Unidade 6 – Medição de vibrações
Unidade 6 – Medição de vibrações
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<strong>Unida<strong>de</strong></strong> 6 <strong>–</strong> <strong>Medição</strong> <strong>de</strong> Vibrações<br />
<strong>Unida<strong>de</strong></strong> 6 - <strong>Medição</strong> <strong>de</strong> Vibrações<br />
6.1 - Introdução<br />
Em engenharia mecânica, uma das principais aplicações das <strong>vibrações</strong> está na manutenção. A existência <strong>de</strong><br />
<strong>vibrações</strong> em máquinas e equipamentos é, geralmente, indicação <strong>de</strong> mau funcionamento. A manutenção preditiva tem<br />
como um dos seus pilares a análise qualitativa e quantitativa das <strong>vibrações</strong>. Basicamente, o estudo das <strong>vibrações</strong> requer<br />
três passos básicos:<br />
1- a medição da vibração;<br />
2- a análise do sinal vibratório medido;<br />
3 - o controle da vibração, mediante algum procedimento <strong>de</strong> manutenção.<br />
A análise das <strong>vibrações</strong> exige que as mesmas sejam perfeitamente i<strong>de</strong>ntificadas. Isto acontece por meio <strong>de</strong> um<br />
processo <strong>de</strong> medição. É extremamente importante a correta medição da vibração para que o processo <strong>de</strong> análise e a<br />
conseqüente correção não sejam comprometidos. A medição serve para assegurar a confiança no bom funcionamento <strong>de</strong><br />
uma máquina, confirmar suposições teóricas, auxiliar no projeto e na operação <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> isolamento ativos,<br />
i<strong>de</strong>ntificar características <strong>de</strong> sistemas dinâmicos através da comparação <strong>de</strong> variáveis medidas na entrada e na saída dos<br />
mesmos, obter informações das características sísmicas (exploração <strong>de</strong> petróleo), estudar processos <strong>de</strong> turbulência<br />
fluida, inferir efeitos da ação <strong>de</strong> vento em estruturas, enten<strong>de</strong>r o efeito <strong>de</strong> irregularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vias na suspensão <strong>de</strong><br />
veículos, e monitorar o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> máquinas e equipamentos na manutenção preditiva.<br />
O processo <strong>de</strong> medição, ilustrado na Fig. 6.1, parte da i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> uma característica do fenômeno<br />
vibratório que possa ser medida, geralmente uma variável mecânica (<strong>de</strong>slocamento, velocida<strong>de</strong>, aceleração ou força). O<br />
elemento que entra em contato com a máquina para medir esta variável é o transdutor que cumpre a função <strong>de</strong> converter<br />
o sinal mecânico em um sinal elétrico (corrente elétrica) que é amplificado e convertido em um sinal digital ou<br />
mostrado em um display. O sinal digital po<strong>de</strong> ser armazenado em um computador. Ainda antes <strong>de</strong> sofrer a conversão<br />
para digital, o sinal po<strong>de</strong> ser gravado em um gravador especial. Após armazenados, os dados estão disponíveis para a<br />
análise.<br />
Máquina ou<br />
estrutura<br />
vibratória<br />
Transdutor<br />
ou sensor <strong>de</strong><br />
vibração<br />
Instrumento<br />
<strong>de</strong> conversão<br />
do sinal<br />
117<br />
<strong>Unida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong><br />
apresentação ou<br />
armazenagem<br />
(display, gravador<br />
ou computador)<br />
Figura 6.1 - Esquema básico <strong>de</strong> medição <strong>de</strong> <strong>vibrações</strong>.<br />
Análise <strong>de</strong><br />
dados<br />
Os principais medidores <strong>de</strong> vibração são os que me<strong>de</strong>m:<br />
- <strong>de</strong>slocamento (vibrômetros);<br />
- velocida<strong>de</strong>;<br />
- aceleração (acelerômetros).<br />
Também auxiliam na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> características vibratórias os medidores <strong>de</strong><br />
- fase;<br />
- frequência (frequencímetros) e<br />
- rotação (tacômetros).<br />
A Fig. 6.2 apresenta um esquema em que se ilustra a utilização <strong>de</strong> instrumentos para <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong><br />
características dinâmicas <strong>de</strong> uma máquina. Nela um gerador <strong>de</strong> função manda a informação para um shaker (vibrador<br />
eletrodinâmico ou eletrohidráulico), produzindo uma vibração com características previamente <strong>de</strong>finidas. A vibração<br />
gerada, é analisada através <strong>de</strong> metodologia a<strong>de</strong>quada a fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar as características <strong>de</strong>sejadas do sistema.<br />
Analisador<br />
Espectral<br />
Amplificador<br />
Sensor<br />
Figura 6.2<br />
Shaker<br />
Máquina<br />
vibratória<br />
Gerador <strong>de</strong><br />
função<br />
80<br />
2.5
<strong>Unida<strong>de</strong></strong> 6 <strong>–</strong> <strong>Medição</strong> <strong>de</strong> Vibrações<br />
6.2 - Escolha do instrumento <strong>de</strong> medição<br />
A escolha do instrumento <strong>de</strong> medição é crítica para que se tenha confiança nos valores medidos.<br />
Essencialmente, as faixas <strong>de</strong> freqüências e amplitu<strong>de</strong>s a serem medidas, as dimensões da máquina ou equipamento<br />
vibratório, suas condições operacionais e o tipo <strong>de</strong> análise que se preten<strong>de</strong> realizar são os principais condicionantes para<br />
a escolha do instrumento <strong>de</strong> medição.<br />
1) Faixa <strong>de</strong> frequências e amplitu<strong>de</strong>s<br />
Em baixas frequências a amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento normalmente é alta o que faz com que os vibrômetros<br />
sejam a<strong>de</strong>quados para realizar a medição. Já em altas frequências os <strong>de</strong>slocamentos são pequenos e as acelerações são<br />
elevadas, fazendo com que os acelerômetros apresentem maior sensibilida<strong>de</strong>. Os medidores <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> são <strong>de</strong><br />
aplicação geral, pois apresentam <strong>de</strong>sempenho razoável tanto em baixa como em alta frequência. Os medidores <strong>de</strong><br />
velocida<strong>de</strong> são também, largamente utilizados por serem <strong>de</strong> fácil e barata construção. Cada sensor é projetado atuar em<br />
faixas específicas <strong>de</strong> amplitu<strong>de</strong>s e frequências.<br />
2) Dimensões da máquina ou estrutura.<br />
Com relação às dimensões, o principal aspecto a ser consi<strong>de</strong>rado é a possível influência da massa do sensor nas<br />
características dinâmicas da máquina, provocando alterações importantes nas curvas <strong>de</strong> resposta em freqüência do<br />
sistema. Assim, em máquinas ou equipamentos leves <strong>de</strong>vem ser utilizados sensores leves ou se <strong>de</strong>ve optar por medição<br />
sem contato.<br />
3) Condição <strong>de</strong> operação da máquina.<br />
Condições <strong>de</strong> funcionamento severas, experimentadas por máquinas que operam em ambientes corrosivos ou<br />
abrasivos, por exemplo, po<strong>de</strong>m exigir blindagens especiais para proteger os instrumentos. É importante que os<br />
instrumentos não sejam danificados no ato da medição, pois isto po<strong>de</strong> também distorcer os valores medidos. Há também<br />
que consi<strong>de</strong>rar exigências <strong>de</strong> isolamento ou blindagem elétrica para evitar interferências, distorções ou outros efeitos<br />
eletromagnéticos.<br />
4) Tipo <strong>de</strong> análise dos dados.<br />
A forma com que os dados gerados serão analisados é fundamental para a escolha do instrumento <strong>de</strong> medição.<br />
Vários <strong>de</strong>talhes no processo <strong>de</strong> medição estão condicionados pela análise que será realizada. Não só o instrumento como<br />
todas as características da medição <strong>de</strong>vem ser selecionadas <strong>de</strong> forma a permitir que a análise possa ser a<strong>de</strong>quadamente<br />
realizada.<br />
6.3 - Transdutores<br />
Os transdutores transformam energia física <strong>de</strong> variadas formas (mecânica, térmica, etc.) em outras formas<br />
(principalmente elétrica). Os tipos <strong>de</strong> transdutores <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m, portanto das gran<strong>de</strong>zas físicas envolvidas. Nesta seção são<br />
apresentados os principais tipos <strong>de</strong> transdutores utilizados na medição <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>zas mecânicas (<strong>de</strong>slocamento,<br />
velocida<strong>de</strong> e aceleração) e o seu princípio <strong>de</strong> funcionamento.<br />
6.3.1 - Transdutores <strong>de</strong> Resistência Variável<br />
Este tipo <strong>de</strong> transdutor tem um princípio <strong>de</strong> funcionamento que se baseia na variação da resistência elétrica <strong>de</strong><br />
um elemento, produzida pelo movimento. O movimento gera a <strong>de</strong>formação <strong>de</strong> uma resistência elétrica, alterando suas<br />
características <strong>de</strong> forma a produzir uma variação da voltagem <strong>de</strong> saída do circuito elétrico do qual este elemento faz<br />
parte. O transdutor mais utilizado <strong>de</strong>ste tipo é o extensômetro cujo esquema é mostrado na Fig. 6.3.<br />
Filamentos<br />
Papel fino<br />
Arame fino X<br />
X<br />
Figura 6.3 - Extensômetro<br />
118<br />
Arame fino<br />
Massa<br />
Papel fino
<strong>Unida<strong>de</strong></strong> 6 <strong>–</strong> <strong>Medição</strong> <strong>de</strong> Vibrações<br />
Um extensômetro elétrico consiste <strong>de</strong> um arame fino cuja resistência varia quando sofre a uma <strong>de</strong>formação<br />
mecânica. Quando o extensômetro é colado a um corpo, se <strong>de</strong>forma juntamente com o mesmo, <strong>de</strong> forma que a variação<br />
em sua resistência elétrica indica a <strong>de</strong>formação sofrida pelo corpo. O arame é montado entre duas lâminas <strong>de</strong> papel fino.<br />
O material com que mais comumente é construída a resistência é uma liga <strong>de</strong> cobre e níquel conhecida como Advance.<br />
Quando a superfície em que o extensômetro foi montado sofre uma <strong>de</strong>formação normal , o extensômetro<br />
também sofre a mesma <strong>de</strong>formação e a variação em sua resistência é dada por<br />
R<br />
K<br />
R r L<br />
1 2 1 2<br />
(6.1)<br />
L<br />
r L<br />
L<br />
on<strong>de</strong> K é o fator <strong>de</strong> ponte do arame, R a resistência inicial, R a variação da resistência, L o comprimento inicial do<br />
arame, L a variação no comprimento do arame, o coeficiente <strong>de</strong> Poisson do arame, r a resistivida<strong>de</strong> do arame e r a<br />
variação na resistivida<strong>de</strong> do arame.<br />
O valor do fator K é dado pelo fabricante do extensômetro e, portanto, o valor <strong>de</strong> normal , po<strong>de</strong> ser<br />
<strong>de</strong>terminado, medindo-se R e R, na forma<br />
L R<br />
<br />
L RK (6.2)<br />
Quando o transdutor é usado em conjunto com outros componentes que permitem o processamento e a<br />
transmissão do sinal, se transforma em um sensor. Em um sensor <strong>de</strong> vibração o extensômetro é montado em um<br />
elemento elástico <strong>de</strong> um sistema massa-mola como mostra a Fig. 6.4. A <strong>de</strong>formação em qualquer ponto do membro<br />
elástico é proporcional à <strong>de</strong>flexão da massa, x(t), a ser medida. A variação na resistência do arame R po<strong>de</strong> ser medida<br />
usando uma ponte <strong>de</strong> Wheatstone, um circuito potenciométrico e um divisor <strong>de</strong> voltagem. Uma ponte <strong>de</strong> Wheatstone<br />
típica, representando um circuito que é sensível a pequenas mudanças na resistência, é mostrada na Fig. 6.5. Aplica-se<br />
uma voltagem <strong>de</strong> alimentação (corrente contínua) V entre os pontos a e b.<br />
x(t)<br />
m<br />
Viga engastada<br />
Extensômetro<br />
Filamentos<br />
Base<br />
119<br />
R 1<br />
R 4<br />
b<br />
d<br />
V<br />
R 2<br />
a c<br />
Figura 6.4 - Esquema do sensor. Figura 6.5 - Ponte <strong>de</strong> Wheatstone.<br />
A voltagem resultante entre os pontos b e d é<br />
R R R R<br />
E<br />
R R R R <br />
V<br />
<br />
<br />
1 3 2 4<br />
<br />
<br />
<br />
1 2 3 4 <br />
Inicialmente as resistências são balanceadas, <strong>de</strong> forma que a voltagem <strong>de</strong> saída (E) é zero. Portanto, para<br />
balanço inicial, a eq. (6.3) produz<br />
R1R 3 R2 R4<br />
(6.4)<br />
Quando as resistências (Ri) variam em pequenas quantida<strong>de</strong>s (Ri), a variação na voltagem <strong>de</strong> saída po<strong>de</strong> ser<br />
expressa como<br />
on<strong>de</strong><br />
R R R R<br />
<br />
1 2 3 4<br />
E<br />
V r <br />
0<br />
<br />
R R R R <br />
1<br />
2<br />
3<br />
4<br />
R 3<br />
E<br />
(6.3)<br />
(6.5)
<strong>Unida<strong>de</strong></strong> 6 <strong>–</strong> <strong>Medição</strong> <strong>de</strong> Vibrações<br />
r<br />
0<br />
<br />
R R<br />
1 2<br />
<br />
R R<br />
3 4<br />
2<br />
R R R R<br />
1 2<br />
3 4 <br />
2<br />
Se os terminais do extensômetro são conectados entre os pontos a e b , R1 = Rg, R1 =Rg, e<br />
R2 =R3 = R4 = 0, e a eq. (6.5) nos dá<br />
<br />
Rg E<br />
<br />
R V r<br />
g<br />
0<br />
on<strong>de</strong> Rg, é a resistência inicial do arame. As equações (6.2) e (6.7) produzem<br />
<br />
ou<br />
Rg E<br />
K <br />
R V r<br />
g<br />
0<br />
E KV r0<br />
(6.9)<br />
e, como a voltagem <strong>de</strong> saída é proporcional à <strong>de</strong>formação, o instrumento po<strong>de</strong> ser calibrado para que a <strong>de</strong>formação<br />
