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Análise da Avaliação de Desempenho no Comércio do ... - aedb

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<strong>Análise</strong> <strong>da</strong> <strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong> <strong>Desempenho</strong> <strong>no</strong> <strong>Comércio</strong> <strong>do</strong> Município <strong>de</strong><br />

Ilha Solteira - SP<br />

RESUMO<br />

O tema escolhi<strong>do</strong> para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste trabalho tem como objetivo analisar a avaliação <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong> comércio <strong>de</strong> Ilha Solteira – SP. Sen<strong>do</strong> uma importante ferramenta gerencial, capaz<br />

<strong>de</strong> colaborar não só como processo <strong>de</strong> auto-<strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>s emprega<strong>do</strong>s e crescimento <strong>da</strong>s<br />

equipes, como também o <strong>de</strong>senvolvimento e crescimento <strong>da</strong> empresa. A pesquisa <strong>de</strong>scritiva,<br />

quantitativa, com estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> casos revelou o como os empresários avaliam o <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s seus<br />

funcionários.<br />

Palavras-Chave: <strong>Comércio</strong>. <strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong> <strong>Desempenho</strong>.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Des<strong>de</strong> os primórdios, a humani<strong>da</strong><strong>de</strong> a<strong>do</strong>tou a avaliação como um conceito intrínseco<br />

aos seus padrões culturais. Po<strong>de</strong>-se supor que a avaliação sempre esteve presente e liga<strong>da</strong> ao<br />

cotidia<strong>no</strong> <strong>da</strong>s socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s, como, por exemplo, a escolha <strong>de</strong> um cônjuge, o presentear um filho<br />

por mérito, ou quaisquer gestos <strong>de</strong> reconhecimento <strong>do</strong>s indivíduos pelos membros <strong>do</strong> grupo<br />

social ao qual pertencem, <strong>no</strong> cumprimento <strong>de</strong> objetivos ou feitos reconheci<strong>do</strong>s e relevantes,<br />

segun<strong>do</strong> o feixe <strong>de</strong> valores por ele, grupo, construí<strong>do</strong> e <strong>de</strong>fendi<strong>do</strong>.<br />

Juntamente com a evolução <strong>da</strong> humani<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s grupos sociais expandi<strong>do</strong>s,<br />

observa-se a evolução <strong>da</strong>s organizações <strong>de</strong> produção, tais processos evolutivos, sempre<br />

refletiram, <strong>de</strong> alguma maneira, as transformações sociais e culturais amplas <strong>no</strong>s contextos<br />

on<strong>de</strong> estavam inseri<strong>da</strong>s. Conseqüentemente, muito <strong>do</strong>s conceitos e atitu<strong>de</strong>s vigentes até então<br />

sofreram alterações e acompanharam a evolução <strong>do</strong> sistema capitalista, a avaliação <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho não foi exceção.<br />

O assunto a ser disserta<strong>do</strong> tem como objetivo constituir-se numa importante<br />

ferramenta gerencial, sen<strong>do</strong> capaz <strong>de</strong> colaborar não só como processo <strong>de</strong> auto<strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>do</strong>s emprega<strong>do</strong>s e crescimento <strong>da</strong>s equipes, como também o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento e crescimento <strong>da</strong> empresa. Porém, as organizações utilizam mais como uma<br />

ferramenta <strong>de</strong> controle burocrático, a partir <strong>da</strong> qual se <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> oferecer recompensas ou<br />

punições aos emprega<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> que como um processo <strong>de</strong> gestão <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s<br />

colabora<strong>do</strong>res <strong>de</strong> uma empresa.<br />

Observa<strong>da</strong> <strong>de</strong>ssa forma, a <strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong> <strong>Desempenho</strong> necessita ser repensa<strong>da</strong> a partir<br />

<strong>de</strong> <strong>no</strong>vos referenciais administrativos. Os conceitos atuais que sustentam instituições <strong>de</strong><br />

aprendiza<strong>do</strong> oferecem um referencial capacita<strong>do</strong> <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a sustentar um processo <strong>de</strong><br />

avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho diferencia<strong>do</strong>. No presente trabalho, é mostra<strong>do</strong>, <strong>de</strong> forma<br />

simplifica<strong>da</strong>, alguns mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> <strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong> <strong>Desempenho</strong>, sen<strong>do</strong> que um questionário<br />

<strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> foi entregue aos comerciantes <strong>de</strong> Ilha Solteira – SP.<br />

O objetivo geral <strong>de</strong>ste trabalho é analisar a avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong> comércio <strong>de</strong><br />

Ilha Solteira – SP. A avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho tem como principal objetivo diag<strong>no</strong>sticar e<br />

analisar o <strong>de</strong>sempenho individual e grupal <strong>do</strong>s funcionários, promoven<strong>do</strong> o crescimento<br />

pessoal e profissional, bem como um melhor <strong>de</strong>sempenho e <strong>da</strong>s organizações com seus nichos<br />

<strong>de</strong> clientes. Não se trata<strong>do</strong> apenas <strong>do</strong>s objetivos <strong>da</strong> empresa foram alcança<strong>do</strong>s ou não, mas<br />

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SEGeT – Simpósio <strong>de</strong> Excelência em Gestão e Tec<strong>no</strong>logia 2<br />

asseguran<strong>do</strong> que sejam atingi<strong>do</strong>s e como serão atingi<strong>do</strong>s. A <strong>de</strong>finição antecipa<strong>da</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong>seja<strong>do</strong>, também levanta<strong>da</strong>s as análises <strong>da</strong>s possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s profissionais <strong>do</strong>s<br />

emprega<strong>do</strong>s para se <strong>de</strong>sincumbirem bem <strong>de</strong> suas tarefas, e <strong>de</strong>senvolver as habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

necessárias, assim como reconhecer o seu trabalho e suas contribuições efetivas. To<strong>da</strong>via<br />

levanta-se a questão quanto a Existência <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>no</strong> comércio <strong>de</strong> Ilha<br />

Solteira – SP e como ocorre essa avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho?<br />

2. REFERENCIAL TEÓRICO<br />

2.1. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO: CONCEITOS E DEFINIÇÕES<br />

Existem vários autores que citam o conceito <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong><br />

variar, quanto à forma, e possuir certas idéias comuns em seu conteú<strong>do</strong>. Para Chiavenato<br />

(1998, p. 323) avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho é:<br />

Uma apreciação sistemática <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> pessoa <strong>no</strong> cargo e o seu<br />

potencial <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento futuro. To<strong>da</strong> avaliação é um processo para<br />

estimular ou julgar o valor, a excelência, as quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> alguma pessoa.<br />

Para Bergamini (1987, p.29) em seu livro Psicologia Industrial, a avaliação <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho “é uma avaliação sistemática <strong>de</strong> emprega<strong>do</strong>s, feita por seus supervisores ou<br />

outros que estejam familiariza<strong>do</strong>s com o seu <strong>de</strong>sempenho <strong>no</strong> trabalho".<br />

Os conceitos <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho preten<strong>de</strong>m manter fixas<br />

<strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s variáveis, como um grupo <strong>de</strong> controle, em função <strong>da</strong>s quais se<br />

medirão as diferenças individuais <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s avalia<strong>do</strong>s. Há<br />

inicialmente três variáveis que se <strong>de</strong>vem manter fixas: o tempo, on<strong>de</strong> a<br />

avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong>ve ser feita sempre com intervalos iguais, os<br />

avalia<strong>do</strong>res e o trabalho feito (BERGAMINI, 1987, p. 29).<br />

A avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong>ve ser entendi<strong>da</strong> como um processo dinâmico que<br />

envolve o avalia<strong>do</strong> e seu gerente, e representa uma técnica <strong>de</strong> direção importante na ativi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

administrativa. É o principal caminho on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong> localizar problemas <strong>de</strong> supervisão e<br />

gerência, <strong>de</strong> integração <strong>da</strong> pessoa à organização, <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação ao cargo, carências <strong>de</strong><br />

treinamento e estabelecimento <strong>de</strong> programas para eliminar tais problemas.<br />

Muitos conceitos <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho foram <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s quase<br />

exclusivamente ten<strong>do</strong>, em vista funcionários consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s individuais. Mas, as empresas,<br />

hoje, estão se reestruturan<strong>do</strong> ao re<strong>do</strong>r <strong>de</strong> equipes. Robbins (2000, p. 250) sugere que sejam<br />

apresenta<strong>da</strong>s quatro características importantes para a concepção <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong><br />

sustentação e melhoria <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong>s equipes:<br />

a - Vincular os resulta<strong>do</strong>s <strong>da</strong> equipe às metas <strong>da</strong> organização; b - Começar<br />

pelos clientes <strong>da</strong> equipe e pelo processo <strong>de</strong> trabalho a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> pela equipe<br />

para aten<strong>de</strong>r às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>sses clientes; c - Medir tanto o <strong>de</strong>sempenho<br />

<strong>da</strong> equipe como o <strong>de</strong>sempenho individual; d - Treinar a equipe para criar<br />

seus próprios objetivos.<br />

O conceito <strong>de</strong> avaliação abrange como premissa básica à confrontação <strong>de</strong> algo que<br />

aconteceu (resulta<strong>do</strong>), com algo que foi estabeleci<strong>do</strong> antes (meta) (LUCENA, 1992). A prática<br />

<strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> pessoas <strong>no</strong> ambiente empresarial é freqüentemente, associa<strong>da</strong> a um<br />

instrumento específico <strong>de</strong> gestão: a avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho. O termo avaliação é o<br />

suficiente para remeter as pessoas quase instantaneamente a tal instrumento, cujo propósito é<br />

verificar quanto o profissional se a<strong>da</strong>pta aos objetivos <strong>da</strong> empresa, as <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s e as<br />

exigências <strong>de</strong> trabalho (FLEURY, 2002).<br />

Foi possível observar que entre esses conceitos a avaliação faz parte <strong>do</strong> cotidia<strong>no</strong> <strong>de</strong><br />

qualquer organização, sen<strong>do</strong> necessária para averiguar a correção <strong>da</strong>s organizacionais e<br />

i<strong>de</strong>ntificar as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> revisão e melhoria. Assim, analisan<strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho, Daft (2005)


SEGeT – Simpósio <strong>de</strong> Excelência em Gestão e Tec<strong>no</strong>logia 3<br />

<strong>de</strong>fine como a habili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s pessoas que envolvem o alcance <strong>de</strong> suas metas mediante o uso<br />

<strong>do</strong>s recursos <strong>de</strong> maneira eficazes e eficientes.<br />

Já, Lucena (1992) <strong>de</strong>fine <strong>de</strong>sempenho como a atuação <strong>do</strong> emprega<strong>do</strong> em face <strong>de</strong> um<br />

cargo que ocupa na organização, cujo conteú<strong>do</strong> especifica a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, as tarefas, os<br />

<strong>de</strong>safios que lhe forem atribuí<strong>do</strong>s. O <strong>de</strong>sempenho po<strong>de</strong> ser reconheci<strong>do</strong> como manifestação<br />

concreta e objetiva <strong>do</strong> que o emprega<strong>do</strong> é capaz <strong>de</strong> fazer, é algo que po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>,<br />

acompanha<strong>do</strong> e mensura<strong>do</strong>. Os autores têm uma visão on<strong>de</strong> se percebe claramente o<br />

<strong>de</strong>sempenho como atuação <strong>da</strong> força <strong>de</strong> trabalho na produção <strong>de</strong> resulta<strong>do</strong>s, assim a<br />

organização por meio <strong>da</strong> ação gerencial precisa assegurar que o <strong>de</strong>sempenho produza<br />

resulta<strong>do</strong>s espera<strong>do</strong>s, atuan<strong>do</strong> pró-ativamente <strong>no</strong> senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar os <strong>de</strong>svios <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho e agir sobre as causas que provocam esses <strong>de</strong>svios.<br />

Definir os resulta<strong>do</strong>s ou o <strong>de</strong>sempenho espera<strong>do</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> emprega<strong>do</strong> significa<br />

especificar as atribuições, metas, projetos, ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, tarefas que compõem o seu campo <strong>de</strong><br />

responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional. Mas é preciso <strong>de</strong>finir também Padrões <strong>de</strong> <strong>Desempenho</strong>, isto é,<br />

quanto é espera<strong>do</strong>, qual o nível <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>seja<strong>da</strong> e quais os prazos para apresentar<br />

resulta<strong>do</strong>s. O não-estabelecimento <strong>de</strong>sses indica<strong>do</strong>res tornará difícil medir ou avaliar a<br />

produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, dificultará distinguir os emprega<strong>do</strong>s mais produtivos <strong>do</strong>s me<strong>no</strong>s produtivos,<br />

impedirá a ação correta sobre os <strong>de</strong>svios <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho e <strong>de</strong>scaracterizará a avaliação <strong>de</strong><br />

resulta<strong>do</strong>s, que será substituí<strong>da</strong> pela avaliação <strong>de</strong> pessoas, a partir <strong>de</strong> critérios subjetivos e<br />

duvi<strong>do</strong>sos.<br />

Analisan<strong>do</strong> o to<strong>do</strong>, chega-se ao conceito <strong>de</strong> "A avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho que é uma<br />

apreciação sistemática <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> pessoa <strong>no</strong> cargo e o seu potencial <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento futuro” (PONTES, 1996, p. 22). “<strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho é o processo <strong>de</strong><br />

observar e avaliar o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> um funcionário, registran<strong>do</strong> a avaliação e fornecen<strong>do</strong> um<br />

feedback para o funcionário” (DAFT, 2005, p. 307).<br />

Já para Lucena (1992), a avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho oferece para a empresa uma<br />

ferramenta gerencial ou um processo bem estrutura<strong>do</strong> para conduzir, <strong>de</strong> forma mais eficaz, a<br />

gestão <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho na busca <strong>da</strong> motivação, <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>do</strong>s<br />

resulta<strong>do</strong>s positivos <strong>de</strong> trabalho. Assim, é preciso assegurar que os objetivos <strong>da</strong> empresa<br />

sejam atingi<strong>do</strong>s (gerência <strong>do</strong> processo), o que requer a <strong>de</strong>finição antecipa<strong>da</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho<br />

<strong>de</strong>seja<strong>do</strong>, análise <strong>da</strong>s possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s profissionais <strong>do</strong>s emprega<strong>do</strong>s para <strong>de</strong>sincumbirem bem<br />

suas tarefas, assim <strong>de</strong>senvolver habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s necessárias para que sejam reconheci<strong>do</strong>s o seu<br />

trabalho e suas contribuições efetivas. Avaliar o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> um funcionário não está<br />

liga<strong>do</strong> somente ao estímulo salarial, mas ao <strong>de</strong>senvolvimento individual e organizacional,<br />

possibilitan<strong>do</strong> através <strong>da</strong> mensuração <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho tomar <strong>de</strong>cisões quanto a promoções,<br />

ajustes salariais e treinamento para o alcance <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s.<br />

Para Chiavenato (1998), a avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho pressupõe as seguintes etapas:<br />

1. Determinação <strong>do</strong>s objetivos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho huma<strong>no</strong> os quais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m<br />

