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Paróquia do<br />

Sagrado Coração<br />

de Jesus<br />

Petrópolis/RJ<br />

137 ANOs de<br />

hISTÓRIA EM<br />

NOSSAS MÃOS!<br />

www.franciscanos.org.br/noticias<br />

PETRÓPOLIS-RJ<br />

DEZEMBRO | 2012 | JANEIRO| 2013<br />

BOLETIM DA PARÓQUIA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS<br />

ANO IX • Nº 168<br />

Natal<br />

‘E quando estávamos mortos por causa de nossas<br />

faltas, ele nos deu a vida com Cristo’ (Ef 2,5)<br />

DIA 2 DE DEZEMBRO | BINGÃO DO SAGRADO<br />

Sorteio de dois carros e uma moto infantil, entre outros prêmios...<br />

ESPECIAL DE NATAL


2 •<br />

Ass<strong>em</strong>bleia Diocesana reuniu mais<br />

de três mil pessoas <strong>em</strong> Teresópolis<br />

por PASCOM/DIOCESE<br />

• A VIII Ass<strong>em</strong>bleia Diocesana do<br />

Plano Pastoral de Conjunto da Diocese<br />

de Petrópolis reuniu mais de três mil<br />

pessoas, na tarde de domingo (dia 18),<br />

no Ginásio do Pedrão <strong>em</strong> Teresópolis. A<br />

missa de encerramento foi presidida pelo<br />

Administrador Diocesano, Monsenhor<br />

Paulo Daher, que chamou atenção dos<br />

fiéis <strong>para</strong> a vivência do Ano da Fé, que<br />

termina somente ano que v<strong>em</strong>, e <strong>para</strong> os<br />

eventos que acontecerão <strong>em</strong> 2013, como<br />

a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).<br />

Monsenhor Paulo Daher disse que<br />

todo trabalho da Ass<strong>em</strong>bleia Diocesana<br />

foi acompanhado pelo bispo eleito, Dom<br />

Gregório Paixão, que toma posse no dia<br />

16 de dez<strong>em</strong>bro, às 16h30, na Catedral<br />

São Pedro de Alcântara de Petrópolis.<br />

Pelo trabalho nos 11 meses que esteve à<br />

frente da Diocese, como Administrador<br />

Diocesano, Monsenhor Daher foi homenageado<br />

com uma placa com<strong>em</strong>orativa e<br />

de agradecimento pelo seu test<strong>em</strong>unho<br />

de amor a Cristo e ao povo de Deus.<br />

Durante dois dias, os delegados das<br />

43 paróquias e mais os representantes<br />

Boletim de circulação interna<br />

Paróquia do Sagrado coração de JeSuS – dioceSe de PetróPoliS<br />

rua montecaseros, 95, centro ✆ (24) 2242.6915<br />

lacosepassos@uol.com.br<br />

responsável: Frei adriano Freixo Pinto, ofm<br />

Jornalista responsável e coordenador da Pastoral comunicação: michaell grillo<br />

editoração e Produção gráfica: arteg ✆ (24) 2237.9759 info@arteg.com.br<br />

impressão: carfel editora gráfica ✆ (24) 2237.2523<br />

Tirag<strong>em</strong>: 2.500 ex<strong>em</strong>plares • Distribuição Gratuita<br />

SugeStõeS Poderão Ser enviadaS Para o endereço acima.<br />

das pastorais e movimentos, refletiram<br />

sobre o t<strong>em</strong>a da Ass<strong>em</strong>bleia “Vivamos a<br />

Fé”, com o l<strong>em</strong>a “Escut<strong>em</strong>os o Senhor,<br />

anunciando sua Palavra <strong>para</strong> servir a<br />

todos”. O primeiro dia, no sábado (dia<br />

17), os padres diocesanos, religiosas e<br />

religiosas partici<strong>para</strong>m dos grupos de<br />

trabalho, que entre outros assuntos discutiu<br />

o trabalho das paróquias ao longo de<br />

2012 e apresentaram propostas <strong>para</strong> 2013,<br />

entre elas a formação dos leigos e ações<br />

que promovam a evangelização, como a<br />

missão popular e iniciativas como a visita<br />

as famílias que perderam entes queridos.<br />

No segundo dia da Ass<strong>em</strong>bleia (dia<br />

18), na parte da manhã, os delegados das<br />

paróquias voltaram a se reunir <strong>em</strong> grupo,<br />

quando refletiram o t<strong>em</strong>a “A Igreja a serviço<br />

da vida plena <strong>para</strong> todos”. Durante<br />

o encontro, os participantes refletiram<br />

sobre os 50 anos do Concílio Vaticano II<br />

(CVII), o Catecismo da Igreja Católica<br />

(CIC), as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora<br />

da Igreja no Brasil, o Ano da Fé<br />

e ainda t<strong>em</strong>as próprios da Diocese, como<br />

a missão popular, t<strong>em</strong>as apresentados<br />

pelo Monsenhor Daher, Verônica Jordão,<br />

Padre Luiz Mello e Padre José Celetismo.<br />

Durante o encontro, diversos test<strong>em</strong>unhos<br />

foram apresentados, como o<br />

trabalho realizado pela Comunidade<br />

Jesus Menino, que cuida de pessoas especiais<br />

e preparou uma carta <strong>em</strong> Defesa da<br />

Vida, que será apresentada ao Papa bento<br />

XVI <strong>em</strong> 2013, durante sua permanência<br />

no Rio, <strong>para</strong> que seja assinada por ele e<br />

entregue a presidente Dilma Rousseff.<br />

A Pastoral da Sobriedade e a Pastoral<br />

da Aids falaram sobre o acolhimento e o<br />

cuidado com as pessoas que estão envolvidas<br />

com o vício das drogas e portadoras<br />

do vírus HIV. Outros test<strong>em</strong>unhos foram<br />

apresentados, como da Irmã Gianna,<br />

da Congregação Canossiana, que falou<br />

sobre a disponibilidade das religiosas e o<br />

trabalho realizado por elas nas paróquias.<br />

A VIII Ass<strong>em</strong>bleia Diocesana foi concluída<br />

no Ginásio do Pedrão, com a participação<br />

das caravanas das paróquias, que<br />

partici<strong>para</strong>m de um momento mariano,<br />

com a entronização da imag<strong>em</strong> de Nossa<br />

Senhora do Amor Divino, padroeira da<br />

Diocese. Em seguida, a Comunidade<br />

Magnificat, responsável pela animação,<br />

conduziu a oração do terço, motivando<br />

os participantes à devoção mariana.<br />

No sábado pela manhã, no Centro de<br />

Atividades Comunitárias (CEAC), na Paróquia<br />

de Santa Teresa, <strong>em</strong> Teresópolis, os<br />

delegados das paróquias partici<strong>para</strong>m da<br />

adoração ao Santíssimo Sacramento conduzido<br />

pelo Padre Antônio Carlos. Em<br />

seguida, Monsenhor Paulo Daher abriu os<br />

trabalhos, falando sobre o primeiro t<strong>em</strong>a:<br />

‘Concílio Vaticano II no Contexto da Fé’,<br />

apresentando detalhes importantes sobre<br />

a Lum<strong>em</strong> Gentium.<br />

Além do Administrador Diocesano,<br />

fizeram parte da mesa de abertura dos<br />

trabalhos da VIII Ass<strong>em</strong>bleia, o delegado<br />

diocesano, Monsenhor Geraldo Policarpo<br />

e o coordenador diocesano de pastoral,<br />

Padre Ernande Nascimento.


Por MIChAELL GRILLO<br />

• Advento. Sinal de que a chegada d’<br />

Aquele a qu<strong>em</strong> esperamos está mais<br />

próxima. E tal proximidade fica evidente<br />

quando o roxo da casula e da estola dos<br />

sacerdotes e diáconos dá lugar ao rosa, cor<br />

que na igreja se r<strong>em</strong>ete à alegria, a duas<br />

s<strong>em</strong>anas do Natal. Alegria por Aquele que<br />

está <strong>para</strong> chegar; alegria pela certeza de<br />

que mudanças irão acontecer, ainda que<br />

inacreditáveis aos olhos humanos. Isaías,<br />

certamente, foi o profeta que mais b<strong>em</strong><br />

preparou o povo <strong>para</strong> a chegada do Messias.<br />

Suas palavras nos encorajam, ainda<br />

hoje, aproximadamente onze séculos<br />

depois de suas exortações, a não esmorecermos<br />

diante das dificuldades. É preciso<br />

usar mão de perguntas que question<strong>em</strong><br />

o nosso ser existencial e cristão.<br />

Aproveit<strong>em</strong>os esse t<strong>em</strong>po de recolhimento<br />

que nos propicia o Advento, <strong>para</strong><br />

refletirmos se estamos contribuindo, ou<br />

não, <strong>para</strong> a edificação do reino e pre<strong>para</strong>ndo<br />

o caminho <strong>para</strong> a chegada do Senhor.<br />

Ele é fiel <strong>para</strong> com o seu povo e quer de<br />

nós uma fidelidade recíproca <strong>para</strong> que<br />

numa união com o Mestre, alcanc<strong>em</strong>os a<br />

graça da salvação e não mais conheçamos<br />

a dor e o pranto de outrora (cf Is 35, 10).<br />

Somente quando nos conhec<strong>em</strong>os e<br />

somos capazes de enxergar os nossos equívocos<br />

durante a caminhada de busca pela<br />

santidade, é que conseguimos vivenciar o<br />

que Isaías diz <strong>em</strong> suas profecias. S<strong>em</strong> essa<br />

