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Diário reflexivo na formação inicial - CCHLA - Universidade Federal ...

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reprodutor de conhecimentos para modificar sua prática e também produzir conhecimento,<br />

conforme afirma Bortoni-Ricardo (2008, p. 46)<br />

O professor pesquisador não se vê ape<strong>na</strong>s como um usuário de<br />

conhecimento produzido por outros pesquisadores, mas se propõe<br />

também a produzir conhecimentos sobre seus problemas profissio<strong>na</strong>is, de<br />

forma a melhorar sua prática. O que distingue um professor pesquisador<br />

dos demais professores é seu compromisso de refletir sobre a própria<br />

prática, buscando reforçar e desenvolver aspectos positivos e superar as<br />

próprias deficiências. Para isso ele se mantém aberto a novas idéias e<br />

estratégias (BORTONI-RICARDO, op. cit. p. 46).<br />

O professor, em <strong>formação</strong> <strong>inicial</strong> ou continuada, sempre deve buscar aperfeiçoar<br />

sua prática e como vimos anteriormente é importante alinhar teoria e prática. Atuar como<br />

professor-pesquisador é possível e a prática diarista pode contribuir nesse sentido. Por ser<br />

um instrumento capaz de auxiliar no processo de reflexão sobre a prática, o diário<br />

possibilita também o desenvolvimento de pesquisas <strong>na</strong> própria sala de aula, através do qual<br />

pode-se investigar, por exemplo, a interação em sala de aula, as dificuldades dos alunos<br />

<strong>na</strong>s atividades e de que forma o professor lida com o erro.<br />

Na próxima seção abordaremos o processo de <strong>formação</strong> crítico-reflexiva,<br />

destacando as formas de ação de Smyth (1992).<br />

1.2 Por uma <strong>formação</strong> crítico-reflexiva<br />

A problemática sobre a <strong>formação</strong> do professor <strong>reflexivo</strong> foi bastante evocada por<br />

volta dos anos 1990. Na década seguinte, percebemos uma crescente crítica a essa nova<br />

postura, como no trabalho de Pimenta e Ghedin (2002) que vão questio<strong>na</strong>r o uso do<br />

conceito de reflexão/reflexividade.<br />

Tendo em vista o impasse, consideramos relevante discutir esses conceitos. Entre<br />

diversos pesquisadores, destacamos a concepção de Liberali (2010, p. 25) ao afirmar que<br />

“refletir não seria um simples processo de pensar, mas uma ação consciente realizada pelo<br />

professor, que busca compreender o seu próprio pensamento, sua ação e suas<br />

conseqüências”. Nessa mesma linha, Pérez-Gomes (1999, p. 29 apud MEDRADO, 2008,<br />

p. 91) concebe reflexividade como a:<br />

[...] capacidade de voltar sobre si mesmo, sobre as construções sociais,<br />

sobre as intenções, representações e estratégias de intervenção. Supõe a<br />

possibilidade, ou melhor, a inevitabilidade de utilizar o conhecimento à

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