<strong>da</strong> política <strong>da</strong> organização e <strong>da</strong> política <strong>de</strong> recursos huma<strong>no</strong>s, em particular. Em<br />

<strong>de</strong>corrência, os objetivos <strong>de</strong> uma política <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho têm os seguintes<br />

aspectos:<br />

a. a avaliação <strong>da</strong> atuação profissional, <strong>da</strong>s características pessoais <strong>no</strong> trabalho e <strong>do</strong><br />

potencial <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s emprega<strong>do</strong>s;<br />

b. o conhecimento ca<strong>da</strong> vez maior <strong>do</strong> elemento huma<strong>no</strong> <strong>da</strong> organização,<br />

possibilitan<strong>do</strong> melhor aproveitamento e <strong>de</strong>senvolvimento. O conhecimento <strong>do</strong> emprega<strong>do</strong> que<br />

melhor se ajusta aos requisitos <strong>do</strong> cargo e que apresenta maior potencial <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento;


SEGeT – Simpósio <strong>de</strong> Excelência em Gestão e Tec<strong>no</strong>logia 4<br />

c. a localização <strong>de</strong> tipos <strong>de</strong> problemas que, por sua freqüência ou amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

incidência em uma área ou seção, i<strong>de</strong>ntificam problemas <strong>de</strong> supervisão, avalian<strong>do</strong>-se assim<br />

indiretamente os supervisores e gerentes.<br />

2. Montagem <strong>da</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho em que geralmente as organizações<br />

<strong>de</strong>senvolvem vários sistemas <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho para as diversas famílias ou<br />

conjuntos <strong>de</strong> cargos. Uma ampla varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> aptidões como capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>s, aspirações,<br />

potenciali<strong>da</strong><strong>de</strong>s, características <strong>de</strong> personali<strong>da</strong><strong>de</strong>, natureza e conteú<strong>do</strong> <strong>de</strong> cargos, ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

etc. está representa<strong>da</strong> em uma organização. A simples a<strong>de</strong>são a formulários que contenham<br />

fatores e aspectos <strong>de</strong> avaliação, processos rígi<strong>do</strong>s e relatórios restritos <strong>de</strong> resulta<strong>do</strong>s po<strong>de</strong>m<br />

levar a sérias distorções. Isso, porque as organizações têm "mosaicos" <strong>de</strong> recursos huma<strong>no</strong>s:<br />

algumas pessoas são rotineiras e conserva<strong>do</strong>ras, outras são engenhosas <strong>no</strong> planejamento <strong>de</strong><br />

sistemas <strong>de</strong> computação <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s; outras são engenhosas <strong>no</strong> planejamento <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong><br />

marketing. A divisão <strong>do</strong> trabalho e a especialização exigem essa tremen<strong>da</strong> varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> tipos<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho.<br />

3. Implantação <strong>da</strong> <strong>Avaliação</strong> <strong>do</strong> <strong>Desempenho</strong> compreen<strong>de</strong> o treinamento <strong>do</strong>s futuros<br />

avalia<strong>do</strong>res, os níveis <strong>de</strong> gerência, que <strong>de</strong>verão avaliar seus subordina<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s sistemas<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s. O êxito <strong>da</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> quem vai executá-lo: o<br />

gerente imediato. A capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> observar e obter <strong>da</strong><strong>do</strong>s e informações a respeito <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s subordina<strong>do</strong>s, a sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> interpretar esses <strong>da</strong><strong>do</strong>s e <strong>de</strong> transformá-los<br />

em uma avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho e, finalmente, a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> analisar e propor medi<strong>da</strong>s<br />

corretivas necessárias as quais exigem um a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> treinamento <strong>do</strong>s avalia<strong>do</strong>res, que serão os<br />

aplica<strong>do</strong>res <strong>do</strong> instrumento <strong>de</strong> mensuração.<br />

4. Manutenção e Controle <strong>da</strong> <strong>Avaliação</strong> <strong>do</strong> <strong>Desempenho</strong>; essa etapa compreen<strong>de</strong> o<br />

acompanhamento, a manutenção e o controle <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s alcança<strong>do</strong>s pêlos sistemas em<br />

vigor. Esses resulta<strong>do</strong>s po<strong>de</strong>rão indicar a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um ajustamento <strong>no</strong>s critérios e nas<br />

políticas <strong>de</strong> reformulação, <strong>de</strong> retreinamento <strong>do</strong>s avalia<strong>do</strong>res, etc. A retroação (feedback) <strong>do</strong><br />

sistema é responsável pela regulação e a<strong>de</strong>quação <strong>do</strong>s critérios. A manutenção e o controle<br />