possa ser lida diretamente.<br />
6.3.2 - Transdutores Piezoelétricos<br />
Transdutores piezoelétricos são aqueles que utilizam materiais naturais ou artificiais, (quartzo, turmalina,<br />
sulfato <strong>de</strong> lítio, sal <strong>de</strong> Rochelle), que geram carga elétrica quando submetidos a uma <strong>de</strong>formação (proprieda<strong>de</strong><br />
piezoelétrica). A carga elétrica gerada no cristal <strong>de</strong>vida a uma força Fx é dada por<br />
Qx K p Fx K p A p<br />
(6.10)<br />
x<br />
on<strong>de</strong> Kp é chamada <strong>de</strong> constante piezoelétrica (2,25x10 -12 Coulomb/Newton para o quartzo, quando a maior face está ao<br />
longo do eixo x do cristal, Fig. 6.6), A é a área em que atua a força Fx, e px é a pressão <strong>de</strong>vida à mesma força. A<br />
voltagem <strong>de</strong> saída do cristal é<br />
E t p (6.11)<br />
x<br />
é a sensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> voltagem (0,055 volt-metro/Newton para o quartzo, também quando a maior face está ao longo do<br />
eixo x do cristal, Fig. 6.6) e t a espessura do cristal.<br />
Filamentos<br />
t<br />
(a)<br />
F x = A p x<br />
F x<br />
Massa<br />
120<br />
Mola<br />
(b)<br />
Figura 6.6 - Acelerômetro piezoelétrico.<br />
E<br />
Discos<br />
piezoelétricos<br />
(6.6)
<strong>Unida<strong>de</strong></strong> 6 <strong>–</strong> <strong>Medição</strong> <strong>de</strong> Vibrações<br />
A Fig. 6.6b mostra o esquema <strong>de</strong> um acelerômetro piezoelétrico. Uma pequena massa é pressionada contra um<br />
cristal piezoelétrico por meio <strong>de</strong> uma mola. Quando a base vibra, a carga exercida pela massa sobre o cristal varia com a<br />
aceleração e, portanto, a voltagem <strong>de</strong> saída gerada pelo cristal será proporcional à aceleração. Os acelerômetros<br />
piezoelétricos são compactos, resistentes, com alta sensibilida<strong>de</strong> e utilizáveis em altas faixas <strong>de</strong> frequência.<br />
6.3.3 - Transdutores Eletrodinâmicos<br />
Quando um condutor elétrico, na forma <strong>de</strong> um solenói<strong>de</strong>, se move em um campo magnético, produzido por um<br />
imã permanente ou por um eletroimã, como mostra a Fig. 6.7, é gerada uma voltagem V neste mesmo condutor, dada<br />
por<br />
V Dl v<br />
(6.12)<br />
on<strong>de</strong> D é a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fluxo magnético, l é o comprimento do condutor, e v é a velocida<strong>de</strong> do condutor em relação ao<br />
campo magnético. Em virtu<strong>de</strong> da proporcionalida<strong>de</strong> entre a velocida<strong>de</strong> relativa entre imã e solenói<strong>de</strong> e a voltagem <strong>de</strong><br />
saída, os transdutores eletromagnéticos são freqüentemente utilizados em sensores <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>. A eq. (6.12) po<strong>de</strong> ser<br />
escrita na forma<br />
D l V F<br />
(6.13)<br />
v I<br />
on<strong>de</strong> F é a força que age sobre o solenói<strong>de</strong> quando pelo mesmo passa uma corrente I. Desta forma este tipo <strong>de</strong><br />
transdutor po<strong>de</strong> também ser utilizado como um excitador <strong>de</strong> <strong>vibrações</strong> (a partir <strong>de</strong> uma corrente elétrica introduzida<br />
gera-se uma força mecânica)<br />
S<br />
N<br />
E<br />
N<br />
v<br />
S<br />
Deslocamento<br />
Enrolamentos<br />
secundários<br />
Figura 6.7 - Transdutor eletrodinâmico. Figura 6.8 - LVDT.<br />
121<br />
Voltagem <strong>de</strong><br />
alimentação<br />
6.3.4 - Transformador Diferencial Linear Variável (LVDT)<br />
E i<br />
Enrolamento<br />
primário<br />
E O = Voltagem<br />
<strong>de</strong> saida<br />
Os LVDT (Fig. 6.8) são sensores para medição <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento linear. O funcionamento <strong>de</strong>ste sensor é<br />
baseado em três bobinas e um núcleo cilíndrico <strong>de</strong> material ferromagnético <strong>de</strong> alta permeabilida<strong>de</strong>. Ele dá como saída<br />
um sinal linear, proporcional ao <strong>de</strong>slocamento do núcleo, que está fixado ou em contato com o que se <strong>de</strong>seja medir. A<br />
bobina central é chamada <strong>de</strong> primária e as <strong>de</strong>mais são chamadas <strong>de</strong> secundárias. O núcleo é conectado ao objeto cujo<br />
<strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong>seja-se medir e a movimentação <strong>de</strong>le em relação às bobinas é o que permite esta medição. Para esta<br />
medição, uma corrente alternada é aplicada na bobina primária, fazendo com que uma tensão seja induzida em cada<br />
bobina secundária proporcionalmente à indutância mútua com a bobina primária. A freqüência da corrente alternada está<br />
geralmente entre 1 e 10 kHz. De acordo com a movimentação do núcleo, esta indutância mútua varia, fazendo com que<br />
as tensões nas bobinas secundárias variem também. As bobinas são conectadas em série reversa, com isso a tensão <strong>de</strong><br />
saída é a diferença entre as duas tensões secundárias. Quando o núcleo está na posição central, equidistante em relação<br />
às duas bobinas secundárias, tensões <strong>de</strong> mesma amplitu<strong>de</strong> porém opostas são induzidas nestas duas bobinas tornando<br />
nula a tensão <strong>de</strong> saída. Quando o núcleo é movimentado em uma direção a tensão em uma das bobinas secundárias<br />
aumenta equanto a outra diminui, fazendo com que a tensão aumente <strong>de</strong> zero até um máximo. Esta tensão está em fase<br />
com a tensão primária. Quando o núcleo se move em outra direção, a tensão <strong>de</strong> saída também aumenta <strong>de</strong> zero até um<br />
máximo, mas sua fase é oposta à fase primária. A amplitu<strong>de</strong> da tensão <strong>de</strong> saída é proporcional à distância movida pelo<br />
núcleo (até o seu limite <strong>de</strong> curso), sendo por isso a <strong>de</strong>nominação "linear" para o sensor. Assim, a fase da tensão indica a<br />
direção do <strong>de</strong>slocamento. Como o núcleo não entra em contato com o interior do tubo, ele po<strong>de</strong> mover-se livremente,<br />
quase sem atrito, fazendo do LVDT um dispositivo <strong>de</strong> alta confiabilida<strong>de</strong>. Além disso, a ausência <strong>de</strong> contatos<br />
<strong>de</strong>slizantes ou girantes permite que o LVDT esteja completamente selado das condições do ambiente.<br />
Os LVDTs disponíveis no mercado abrangem faixas <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento entre 0,0002 cm a 40 cm, o que os torna<br />
<strong>de</strong> ampla aplicabilida<strong>de</strong>. Estes transdutores não sofrem influência <strong>de</strong> variações <strong>de</strong> temperatura, mas têm limitação em<br />
altas frequências por possuírem o núcleo magnético.
