Diário reflexivo na formação inicial - CCHLA - Universidade Federal ...

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contextos específicos entre interlocutores característicos e com objetivos determinados.”
(LIBERALI, MAGALHÃES e ROMERO, 2003, p.136). Considerando essa concepção das
narrativas como gênero, entendemos também que apesar de serem diferentes entre si,
podem ser utilizadas com a mesma finalidade, no caso, na formação docente.
O campo das práticas de escrita reflexiva é composto por diferentes tipos de
narrativas docentes, entre elas, encontramos as autobiografias, também chamadas histórias
de vida; o relato reflexivo; o diário dialogado; o diário virtual, popularmente conhecido
como blog; e por fim, o que denominaremos diário reflexivo, sendo esse último nosso
objeto de estudo. Na próxima seção discutiremos especificamente esse tipo de diário.
A autobiografia é a história de vida escrita pelo próprio indivíduo. Os relatos
segundo, Medrado (2007, p. 121), “[...] não possuem uma estrutura ou forma
preestabelecida. Funcionam como uma narrativa pessoal, muitas vezes num estilo bastante
informal [...]”. Com relação ao diário dialogado, Reichmann (2007, p. 229) postula que
“[...] é uma interação escrita ancorada na sala de aula – um gênero acadêmico
assemelhando-se à escritura de cartas. A linguagem é informal, frequentemente se
aproximando da oralidade [...] pode ser realizado em um caderno, ou em meio virtual.”
Verificamos que o diário está inserido no campo das práticas de escrita reflexiva,
destacando-se em pesquisas nas quais é utilizado como diário de aula (ZABALZA, 2004;
TÁPIAS-OLIVEIRA, 2005), também como diário dialogado na formação continuada de
professores (REICHMANN, 2007) e coordenadores (LIBERALI, 1999), em outros casos,
como diário de leitura (MACHADO, 1998) e até mesmo pesquisas como diário de classe
(MENEGOLO e CARDOSO, 2007).
Com o objetivo de ilustrar os tipos de narrativas citadas, elaboramos a figura a
seguir: