Unidade 6 – Medição de vibrações
Unidade 6 – Medição de vibrações
Unidade 6 – Medição de vibrações
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>Unida<strong>de</strong></strong> 6 <strong>–</strong> <strong>Medição</strong> <strong>de</strong> Vibrações<br />
6.5.1 <strong>–</strong> Tacômetros<br />
(a) (b)<br />
Figura 6.16 <strong>–</strong> Tacômetros analógico e digital.<br />
Um tacômetro é um transdutor que converte a velocida<strong>de</strong> angular em um sinal elétrico. O objeto cuja<br />
velocida<strong>de</strong> angular se pretenda conhecer é diretamente acoplado ao rotor <strong>de</strong> um gerador <strong>de</strong> corrente continua, que roda<br />
em torno dos pólos <strong>de</strong> uma armadura <strong>de</strong> um imã permanente (estator).<br />
O funcionamento do tacômetro digital baseia-se na conversão da média <strong>de</strong> pulsos <strong>de</strong> entrada, fornecidas por<br />
um sensor durante o tempo <strong>de</strong> amostragem, em um valor legivel no display do aparelho. Os sensores po<strong>de</strong>m ser do tipo<br />
óptico, indutivo, magnético, entre outros.<br />
Como os tacômetros mecânicos constituem uma tecnologia ultrapassada, apresentam-se aqui vários princípios<br />
<strong>de</strong> funcionamento <strong>de</strong> tacômetros elétricos. Os tacômetros elétricos empregam um transdutor que produz um sinal<br />
analógico ou digital como conversão da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rotação do eixo da máquina. Um sistema eletrônico <strong>de</strong> medição<br />
básico tem quatro componentes essenciais:<br />
1. Transdutor que converte a gran<strong>de</strong>za medida (velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rotação) num sinal elétrico;<br />
2. Condicionador <strong>de</strong> sinal que transforma a saída do transdutor em um tipo <strong>de</strong> sinal elétrico aceito pelo<br />
leitor (display);<br />
3. Leitor (ou display) que mostra a informação <strong>de</strong>sejada a respeito da gran<strong>de</strong>za;<br />
4. Sistema <strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong> potencia que fornece as voltagens necessárias ao condicionador <strong>de</strong> sinal e a<br />
alguns tipos <strong>de</strong> transdutores e leitores.<br />
Existem vários tipos <strong>de</strong> tacômetros elétricos, <strong>de</strong> acordo com os transdutores utilizados:<br />
a) Tacômetro <strong>de</strong> Correntes Parasitas. O eixo em rotação faz girar um ímã <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um anel <strong>de</strong> alumínio. O<br />
giro do ímã induz correntes parasitas no alumínio originando um torque resistente proporcional à velocida<strong>de</strong>. Uma mola,<br />
que exerce uma força contrária, equilibra a torque atuante e a posição é mostrada em um dial (mostrador com ponteiro).<br />
É <strong>de</strong>ste modo que funciona o tacômetro elétrico empregado em um automóvel (conta giros), por exemplo.<br />
b) Tacômetro <strong>de</strong> Corrente Alternada. Consiste em um estator bobinado multipolar em que um rotor dotado<br />
<strong>de</strong> um ímã permanente induz uma corrente alternada. Um voltímetro me<strong>de</strong> a corrente induzida, e, portanto, a rotação a<br />
ser medida.<br />
c) Tacômetro <strong>de</strong> Corrente Contínua. Consiste em um estator <strong>de</strong> ímã permanente e um rotor com um<br />
entreferro uniforme. A tensão (corrente contínua) recolhida através das escovas do rotor é proporcional à velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
rotação a ser medida. Essa tensão po<strong>de</strong> ser lida em um voltímetro indicador, ou ainda alimentar um potenciômetro<br />
através <strong>de</strong> uma resistência divisora <strong>de</strong> tensão. A precisão na medida alcança + 0.5 % para velocida<strong>de</strong>s que chegam até a<br />
6000 r.p.m.<br />
d) Tacômetro <strong>de</strong> Frequência. Também chamado frequencímetro, me<strong>de</strong> a frequência da corrente alternada<br />
captada por transdutores eletromagnéticos, capacitivos ou ópticos que produzem impulsos cujo número é proporcional à<br />
velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rotação a ser medida. O transdutor não tem nenhum contato mecânico com o eixo rotativo.<br />
f) Tacômetro pulsátil magnético (digital). É constituído <strong>de</strong> uma bobina, <strong>de</strong>ntro da qual gira um eixo marcado<br />
com interrupções radiais. Um sensor indica a interrupção <strong>de</strong> um ciclo quando uma <strong>de</strong>pressão do eixo passa por ele,<br />
gerando ondas quadradas <strong>de</strong> 5V DC.<br />
g) Tacômetros eletro-óticos. A velocida<strong>de</strong> angular é muitas vezes medida por sensores fotoelétricos que usam<br />
tanto o método <strong>de</strong> transmissão quanto <strong>de</strong> reflexão. O método da transmissão utiliza um enco<strong>de</strong>r angular incremental com<br />
um padrão <strong>de</strong> codificação continuo (360º) e tem como saída uma onda quadrada ou senoidal. O método da reflexão é<br />
usado numa gran<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> sistemas sensores <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> angular. A cabeça do sensor tem uma fonte luminosa<br />
que emite um feixe colimador na direção <strong>de</strong> uma porção reflexiva do objeto rotor e um sensor <strong>de</strong> luz que <strong>de</strong>tecta um<br />
pulso luminoso sempre que o feixe é refletido <strong>de</strong> volta (a maioria dos objetos rotores po<strong>de</strong> requerer um pedaço <strong>de</strong> fita<br />
reflexiva colada em algum ponto). A saída do sensor <strong>de</strong> luz é uma contagem <strong>de</strong> revoluções que po<strong>de</strong> ser facilmente<br />
convertida em RPM, tanto por integração para produzir um sinal analógico quanto por comparação com pulsos gerados<br />
por relógio, a fim <strong>de</strong> ter-se um sinal digital como saída.<br />
126