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Séneca. Medeia - Universidade de Coimbra

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320<br />

325<br />

330<br />

<strong>Séneca</strong><br />

ainda nem o Bóreas ainda nem o Zéfiro<br />

tinham nome 54 .<br />

Tífis 55 teve a audácia <strong>de</strong> <strong>de</strong>sfraldar as velas<br />

no vasto mar<br />

e ditar novas leis aos ventos,<br />

ora esten<strong>de</strong>ndo o pano em toda a sua extensão,<br />

ora apanhando o Noto obliquamente,<br />

afrouxada a escota, ora fixando<br />

com segurança a verga a meio mastro,<br />

ora pren<strong>de</strong>ndo-a <strong>de</strong> novo ao topo,<br />

quando o marinheiro, na sua ânsia enorme,<br />

quer o vento todo ou quando, na extremida<strong>de</strong> da gávea,<br />

esvoaça a ban<strong>de</strong>irola rubra 56 .<br />

Os nossos pais viveram em tempos<br />

magníficos dos quais o embuste estava bem arredado 57 .<br />

Cada um ficava tranquilamente nos seus litorais<br />

e chegava à velhice nos campos ancestrais,<br />

rico com pouco; não conhecia senão<br />

as riquezas que o solo pátrio produzia.<br />

facto <strong>de</strong> Bootes ser por vezes ser i<strong>de</strong>ntificado com o ateniense<br />

Icário, pai <strong>de</strong> Erígone.<br />

54 Ventos do Norte e do Oeste, respectivamente.<br />

55 Cf. v. 2.<br />

56 O poeta faz uma breve <strong>de</strong>scrição das diversas velas possíveis:<br />

a vela a todo o pano, provavelmente em panos quadrados (v.<br />

321); a vela com um pano para o vento que surge lateralmente (v.<br />

322-323); a verga que se baixa até meio do mastro para enfrentar<br />

ventos mais fortes (v. 323-324); e, para conseguir mais velocida<strong>de</strong>,<br />

a vela a todo o pano reforçada por uma outra adicional, içada no<br />

topo do mastro e nas duas extremida<strong>de</strong>s das vergas (supparum, v.<br />

325-328). Cf. Cassom 1971 229-245.<br />

57 A Ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ouro.<br />

58

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