<strong>do</strong>s sistemas <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho envolvem os seguintes aspectos:<br />

a. verificar se os méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> avaliação estão <strong>da</strong>n<strong>do</strong> bons resulta<strong>do</strong>s;<br />

b. verificar se os formulários estão a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s aos propósitos <strong>da</strong> avaliação;<br />

c. verificar se os perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> avaliação estão razoáveis;<br />

d. analisar os resulta<strong>do</strong>s <strong>da</strong>s avaliações em si e os avalia<strong>do</strong>res; acompanhar as<br />

providências resultantes <strong>da</strong>s avaliações.<br />

A importância <strong>da</strong> avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho refere-se, principalmente ao fato <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r<br />

diag<strong>no</strong>sticar, através <strong>de</strong> inúmeras ferramentas, o <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s recursos huma<strong>no</strong>s <strong>da</strong><br />

organização em <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> tempo. Com a avaliação, a organização po<strong>de</strong>rá<br />

coletar <strong>da</strong><strong>do</strong>s e informações sobre o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> seus funcionários e direcionar suas ações<br />

e políticas <strong>no</strong> senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> melhorar o <strong>de</strong>sempenho organizacional, por intermédio <strong>de</strong> programas<br />

<strong>de</strong> melhoria <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho individual e grupal <strong>do</strong>s funcionários, e manter uma constante<br />

manutenção <strong>da</strong>s técnicas utiliza<strong>da</strong>s para se ter um esta<strong>do</strong> atualiza<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho geral <strong>de</strong><br />

sua organização.<br />

2.2. OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO<br />

Para Chiavenato (1998, p. 329), a avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho não é “um fim em si<br />

mesma, mas um instrumento, um meio, uma ferramenta para melhorar os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s<br />

recursos huma<strong>no</strong>s <strong>da</strong> organização”. Para alcançar esse objetivo básico - melhorar os<br />

resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s recursos huma<strong>no</strong>s <strong>da</strong> organização, - a avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho procura


SEGeT – Simpósio <strong>de</strong> Excelência em Gestão e Tec<strong>no</strong>logia 5<br />

alcançar uma varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> objetivos intermediários. A avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho po<strong>de</strong> ter os<br />

seguintes objetivos intermediários segun<strong>do</strong> Chiavenato (1998): a<strong>de</strong>quação <strong>do</strong> indivíduo ao<br />

cargo; treinamento; promoções; incentivo salarial ao bom <strong>de</strong>sempenho; melhoria <strong>da</strong>s relações<br />

humanas entre superiores e subordina<strong>do</strong>s; auto-aperfeiçoamento <strong>do</strong> emprega<strong>do</strong>; informações<br />

básicas para pesquisa <strong>de</strong> recursos huma<strong>no</strong>s; estimativa <strong>do</strong> potencial <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>s<br />

emprega<strong>do</strong>s; estímulo à maior produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>; conhecimento <strong>do</strong>s padrões <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong><br />

organização; retroação (feedback) <strong>de</strong> informação ao próprio indivíduo avalia<strong>do</strong>; outras<br />

<strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> pessoal, como transferências, dispensas, etc.<br />

Em resumo, conforme Chiavenato (1998, p. 331) os objetivos fun<strong>da</strong>mentais <strong>da</strong><br />

avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho po<strong>de</strong>m ser apresenta<strong>do</strong>s em três facetas:<br />

1. Permitir condições <strong>de</strong> medição <strong>do</strong> potencial huma<strong>no</strong> <strong>no</strong> senti<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>terminar sua plena aplicação. 2. Permitir o tratamento <strong>do</strong>s recursos<br />

huma<strong>no</strong>s como importante vantagem competitiva <strong>da</strong> organização e cuja<br />

produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>da</strong> forma <strong>de</strong><br />

administração. 3. Fornecer oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> crescimento e condições <strong>de</strong><br />

efetivas participação a to<strong>do</strong>s os membros <strong>da</strong> organização, ten<strong>do</strong> em vista, <strong>de</strong><br />

uni la<strong>do</strong>, os objetivos organizacionais e, <strong>de</strong> outro, os objetivos individuais.<br />

Para Robbins (2000, p. 246) os três objetivos mais conheci<strong>do</strong>s são os resulta<strong>do</strong>s<br />

individuais <strong>da</strong>s tarefas, os comportamentos e as características individuais:<br />

Resulta<strong>do</strong>s Individuais <strong>da</strong>s Tarefas. Se os fins contam mais que os meios,<br />

a administração <strong>de</strong>ve avaliar os resulta<strong>do</strong>s <strong>da</strong>s tarefas <strong>de</strong> um funcionário. Os<br />

resulta<strong>do</strong>s po<strong>de</strong>m ser utiliza<strong>do</strong>s para julgar um gerente <strong>de</strong> fábrica, segun<strong>do</strong><br />

critérios como quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> produzi<strong>da</strong>, refugo gera<strong>do</strong> e custo por uni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

produzi<strong>da</strong>. Do mesmo mo<strong>do</strong>, um ven<strong>de</strong><strong>do</strong>r po<strong>de</strong> ser avalia<strong>do</strong> pelo<br />

faturamento total em sua região, aumento <strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s em valor e número <strong>de</strong><br />

<strong>no</strong>vas contas estabeleci<strong>da</strong>s.<br />

Comportamentos. Muitas vezes é difícil i<strong>de</strong>ntificar resulta<strong>do</strong>s específicos<br />

que possam ser diretamente atribuí<strong>do</strong>s às ações <strong>de</strong> um único funcionário.<br />