espiritualidade, não conseguir<strong>em</strong>os enxergar<br />

vida no deserto (cf Is 35,1). Quantas<br />

vezes nossa vida parece um deserto<br />

infértil, <strong>em</strong> que estamos com sede e não<br />

avistamos água <strong>para</strong> beber; <strong>em</strong> que o amor<br />

não t<strong>em</strong> vez, pois a carne dos corações<br />

está <strong>em</strong> processo avançado de putrefação?<br />

Enchei os corações<br />

de esperança, pois o<br />

Senhor está <strong>para</strong> chegar<br />

Não somos capazes de enxergar saída<br />

<strong>para</strong> aquela probl<strong>em</strong>ática, mas o profeta<br />

nos enche de esperança e afirma que o<br />

t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que o deserto se alegrará está<br />

próximo, pois o Messias está <strong>para</strong> chegar<br />

e d’Ele jorrará rios de água viva, capaz<br />

de saciar de maneira definitiva qualquer<br />

tipo de sede. Ficando firmes nessa espera,<br />

a ex<strong>em</strong>plo do agricultor citado por São<br />

Tiago <strong>em</strong> sua carta (cf Tg 5, 7), dar<strong>em</strong>os<br />

t<strong>em</strong>po hábil <strong>para</strong> que a s<strong>em</strong>ente germine<br />

de maneira eficaz <strong>em</strong> nossos corações, e<br />

que resultará <strong>em</strong> uma colheita produtiva.<br />

Isaías nos alerta <strong>para</strong> a necessidade<br />

de não desanimarmos na caminhada,<br />

isto é, que não percamos a fé diante das<br />

tribulações, pois acreditando que Aquele<br />

que virá é capaz de fazer cegos voltar<strong>em</strong> a<br />

enxergar; coxos voltar<strong>em</strong> a andar; mudos<br />

voltar<strong>em</strong> a falar e surdos, a ouvir (cf Is 35,<br />

6), ficar<strong>em</strong>os serenos na certeza de que<br />

Ele será capaz de operar qualquer tipo<br />

de milagre <strong>em</strong> nossa vida, nos fazendo<br />

retornar <strong>para</strong> a casa do Pai, <strong>em</strong> meio a<br />

cantos de glorificação Àquele que nos<br />

deu a vida de graça e por graça.<br />

É precisoque estejamoscom os joelhos<br />

firmes a fim de que não nos cause dor e<br />

incômodo o ato de nos prostrarmos diante<br />

do sacrário, Cristo ressuscitado, e orarmos<br />

<strong>para</strong> que não sejamos surpreendidos pela<br />

segunda e definitiva vinda do Salvador.<br />

E mais, o profeta, não só pede <strong>para</strong> que<br />

fiqu<strong>em</strong>os exultantes de alegria pelo advir<br />

do Messias, mas <strong>para</strong> que olh<strong>em</strong>os com<br />

carinho <strong>para</strong> os nossos irmãos e devolvamos<br />

a eles o ânimo <strong>para</strong> viver (cf Is 35, 4).<br />

Aíperceb<strong>em</strong>osocarismadeSãoFrancisco,<br />

cujo modelo de vida foi, além de ser seguidor<br />

radical do evangelho, despojar-se das<br />

próprias vaidades e egocentrismos <strong>para</strong><br />

auxiliar o irmão de fé, isto é, a recuperá-lo<br />

<strong>para</strong> o ato de viver no mundo. Somente<br />

nessa atitude de humildade conseguir<strong>em</strong>os<br />

ser o menor no reino dos céus, como<br />

nos diz São Mateus (cf Mt 11, 11b).<br />

Sermenornoreinodoscéusésinônimo<br />

de colocar <strong>em</strong> prática os ensinamentos de<br />

Jesus. E <strong>para</strong> tal, é preciso tecer escolhas,<br />

que por consequência resultam <strong>em</strong> estabelecer<br />

renúncias. É preciso deixar <strong>para</strong> trás a<br />

vida de pecado e dar lugar a uma vida de<br />

luz,calcadanasolidariedade,nahumildade,<br />

no amor, na partilha e na busca insensata<br />

pelascoisasquenãopassam.Somentedesta<br />

maneira ser<strong>em</strong>os capazes de dar a resposta<br />

correta à pergunta feita pelos discípulos de<br />

João Batista (cf Mt 11, 3): “Sim, Jesus é<br />

Aquele que estávamos esperando”.<br />

Diante de tantas curas físicas e psíquicas,<br />

não pod<strong>em</strong>os negar o poder que<br />

<strong>em</strong>ana do Filho do hom<strong>em</strong>. Mas, tais<br />

sinais manifestos não pod<strong>em</strong> ser condição<br />

essencial <strong>para</strong> que o nome de Jesus<br />

seja proclamado como sendo o Salvador,<br />

o Messias. Jesus prefere agir no silêncio<br />

<strong>para</strong> que as pessoas não se escandaliz<strong>em</strong>,<br />

uma vez que muitos somente acreditam<br />

quando consegu<strong>em</strong> visualizar o milagre.<br />

Porém, Cristo quer que sejamos crentes<br />

n’Ele pelos olhos da fé; pelo sentir a<br />

sua presença viva e real na santa Eucaristia,<br />

partilhada na comunidade de fé a<br />

cada celebração; pelo escutar de sua Palavra<br />

mediante a leitura orante da Bíblia<br />

e sentir nela o seu pronunciar, e porque<br />

não no sentir sua presença na planta que<br />

se move no jardim, no pássaro que canta<br />

ao riscar o céu; no voluntário da paróquia<br />

que ajuda com seu serviço nas obras de<br />

caridade da Igreja? É preciso reconhecer<br />

Cristo nas pequenas coisas que faz<strong>em</strong><br />

parte do nosso dia a dia.<br />

Portanto, que nesse t<strong>em</strong>po de pre<strong>para</strong>ção<br />

<strong>para</strong> o natal, possamos, assim como<br />

Maria, dar o nosso Sim ao projeto de<br />

Salvação proposto por Deus. Assim como<br />

a Santa Virg<strong>em</strong> se entregou s<strong>em</strong> medida<br />

à força do Espírito Santo, nós humanos,<br />

precisamosnosdeixarimpregnardodivino,<br />

relevando as coisas do mundo ao segundo<br />

plano, pois elas passam num piscar de<br />

olhos (E por falar <strong>em</strong> Maria e o papel preponderante<br />

da Virg<strong>em</strong> no plano da Salvação,<br />

dedicarei um artigo especial a tal t<strong>em</strong>ática<br />

mais a frente neste mesmo informativo)Não<br />

é deixar de viver no mundo, e sim de não<br />

viver<strong>para</strong>omundo. Que na noite natalina,<br />

possamossentiraluzdoParáclitoincendiar<br />

nossaalmaeflorescer<strong>em</strong>cadaumdenósa<br />

pazdeCristoeaalegriadesermosconvidados<br />

a participar do banquete do Cordeiro,<br />

na Jerusalém Celeste.<br />

Assim seja!<br />

• 3


Por MIChAELL GRILLO<br />

• T<strong>em</strong>po do ADVENTO. O céu começa<br />

a ser riscado pela luz da estrela que<br />

brilhará <strong>em</strong> Belém. A menor cidade da<br />

Judéia não imaginava que de seu ventre<br />

brotaria a salvação da humanidade. Mas,<br />

<strong>para</strong> isso era preciso que uma mulher<br />

aceitasse os planos de Deus <strong>para</strong> o Seu<br />

povo, ainda que a concordância pudesse<br />

resultar na sua condenação. Como, uma<br />

mulher distinta, prometida <strong>em</strong> casamento<br />

a um hom<strong>em</strong> da descendência<br />

de Davi poderia ficar grávida, s<strong>em</strong> que<br />

causasse espanto na sociedade?<br />

Numa noite, eis que aparecesse um<br />

anjo a esta formosa mulher, que com sua<br />

humildade compreende a mensag<strong>em</strong> de<br />

Deusedespoja-setotalmentedesuavidae<br />

vontades<strong>para</strong>permitirqueaSalvaçãosefizesse<br />

presente. Somente com muito amor,<br />

um ser humano seria capaz de tamanha<br />

convicção. Sim, Maria estava convicta de<br />

que o anjo que aparecera não era fruto de<br />

sua imaginação, e sim o enviado de Deus<br />

<strong>para</strong> anunciar a vinda do Messias tão esperado.<br />

A ex<strong>em</strong>plo do anjo, o profeta Isaías,<br />

cerca de nove séculos antes do nascimento<br />

de Cristo, anunciara ao rei Acaz, filho de<br />

Jotão (cf Mt 1, 9b) da descendência de<br />

Davi, que uma virg<strong>em</strong> daria a luz a um<br />

menino e que Ele seria conhecido como<br />

o Deus conosco (cf Is 7, 14).<br />

A referida profecia feita por Isaías<br />

se dá num contexto <strong>em</strong> que o rei Acaz,<br />

<strong>em</strong> um momento de falta de fé, chega a<br />

ponto de sacrificar o próprio filho a um<br />

ídolo (cf II Rs 16,3). Com a morte do<br />

filho, o projeto de Deus parecia fracassar,<br />

pois não teríamos mais descendentes<br />

de Davi no trono, como o próprio Deus<br />

prometera. Mas, o profeta acreditou e<br />

trouxe a mensag<strong>em</strong> de esperança ao povo:<br />

maior do que o desespero social <strong>em</strong> que a<br />

nação se encontrava, estava a certeza de<br />

que Deus nunca deixaria de lado a sua<br />

criação, o Seu projeto mais audacioso,<br />

ainda que seu povo esmorecesse na fé,<br />

como acontecera com o rei Acaz. O descendente<br />

de Davi que daria continuidade<br />

ao plano de Deus seria o próprio Deus,<br />

que resolvera sentir mais de perto o Seu<br />

projeto mais aguerrido: o hom<strong>em</strong>. Era o<br />

verbo encarnado na humanidade (cf Jo<br />

1, 14), que viera ao mundo <strong>para</strong> redimir<br />

todo o pecado já conhecido. E tal vinda só<br />

pôde acontecer com a adesão total desta<br />

mulher ao plano do Pai: Maria, a virg<strong>em</strong><br />

cheia de graça; primeira test<strong>em</strong>unha da<br />

salvação e primeira a comungar do próprio<br />

Cristo, o pão que nos devolve a vida<br />

quando ela parece perdida, assim como<br />

a paz. Esta é Maria, pela qual nos é dada<br />

de novo a graça que por Eva tínhamos<br />

perdido (cf pref Advento).<br />

4 •<br />

Sim<br />

conhec<strong>em</strong>os<br />

a salvação!<br />

Pelo<br />

de Maria,<br />

S<strong>em</strong>pre acostumados a meditar o nascimento<br />

de Jesus a partir da concepção<br />

s<strong>em</strong> mancha da Virg<strong>em</strong> Mãe, narrada<br />

<strong>em</strong> Lucas (cf Lc 1, 26-38), desta vez<br />

meditar<strong>em</strong>os sobre o mistério da encarnação<br />

a partir de José. O carpinteiro não<br />

ganha uma palavra sequer nas Sagradas<br />

Escrituras, mas seus atos falam por si só.<br />

José, segundo a lei, teria que denunciar<br />

Maria às autoridades (cf Dt 22,21), pois<br />

ele ainda não tinha tido nenhum tipo de<br />

relação com a mesma, isto é, não era o pai<br />

do filho que ela esperava. Mas, como nos<br />

diz as Sagradas Escrituras, José era um<br />

hom<strong>em</strong> justo, ou seja, sabia da integridade<br />

de sua prometida, logo preferia partir<br />

a denuncia-la. Enquanto José discernia<br />

sobre como abandonar Maria <strong>em</strong> segredo,<br />

um anjo lhe aparecesse <strong>em</strong> sonho e lhe<br />

revela o mistério da encarnação.<br />

O filho era obra do Paráclito e por isso<br />

Maria continuava pura; guardara b<strong>em</strong> a<br />

casa, isto é, seu corpo, assim como lim<strong>para</strong><br />

todos os seus recantos. Como não tinha<br />

nenhuma mancha, se ergueu ali a morada<br />

espiritual, fundada sobre a pedra angular<br />

, tornando-se sacerdócio santo, tendo o<br />

Espírito Santo habitado nela (cf trecho<br />

do livro A Virgindade, de Sto Ambrósio).<br />

Espírito Santo que dá autoria a Jesus <strong>em</strong><br />

sua missão de devolver a visão aos cegos<br />

e a libertar os cativos da prisão (cf Rm 1,<br />

4; Lc 4, 19), o mesmo Espírito que nos<br />

santifica e nos devolve a corag<strong>em</strong> <strong>para</strong><br />

enfrentar os desafios da vida. O amor<br />

de Deus é tão grande <strong>para</strong> com o Seu<br />

povo que mesmo depois de ter enviado<br />

Jesus <strong>para</strong> morrer <strong>em</strong> expiação de nossos<br />

pecados, quis permanecer ao nosso lado,<br />

dentro de nós, nos inspirando <strong>em</strong> todas<br />

as nossas ações, mediante o soprar de um<br />

vento acalorado, repleto de ousadia e vigor.<br />

Assim age o Espírito Santo: a cada vez<br />

que o invocamos com fé (cf Lc 11, 13) ,<br />

o Pai nos concede a graça de sentir o Seu<br />

fogo abrasador, que nos cura e liberta e<br />

nos chama a ser missionários, levando o<br />

evangelho a todos as nações (cf Mc 16,<br />

15) e a converter os povos todos à prática<br />

dos ensinamentos de Cristo, cujo amor<br />

é total; isto é, Ágape. Não deix<strong>em</strong>os passar<br />

o calor do Espírito s<strong>em</strong> que ele nos<br />

incendeie. Assim, deve ser neste Natal<br />

que bate às portas: sentir a presença do<br />

menino Jesus que v<strong>em</strong> ao nosso encontro<br />

<strong>em</strong> busca de um abrigo na manjedoura<br />

de nosso coração e se permitir consumir<br />

totalmente no fogo da salvação.<br />

Aquele que agora estava nidado no<br />

ventre da Mãe recebeu o nome de Jesus<br />

e seria conhecido com o Emanuel, assim<br />

como dissera o anjo a José: Ele será chamado<br />

pelo nome de Emanuel, que significa<br />

Deus conosco (cf Mt 1,23b). Sim,<br />

Deus enviou o próprio filho <strong>para</strong> estar<br />

conosco todos os dias até o confim dos<br />

t<strong>em</strong>pos (cf Mt 28,20), a ponto de faze-lo<br />

humano como cada um de nós, a exceção<br />

do pecado. E ao experimentar da própria<br />

criação, Deus sentiu que a humanidade<br />

trilhou caminhos errados, chegando ao<br />

cúmulo de ignorar e ultrajar o próprio<br />

Messias. Poucos entenderam o caminho<br />

a ser seguido e renunciaram ao mundo<br />

<strong>para</strong> seguir o Salvador. Pescadores, cobradores<br />

de impostos, perseguidores: Jesus<br />

escolheu os que geralmente desprezamos<br />

e os capacitou <strong>para</strong> a vocação confiada.<br />

Isso nos leva a refletir que não somos de<br />

Cristo por vontade própria, e sim porque<br />

Ele nos amou primeiro (cf Rm 1, 1) e nos<br />

quis por inteiro.<br />

Portanto, assim como Maria, possamos<br />

anunciar a Deus que seja feita<br />

a vontade d’Ele <strong>em</strong> nossas vidas e s<strong>em</strong><br />

medo (o mais ignorante, o mais injusto<br />

e o mais cruel dos conselheiros), dar o<br />

nosso SIM definitivo, contribuindo com<br />

o processo de salvação e de edificação do<br />

reino de Deus. Que o Senhor nos abençoe<br />

nesta caminhada de entrega cujo destino<br />

é o amor incondicional e o colo que o Pai<br />

quer oferecer a cada um de nós.<br />

Assim seja!


DIOCESE TEM NOVO PASTOR<br />

D. Gregório Paixão, OSB,<br />

toma posse dia 16 de dez<strong>em</strong>bro<br />

Confira, na íntegra, a mensag<strong>em</strong> de D. Gregório aos fiéis de toda a diocese<br />

• Tão logo o Sr. Núncio Apostólico no Brasil, Dom<br />

Giovanni d`Aniello, comunicou-me que Sua Santidade,<br />

o Papa Bento XVI, chamou-me <strong>para</strong> o ministério de<br />

pastorear a Igreja de Jesus Cristo que está <strong>em</strong> Petrópolis,<br />

meu coração se encheu de alegria, por entender que<br />

a obra à qual estou sendo chamado é <strong>para</strong> o Senhor,<br />

como nos ensina o Salmista: “Não a nós, ó Senhor, não<br />

a nós… ao vosso Nome, porém, seja a gloria” (Sl 113,9).<br />

Concretiza-se, então, o l<strong>em</strong>a que escolhi <strong>para</strong> o meu<br />