<strong>Unida<strong>de</strong></strong> 6 <strong>–</strong> <strong>Medição</strong> <strong>de</strong> Vibrações<br />
Des<strong>de</strong> que o núcleo não se mova <strong>de</strong>masiadamente do centro do enrolamento primário, a voltagem <strong>de</strong> saída<br />
varia linearmente com o <strong>de</strong>slocamento do núcleo, originando-se o nome <strong>de</strong> transformador diferencial variável linear.<br />
6.3.5 <strong>–</strong> Transdutores <strong>de</strong> correntes parasita (“eddy current”)<br />
Uma corrente parasita (também conhecida como corrente <strong>de</strong> Foucault) é um fenômeno elétrico <strong>de</strong>scoberto pelo<br />
físico francês Léon Foucault em 1851. É produzida quando um condutor é exposto a um campo magnético que varia<br />
<strong>de</strong>vido ao movimento relativo da fonte do campo e o condutor, ou variações do campo com o tempo. Isto po<strong>de</strong> causar<br />
uma circulação <strong>de</strong> elétrons, ou corrente, no corpo do condutor. Estas correntes circulantes induzem campos magnéticos<br />
que se opõem à variação do campo magnético original <strong>de</strong>vido à Lei <strong>de</strong> Lenz, causando forças reativas entre o condutor e<br />
o magneto. A intensida<strong>de</strong> do campo induzido <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da intensida<strong>de</strong> do campo magnético aplicado, da condutivida<strong>de</strong><br />
elétrica do condutor e da distância entre condutor e campo magnético. A Fig. 6.9a ilustra o princípio <strong>de</strong> funcionamento<br />
<strong>de</strong>stes sensores enquanto que a Fig. 6.9b mostra alguns mo<strong>de</strong>los comerciais.<br />
(a) (b)<br />
Figura 6.9 <strong>–</strong> Sensores Eddy Current<br />
Como sensores são utilizados para medição <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento sem contato, quando o elemento móvel é<br />
construído com material eletricamente condutivo. Uma corrente alternada <strong>de</strong> alta freqüência flui em uma bobina alojada<br />
no sensor. O campo eletromagnético na bobina induz correntes parasitas no material condutivo o que altera a resistência<br />
da bobina. Esta mudância na impedância produz um sinal elétrico linear proporcional a distância entre objetivo e sensor.<br />
6.3.6 <strong>–</strong> Transdutores capacitivos<br />
São medidores que realizam a medição <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento sem contato com o objeto a ser medido. Devido ao<br />
“unique active tri-electro<strong>de</strong> guard-ring-capacitor principle”, sensores capacitivos <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento apresentam<br />
comportamento linear para todos os metais. O sensor atua como um eletrodo e o outro eletrodo é o objeto da medição. A<br />
técnica <strong>de</strong> medição permite que a mesma seja realizada em materiais condutores e semicondutores. Estes transdutores<br />
são i<strong>de</strong>ais para diversas aplicações industriais quando não é possível realizar medições com contato. A Fig. 6.10a mostra<br />
a aplicação na medição sem contato das <strong>vibrações</strong> <strong>de</strong> um disco <strong>de</strong> freio e a Fig. 6.10b mostra alguns mo<strong>de</strong>los.<br />
(a) (b)<br />
Figura 6.10 <strong>–</strong> Sensores capacitivos<br />
6.4 - Sensores <strong>de</strong> Vibração (Pickups)<br />
O sensor <strong>de</strong> vibração é constituído <strong>de</strong> um mecanismo medidor associado a um transdutor. A Fig. 6.11 apresenta<br />
um instrumento sísmico montado em um corpo vibratório. O movimento vibratório é medido achando-se o<br />
<strong>de</strong>slocamento da massa em relação à base na qual é montado.<br />
122
<strong>Unida<strong>de</strong></strong> 6 <strong>–</strong> <strong>Medição</strong> <strong>de</strong> Vibrações<br />
x(t)<br />
k<br />
m<br />
T<br />
Figura 6.11 - Instrumento sísmico.<br />
O instrumento consiste <strong>de</strong> uma massa m, uma mola <strong>de</strong> rigi<strong>de</strong>z k e um amortecedor <strong>de</strong> constante <strong>de</strong><br />
amortecimento c, colocados <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma caixa, que é ligada ao elemento vibratório. Com este arranjo, as<br />
extremida<strong>de</strong>s da mola e do amortecedor executarão o mesmo movimento que a caixa (movimento y) e a sua vibração<br />
excita a massa <strong>de</strong>ntro da caixa. O movimento da massa em relação à caixa é z = x - y, em que x representa o movimento<br />
da massa m.<br />
Se o movimento vibratório é harmônico, na forma<br />
yt Y sen t<br />
(6.14)<br />
A equação do movimento da massa m po<strong>de</strong> ser escrita como<br />
<br />
mx c x y k x y 0 (6.15)<br />
O movimento relativo é<br />
z x y<br />
(6.16)<br />
A equação (6.15) torna-se<br />
mz cz kz my <br />
(6.17)<br />
e as equações (6.14) e (6.17) conduzem a<br />
2<br />
mz cz kz m Y sent<br />
Esta equação é idêntica à eq. 3.66 e a solução <strong>de</strong> regime permanente é<br />
t Zsen(<br />
t )<br />
123<br />
c<br />
y(t)<br />
(6.18)<br />
z (6.19)<br />
on<strong>de</strong> Z e são dados por<br />
2<br />
2<br />
Y<br />
r Y<br />
Z <br />
1 <br />
2 2 2 2<br />
k m c 1 r 2r 1<br />
c<br />
<br />
tan tan<br />
2 k m<br />
<br />
n<br />
1<br />
com r c<br />
e .<br />
2 <br />
m n<br />
2 2 2<br />
<br />
2r<br />
1<br />
r<br />
2<br />
1 2<br />
(6.20)<br />
(6.21)<br />
As Figuras 6.12 e 6.13 mostram as curvas correspon<strong>de</strong>ntes às equações (6.20) e (6.21), respectivamente. O tipo<br />
<strong>de</strong> instrumento é <strong>de</strong>terminado pela faixa mais a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> frequências da curva mostrada na Fig. 6.10.
