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Diário reflexivo na formação inicial - CCHLA - Universidade Federal ...

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1. PERCORRENDO OS CAMINHOS DA TEORIA<br />

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15<br />

Neste capítulo, apresentaremos a fundamentação teórica da nossa pesquisa, cujo<br />

ponto de partida será um breve olhar sobre <strong>na</strong>rrativas docentes; em seguida, expla<strong>na</strong>remos<br />

algumas concepções de diário <strong>reflexivo</strong> e abordaremos o processo de <strong>formação</strong> críticoreflexiva,<br />

destacando as formas de ação de Smyth (1992). Fi<strong>na</strong>lizaremos refletindo sobre o<br />

processo de construção da identidade profissio<strong>na</strong>l docente.<br />

1.1 Um breve olhar sobre <strong>na</strong>rrativas docentes<br />

Uma característica do ser humano é a necessidade de registrar suas experiências de<br />

vida, o que pode ser observado desde os primórdios da humanidade, pois antes mesmo do<br />

homem desenvolver a habilidade da escrita, ele já registrava suas vivências. Exemplo disso<br />

são as inscrições rupestres. Com as grandes <strong>na</strong>vegações, o homem passou a se aventurar<br />

por mares nunca dantes <strong>na</strong>vegados e muitas dessas experiências foram registradas nos<br />

chamados diários de viagem ou diários de bordo. Na infância, juventude e até mesmo <strong>na</strong><br />

idade adulta, muitas pessoas já escreveram diários, seja para expressar sentimentos,<br />

angústias, medos, segredos ou mesmo para registrar lembranças que não querem que se<br />

apaguem com o tempo. Esses são os chamados diários de memória pessoal.<br />

Como não lembrar que durante muito tempo, e até <strong>na</strong> atualidade, é possível<br />

encontrar pessoas que associam o diário ao universo feminino, pertencente às mocinhas e<br />

às mulheres. Quando <strong>na</strong> verdade, muitos homens aderiram ao uso do diário no passado e<br />

nos dias de hoje. O diário era considerado íntimo, privado, mas com o tempo, tornou-se<br />

público, exemplo disso são os blogs, tão populares em nossos dias, devido à<br />

democratização da tecnologia e da internet. Nesse espaço moderno as pessoas escrevem e<br />

tor<strong>na</strong>m seus escritos conhecidos.<br />

Partindo do universo das experiências huma<strong>na</strong>s para o âmbito acadêmico, os diários<br />

ganharam espaço tor<strong>na</strong>ndo-se objeto de estudo em pesquisas sobre <strong>na</strong>rrativas docentes. A<br />

esse respeito, Barcelos (2006, p.148 apud DIAS, 2009, p.37) postula que “[...] vários<br />

estudiosos são unânimes em situar a <strong>na</strong>rrativa como instrumento e método por excelência<br />

que captura a essência da experiência huma<strong>na</strong> e, consequentemente, da aprendizagem e da<br />

mudança huma<strong>na</strong>”.<br />

As <strong>na</strong>rrativas docentes podem ser entendidas como gêneros, “[...] uma vez que se<br />

realizam a partir de formas relativamente estáveis de enunciados concretizados em

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