episcopado: “Pre<strong>para</strong>r os caminhos do Senhor” (Jo 1,23).<br />

Desse modo, confiando unicamente na misericórdia de<br />

Deus e reconhecendo-me pecador e limitado, aceitei o<br />

que me fora pedido pelo Santo Padre.<br />

Na espera da publicação oficial, permaneci <strong>em</strong> oração,<br />

rezando por mim e por vocês, colocando-me sob a proteção<br />

de Nossa Senhora do Amor Divino e de São Pedro de<br />

Alcântara, padroeiro desta Diocese.<br />

Peço, assim, a oração de cada irmão<br />

e irmã, pois estou convicto de que<br />

serei, desde agora, acompanhado<br />

pelo coração orante de todos.<br />

Saúdo, <strong>em</strong> primeiro lugar, o meu<br />

antecessor e que foi meu professor<br />

na Teologia, Dom Filippo Santoro,<br />

hoje Arcebispo de Taranto, na Itália.<br />

Irei substituí-lo com a humildade de<br />

um ex-aluno que bebeu na fonte de<br />

sua sabedoria e do seu test<strong>em</strong>unho.<br />

Saúdo, ainda, o Mons. Paulo<br />

Elias Daher Chedier, Administrador<br />

Diocesano, que conduziu<br />

a Diocese de Petrópolis com prudência e solicitude,<br />

durante o período de vacância.<br />

Reverencio os Srs. Bispos do Regional Leste I da<br />

CNBB, com os quais trabalharei <strong>em</strong> plena comunhão,<br />

<strong>em</strong> especial a Dom José Francisco Rezende Dias, Arcebispo<br />

de Niterói.<br />

Com paternal afeto abraço os Sacerdotes, Diáconos<br />

Permanentes e S<strong>em</strong>inaristas; os Religiosos e Religiosas;<br />

os Consagrados e Consagradas; os Cristãos Leigos e as<br />

Cristãs Leigas. Com todos desejo trabalhar na evangelização,<br />

atento ao que o Espírito diz hoje à Igreja,<br />

buscando servir a todos e não medindo esforços <strong>para</strong> o<br />

crescimento do povo de Deus.<br />

Saúdo a todas as excelentíssimas Autoridades Civis<br />

e Militares e aos Habitantes dos municípios que<br />

compõ<strong>em</strong> nossa Diocese: Areal, Guapimirim, Magé,<br />

Paraíba do Sul, Petrópolis, São José do Vale do Rio Preto,<br />

Teresópolis e Três Rios, com todas as suas paróquias,<br />

bairros e comunidades.<br />

Aos irmãos cristãos de outras igrejas e denominações<br />

saúdo com o afeto e a oração de Jesus: “A fim de que todos<br />

sejam um… <strong>para</strong> que o mundo creia que Tu me enviaste”<br />

(Jo 17,21). Cumprimento, ainda, todas as pessoas que<br />

professam a existência de Deus e a todos os homens e<br />

mulheres de boa vontade que desejam construir, conosco,<br />

um mundo de justiça e de paz.<br />

Cumprimento, também, àqueles que se <strong>em</strong>penham<br />

na política, na educação e na cultura, com destaque <strong>para</strong><br />

os que pertenc<strong>em</strong> à Universidade Católica de Petrópolis,<br />

assim como a todos os trabalhadores e trabalhadoras <strong>em</strong><br />

todas as profissões, ofícios e serviços.<br />

Minha palavra especial se dirige aos mais <strong>em</strong>pobrecidos,<br />

doentes, des<strong>em</strong>pregados, sofredores, s<strong>em</strong> teto e<br />

marginalizados. Para eles recordo<br />

a palavra de Jesus, mostrando-nos<br />

os sinais da alegria do novo Reino<br />

implantado: “… os cegos vê<strong>em</strong>, os<br />

coxos andam, os leprosos são limpos,<br />

os surdos ouv<strong>em</strong>… e o Evangelho é<br />

anunciado aos pobres” (Mt 11,5).<br />

Não medirei esforços <strong>para</strong> trabalhar,<br />

junto com os que sonham com um<br />

mundo fraterno e solidário, <strong>para</strong><br />

que nenhum hom<strong>em</strong> e mulher de<br />

nossa Diocese se sinta rejeitado,<br />

esquecido ou durma com fome.<br />

Saúdo, com especial carinho, as<br />

crianças, os adolescentes e os jovens,<br />

que são a alegria e a esperança de nossa Igreja.<br />

Essa minha saudação apresenta o coração de um<br />

irmão que deseja conhecê-los, ouvi-los e caminhar<br />

junto com todos. Não tenho fórmulas prontas e estou<br />

convicto que sozinho nada posso. Entretanto, sinto-me<br />

encorajado e profundamente feliz por saber que contarei<br />

com as orações e o apoio de todos vocês.<br />

Finalmente, assumindo as palavras do Apóstolo<br />

Paulo, envio-lhes o meu fraterno abraço e a minha saudação:<br />

“A graça do Senhor Jesus Cristo esteja convosco.<br />

Eu vos amo a todos vós <strong>em</strong> Cristo Jesus” (2Cor 16,24s).<br />

Deus os abençoe!<br />

Salvador, 10 de outubro de 2012.<br />

Dom GreGório Paixão, oSB<br />

Bispo eleito de Petrópolis<br />

• 5


6 •<br />

Eis que hoje nasceu p<br />

Por MIChAELL GRILLO<br />

• a mulher sentiu as dores do parto. era sabido que a<br />

hora tinha chegado. o menino batia às portas, não tinha<br />

mais como esperar. Todos estavam ansiosos pelo seu<br />

nascimento. Há séculos ele era aguardado; muitos viam<br />

n’ele a esperança de dias melhores. a mulher, chamada<br />

maria, precisava dirigir-se com seu esposo, José, à<br />

Belém, cidade de Davi, pois aquele era descendente<br />

deste, a fim de cumprir uma ord<strong>em</strong> imposta pelo<br />

imperador Cesar: todos os habitantes da palestina eram<br />

obrigados a fazer<strong>em</strong> o recenseamento.<br />

assim, fez o casal: foram a menor cidade da Judéia.<br />

Na noite <strong>em</strong> que passaram na cidadela, maria não<br />

agüentou as contrações e deu à luz ao menino. Como<br />

não conseguiram hospedag<strong>em</strong>, o menino surgiu <strong>em</strong><br />

meio a palhas, mulas e bois. Naquele lugar pobre,<br />

porém acolhedor, o mundo conheceu a luz, sim, a luz<br />

do mesmo espírito que havia fecundado a Virg<strong>em</strong><br />

imaculada. Não seria mais preciso nenhuma atitude de<br />

trevas; nenhum tipo de sacrifício a ídolos diversos, pois<br />

aquele que iria se sacrificar, <strong>em</strong> sacrifício verdadeiro e<br />

definitivo por cada um de nós, acabara de vir ao mundo.<br />

e mais: veio ao mundo como um de nós, a exceção<br />

do pecado. <strong>em</strong> maria, fomos resgatados do pecado<br />

diss<strong>em</strong>inado pela desobediência de eva, e <strong>em</strong> seu filho,<br />

o mundo foi redimido de sua culpa depois de séculos<br />

de rebeldia com o Pai. Por um só hom<strong>em</strong> conhec<strong>em</strong>os o<br />

pecado e por um só hom<strong>em</strong>, encontramos a Salvação. ao<br />

longo dos séculos, entend<strong>em</strong>os, a partir deste hom<strong>em</strong>, o<br />

sentido real de paz, justiça e piedade.<br />

Somente quando o encontramos pessoalmente,<br />

entend<strong>em</strong>os e gravamos <strong>em</strong> nosso coração que o mundo<br />

pode ser b<strong>em</strong> melhor se agirmos como Jesus agiu: com<br />

mansidão, s<strong>em</strong> competições, se colocando a servir <strong>em</strong><br />

todas as circunstâncias. Na cruz, cerca de três décadas<br />

após o seu nascimento, o agora hom<strong>em</strong> maduro, mas<br />

que permanecia com o coração puro a ex<strong>em</strong>plo de uma<br />

criança, se doa totalmente por amor. Tal condenação,<br />

a mais injusta na história da humanidade, poderia ter<br />

sido evitada, se o verdadeiro rei dos judeus optasse<br />

pelo egocentrismo <strong>em</strong> detrimento dos planos de Seu<br />

Pai, o Deus todo poderoso. mas não, aquele hom<strong>em</strong><br />

era diferente. ele sabia que somente se entregando por<br />

inteiro, a sua missão seria cumprida, pois com o sangue<br />

derramado do alto do madeiro, voltaríamos a ser dignos<br />

de caminhar na estrada da vida, já que ao sermos lavados<br />

com o sangue do Cordeiro de Deus, como assim o<br />

chamou João Batista, os homens são capazes de sentir o<br />

milagre sendo realizado <strong>em</strong> suas vidas, s<strong>em</strong> a necessidade<br />

de que sinais miraculosos sejam enviados, bastando abrir<br />

o coração ao amor Dele <strong>para</strong> com cada um de nós.<br />

Porém, <strong>para</strong> que os pastores acreditass<strong>em</strong> de imediato<br />

foi necessário o envio de um sinal concreto, pois a olhos<br />

nus seria difícil que alguns homens, <strong>em</strong> meio ao frio da<br />

noite, acreditass<strong>em</strong> que <strong>em</strong> uma manjedoura, há poucos<br />

metros de onde estavam, estaria nascendo aquele de<br />

qu<strong>em</strong> os profetas falaram por séculos e séculos.<br />

No momento <strong>em</strong> que a luz nascia do ventre de maria,<br />

uma luz brilhava <strong>em</strong> outro ponto da cidade, onde se<br />

encontravam alguns pastores a cuidar de seu rebanho.<br />

No princípio, eles ficaram assustados, não entendendo<br />

o que significaria aquele sinal, mas assim que um anjo<br />

aparecera a eles falando do nascimento de um menino<br />

que seria garantia de salvação <strong>para</strong> todo o povo , não<br />

tiveram dúvidas: aquele a qu<strong>em</strong> fora anunciado era um<br />

ser diferente. era preciso conhecê-lo de perto; sentir a<br />

alegria que o anjo anunciou, pois só assim conseguiriam<br />

Glória a Deus no<br />

na terra aos homen


ara nós o Salvador!<br />

compreender o porquê de tamanha exultação de louvores<br />

realizada pela coorte celeste que se juntara ao anunciador<br />

no momento <strong>em</strong> que a mulher virg<strong>em</strong> e serena se<br />