Isso é particularmente ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro em cargos <strong>de</strong> assessoria e para indivíduos<br />

cujas atribuições fazem parte integrante <strong>de</strong> um esforço grupal. O<br />

comportamento correspon<strong>de</strong>nte ao pessoal <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s po<strong>de</strong> ser avalia<strong>do</strong> pelo<br />

número médio <strong>de</strong> telefonemas <strong>de</strong> contato efetua<strong>do</strong>s por dia ou pelo número<br />

<strong>de</strong> dias que ele faltou em um a<strong>no</strong>.<br />

Características Individuais. O conjunto mais fraco <strong>de</strong> objetivos, embora<br />

ain<strong>da</strong> amplamente utiliza<strong>do</strong> pelas organizações, por que são os mais<br />

afasta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho efetivo <strong>do</strong> cargo em si. Características como ter<br />

"uma boa atitu<strong>de</strong>", <strong>de</strong>monstrar "confiança", ser "cooperativo" ou<br />

"confiável", parecer "ocupa<strong>do</strong>" ou possuir "riqueza <strong>de</strong> experiências" po<strong>de</strong>m<br />

ou não apresentar uma gran<strong>de</strong> correlação com resulta<strong>do</strong>s positivos <strong>da</strong>s<br />

tarefas, mas apenas os ingênuos ig<strong>no</strong>rariam a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> que esses traços<br />

são usa<strong>do</strong>s muitas vezes nas organizações como critérios para avaliar o nível<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> um funcionário.<br />

Há muito se estu<strong>da</strong> o comportamento huma<strong>no</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que um homem <strong>de</strong>u emprego a<br />

outro, seu trabalho é avalia<strong>do</strong>:<br />

A avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho não é um fim em si mesma, mas um<br />

instrumento, um meio, uma ferramenta para melhorar os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s<br />

recursos huma<strong>no</strong>s <strong>da</strong> organização. Para alcançar esse objetivo básico —<br />

melhorar os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s recursos huma<strong>no</strong>s <strong>da</strong> organização -, a avaliação<br />

<strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho procura alcançar uma varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> objetivos intermediários.<br />

(CHIAVENATO, 2001, p. 110).<br />

A avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho não po<strong>de</strong> ser usa<strong>da</strong> somente para avaliar quem está<br />

fazen<strong>do</strong> um bom trabalho, essa ferramenta vai muito mais além <strong>do</strong> que simples avaliação <strong>de</strong>


SEGeT – Simpósio <strong>de</strong> Excelência em Gestão e Tec<strong>no</strong>logia 6<br />

funcionários. Segun<strong>do</strong> Bohlan<strong>de</strong>r, Snell e Sherman (2003, p. 214) "Serve a vários propósitos,<br />

que beneficiam tanto a empresa quanto o funcionário cujo <strong>de</strong>sempenho está sen<strong>do</strong> avalia<strong>do</strong>".<br />

Esses autores ain<strong>da</strong> afirmam que os programas <strong>de</strong> avaliação quan<strong>do</strong> bem planeja<strong>do</strong>s,<br />

fornecem insumos para várias ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> recursos huma<strong>no</strong>s, fornecen<strong>do</strong> objetivos<br />

administrativos e <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

Como objetivos administrativos os programas <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho são como<br />

fornece<strong>do</strong>res <strong>de</strong> insumos para to<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> recursos huma<strong>no</strong>s; são usa<strong>do</strong>s<br />

mais amplamente para <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> remuneração e outras <strong>de</strong>cisões como: promoção,<br />

transferência e <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> <strong>de</strong>missão. Os <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho po<strong>de</strong>m ser<br />

usa<strong>do</strong>s ain<strong>da</strong> <strong>no</strong> planejamento <strong>de</strong> recursos huma<strong>no</strong>s, na <strong>de</strong>terminação <strong>do</strong> valor relativo <strong>do</strong>s<br />

emprega<strong>do</strong>s <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com um programa <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> cargos, e como critérios para vali<strong>da</strong>r<br />

testes <strong>de</strong> seleção.<br />

Como objetivos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento individual,<br />

a avaliação fornece o feedback essencial para discutir os pontos fortes e fracos <strong>do</strong>s<br />

funcionários, bem como também para aprimorar o <strong>de</strong>sempenho. Fornece uma oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

para i<strong>de</strong>ntificar questões a serem discuti<strong>da</strong>s, para eliminar qualquer problema potencial e<br />

estabelecer <strong>no</strong>vas metas, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a atingir um alto <strong>de</strong>sempenho.<br />

A avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho é um <strong>do</strong>s procedimentos básicos que acionam os recursos<br />

huma<strong>no</strong>s. Segun<strong>do</strong> Carvalho (1992), a avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho é uma típica ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

controle administrativo, tornan<strong>do</strong>-se parte atuante <strong>da</strong> estratégia gerencial, on<strong>de</strong> o propósito<br />

central é conseguir que os funcionários orientem seus esforços <strong>no</strong> senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> objetivo <strong>da</strong><br />

empresa. É sua finali<strong>da</strong><strong>de</strong> obter informações sobre o comportamento profissional <strong>do</strong> avalia<strong>do</strong><br />

durante o seu <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> trabalho.<br />

