19.04.2013 Views

Reconto - O Duende da Ponte.pdf

Reconto - O Duende da Ponte.pdf

Reconto - O Duende da Ponte.pdf

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Você já viu um duende?<br />

Acredita em duendes?<br />

Ouça a história de Teo e veja como ele conseguiu vencer um duende com chara<strong>da</strong>s.<br />

Esta é a história de um menino chamado Teo que se encontrava todos os dias com um<br />

duende medonho e terrível numa ponte que ficava no caminho <strong>da</strong> escola...<br />

RECONTO: O DUENDE DA PONTE (Patrícia Rae Wolff)<br />

Teo precisava ir à escola, diariamente, como to<strong>da</strong> criança faz. Só que para<br />

chegar à escola, Teo tinha que atravessar o campo, subir o morro e descer por um longo<br />

caminho. Nesse caminho havia uma ponte onde morava um terrível duende.<br />

Todos os dias, minutos antes de ir para a escola, a mãe de Teo se despedia,<br />

desejando-lhe um bom dia e lhe recomen<strong>da</strong>ndo cui<strong>da</strong>do com o duende <strong>da</strong> <strong>Ponte</strong>.<br />

Na primeira vez em que Teo tentou atravessar a ponte, o duende pulou na sua<br />

frente, impedindo-o de atravessar e lhe disse com firmeza que aquela ponte era dele e<br />

por isso, para atravessá-la, Teo deveria pagar um centavo.<br />

Teo não tinha como pagar um centavo todos os dias para o duende. Pensou um<br />

pouco e propôs ao duende uma brincadeira de chara<strong>da</strong>s. Se o duende acertasse, Teo não<br />

atravessaria a ponte, mas se Teo desse a resposta correta, o duende teria que deixá-lo<br />

passar. O duende aceitou a brincadeira com alegria, dizendo-lhe que adorava chara<strong>da</strong>s.<br />

Teo não hesitou e logo soltou a pergunta: - Por que a girafa tem um pescoço tão<br />

comprido? O duende pensou, pensou... mas não sabia o que era uma girafa. Teo lhe<br />

disse que girafa é um animal com um pescoço bem grande. O duende pensou, pensou<br />

novamente e desistiu. Teo não demorou a <strong>da</strong>r a resposta:<br />

- Porque sua cabeça está muito longe do pescoço.<br />

O duende, mesmo com raiva, não teve escolha e deixou Teo passar. Teo sabia<br />

que precisava pensar em outros truques para conseguir atravessar a ponte sem pagar um<br />

centavo. Nesse mesmo dia, quando estava voltando <strong>da</strong> escola, ao passar pela ponte, o<br />

duende pulou na sua frente e lhe disse:<br />

- Minha mãe mora debaixo desta ponte e ela me disse que você me enganou. Eu<br />

que deveria lhe propor uma chara<strong>da</strong>.<br />

Teo apenas ouviu e caminhando rapi<strong>da</strong>mente atravessou a ponte. Mais perto de<br />

casa, Teo, distraído, pensando no duende, tropeçou num buraco e isso lhe deu uma nova<br />

idéia.


No dia seguinte, Teo atravessou o campo, subiu o morro e desceu pelo longo<br />

caminho até a ponte. Ao começar atravessá-la, o duende pulou novamente na sua frente,<br />

parecendo mais terrível do que nunca e lhe exigindo um centavo de pedágio.<br />

Teo mexeu nos bolsos, fingindo procurar alguma coisa.<br />

– Eu não tenho dinheiro. Vamos brincar novamente de adivinha. Se eu acertar,<br />

atravesso a ponte de graça.<br />

O duende aceitou, mas disse que dessa vez ele não o enganaria:<br />

- Hoje, eu é que faço a pergunta, disse.<br />

Pensou, pensou, enrugou o rosto e franziu a testa. Na ver<strong>da</strong>de, não conseguia<br />

pensar em na<strong>da</strong>. Teo percebeu que o duende não conhecia chara<strong>da</strong>s e, então, ofereceu<br />

uma para o duende usar. O duende aceitou: - Quanta terra você pode retirar de um<br />

buraco medindo três metros de largura por três de profundi<strong>da</strong>de?<br />

Teo fingiu pensar e respondeu:<br />

- Nenhuma, não há terra dentro de um buraco.<br />

Feliz e saltitante, Teo atravessou a ponte rapi<strong>da</strong>mente. O duende bateu os pés,<br />

sacudiu os braços e soltou terríveis rugidos. Na volta para casa, o duende estava<br />

esperando por Teo na ponte.<br />

– Mamãe me disse que você me enganou novamente. Você já sabia a resposta<br />

quando me falou a chara<strong>da</strong>.<br />

Teo passou pela ponte rapi<strong>da</strong>mente, pensando o que faria <strong>da</strong> próxima vez.<br />

Enquanto corria para casa encontrou moe<strong>da</strong>s no meio <strong>da</strong> estra<strong>da</strong>. Agachou para pegá-<br />

las, imaginando um novo truque para o duende.<br />

No dia seguinte, quando Teo avistou a ponte, lá estava o duende lhe esperando.<br />

Parecia furioso!<br />

duende.<br />

- Esta ponte é minha e você tem de pagar um centavo para atravessá-la. Gritou o<br />

Teo suspirou e propôs outra brincadeira. O duende, furioso, respondeu-lhe que<br />

não aceitaria nenhuma outra chara<strong>da</strong>.<br />

- Na<strong>da</strong> de chara<strong>da</strong>s - respondeu Teo, enfiando a mão no bolso. Tenho seis<br />

centavos e se você conseguir adivinhar o valor <strong>da</strong>s moe<strong>da</strong>s, elas serão suas.<br />

O duende ficou muito animado com a idéia e resolveu aceitar a brincadeira.<br />

- Tenho duas moe<strong>da</strong>s e uma delas não é de cinco, disse Teo.


Apesar de entender de dinheiro, o duende pensou, pensou e desistiu. Teo abriu a<br />

mão e mostrou uma moe<strong>da</strong> de cinco e outra de um centavo e disse ao duende,<br />

apontando para a moe<strong>da</strong> de um centavo:<br />

- Esta não é de cinco.<br />

Teo atravessou correndo a ponte. Ao voltar <strong>da</strong> escola, o duende o encontrou na<br />

ponte e lhe disse:<br />

- Minha mãe me disse que você me enganou novamente. E sabe o que mais?<br />

Disse também que a partir de amanhã devo ir á escola todos os dias para ficar mais<br />

esperto.<br />

pedágio!”<br />

Teo logo pensou: “Ir à escola, todos os dias, com o duende é melhor que pagar

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!