contorcia de dores e <strong>em</strong>oção no momento do parto.<br />

assim, como o enviado de Deus havia dito, os<br />

pastores encontraram o menino envolto <strong>em</strong> faixas e<br />

experimentaram a alegria de estar diante da Palavra de<br />

Deus e perceberam que aquele que estava diante dos<br />

seus olhos era maior do que tudo o que tinham visto<br />

até então; maior do que o próprio anjo que aparecera<br />

a eles, momentos antes, pois Deus o chamaria, t<strong>em</strong>pos<br />

mais tarde, de Filho e que a ele, até mesmo, os anjos<br />

deveriam adorar. Sim, no momento <strong>em</strong> que os pastores<br />

s altos céus e paz<br />

s de boa vontade!<br />

cont<strong>em</strong>plaram o rosto da criança pura, a qu<strong>em</strong> maria<br />

e José puseram o nome de Jesus, como pedira o anjo<br />

durante a anunciação à Virg<strong>em</strong> maria, exultaram de<br />

felicidade e perceberam que o Senhor tinha voltado<br />

à Sião. era o consolo que Deus dava ao seu povo; era<br />

o resgate de Jerusalém, destruída, pela primeira vez,<br />

aproximadamente seis séculos antes do nascimento do<br />

menino, decorrente de invasão do exército babilônico,<br />

sob direção do rei Nabucodonosor.<br />

Vendo o menino recostado <strong>em</strong> uma manjedoura<br />

de feno, o coração deles encheram de uma profunda<br />

paz. imagin<strong>em</strong> a dádiva de poder estar face a face com<br />

Deus? Pois naquele momento, o verbo se fez carne. Toda<br />

a palavra proferida por Deus durante a criação, agora<br />

estava <strong>em</strong> carne e osso diante daqueles pastores, dos<br />

animais e da Virg<strong>em</strong> mãe e de seu castíssimo esposo.<br />

Veio ao mundo o próprio Deus a fim de experimentar<br />

o seu projeto mais audacioso: a vida humana, e com<br />

ele toda a terra se encheu de esperança e alegria. Deus<br />

queria compreender o mundo e <strong>para</strong> isso era preciso<br />

se fazer imag<strong>em</strong> e s<strong>em</strong>elhança de sua própria criação.<br />

Deus queria colocar diante dos homens um modelo<br />

de santidade a ser seguido e <strong>para</strong> isso foi preciso se<br />

manifestar aos homens, a fim de ser modelo de vida a<br />

ser perpetuado por gerações e gerações.<br />

muitos, por não compreender<strong>em</strong> o mistério da<br />

encarnação, recusaram Jesus como o messias, sendo um<br />

deles Herodes, que resolveu dizimar várias crianças na<br />

exclusiva intenção de ter a certeza de que o menino de<br />

Belém seria solapado pela morte. mas ainda não era<br />

chegada a hora, e n<strong>em</strong> quando ela chegou, a morte saiu<br />

vitoriosa, pois a mesma luz que resplandeceu no céu<br />

e envolveu os pastores, refulgira, décadas mais tarde,<br />

do sepulcro, onde a pedra havia rolado <strong>para</strong> que a vida<br />

pudesse continuar a ser vida. era a confirmação de que<br />

o reino implantando por ele, <strong>em</strong> sua passag<strong>em</strong> terrena,<br />

não teria fim, uma vez que a cada momento <strong>em</strong> que<br />

abraçamos o nosso irmão e pregamos o amor Ágape sobre<br />

o filia e o eros, consolidamos esse reino que não t<strong>em</strong> nada<br />

de político, já que nele não há exclusão, e sim inclusão.<br />

Cristo é o único sacerdote, o qual nos chama,<br />

diariamente, a sermos profetas, reis e sacerdotes, <strong>para</strong><br />

que possamos dar test<strong>em</strong>unho de Seu poder, seja com<br />

palavras ou com atitudes; a fim de defendermos os seus<br />

mandamentos e vigiar <strong>para</strong> que eles sejam cumpridos;<br />

e na intenção de se colocar como servo e não como<br />

alguém a ser servido, num ato de despojar-se de tudo<br />

<strong>para</strong> seguir o Senhor s<strong>em</strong> nenhum <strong>em</strong>pecilho.<br />

Que neste santo Natal, essa história possa renascer<br />

diariamente <strong>em</strong> nossos corações e possamos, movidos<br />

pela luz do Cristo que nasce, encontrar no mundo a<br />

possibilidade de efetuarmos o reino celeste ainda <strong>em</strong> nossa<br />

passag<strong>em</strong> na terra, pois assim estar<strong>em</strong>os sendo vigilantes à<br />