<strong>Unida<strong>de</strong></strong> 6 <strong>–</strong> <strong>Medição</strong> <strong>de</strong> Vibrações<br />
Z/Y<br />
Relação <strong>de</strong> amplitu<strong>de</strong>s<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
0 1<br />
Faixa do<br />
acelerômetro<br />
z = 0<br />
z = 0,25<br />
z = 0,7<br />
z = 0,5<br />
z = 1,0<br />
2<br />
Razão <strong>de</strong> frequências (r)<br />
3<br />
4 5<br />
Faixa do vibrômetro<br />
Ângulo <strong>de</strong> fase ()<br />
124<br />
180 o<br />
150 o<br />
120 o<br />
90 o<br />
60o = 0,7<br />
30 o<br />
0<br />
= 1,0<br />
= 0<br />
= 0,5<br />
= 0,5<br />
= 0,25<br />
= 1,0<br />
= 0,25<br />
= 0,7<br />
= 0<br />
1 2 3 4 5<br />
Razão <strong>de</strong> frequências (r)<br />
Figura 6.12 - Resposta <strong>de</strong> um instrumento sísmico. Figura 6.13 - Ângulo <strong>de</strong> fase.<br />
6.4.1 - Vibrômetro<br />
Um vibrômetro é um instrumento que me<strong>de</strong> o <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> um corpo vibratório. A Fig. 6.12 mostra que<br />
Z<br />
Y<br />
1 para <br />
3. Nesta faixa <strong>de</strong> frequências a amplitu<strong>de</strong> do <strong>de</strong>slocamento relativo entre a massa e a base é igual à<br />
n<br />
amplitu<strong>de</strong> do <strong>de</strong>slocamento da base, que é i<strong>de</strong>ntificado pelo transdutor. Consi<strong>de</strong>re-se a eq. (6.20). Para esta faixa <strong>de</strong><br />
freqüências, <br />
3, po<strong>de</strong>-se escrever<br />
n<br />
sendo<br />
<br />
z t Y sen( t <br />
)<br />
(6.22)<br />
r<br />
2 2 2<br />
1 r 2r <br />
2<br />
1 2<br />
1<br />
Uma comparação da eq. (6.22) com (6.14) mostra que z(t) representa diretamente o <strong>de</strong>slocamento y(t) com uma<br />
<strong>de</strong>fasagem dada por . O <strong>de</strong>slocamento registrado z(t), então está atrasado t’= em relação ao <strong>de</strong>slocamento que <strong>de</strong>ve<br />
ser medido y(t). Este tempo <strong>de</strong> atraso não é importante se o <strong>de</strong>slocamento da base y(t) consiste <strong>de</strong> um único componente<br />
harmônico.<br />
Como r = n, <strong>de</strong>ve ser gran<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da vibração medida, a frequência natural do sistema massa-molaamortecedor<br />
<strong>de</strong>ve ser baixa. Isto implica em que a massa <strong>de</strong>ve ser gran<strong>de</strong> e a mola <strong>de</strong>ve possuir uma rigi<strong>de</strong>z baixa. O<br />
instrumento resultante po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>masiado gran<strong>de</strong> e pesado.<br />
6.4.2 - Acelerômetro<br />
Um acelerômetro é um instrumento que me<strong>de</strong> a aceleração <strong>de</strong> um corpo vibratório (Fig. 6.14). Os<br />
acelerômetros são amplamente utilizados em medições <strong>de</strong> <strong>vibrações</strong> industriais e terremotos. Uma das vantagens da<br />
medição da aceleração é que a velocida<strong>de</strong> e o <strong>de</strong>slocamento po<strong>de</strong>m ser obtidos por integração, o que é<br />
computacionalmente fácil. A equação (6.19) combinada com (6.20), po<strong>de</strong> ser escrita na forma<br />
2<br />
n z t <br />
Se<br />
1<br />
2 2 2<br />
1 r 2r <br />
1<br />
2 2 2<br />
1 r 2r <br />
eq. (6.24) se torna<br />
1 2<br />
1<br />
<br />
1 2<br />
2 Y t <br />
(6.23)<br />
sen (6.24)<br />
(6.25)<br />
2 2<br />
n z t Y sen t <br />
(6.26)<br />
Como a segunda <strong>de</strong>rivada em relação ao tempo <strong>de</strong> (6.14) é<br />
<br />
2 y t Y sent<br />
(6.27)
<strong>Unida<strong>de</strong></strong> 6 <strong>–</strong> <strong>Medição</strong> <strong>de</strong> Vibrações<br />
a amplitu<strong>de</strong> da função harmônica expressa na eq. (6.26) é igual à da eq. (6.27). Então, nestas condições, o <strong>de</strong>slocamento<br />
relativo z(t) expressa a aceleração da base, com o sinal invertido, um atraso que é função do ângulo <strong>de</strong> fase , e com um<br />
fator <strong>de</strong> escala <strong>de</strong>terminado pela frequência natural ao quadrado.<br />
Anel <strong>de</strong> pré-carga<br />
Elemento<br />
triangular central<br />
Elemento<br />
piezoelétrico<br />
Massa<br />
sísmica<br />
1<br />
1,25<br />
2<br />
2 2<br />
1 r 2r <br />
1,00<br />
0,75<br />
0<br />
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0<br />
125<br />
= 0<br />
= 1<br />
= 0,25<br />
= 0,7<br />
Razão <strong>de</strong> frequências (r)<br />
Figura 6.14 - Acelerômetros Figura 6.15 - Curvas <strong>de</strong> linearida<strong>de</strong> do acelerômetro.<br />
A Fig. 6.15 mostra o gráfico da expressão (6.25). Po<strong>de</strong>-se observar que a função assume valores entre 0,96 e<br />
1,04 para 0 r 0, 6,<br />
se o fator <strong>de</strong> amortecimento é da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 0,65 a 0,7, produzindo a melhor faixa linear <strong>de</strong><br />
funcionamento do instrumento. Como a relação <strong>de</strong> frequências r é pequena, a frequência natural do instrumento <strong>de</strong>ve ser<br />
gran<strong>de</strong> em comparação com a frequência que <strong>de</strong>ve ser medida. Desta maneira os acelerômetros <strong>de</strong>vem possuir massa<br />
pequena e gran<strong>de</strong> rigi<strong>de</strong>z, o que permite a construção <strong>de</strong> instrumentos compactos e resistentes, com alta sensibilida<strong>de</strong>.<br />
Na prática são os melhores instrumentos para se medir <strong>vibrações</strong>, tendo contra si apenas o custo, que, em virtu<strong>de</strong> da<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se utilizar um elemento piezoelétrico e amplificadores (além da tecnologia construtiva), é maior que o<br />
custo <strong>de</strong> outros instrumentos <strong>de</strong> construção mais simples.<br />
6.4.3 - Sensor <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong><br />
Este sensor me<strong>de</strong> a velocida<strong>de</strong> do corpo vibratório. Derivando a eq. (6.14) obtém-se a velocida<strong>de</strong> do corpo<br />
vibratório como<br />
y t Y cos<br />
t<br />
(6.28)<br />
<br />
e a <strong>de</strong>rivada da eq. (6.19), consi<strong>de</strong>rando a eq. (6.20), leva a<br />
2<br />
r Y<br />
z t <br />
1 cost<br />
<br />
(6.29)<br />
2 2 2 2<br />
1 r 2r<br />
<br />
Se a eq. (6.23) é satisfeita, então (6.29) torna-se<br />
<br />
z t Y cos t (6.30)<br />
