<br />

enquanto instrumento capaz de auxiliar <strong>na</strong> construção de uma identidade profissio<strong>na</strong>l. Esse<br />

tema foi incluído nesse trabalho por nos alinharmos a concepção de que “[...] através da<br />

escrita diarista, o professor será capaz de mediar suas experiências em sala de aula, suas<br />

representações docentes e, consequentemente, a sua construção identitária profissio<strong>na</strong>l”<br />

[grifo nosso] (DIAS, 2009, p. 43).<br />

Inicialmente discutiremos o que quer dizer identidade <strong>na</strong> área dos estudos<br />

linguísticos, em seguida abordaremos outros aspectos, para isso tomaremos como base os<br />

trabalhos de Rajagopalan (2002), Moita Lopes (2003), Rollemberg (2003) e Pellim (2010).<br />

Salientamos ainda, que as concepções de identidade social apresentadas neste trabalho, são<br />

norteadas pela Teoria Socioconstrucionista do discurso e das identidades.<br />

Segundo Moita Lopes (2003, p. 20), a identidade pode ser entendida como “[...] um<br />

construto de <strong>na</strong>tureza social – portanto, político –, isto é, identidade social, compreendida<br />

como construída em práticas discursivas”. A partir dessa concepção de identidade,<br />

compreendemos que são os discursos e o aspecto social que estabelecem as identidades dos<br />

sujeitos. Isso pode ser exemplificado a partir da pesquisadora deste trabalho, tendo em<br />

vista que ao vivenciar a experiência de ser alu<strong>na</strong> de um curso de Licenciatura e professora<br />

em um projeto acadêmico, através da interação com professores, colegas e alunos sua<br />

identidade profissio<strong>na</strong>l foi sendo construída.<br />

De acordo com Rajagopalan (2002, apud DIAS 2009, p. 31), “[...] as identidades<br />

são construídas <strong>na</strong> e pela língua e estão sempre em movimento”. O que significa que a<br />

identidade de um professor, por exemplo, não está totalmente construída após concluir sua<br />

<strong>formação</strong> acadêmica; ao contrário, durante toda sua trajetória profissio<strong>na</strong>l essa identidade<br />

vai sendo (re) construída.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!