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Unidade 6 – Medição de vibrações

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<strong>Unida<strong>de</strong></strong> 6 <strong>–</strong> <strong>Medição</strong> <strong>de</strong> Vibrações<br />

A Fig. 6.6b mostra o esquema <strong>de</strong> um acelerômetro piezoelétrico. Uma pequena massa é pressionada contra um<br />

cristal piezoelétrico por meio <strong>de</strong> uma mola. Quando a base vibra, a carga exercida pela massa sobre o cristal varia com a<br />

aceleração e, portanto, a voltagem <strong>de</strong> saída gerada pelo cristal será proporcional à aceleração. Os acelerômetros<br />

piezoelétricos são compactos, resistentes, com alta sensibilida<strong>de</strong> e utilizáveis em altas faixas <strong>de</strong> frequência.<br />

6.3.3 - Transdutores Eletrodinâmicos<br />

Quando um condutor elétrico, na forma <strong>de</strong> um solenói<strong>de</strong>, se move em um campo magnético, produzido por um<br />

imã permanente ou por um eletroimã, como mostra a Fig. 6.7, é gerada uma voltagem V neste mesmo condutor, dada<br />

por<br />

V Dl v<br />

(6.12)<br />

on<strong>de</strong> D é a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fluxo magnético, l é o comprimento do condutor, e v é a velocida<strong>de</strong> do condutor em relação ao<br />

campo magnético. Em virtu<strong>de</strong> da proporcionalida<strong>de</strong> entre a velocida<strong>de</strong> relativa entre imã e solenói<strong>de</strong> e a voltagem <strong>de</strong><br />

saída, os transdutores eletromagnéticos são freqüentemente utilizados em sensores <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>. A eq. (6.12) po<strong>de</strong> ser<br />

escrita na forma<br />

D l V F<br />

(6.13)<br />

v I<br />

on<strong>de</strong> F é a força que age sobre o solenói<strong>de</strong> quando pelo mesmo passa uma corrente I. Desta forma este tipo <strong>de</strong><br />

transdutor po<strong>de</strong> também ser utilizado como um excitador <strong>de</strong> <strong>vibrações</strong> (a partir <strong>de</strong> uma corrente elétrica introduzida<br />

gera-se uma força mecânica)<br />

S<br />

N<br />

E<br />

N<br />

v<br />

S<br />

Deslocamento<br />

Enrolamentos<br />

secundários<br />

Figura 6.7 - Transdutor eletrodinâmico. Figura 6.8 - LVDT.<br />

121<br />

Voltagem <strong>de</strong><br />

alimentação<br />

6.3.4 - Transformador Diferencial Linear Variável (LVDT)<br />

E i<br />

Enrolamento<br />

primário<br />

E O = Voltagem<br />

<strong>de</strong> saida<br />

Os LVDT (Fig. 6.8) são sensores para medição <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento linear. O funcionamento <strong>de</strong>ste sensor é<br />

baseado em três bobinas e um núcleo cilíndrico <strong>de</strong> material ferromagnético <strong>de</strong> alta permeabilida<strong>de</strong>. Ele dá como saída<br />

um sinal linear, proporcional ao <strong>de</strong>slocamento do núcleo, que está fixado ou em contato com o que se <strong>de</strong>seja medir. A<br />

bobina central é chamada <strong>de</strong> primária e as <strong>de</strong>mais são chamadas <strong>de</strong> secundárias. O núcleo é conectado ao objeto cujo<br />

<strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong>seja-se medir e a movimentação <strong>de</strong>le em relação às bobinas é o que permite esta medição. Para esta<br />

medição, uma corrente alternada é aplicada na bobina primária, fazendo com que uma tensão seja induzida em cada<br />

bobina secundária proporcionalmente à indutância mútua com a bobina primária. A freqüência da corrente alternada está<br />

geralmente entre 1 e 10 kHz. De acordo com a movimentação do núcleo, esta indutância mútua varia, fazendo com que<br />

as tensões nas bobinas secundárias variem também. As bobinas são conectadas em série reversa, com isso a tensão <strong>de</strong><br />

saída é a diferença entre as duas tensões secundárias. Quando o núcleo está na posição central, equidistante em relação<br />

às duas bobinas secundárias, tensões <strong>de</strong> mesma amplitu<strong>de</strong> porém opostas são induzidas nestas duas bobinas tornando<br />

nula a tensão <strong>de</strong> saída. Quando o núcleo é movimentado em uma direção a tensão em uma das bobinas secundárias<br />

aumenta equanto a outra diminui, fazendo com que a tensão aumente <strong>de</strong> zero até um máximo. Esta tensão está em fase<br />

com a tensão primária. Quando o núcleo se move em outra direção, a tensão <strong>de</strong> saída também aumenta <strong>de</strong> zero até um<br />

máximo, mas sua fase é oposta à fase primária. A amplitu<strong>de</strong> da tensão <strong>de</strong> saída é proporcional à distância movida pelo<br />

núcleo (até o seu limite <strong>de</strong> curso), sendo por isso a <strong>de</strong>nominação "linear" para o sensor. Assim, a fase da tensão indica a<br />

direção do <strong>de</strong>slocamento. Como o núcleo não entra em contato com o interior do tubo, ele po<strong>de</strong> mover-se livremente,<br />

quase sem atrito, fazendo do LVDT um dispositivo <strong>de</strong> alta confiabilida<strong>de</strong>. Além disso, a ausência <strong>de</strong> contatos<br />

<strong>de</strong>slizantes ou girantes permite que o LVDT esteja completamente selado das condições do ambiente.<br />

Os LVDTs disponíveis no mercado abrangem faixas <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento entre 0,0002 cm a 40 cm, o que os torna<br />

<strong>de</strong> ampla aplicabilida<strong>de</strong>. Estes transdutores não sofrem influência <strong>de</strong> variações <strong>de</strong> temperatura, mas têm limitação em<br />

altas frequências por possuírem o núcleo magnético.

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