que, comparada com a eq. (6.28) mostra que a velocida<strong>de</strong> do movimento relativo é igual à velocida<strong>de</strong> do movimento da<br />
base, com um atraso <strong>de</strong>terminado pelo ângulo <strong>de</strong> fase. Como nesta situação o valor <strong>de</strong> r <strong>de</strong>ve ser gran<strong>de</strong>, o instrumento<br />
<strong>de</strong>ve possuir uma frequência natural baixa.<br />
Os sensores <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> são largamente utilizados em medição <strong>de</strong> vibração na manutenção em indústrias,<br />
porque são normalmente <strong>de</strong> baixo custo por serem <strong>de</strong> fácil construção (transdutores eletromagnéticos).<br />
6.5 - Medidores <strong>de</strong> Frequência<br />
Os principais medidores <strong>de</strong> freqüência utilizados em Engenharia Mecânica são os tacômetros e os<br />
estroboscópios. O tacômetro, ou taquímetro, me<strong>de</strong> o número <strong>de</strong> rotações <strong>de</strong> um elemento rotativo (geralmente RPM).<br />
Na linguagem automobilista é conhecido como conta-giros. Nas aplicações automobilísticas o tacômetro é normalmente<br />
analógico, como ilustra a Fig. 6.16a. Já nas aplicações em plantas industriais são utilizados principalmente tacômetros<br />
digitais semelhantes ao mostrado na Fig. 6.16b. Os tacômetros também po<strong>de</strong>m ser óticos, para medição sem contato ou<br />
<strong>de</strong> contato. São auxiliares preciosos na análise <strong>de</strong> <strong>vibrações</strong> e estão disponíveis em diversas varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tecnologia e<br />
preço<br />
= 0,5
<strong>Unida<strong>de</strong></strong> 6 <strong>–</strong> <strong>Medição</strong> <strong>de</strong> Vibrações<br />
6.5.1 <strong>–</strong> Tacômetros<br />
(a) (b)<br />
Figura 6.16 <strong>–</strong> Tacômetros analógico e digital.<br />
Um tacômetro é um transdutor que converte a velocida<strong>de</strong> angular em um sinal elétrico. O objeto cuja<br />
velocida<strong>de</strong> angular se pretenda conhecer é diretamente acoplado ao rotor <strong>de</strong> um gerador <strong>de</strong> corrente continua, que roda<br />
em torno dos pólos <strong>de</strong> uma armadura <strong>de</strong> um imã permanente (estator).<br />
O funcionamento do tacômetro digital baseia-se na conversão da média <strong>de</strong> pulsos <strong>de</strong> entrada, fornecidas por<br />
um sensor durante o tempo <strong>de</strong> amostragem, em um valor legivel no display do aparelho. Os sensores po<strong>de</strong>m ser do tipo<br />
óptico, indutivo, magnético, entre outros.<br />
Como os tacômetros mecânicos constituem uma tecnologia ultrapassada, apresentam-se aqui vários princípios<br />
<strong>de</strong> funcionamento <strong>de</strong> tacômetros elétricos. Os tacômetros elétricos empregam um transdutor que produz um sinal<br />
analógico ou digital como conversão da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rotação do eixo da máquina. Um sistema eletrônico <strong>de</strong> medição<br />
básico tem quatro componentes essenciais:<br />
1. Transdutor que converte a gran<strong>de</strong>za medida (velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rotação) num sinal elétrico;<br />
2. Condicionador <strong>de</strong> sinal que transforma a saída do transdutor em um tipo <strong>de</strong> sinal elétrico aceito pelo<br />
leitor (display);<br />
3. Leitor (ou display) que mostra a informação <strong>de</strong>sejada a respeito da gran<strong>de</strong>za;<br />
4. Sistema <strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong> potencia que fornece as voltagens necessárias ao condicionador <strong>de</strong> sinal e a<br />
alguns tipos <strong>de</strong> transdutores e leitores.<br />
Existem vários tipos <strong>de</strong> tacômetros elétricos, <strong>de</strong> acordo com os transdutores utilizados:<br />
a) Tacômetro <strong>de</strong> Correntes Parasitas. O eixo em rotação faz girar um ímã <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um anel <strong>de</strong> alumínio. O<br />
giro do ímã induz correntes parasitas no alumínio originando um torque resistente proporcional à velocida<strong>de</strong>. Uma mola,<br />
que exerce uma força contrária, equilibra a torque atuante e a posição é mostrada em um dial (mostrador com ponteiro).<br />
É <strong>de</strong>ste modo que funciona o tacômetro elétrico empregado em um automóvel (conta giros), por exemplo.<br />
b) Tacômetro <strong>de</strong> Corrente Alternada. Consiste em um estator bobinado multipolar em que um rotor dotado<br />
<strong>de</strong> um ímã permanente induz uma corrente alternada. Um voltímetro me<strong>de</strong> a corrente induzida, e, portanto, a rotação a<br />
ser medida.<br />
c) Tacômetro <strong>de</strong> Corrente Contínua. Consiste em um estator <strong>de</strong> ímã permanente e um rotor com um<br />
entreferro uniforme. A tensão (corrente contínua) recolhida através das escovas do rotor é proporcional à velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
rotação a ser medida. Essa tensão po<strong>de</strong> ser lida em um voltímetro indicador, ou ainda alimentar um potenciômetro<br />
através <strong>de</strong> uma resistência divisora <strong>de</strong> tensão. A precisão na medida alcança + 0.5 % para velocida<strong>de</strong>s que chegam até a<br />
6000 r.p.m.<br />
d) Tacômetro <strong>de</strong> Frequência. Também chamado frequencímetro, me<strong>de</strong> a frequência da corrente alternada<br />
captada por transdutores eletromagnéticos, capacitivos ou ópticos que produzem impulsos cujo número é proporcional à<br />
velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rotação a ser medida. O transdutor não tem nenhum contato mecânico com o eixo rotativo.<br />
f) Tacômetro pulsátil magnético (digital). É constituído <strong>de</strong> uma bobina, <strong>de</strong>ntro da qual gira um eixo marcado<br />
com interrupções radiais. Um sensor indica a interrupção <strong>de</strong> um ciclo quando uma <strong>de</strong>pressão do eixo passa por ele,<br />
gerando ondas quadradas <strong>de</strong> 5V DC.<br />
g) Tacômetros eletro-óticos. A velocida<strong>de</strong> angular é muitas vezes medida por sensores fotoelétricos que usam<br />
tanto o método <strong>de</strong> transmissão quanto <strong>de</strong> reflexão. O método da transmissão utiliza um enco<strong>de</strong>r angular incremental com<br />
