Unidade 6 – Medição de vibrações

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Unidade 6 Medição de Vibrações Desde que o núcleo não se mova demasiadamente do centro do enrolamento primário, a voltagem de saída varia linearmente com o deslocamento do núcleo, originando-se o nome de transformador diferencial variável linear. 6.3.5 Transdutores de correntes parasita (“eddy current”) Uma corrente parasita (também conhecida como corrente de Foucault) é um fenômeno elétrico descoberto pelo físico francês Léon Foucault em 1851. É produzida quando um condutor é exposto a um campo magnético que varia devido ao movimento relativo da fonte do campo e o condutor, ou variações do campo com o tempo. Isto pode causar uma circulação de elétrons, ou corrente, no corpo do condutor. Estas correntes circulantes induzem campos magnéticos que se opõem à variação do campo magnético original devido à Lei de Lenz, causando forças reativas entre o condutor e o magneto. A intensidade do campo induzido depende da intensidade do campo magnético aplicado, da condutividade elétrica do condutor e da distância entre condutor e campo magnético. A Fig. 6.9a ilustra o princípio de funcionamento destes sensores enquanto que a Fig. 6.9b mostra alguns modelos comerciais. (a) (b) Figura 6.9 Sensores Eddy Current Como sensores são utilizados para medição de deslocamento sem contato, quando o elemento móvel é construído com material eletricamente condutivo. Uma corrente alternada de alta freqüência flui em uma bobina alojada no sensor. O campo eletromagnético na bobina induz correntes parasitas no material condutivo o que altera a resistência da bobina. Esta mudância na impedância produz um sinal elétrico linear proporcional a distância entre objetivo e sensor. 6.3.6 Transdutores capacitivos São medidores que realizam a medição de deslocamento sem contato com o objeto a ser medido. Devido ao “unique active tri-electrode guard-ring-capacitor principle”, sensores capacitivos de deslocamento apresentam comportamento linear para todos os metais. O sensor atua como um eletrodo e o outro eletrodo é o objeto da medição. A técnica de medição permite que a mesma seja realizada em materiais condutores e semicondutores. Estes transdutores são ideais para diversas aplicações industriais quando não é possível realizar medições com contato. A Fig. 6.10a mostra a aplicação na medição sem contato das vibrações de um disco de freio e a Fig. 6.10b mostra alguns modelos. (a) (b) Figura 6.10 Sensores capacitivos 6.4 - Sensores de Vibração (Pickups) O sensor de vibração é constituído de um mecanismo medidor associado a um transdutor. A Fig. 6.11 apresenta um instrumento sísmico montado em um corpo vibratório. O movimento vibratório é medido achando-se o deslocamento da massa em relação à base na qual é montado. 122

Unidade 6 Medição de Vibrações x(t) k m T Figura 6.11 - Instrumento sísmico. O instrumento consiste de uma massa m, uma mola de rigidez k e um amortecedor de constante de amortecimento c, colocados dentro de uma caixa, que é ligada ao elemento vibratório. Com este arranjo, as extremidades da mola e do amortecedor executarão o mesmo movimento que a caixa (movimento y) e a sua vibração excita a massa dentro da caixa. O movimento da massa em relação à caixa é z = x - y, em que x representa o movimento da massa m. Se o movimento vibratório é harmônico, na forma yt Y sen t (6.14) A equação do movimento da massa m pode ser escrita como mx c x y k x y 0 (6.15) O movimento relativo é z x y (6.16) A equação (6.15) torna-se mz cz kz my (6.17) e as equações (6.14) e (6.17) conduzem a 2 mz cz kz m Y sent Esta equação é idêntica à eq. 3.66 e a solução de regime permanente é t Zsen( t ) 123 c y(t) (6.18) z (6.19) onde Z e são dados por 2 2 Y r Y Z 1 2 2 2 2 k m c 1 r 2r 1 c tan tan 2 k m n 1 com r c e . 2 m n 2 2 2 2r 1 r 2 1 2 (6.20) (6.21) As Figuras 6.12 e 6.13 mostram as curvas correspondentes às equações (6.20) e (6.21), respectivamente. O tipo de instrumento é determinado pela faixa mais adequada de frequências da curva mostrada na Fig. 6.10.

<strong>Unida<strong>de</strong></strong> 6 <strong>–</strong> <strong>Medição</strong> <strong>de</strong> Vibrações<br />

x(t)<br />

k<br />

m<br />

T<br />

Figura 6.11 - Instrumento sísmico.<br />

O instrumento consiste <strong>de</strong> uma massa m, uma mola <strong>de</strong> rigi<strong>de</strong>z k e um amortecedor <strong>de</strong> constante <strong>de</strong><br />

amortecimento c, colocados <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma caixa, que é ligada ao elemento vibratório. Com este arranjo, as<br />

extremida<strong>de</strong>s da mola e do amortecedor executarão o mesmo movimento que a caixa (movimento y) e a sua vibração<br />

excita a massa <strong>de</strong>ntro da caixa. O movimento da massa em relação à caixa é z = x - y, em que x representa o movimento<br />

da massa m.<br />

Se o movimento vibratório é harmônico, na forma<br />

yt Y sen t<br />

(6.14)<br />

A equação do movimento da massa m po<strong>de</strong> ser escrita como<br />

<br />

mx c x y k x y 0 (6.15)<br />

O movimento relativo é<br />

z x y<br />

(6.16)<br />

A equação (6.15) torna-se<br />

mz cz kz my <br />

(6.17)<br />

e as equações (6.14) e (6.17) conduzem a<br />

2<br />

mz cz kz m Y sent<br />

Esta equação é idêntica à eq. 3.66 e a solução <strong>de</strong> regime permanente é<br />

t Zsen(<br />

t )<br />

123<br />

c<br />

y(t)<br />

(6.18)<br />

z (6.19)<br />

on<strong>de</strong> Z e são dados por<br />

2<br />

2<br />

Y<br />

r Y<br />

Z <br />

1 <br />

2 2 2 2<br />

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<br />

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<br />

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1<br />

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1 2<br />

(6.20)<br />

(6.21)<br />

As Figuras 6.12 e 6.13 mostram as curvas correspon<strong>de</strong>ntes às equações (6.20) e (6.21), respectivamente. O tipo<br />

<strong>de</strong> instrumento é <strong>de</strong>terminado pela faixa mais a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> frequências da curva mostrada na Fig. 6.10.

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