2.3. A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO NAS ORGANIZAÇÕES<br />

Ao observar o comportamento <strong>da</strong>s organizações <strong>no</strong>ta-se que, a to<strong>do</strong> o momento, as<br />

pessoas se avaliam em relação ao <strong>de</strong>sempenho. A avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> coisas ou<br />

pessoas é fato corriqueiro em <strong>no</strong>ssas vi<strong>da</strong>s. O que realmente se faz é controlar, comparar,<br />

sinalizar, medir, julgar, e, se possível, tentar corrigir e ajustar os fatos com base em <strong>no</strong>ssos<br />

esquemas <strong>de</strong> valores e <strong>de</strong> expectativas. A maior dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>no</strong> entanto, surge <strong>no</strong> momento<br />

em que se <strong>de</strong>ve transmitir, por escrito ou verbalmente, o que se pensa <strong>de</strong> alguém para ele.<br />

No ambiente organizacional, as práticas <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho também ocorrem<br />

constantemente. Com a Escola <strong>da</strong>s Relações Humanas ocorreu uma completa reversão <strong>de</strong><br />

abor<strong>da</strong>gem, e a preocupação principal <strong>do</strong>s administra<strong>do</strong>res <strong>de</strong>slocou-se <strong>da</strong> máquina e passou a<br />

ser focaliza<strong>da</strong> <strong>no</strong> homem. Com isso, surgiram algumas preocupações nas organizações em<br />

como conhecer e medir as potenciali<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>s pessoas e como levá-las a aplicar totalmente<br />

esse potencial.<br />

As organizações ten<strong>de</strong>m a <strong>de</strong>finir o comportamento <strong>de</strong>seja<strong>do</strong> <strong>de</strong> seus funcionários <strong>no</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma tarefa, que dá origem à <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> cargos. Nem sempre o<br />

funcionário realiza suas tarefas efetivamente como se espera <strong>de</strong>le. Entre o <strong>de</strong>sempenho real e<br />

o <strong>de</strong>sempenho espera<strong>do</strong> po<strong>de</strong> ocorrer uma diferença <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho. Conhecer o tamanho<br />

<strong>de</strong>ssa diferença em relação a ca<strong>da</strong> um <strong>do</strong>s funcionários é muito importante para i<strong>de</strong>ntificar<br />

problemas <strong>de</strong> integração <strong>do</strong>s funcionários, <strong>de</strong> supervisão, <strong>de</strong> motivação e <strong>de</strong> subaproveitamento<br />

<strong>do</strong> potencial <strong>de</strong> seus funcionários. Segun<strong>do</strong> Gil (1994, p. 85), a avaliação <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho constitui um meio para <strong>de</strong>senvolver os recursos huma<strong>no</strong>s <strong>da</strong> organização, pois<br />

com ela é possível <strong>de</strong>finir o grau <strong>de</strong> contribuição <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> emprega<strong>do</strong> para a organização.<br />

1. i<strong>de</strong>ntificar os emprega<strong>do</strong>s que possuem qualificação superior à<br />

requeri<strong>da</strong> pelo cargo;


SEGeT – Simpósio <strong>de</strong> Excelência em Gestão e Tec<strong>no</strong>logia 7<br />

2. i<strong>de</strong>ntificar em que medi<strong>da</strong> os programas <strong>de</strong> treinamento têm<br />

contribuí<strong>do</strong> para a melhoria <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s funcionários;<br />

3. promover o autoconhecimento e o auto<strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>s<br />

emprega<strong>do</strong>s; obter subsídios para re<strong>de</strong>finir o perfil requeri<strong>do</strong> <strong>do</strong>s<br />

ocupantes <strong>do</strong>s cargos;<br />

4. obter subsídios para remuneração e promoção;<br />

5. obter subsídios para elaboração <strong>de</strong> pla<strong>no</strong>s <strong>de</strong> ação para<br />

<strong>de</strong>sempenhos insatisfatórios.<br />

A avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho não é um fim em si mesma, mas uma ferramenta, uma<br />

forma para melhorar os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho e proporcionar condições e oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> crescimento profissional e participação pessoal. Trata <strong>de</strong> conciliar os objetivos<br />

organizacionais e os objetivos individuais <strong>de</strong> uma forma construtiva (CHIAVENATO, 2001).<br />

2.4. OS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO<br />

O problema <strong>de</strong> avaliar o <strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong>s pessoas, <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong>s organizações, conduziu a<br />

soluções que o transformaram em méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> avaliação bastante populares. São os chama<strong>do</strong>s<br />

méto<strong>do</strong>s tradicionais <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho. Esses méto<strong>do</strong>s variam <strong>de</strong> uma organização<br />

para outra, pois ca<strong>da</strong> organização ten<strong>de</strong> a construir seu próprio sistema para avaliar o<br />

<strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong>s pessoas.<br />

É comum encontrar, nas organizações, vários sistemas específicos, conforme o nível e<br />

as áreas <strong>de</strong> alocação <strong>de</strong> pessoal, como: sistema <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> gerentes, <strong>de</strong> mensalistas, <strong>de</strong><br />

ven<strong>de</strong><strong>do</strong>res, etc. Ca<strong>da</strong> sistema aten<strong>de</strong> a <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s objetivos específicos e a <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s<br />

características <strong>do</strong> pessoal envolvi<strong>do</strong>. Segun<strong>do</strong> Chiavenato (1998, p. 113), os principais<br />

méto<strong>do</strong>s tradicionais <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho são: “1. Méto<strong>do</strong> <strong>da</strong>s escalas gráficas,<br />