um padrão <strong>de</strong> codificação continuo (360º) e tem como saída uma onda quadrada ou senoidal. O método da reflexão é<br />
usado numa gran<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> sistemas sensores <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> angular. A cabeça do sensor tem uma fonte luminosa<br />
que emite um feixe colimador na direção <strong>de</strong> uma porção reflexiva do objeto rotor e um sensor <strong>de</strong> luz que <strong>de</strong>tecta um<br />
pulso luminoso sempre que o feixe é refletido <strong>de</strong> volta (a maioria dos objetos rotores po<strong>de</strong> requerer um pedaço <strong>de</strong> fita<br />
reflexiva colada em algum ponto). A saída do sensor <strong>de</strong> luz é uma contagem <strong>de</strong> revoluções que po<strong>de</strong> ser facilmente<br />
convertida em RPM, tanto por integração para produzir um sinal analógico quanto por comparação com pulsos gerados<br />
por relógio, a fim <strong>de</strong> ter-se um sinal digital como saída.<br />
126
<strong>Unida<strong>de</strong></strong> 6 <strong>–</strong> <strong>Medição</strong> <strong>de</strong> Vibrações<br />
h) Tacômetro <strong>de</strong> relutância variável. Produz pulsos proporcionais à velocida<strong>de</strong>. Estes pulsos são<br />
amplificados e retificados. É utilizado para velocida<strong>de</strong>s entre 10000 e 50000 rpm.<br />
i) Tacômetro pulsátil óptico (digital). Usam microprocessadores para converter medidas <strong>de</strong> um sensor óptico<br />
em medidas <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>. Uma varieda<strong>de</strong> interessante é o tacômetro estroboscópico. Um circuito gera a interrupção da<br />
luz a taxas muito elevadas e estas po<strong>de</strong>m ser ajustadas para uma velocida<strong>de</strong> fixa, eliminando harmônicos e sub<br />
harmônicos que po<strong>de</strong>m confundir as medições.<br />
j) Tacômetros fotoelétricos. São usados para medições <strong>de</strong> até 3 milhões <strong>de</strong> rpm. A parte móvel que se <strong>de</strong>seja<br />
estudar é concebida <strong>de</strong> modo a conter partes reflexivas e absorventes. A interrupção da luz refletida provoca a geração<br />
<strong>de</strong> um impulso por meio <strong>de</strong> uma célula fotoelétrica. Estes impulsos são interpretados por um medidor <strong>de</strong> freqüência que<br />
gera ondas quadradas. Estas ondas são levadas a um circuito discriminatório que proporciona a medição da velocida<strong>de</strong>.<br />
k) Tacômetro ótico a laser. O princípio <strong>de</strong> funcionamento do tacômetro ótico é baseado na emissão <strong>de</strong> um<br />
facho luminoso (laser), que ao ser refletido pelo objeto em rotação é <strong>de</strong>tectado e contado a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reflexos por<br />
segundo. Tacômetro digital eletrônico <strong>de</strong> baixo custo utilizado para medição <strong>de</strong> rotação. Po<strong>de</strong> ser utilizado como um<br />
tacômetro óptico ou como um tacômetro <strong>de</strong> contato permitindo a medição <strong>de</strong> rpm nas mais diversas aplicações. Quando<br />
operado como tacômetro <strong>de</strong> contato, permite o uso como medidor <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> linear (metros/segundo) . No modo<br />
fototacômetro possui uma mira laser que po<strong>de</strong> ser usada com precisão até 100 cm <strong>de</strong> distância do ponto <strong>de</strong> medição <strong>de</strong><br />
rotação. Por ser um instrumento <strong>de</strong> última geração dispõe <strong>de</strong> um indicador <strong>de</strong> cristal líquido <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> tamanho<br />
facilitando a leitura das medições. Este instrumento também dispõe <strong>de</strong> memória <strong>de</strong> máximo e mínimo.<br />
6.5.2 - Estroboscópio<br />
Um método largamente utilizado para a medição <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> angular <strong>de</strong> sistemas rotativos é o<br />
"congelamento do movimento", através do emprego do estroboscópio. Um estroboscópio é um instrumento que produz<br />
pulsos luminosos (flashes) intermitentes <strong>de</strong> alta intensida<strong>de</strong> que são dirigidos para o elemento em rotação. A frequência<br />
com que a luz pulsa (número <strong>de</strong> flashes por minuto) po<strong>de</strong> ser ajustada e lida no instrumento. Esse ajuste é feito até que o<br />
elemento rotativo pareça estar parado, o que ocorre quando um flash <strong>de</strong> luz é emitido a cada rotação completa do objeto.<br />
O número <strong>de</strong> flashes por minuto, correspon<strong>de</strong>nte ao número <strong>de</strong> rotações por minuto po<strong>de</strong> ser mostrado num display no<br />
próprio estroboscópio ou transmitido a outro instrumento. O estroboscópio é especialmente indicado para corpos<br />
rotativos pois não é necessário o contato do instrumento com o elemento vibratório. Devido à persistência da visão, e<br />
menor frequência que po<strong>de</strong> ser medida com um estroboscópio é <strong>de</strong> aproximadamente 15 Hz. A Fig. 6.17 mostra alguns<br />
mo<strong>de</strong>los típicos <strong>de</strong> estroboscópios.<br />
6.6 - Excitadores <strong>de</strong> Vibrações<br />
Figura 6.17 <strong>–</strong> Estroboscópios digitais.<br />
Conhecidos em laboratórios como shakers, ou mais popularmente como vibradores, são, normalmente,<br />
transdutores que funcionam na forma inversa dos medidores: transformam uma gran<strong>de</strong>za elétrica em uma gran<strong>de</strong>za<br />
mecânica. São utilizados para provocar a vibração com amplitu<strong>de</strong> e frequência controladas em um sistema, e com isto,<br />
<strong>de</strong>terminar características dinâmicas dos mesmos sistemas e realizar testes <strong>de</strong> fadiga em materiais. Po<strong>de</strong>m ser<br />
mecânicos, eletromagnéticos, eletrodinâmicos ou hidráulicos.<br />
Excitador Eletrodinâmico<br />
O excitador eletrodinâmico, cujo esquema é mostrado na Fig. 6.18, funciona <strong>de</strong> forma inversa ao transdutor<br />
eletrodinâmico. Quando a corrente elétrica passa em um enrolamento <strong>de</strong> comprimento l, imerso em um campo<br />
magnético, é gerada uma força F, proporcional à corrente I e à intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fluxo magnético D, acelerando a base do<br />