volta definitiva e gloriosa de Jesus Cristo, Nosso Senhor.<br />

FeLiZ NaTaL!<br />

• 7


F i q u e i n F o r m a d o<br />

DEZEMBRO<br />

01/12 – Dia Nacional de luta contra<br />

a Aids<br />

01/12 – 16h15 – Sagrado – Missa da<br />

OFS<br />

01/12 – OFS – Encontro de ministros<br />

e vices – Porciuncula<br />

02/12 – 14h – Sagrado – Bingão do<br />

Sagrado<br />

04/12 – 19h30 – Sagrado – Reunião do<br />

Conselho da Matriz e CPP – Confraternização<br />

06/12 – 19h30 – Sagrado – Encontro de<br />

pre<strong>para</strong>ção <strong>para</strong> o Batismo<br />

08/12 – Dia da Imaculada Conceição<br />

e renovação dos votos dos Frades<br />

Franciscanos<br />

08/12 – 15h – OFS – Reunião do Conselho<br />

da Fraternidade<br />

09/12 – 11h – Sagrado – Batismo (s)<br />

09/12 – 14h30 – OFS – Formação do<br />

1º ano<br />

09/12 –18h – Sagrado – Abertura do<br />

presépio<br />

13/12 – 19h30 – Sagrado – Encontro de<br />

pre<strong>para</strong>ção <strong>para</strong> o Batismo<br />

16/12 – 09h30 – OFS – Reunião mensal<br />

da Fraternidade<br />

16/12 – 11h – Sagrado – Batismo (s)<br />

16/12 – 15h – Catedral – Posse do Bispo<br />

eleito <strong>para</strong> a Diocese de Petrópolis,<br />

Dom Gregório Paixã0o, OSB<br />

24/12 – 20h – Sagrado – Missa da noite<br />

de Natal<br />

25/12 – Natal do Senhor. Missas as 7h;<br />

8h30; 10h; 18h; 19h30<br />

30/12 – Sagrada Família<br />

31/12 – 18h – Missa de Envio e entrega<br />

da programação paroquial de 2012<br />

8 •<br />

JANeIRO/2013<br />

01/01 – Santa Mãe de Deus – Dia<br />

mundial pela paz<br />

03/01 – 19h30 – Sagrado – Encontro de<br />

pre<strong>para</strong>ção <strong>para</strong> o Batismo<br />

06/01 – Missa consagrada aos dizimistas<br />

– 7h, 8h30, 10h, 18h e 19h30<br />

06/01 – 11h – Sagrado – Batismo (s)<br />

16/01 – 117 anos de presença franciscana<br />

<strong>em</strong> Petrópolis<br />

17/01 – 19h30 – Sagrado – Encontro de<br />

pre<strong>para</strong>ção <strong>para</strong> o Batismo<br />

20/01 – Dia de São Sebastião<br />

20/01 – 11h – Sagrado – Batismo (s)<br />

24/01 – Missas <strong>em</strong> honra a Santo Antonio<br />

de Sant’Ana Galvão – 7h, 8h,<br />

15h, 18h<br />

28/01 – 19h30 – Sagrado – Missa RCC<br />

29/01 – 8 anos de ordenação sacerdotal<br />

de Frei Adriano Freixo Pinto<br />

<br />

– Todas as segundas-feiras das 19h30<br />

às 21h30 • Grupo de Oração Jesus<br />

Vive – RCC<br />

– Todas as terças-feiras, das 16 às 17h •<br />

SAGRADO – reunião da Legião de Maria<br />

– Toda terça-feira e quinta-feira, das 14<br />

às 18h • SAGRADO – Aconselhamento,<br />

Sala Frei Wald<strong>em</strong>ar<br />

– Toda segunda, quarta, quinta e sexta-<br />

-feira, das 15h às 17h • SAGRADO<br />

– atendimento às famílias necessitadas<br />

– Toda segunda quinta-feira do mês às<br />

14h • Reunião da Pastoral da Criança<br />

com as coordenadoras das comunidades<br />

– Toda terceira quinta-feira do mês às<br />

19h30, na Casa da Cidadania – Reunião<br />

– Toda quarta-feira, às 16h • Missa na<br />

Capela do Hospital Santa Teresa<br />

– Toda última quarta-feira, às 15h •<br />

Capela do hospital Santa Teresa – Missa<br />

dos aniversariantes<br />

– Toda quarta-feira às 19h30 • Reunião<br />

do Grupo Amor Exigente<br />

– Toda quarta e quinta-feira das 14h<br />

às 17h “Cursinho que deu Certo” –<br />

artesanato<br />

– Toda quinta-feira das 10h às 16h30 •<br />

Pastoral da Criança, no Sagrado<br />

– Toda quinta-feira às 17h • Ofício<br />

Divino das Comunidades<br />

– Toda última quinta-feira do mês, às<br />

7h, 8h, 15h, 18h • SAGRADO – Missa<br />

de Santo Antônio de Santana Galvão<br />

com distribuição das pílulas<br />

– Toda 1ª sexta-feira de cada mês •<br />

missa do Apostolado da Oração, às 15h<br />

na Matriz. Após a missa, Adoração ao<br />

Santíssimo<br />

– Toda sexta-feira após a missa das 18h<br />

• SAGRADO – reza do Terço<br />

– Todas as terças-feiras, quintas-feiras<br />

e sábados às 18h • Missa no Convento<br />

Madre Regina.<br />

– Todo 2° domingo às 7h, 8h30, 10h,<br />

18h e às 19h30 • SAGRADO – Missa<br />

dos Dizimistas<br />

– Todo dia 13 de cada mês, às 20h, Procissão<br />

até o Trono de Fátima e Missa.<br />

Quando o dia 13 for domingo ou feriado,<br />

será às 17h<br />

– Todo 4º domingo, missa da Congregação<br />

Mariana, no Sagrado às 7h com<br />

reunião as 9h, no Teatro Mariano<br />

– Todo 2º domingo, às 16h30 • SA-<br />

GRADO – Reunião mensal do grupo<br />

de jovens


PARAbéNS<br />

VOLUNTÁRIOS ANIVERSARIANTES<br />

– DEZEMbRO –<br />

01/dez .Maria Barbosa<br />

05/dez .Rosangela da Silva Borba<br />

08/dez .Maria da Conceição Cantur Coelho<br />

11/dez .Dorothy Carlos<br />

13/dez .Carolina Luzia de Jesus<br />

13/dez .Lúcia Helena Espíndola Thaiss<br />

14/dez .Ana Maria Ribeiro Zanetti<br />

14/dez .Aparecida Ferreira R. Andrade<br />

14/dez .Tânia Mara Burger Machado<br />

15/dez .Flávia Quadrio Veiga Andriolo<br />

17/dez .Enir de Freitas Castro<br />

18/dez .Juliana Esch Rocha<br />

19/dez .Paulo Affonso dos Santos<br />

20/dez .Deolinda de Jesus Diniz<br />

21/dez .Irene Pereira Colimódio<br />

25/dez .Flávio Nascimento de Freitas<br />

25/dez .Regina Celi de Oliveira Heinen<br />

28/dez .Cristina Maria Ferreira<br />

30/dez .Edna Maria Schmidt Veiga<br />

Farmácia do Sagrado<br />

Rua Frei Luis, ao lado da Igreja do Sagrado<br />

Atendimento de segunda a quinta-feira,<br />

das 8h às 11h e das 14h às 17h<br />

ESPECIALIDADES<br />

• Cardiologistas<br />

(marcar c/antecedência)<br />

Segunda-feira, às 7h<br />

Dr. Fernando Coutinho<br />

(agendar com Abelardo)<br />

Dr roberto Silveira<br />

• Clínico Geral<br />

Quinta-feira, às 7h<br />

Dr Senna<br />

• Nutricionista<br />

Terça-feira, às 8h<br />

mariane<br />

• Psicologia (agendar)<br />

Juliana, Lígia e antonio Paulo<br />

• Pediatras (agendar com Abelardo)<br />

Dra Cláudia, Dra Sandra e<br />

Dra ana Cristina<br />

• Terapias Naturais (agendar)<br />

márcia e Patrícia<br />

• Terapias Florais<br />

Vera Gondin, Simone<br />

e maria angélica<br />

• Homeopatia<br />

Terça-feira, às 14h<br />

Dra Horquiza<br />

Qu<strong>em</strong> tiver r<strong>em</strong>édios dentro da validade<br />

e quiser doar entregar no Ambulatório.<br />

– JANEIRO 2013 –<br />

01/jan..Fátima Heliodora Bianchini<br />

02/jan..Jorge Luiz Thaiss<br />

02/jan..Maria de Lourdes de Freitas da Silva<br />

03/jan..Denicia da Silva Raimundo<br />

10/jan..Andreia D’Almeida G.M.Fernandes<br />

11/jan..Maria Sampaio Saraiva de Oliveira<br />

14/jan..Cacilda Gonze Infingardi<br />

14/jan..Marlene de Oliveira Andrade<br />

14/jan..Sônia Maria Ferreira da Silva<br />

16/jan..Jean Therezinha Pires Deister<br />

20/jan..Inez Pacheco da Silva<br />

26/jan..Antonio Paulo Eccard<br />

30/jan..Suely Maria de França Schwarc<br />

ANIVERSARIANTES DIZIMISTAS<br />

– DEZEMbRO –<br />

01/dez .Rosalina Anna Marques<br />

02/dez .Celeste Trezza Pereira<br />

03/dez .Graziele de Souza Rocha<br />

05/dez .Norma Haubrich<br />

07/dez .Waldyr Wald<strong>em</strong>ar Weinshutz<br />

10/dez .Onilda Esposti de Souza<br />

10/dez .Marcia Dalmacio Silveira Campos<br />

10/dez .Maria das Graças Arcângelo<br />

12/dez .Carolina Luzia de Jesus<br />

12/dez .Dilermando Fraga de Paula<br />

13/dez .Alfredo Kappaun de Andrade<br />

14/dez .Ines Boynard<br />

15/dez .Cesar Alberto Olivarez Millan<br />

• Há mais de 50 anos funciona no<br />

Convento do Sagrado Coração de<br />

Jesus, <strong>em</strong> Petrópolis, RJ, O Centro Filatélico<br />

Franciscano. Tal serviço existe<br />

com o objetivo de arrecadar recursos<br />

<strong>para</strong> as Missões Franciscanas na África.<br />

O Centro Filatélico Franciscano recebe<br />

selos novos ou usados, b<strong>em</strong> como<br />

Coleções vindos de todas as regiões do<br />

Brasil e também de outros países. Todo<br />

material recebido é repassado a colecionadores<br />

e os recursos são integralmente<br />

aplicados na Missão Franciscana <strong>em</strong><br />

Angola, na África; onde os missionários<br />

atuam <strong>em</strong> diversas frentes: paróquias,<br />

praojetos sociais, trabalhos de horticultura,<br />

entre outros. Angola é um país <strong>em</strong><br />

reconstrução, pois esteve <strong>em</strong> guerra até<br />

pouco t<strong>em</strong>po.<br />

Faça a sua doação aos frades do Sagrado<br />

Coração de Jesus ou pela caixa postal<br />

90023, Petrópolis/RJ – CEP: 25689-900.<br />

Sua colaboração é muito importante.<br />

15/dez .Márcia Andrea da S.A.Alves<br />

16/dez .Ana Eny Borsato<br />

20/dez .Terezinha Pinto Costa<br />

22/dez .Isabelle P.A dos Santos Yoneshigue<br />

25/dez .Natalice Lima de Souza<br />

25/dez .Adélia de Jesus Borsato Mesquita<br />

26/dez .Alex de Lux Cecílio<br />

27/dez .Maria Fátima Amaro<br />

28/dez .Claudia Lucia N.da Silva Alvares<br />

31/dez .Maria Célia de Menezes Klôh<br />

– JANEIRO 2013 –<br />

01/01 – Regina Beatriz de Andrade<br />

01/01 – Amélia Aleixo Roberto<br />

02/01 – Manoel de Paula Costa<br />

05/01 – Maria Elizabete da C. Vieira Maciel<br />

10/01 – Maria José Chaves Pereira<br />

12/01 – Ad<strong>em</strong>ar José Carius<br />

14/01 – Cacilda Gonze Infingardi<br />

16/01 – Jean Therezinha P. Deister<br />

19/01 – Therezinha Anna Deister Cariús<br />

20/01 – Sonia Maria Nunes Thomaz<br />

22/01 – Gilda Medeiros Guimarães<br />

24/01 – Carlos Alberto Pereira Isidoro<br />

24/01 – José Agostinho de Freitas Andretti<br />

25/01 – Dácia Dias de O. Rocha<br />

25/01 – Luiz Antonio Alves<br />

27/01 – Maria do Carmo dos Santos<br />

29/01 – Maria Cardoso Nogueira<br />

29/01 – Yeda de Barros Franco<br />

Doação de selos ajuda missões<br />

franciscanas na África<br />

• 9


Por MIChAELL GRILLO<br />

10 •<br />

É preciso voltar à<br />

escola de Nazaré<br />

• Ó Nazaré do silêncio, da família e do<br />

trabalho! Com essa exclamação que sintetiza<br />

o discurso do papa Paulo VI <strong>em</strong> 1964,<br />

durante viag<strong>em</strong> à cidade <strong>em</strong> que Jesus fora<br />