excitador.<br />
F DIl<br />
(6.31)<br />
127
<strong>Unida<strong>de</strong></strong> 6 <strong>–</strong> <strong>Medição</strong> <strong>de</strong> Vibrações<br />
Aceleração<br />
Mesa<br />
excitadora<br />
Elemento<br />
móvel<br />
Frequência natural do<br />
suporte flexível<br />
(a)<br />
Aceleração<br />
constante<br />
Faixa <strong>de</strong> operação<br />
(b)<br />
128<br />
Suporte<br />
flexível<br />
Solenói<strong>de</strong> Imã<br />
Frequência natural do<br />
elemento móvel<br />
Frequência<br />
Figura 6.18 - Excitador eletrodinâmico e características.<br />
O campo magnético é produzido por um imã permanente em excitadores pequenos e por um eletroimã em<br />
gran<strong>de</strong>s excitadores. A magnitu<strong>de</strong> da aceleração da mesa <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da corrente máxima e das massas da mesa e do<br />
elemento móvel do excitador. Se a corrente que passa no enrolamento varia harmonicamente (corrente alternada), a<br />
força produzida também varia harmonicamente. Por outro lado, se for utilizada uma corrente contínua, será gerada uma<br />
força constante.<br />
Como o enrolamento e o elemento móvel <strong>de</strong>vem executar um movimento linear, <strong>de</strong>vem ser suspensos por um<br />
suporte flexível (com uma rigi<strong>de</strong>z pequena), como mostra a Fig. 6.18. Então o excitador eletromagnético possui duas<br />
frequências naturais: uma correspon<strong>de</strong>nte à frequência natural do suporte flexível e a outra correspon<strong>de</strong>nte à frequência<br />
natural do elemento móvel, que po<strong>de</strong> ser tornada bastante gran<strong>de</strong>. Estas duas frequências <strong>de</strong> ressonância são mostradas<br />
na Fig. 5.18b. A faixa <strong>de</strong> frequências <strong>de</strong> operação do excitador <strong>de</strong>ve ficar entre estas duas frequências <strong>de</strong> ressonância.<br />
Os excitadores eletrodinâmicos são usados para gerar forças até 250 kN, amplas faixas <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamentos e<br />
frequências. A Fig. 6.19 mostra uma foto <strong>de</strong> um excitador eletrodinâmico disponível comercialmente.<br />
Figura 6.19 - Excitador eletrodinâmico.<br />
As Figuras 6.20 a 6.27 mostram várias aplicações <strong>de</strong> excitadores eletrodinâmicos. As legendas das figuras<br />
explicam as aplicações.
<strong>Unida<strong>de</strong></strong> 6 <strong>–</strong> <strong>Medição</strong> <strong>de</strong> Vibrações<br />
Figura 6.20 <strong>–</strong> Componentes <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> freio <strong>de</strong> uma<br />
locomotiva sendo testados em um shaker Unholtz-Dickie<br />
Mo<strong>de</strong>lo S802 com mesa <strong>de</strong>slizante. Testes <strong>de</strong> <strong>vibrações</strong> em<br />
componentes melhoram a qualida<strong>de</strong> do produto, reduzindo<br />
custos <strong>de</strong> serviços e garantias.<br />
Figura 6.22 <strong>–</strong> A cauda <strong>de</strong> um míssil inteligente sendo testado<br />
com um shaker Unholtz-Dickie Induct-A-Ring T2000. Para<br />
melhor fixação em virtu<strong>de</strong> da posição do CG muito alta,<br />
foram colocados 4 mancais.<br />
129<br />
Figura 6.21 <strong>–</strong> Motor <strong>de</strong> jato aéreo sendo testado em<br />
um laboratório <strong>de</strong> um fabricante <strong>de</strong> motores. Centenas<br />
<strong>de</strong> sensores são colocados em posições críiticas nos<br />
componentes externos do motor para monitorar tensões<br />
ou <strong>vibrações</strong> excessivas.<br />
Figura 6.23 <strong>–</strong> Teste <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> um aparelho <strong>de</strong><br />
TV <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s dimensões com expansão da mesa. A<br />
simulação das condições <strong>de</strong> transporte tem sido uma<br />
tarefa crítica do processo <strong>de</strong> teste resultando em<br />
acréscimo na confiabilida<strong>de</strong> e diminuição <strong>de</strong> <strong>de</strong>volução<br />
<strong>de</strong> produtos. O teste <strong>de</strong> estruturas gran<strong>de</strong>s e pesadas<br />
coloca novos <strong>de</strong>safios aos engenheiros <strong>de</strong> teste.<br />
Diversos aspectos novos <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>rados para<br />
selecionar o modo a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> testar. Plataformas <strong>de</strong><br />
expansão são disponíveis para testaar gran<strong>de</strong>s<br />
estruturas. A maior parte da energia presente durante o<br />
transporte <strong>de</strong> um produto em caminhões, trens, navios<br />
ou aviões está abaixo <strong>de</strong> 200 Hz. Amplitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
<strong>vibrações</strong> aleatórias típicas po<strong>de</strong>m atingir 3-4 grms.<br />
Shaker eletrodinâmicos ee sistemas <strong>de</strong> controle digital<br />
da UD são i<strong>de</strong>ais para reproduzir estes tipos <strong>de</strong><br />
ambientes <strong>de</strong> forma precisa e eficiente.
<strong>Unida<strong>de</strong></strong> 6 <strong>–</strong> <strong>Medição</strong> <strong>de</strong> Vibrações<br />
Figura 6.24 <strong>–</strong> Componente <strong>de</strong> uma moto sendo testado em<br />
condições reais. O shaker po<strong>de</strong> ser controlado para reproduzir<br />
os perfis reais <strong>de</strong> vibração medidos em uma moto real.<br />
Figura 6.26 <strong>–</strong> Quatro shakers são combinados para testar um<br />
container para transporte <strong>de</strong> míssie. Todos os chaker utilizam<br />
gran<strong>de</strong>s cabeças <strong>de</strong> expansão para aumentar as superfícies <strong>de</strong><br />
contato.<br />
130<br />
Figura 6.25 <strong>–</strong> Um sistema com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 5 kN<br />
com uma cabeça <strong>de</strong> expansão <strong>de</strong> 60 x 60 polegadas,<br />
sendo usado por uma empresa para testar um satélite<br />
em ambiente com temperatura controlada. Os<br />
engenheiros estão realizando um teste <strong>de</strong> vibração<br />
harmônica para exitar ressonâncias no satélite que<br />
po<strong>de</strong>m ser visíveis através <strong>de</strong> um luz estroboscópio.<br />
Figura 6.27 <strong>–</strong> Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> shaker para testes <strong>de</strong><br />
embalagens.