criado, começamos a nossa reflexão acerca<br />

do domingo destinado à festa da Sagrada<br />

Família: Jesus, Maria e José.<br />

Nazaré é o lugar <strong>em</strong> que o menino<br />

Jesus recebe a educação de seus pais e se<br />

forma enquanto hom<strong>em</strong>. Nazaré, como<br />

nos diz o papa, é a escola do evangelho. É<br />

nosilênciodeJosédiantedaord<strong>em</strong>doanjo<br />

que pedia <strong>para</strong> levantar, tomar o menino e<br />

voltar <strong>para</strong> a terra de Israel, que José escuta<br />

uma outra voz no coração, a voz do amor, a<br />

pedir<strong>para</strong>quefosse<strong>para</strong>outracidade,pois<br />

o filho de Herodes estava no poder e Jesus<br />

ainda podia correr risco. Para o chefe de<br />

família que sustentava os seus de maneira<br />

honesta, mediante a prática de serviços de<br />

carpintaria, não importava se era apenas<br />

aquele a qu<strong>em</strong> fora incumbido o papel de<br />

criar o menino. José também fez seu papel<br />

de filho, de Deus, e obedeceu às ordens<br />

do Pai do céu e não se separou de Maria.<br />

Que belo ex<strong>em</strong>plo de família a ser<br />

seguido: uma mulher que despoja de suas<br />

vontades <strong>para</strong> seguir <strong>em</strong> plenitude os planos<br />

do Pai <strong>para</strong> sua vida; um hom<strong>em</strong> que<br />

<strong>em</strong> meio ao silêncio aprende a escutar o<br />

que anjo lhe anuncia e aceita como filho<br />

àquele que ele não gerara; um filho que<br />

eraextr<strong>em</strong>amenteobedienteequepossuía<br />

uma aura de paz e amor, s<strong>em</strong>pre fazendo<br />

b<strong>em</strong> ao “outro”. Ex<strong>em</strong>plo de obediência<br />

pôde ser vista <strong>em</strong> Caná, quando Maria<br />

e Jesus estavam <strong>em</strong> uma festa e o vinho<br />

tinha acabado. Maria pede ao filho <strong>para</strong><br />

transformar a água <strong>em</strong> vinho. Ele a obedece,mesmoachandoaindanãoserahorade<br />

revelar sua verdadeira identidade de filho<br />

de Deus. Ser filho é justamente abdicar<br />

de suas vontades próprias e achismos <strong>para</strong><br />

ouvir a voz dos que nos quer<strong>em</strong> b<strong>em</strong>.<br />

Hoje <strong>em</strong> dia, infelizmente, não t<strong>em</strong>os<br />

presenciadooespíritodeNazaré<strong>em</strong>nossas<br />

casas. Basta uma rápida passag<strong>em</strong> de olharespelosjornaiseperceberqueosentidode<br />

famíliaviroupeloavesso.Paimatandofilho;<br />

filho desrespeitando pai; neto matando<br />

avó <strong>para</strong> comprar drogas: cenas que t<strong>em</strong><br />

assolado a sociedade nos últimos t<strong>em</strong>pos.<br />

Não obstante de destruir a própria vida,<br />

nossos filhos quer<strong>em</strong> castigar a humanidade<br />

toda por um erro que só pertence<br />

a eles. Um erro que t<strong>em</strong> orig<strong>em</strong> <strong>em</strong> uma<br />

sociedade hiperestimulada, gananciosa,<br />

não esvaziada dos individuais desejos. Não<br />

somosmaiscont<strong>em</strong>pladoscomabelíssima<br />

cenadafamília<strong>em</strong>tornodamesadejantar,<br />

compartilhando as experiências do dia. O<br />

ex<strong>em</strong>plo de partilha deixado por Jesus na<br />

últimaceiapraticamentenãot<strong>em</strong>maisvez<br />

<strong>em</strong> nossas casas, uma vez que se vive tudo<br />

apressadamente<strong>em</strong>todasasatividadesque<br />

são realizadas. Hoje <strong>em</strong> dia, viv<strong>em</strong>os <strong>em</strong><br />

uma nova modalidade de família: a cyber<br />

família, onde todos se faz<strong>em</strong> presentes de<br />

maneira virtual. Os filhos que o digam:<br />

perderam o sentido do amor, optando<br />

por relações vazias na internet. Talvez tal<br />

comportamento seja calcado por uma<br />

má estrutura familiar, marcada por brigas<br />

constantes. Onde faltaram os pilares do<br />

cristianismo, aí sobraram os conflitos.<br />

Assim são famílias do século XXI.<br />

Portanto, peçamos ao nosso Deus, todo<br />

poderoso, que derrame as bênçãos sobre a<br />

nossafamília,afimdequepossamossersolo<br />

fértil <strong>para</strong> a s<strong>em</strong>ente do amor que precisa<br />

urgent<strong>em</strong>ente brotar <strong>em</strong> nossos corações.<br />

Que nesta passag<strong>em</strong> de ano, possamos firmarosnossoscompromissos,assumidos<strong>em</strong><br />

nossobatismo,desermosmaissantosacada<br />

dia. Pois somente na busca insensata por<br />

essa santidade diária é que conseguir<strong>em</strong>os<br />

voltar a escola de Nazaré, onde poder<strong>em</strong>os<br />

recuperar o silêncio <strong>para</strong> que possamos<br />

aprender a ouvir mais o irmão.<br />

Profissão e<br />

Jubileu na Ofs<br />

• Dia 04 de outubro, festa de<br />

São Francisco, a Fraternidade<br />

Franciscana Secular do Sagrado<br />

Coração de Jesus de Petrópolis<br />

com<strong>em</strong>orou com a Profissão Solene<br />

de 3 (três) irmãos e o jubileu<br />

de outros 5 (cinco).<br />

– os Professandos: Dulci Carniel;<br />

Maria Ramos Carniel e José<br />

Carlos Machado.<br />

– Jubileu de 50 anos: José Carlos<br />

Melatti.<br />

– Jubileu de 25 anos: Ana Eny<br />

Borsato; Lucia Jorge; Maria Rodrigues<br />

da Silva; Nilza Cardinelli<br />

Kron<strong>em</strong>berg.<br />

Também tiv<strong>em</strong>os a renovação<br />

pelos 60 anos de professos<br />

na ord<strong>em</strong>: Terezinha Machado<br />

Nascimento e Zélia Vidal.<br />

Entendendo a Profissão<br />

• O irmão (ã) candidato a vida<br />

franciscana secular passa por<br />

um período de 1(um) ano de<br />

iniciação. Findo este periodo<br />

de iniciação, pre<strong>para</strong>-se o grupo<br />

<strong>para</strong> o T<strong>em</strong>po de Formação.<br />

Após este periodo o candidato<br />

é pre<strong>para</strong>do <strong>para</strong> a Profissão<br />

definitiva.<br />

A Profissão acontece <strong>em</strong> uma<br />

celebração eucaristica onde, os<br />

professos se compromet<strong>em</strong>, impelido<br />

pelo Espirito Santo a viver<br />

o Evangelho, seguindo o ex<strong>em</strong>plo<br />

de São Francisco de Assis, <strong>em</strong> seu<br />

próprio estado secular, observando<br />

a regra aprovada pela Igreja.


Epifania<br />

Atentos ao Senhor que se manifesta<br />

<strong>em</strong> nosso meio <strong>para</strong> abraçarmos,<br />

<strong>em</strong> plenitude, o que não passa<br />

Por MIChAELL GRILLO<br />

• Festa da Epifania. Dia de rendermos graças e todos os louvores<br />

ao Salvador da humanidade, Jesus Cristo, nosso Senhor, símbolo<br />

máximo de união, justiça e solidariedade, porque eis que Ele se<br />

manifesta a todos os povos como o Rei do céu e da terra; o Messias<br />

que por milênios fora anunciado pelos profetas como o filho<br />

de Deus que viria ao mundo <strong>para</strong> governar o povo com justiça e<br />

libertar os indigentes de todos os jugos impostos por uma sociedade<br />

cada vez mais opressora e individualista.<br />

Em janeiro, a Igreja celebra com todo o povo a solenidade da<br />

Epifania do Senhor, momento <strong>em</strong> que Jesus se manifesta a todos<br />

os povos, pagãos ou não, representados nos três reis magos, como<br />

o Messias tanto esperado. Guiados pela estrela de Belém, que os<br />

conduzia até o local onde o menino se encontrava, os reis, que<br />

não compartilhavam da mesma fé dos judeus, isto é, que não<br />

acreditavam que Deus enviaria o próprio filho <strong>para</strong> nos libertar de<br />

toda a escravidão, seguiram a luz a fim de adora-lo . E como sinal<br />

de adoração, eles se prostram diante do menino que era muito<br />

mais do que uma criança comum e o adoram, abrindo os cofres<br />

e presenteando-O com mirras, incensos e ouro.<br />

Tais presentes são ricos <strong>em</strong> simbologia e pod<strong>em</strong> ser assim explicados:<br />

a palavra mirra provém do hebraico e quer dizer amargo,<br />

ou seja, os magos entregavam tudo <strong>aqui</strong>lo que era amargo <strong>em</strong> suas<br />

vidas <strong>para</strong> ser<strong>em</strong> purificados pelo incenso, a fim de que passass<strong>em</strong><br />

a uma trajetória de vida calcada no test<strong>em</strong>unho do Messias, o que<br />

há de mais doce na face da terra, uma vez que exala amor por<br />

onde passou e ainda passa. O ouro nos mostra a realeza que Jesus<br />

quer impl<strong>em</strong>entar. Não um reino de soberba e vanglórias, e sim<br />

um reino de paz, unidade e acima de tudo, de inclusão.<br />

Os reis reconheceram naquele menino a luz. Não havia mais<br />

sentido <strong>para</strong> viver<strong>em</strong> se não fosse <strong>para</strong> test<strong>em</strong>unhar a maravilha<br />

que tinham presenciado na pequena cidade da Judéia, ainda que<br />

permanecess<strong>em</strong> pagãos. O fato da manifestação da glória de Jesus<br />

como o Senhor, aos reis magos, que eram pagãos, nos leva a refletir<br />

<strong>em</strong> uma conjuntura cada vez mais marcada pela discriminação e<br />

exclusão, que o Senhor não escolhe <strong>para</strong> qu<strong>em</strong> se manifestar; todos<br />

são dignos de adora-lo e pertencer<strong>em</strong> à numerosa descendência<br />

prometida ao patriarca Abraão. Para isso, basta querer. E os magos<br />

quiseram. Deixaram-se levar pela luz da estrela de Belém, que é<br />

o próprio Cristo, e não tiveram medo das represálias que poderiam<br />

sofrer <strong>em</strong> suas terras de orig<strong>em</strong>, ou do próprio Herodes, que<br />

quisera saber onde se encontrava o menino <strong>para</strong> poder mata-lo.<br />

Quisera a humanidade que todos os pertencentes de outras<br />

religiões pudess<strong>em</strong> buscar abrigo na Igreja Católica, única, santa,<br />

deixada por Jesus <strong>para</strong> o Seu rebanho. Sim, a palavra católica v<strong>em</strong><br />

do grego cathos que significa Universal. Pois então, a nossa santa<br />

Igreja está de braços abertos a receber todos os povos, pertencentes<br />

a diferentes maneiras de enxergar a fé. Não quer<strong>em</strong>os e não<br />

pod<strong>em</strong>os viver <strong>em</strong> um mundo marcado por fundamentalismos,<br />

onde se mata <strong>em</strong> nome de Deus.<br />

E hoje <strong>em</strong> dia? Como o Senhor se manifesta <strong>em</strong> nossa vida<br />

como o Messias, o Salvador, o hom<strong>em</strong> que viria <strong>para</strong> nos apresentar<br />

um Pai carinhoso e afável? São tantas maneiras de epifania <strong>em</strong><br />

pleno século XXI que pod<strong>em</strong>os refletir sobre algumas delas. A<br />

primeira grande manifestação de Cristo está na Santa Eucaristia.<br />

Naquele pedaço de pão, Jesus se faz presente <strong>para</strong> estar presente<br />

<strong>em</strong> nossos corações, a fim de que devidamente alimentados na fé,<br />

possamos amar mais; cuidar mais das coisas de Deus e lutar mais<br />

pela paz mundial. Instituída durante a última ceia, a Eucaristia<br />

é sinal visível de Jesus, que por amor se fez tão pequeno <strong>para</strong><br />

estar <strong>em</strong> cada uma de suas ovelhas, a fim de que nada falte ao<br />

nosso Espírito, tão necessitado de caridade, amor e sapiência. O<br />

sacramento da penitência também é outra manifestação de Jesus<br />

<strong>em</strong> nosso dia a dia. O ato de confessar nada mais é do que se arrepender,<br />

pedir desculpas ao próprio Cristo, representado na figura<br />

do sacerdote e, portanto, ser absolvido e abençoado pelo mesmo.<br />

E as manifestações não ficam presas a essas duas apresentadas.<br />

Pod<strong>em</strong>os sentir a presença de Jesus todas as vezes que acordamos<br />

e abrimos as janelas dos nossos quartos e nos de<strong>para</strong>mos com a<br />

magnífica e perfeita natureza. Jesus está presente <strong>em</strong> cada pássaro<br />

que canta; <strong>em</strong> cada rosa que exala o perfume adocicado dos campos;<br />

<strong>em</strong> cada raio do sol que ilumina nossa cabeça, pois onde está a<br />

vida, aí está Cristo. Ele é o Senhor da vida. Somente a Ele todas as<br />

coisas pertenc<strong>em</strong>, e somente por Ele, elas foram criadas. Em cada<br />

rosto marginalizado e ultrajado pelo poder econômico e social,<br />

também sentimos a manifestação de Jesus, o bom samaritano, que<br />

v<strong>em</strong> ao encontro do pobre, ao se fazer um deles, nascendo <strong>em</strong> uma<br />

manjedoura de palha, rodeada por animais. Jesus foi tão perseguido,<br />

assim como os nossos pobres de hoje, mas não desistiu assim como<br />

acontece com nossos humildes, s<strong>em</strong>pre olhando <strong>para</strong> frente, focando<br />

no destino final, que é a Jerusalém Celeste. Por fim, pod<strong>em</strong>os citar o<br />

próprio Evangelho. É durante a nossa leitura orante da Palavra que<br />

o Senhor nos ensina como seguir os caminhos da retidão. É Ele que<br />

nos fala pelos textos meditados; é Ele que v<strong>em</strong> ao nosso encontro,<br />

nos mostrando o caminho <strong>para</strong> o amor e o modelo de santidade a<br />

que dev<strong>em</strong>os seguir, se quisermos ser discípulos verdadeiros.<br />

Portanto, precisamos agir como os reis magos, que não perderam<br />

t<strong>em</strong>po e se colocaram, imediatamente, a adorar o Senhor.<br />

Assim, também deve acontecer conosco. Não pod<strong>em</strong>os deixar o<br />

Salvador de nossas vidas passar s<strong>em</strong> que not<strong>em</strong>os a sua presença.<br />

Para isso precisamos estar s<strong>em</strong>pre atentos aos sinais vindo dos céus<br />

<strong>em</strong> nossa direção, isto é, precisamos ser vigilantes às manifestações<br />

do Senhor <strong>em</strong> nossa vida <strong>para</strong> que possamos nos despojar de todo<br />

o materialismo, a fim de abraçar o que não passa, <strong>em</strong> plenitude.<br />

Assim seja!<br />

• 11


12 •<br />

A Vigília de Greccio<br />

Por LEONARDO BOFF e NELSON PORTO<br />

• Três anos antes de sua morte, Francisco resolveu<br />

celebrar da forma mais concreta possível, perto de Greccio,<br />

o nascimento do Senhor. Dizia: “Quero l<strong>em</strong>brar o<br />

menino que nasceu <strong>em</strong> Belém, os apertos que passou;<br />

como foi posto num presépio, e ver com os próprios olhos<br />

como ficou <strong>em</strong> cima da palha, entre o boi e o burro”.<br />

Francisco mandou, pois, pre<strong>para</strong>r um presépio<br />

e trazer muito feno, juntamente com<br />

um burrinho e um boi, dispondo tudo<br />

ordenadamente. Reuniram-se os<br />

irmãos chamados dos diversos<br />

lugares. Acorreu o povo,<br />

ressoaram vozes de júbilo<br />

por toda a parte e a multidão<br />

de luzes e archotes<br />

resplandecentes junto<br />

com os cânticos sonoros<br />

que brotavam dos peitos<br />

simples e piedosos<br />

transformaram aquela<br />

noite num dia claro,<br />

esplêndido e festivo.<br />

Francisco lá estava<br />

diante do rústico presépio<br />

<strong>em</strong> êxtase, banhado<br />

de lágrimas e cheio de<br />

gozo espiritual. Como era<br />

diácono, cantou na missa o Evangelho, com uma voz<br />

forte, doce, clara e sonora. Depois pregou ao povo presente,<br />

dizendo coisas maravilhosas sobre o nascimento<br />

do Rei pobre e sobre a pequena cidade de Belém. Chamava<br />

o Cristo Jesus de “menino de Belém”. Pronunciava<br />

a palavra “Belém” como o balido de uma ovelha.<br />

Também estalava a língua quando falava “menino de<br />

Belém” ou “Jesus”, saboreando a doçura dessas palavras.<br />

João de Greccio, soldado presente à celebração,<br />

teve uma visão admirável. Viu<br />

no presépio, reclinado e dormindo,<br />

um bebê extr<strong>em</strong>amente lindo,<br />

ao qual o b<strong>em</strong>-aventurado<br />

Francisco tomou entre seus<br />

braços, como se quisesse<br />

despertá-lo suav<strong>em</strong>ente<br />

do sono. Quando terminou<br />

a vigília solene, todos<br />

voltaram contentes<br />

<strong>para</strong> casa.<br />

Texto do livro “Francisco<br />

de Assis, o Hom<strong>em</strong><br />

do Paraíso”, de<br />

Leonardo Boff, com ilustrações<br />

de Nelson Porto.<br />

Publicação da Editora<br />

Vozes, que pode ser adquirido<br />

na loja virtual www.<br />

lojafranciscanos.com.br.

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