2. Méto<strong>do</strong> <strong>da</strong> escolha força<strong>da</strong>, 3. Méto<strong>do</strong> <strong>da</strong> pesquisa <strong>de</strong> campo, 4. Méto<strong>do</strong> <strong>do</strong>s inci<strong>de</strong>ntes<br />

críticos” .<br />

2.4.1. MÉTODO DAS ESCALAS GRÁFICAS<br />

Esse méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho é o mais utiliza<strong>do</strong> e divulga<strong>do</strong>.<br />

Aparentemente, é o méto<strong>do</strong> mais simples. Sua aplicação requer uma multiplici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s, a fim <strong>de</strong> neutralizar a subjetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e o prejulgamento <strong>do</strong> avalia<strong>do</strong>r, que po<strong>de</strong>m<br />

provocar interferência <strong>no</strong>s resulta<strong>do</strong>s. Recebem críticas quan<strong>do</strong> reduz os resulta<strong>do</strong>s a<br />

expressões numéricas, através <strong>de</strong> tratamentos estatísticos ou matemáticos usa<strong>do</strong>s, para<br />

neutralizar as distorções <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m pessoal <strong>do</strong>s avalia<strong>do</strong>res.<br />

O méto<strong>do</strong> <strong>da</strong>s escalas gráficas avalia o <strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong>s pessoas por meio <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong><br />

avaliação, previamente <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s e gradua<strong>do</strong>s. Segun<strong>do</strong> Chiavenato (1998, p. 119) o méto<strong>do</strong><br />

<strong>da</strong>s escalas gráficas apresenta as seguintes vantagens:<br />

1. permite aos avalia<strong>do</strong>res um instrumento <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> fácil<br />

entendimento e aplicação simples;<br />

2. permite uma visão integra<strong>da</strong> e resumi<strong>da</strong> <strong>do</strong>s fatores <strong>de</strong> avaliação, ou<br />

seja, <strong>da</strong>s características <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho mais realça<strong>da</strong>s pela empresa<br />

e a situação <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> emprega<strong>do</strong> diante <strong>de</strong>las;<br />

3. proporciona pouco trabalho ao avalia<strong>do</strong>r <strong>no</strong> registro <strong>de</strong> avaliação,<br />

simplifican<strong>do</strong>-o e<strong>no</strong>rmemente.<br />

Como <strong>de</strong>svantagens Chiavenato (1998, p. 119) apresentam:<br />

1. não permite flexibili<strong>da</strong><strong>de</strong> ao avalia<strong>do</strong>r, que <strong>de</strong>ve ajustar-se ao<br />

instrumento e não este às características <strong>do</strong> avalia<strong>do</strong>;<br />

2. ten<strong>de</strong> a rotinizar e bitolar os resulta<strong>do</strong>s <strong>da</strong>s avaliações;<br />

3. necessita <strong>de</strong> procedimentos matemáticos e estatísticos para corrigir<br />

distorções ou influência pessoal <strong>do</strong>s avalia<strong>do</strong>res.


SEGeT – Simpósio <strong>de</strong> Excelência em Gestão e Tec<strong>no</strong>logia 8<br />

2.4.2. MÉTODO DA ESCOLA FORÇADA<br />

Esse méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho surgiu durante a Segun<strong>da</strong> Guerra Mundial.<br />

Foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> por uma equipe <strong>de</strong> técnicos america<strong>no</strong>s para a escolha <strong>de</strong> oficiais que<br />

<strong>de</strong>veriam ser promovi<strong>do</strong>s. O objetivo <strong>de</strong>sse méto<strong>do</strong> era neutralizar os efeitos <strong>de</strong> halo, o<br />

subjetivismo e o protecionismo, e permitisse resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> avaliação mais objetivos e váli<strong>do</strong>s.<br />

Conforme Chiavenato (1998, p. 122), o méto<strong>do</strong> <strong>da</strong> escolha força<strong>da</strong> consiste em<br />

“avaliar o <strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong>s pessoas por intermédio <strong>de</strong> frases <strong>de</strong>scritivas <strong>de</strong> alternativas <strong>de</strong><br />

tipos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho individual”. Em ca<strong>da</strong> bloco, ou conjunto composto <strong>de</strong> duas, quatro ou<br />

mais frases, o avalia<strong>do</strong>r <strong>de</strong>ve escolher forçosamente apenas uma ou duas que mais se aplicam<br />

ao <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong> emprega<strong>do</strong> avalia<strong>do</strong>. Daí a <strong>de</strong><strong>no</strong>minação "escolha força<strong>da</strong>".<br />

2.4.3. MÉTODO DA PESQUISA DE CAMPO<br />

Para neutralizar a subjetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> avaliação utiliza-se o méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong><br />

campo, que como se refere Chiavenato (1994, p.200), “baseia-se em reuniões <strong>de</strong> um<br />

especialista em avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho com as chefias, levantan<strong>do</strong>-se as causas e motivos<br />

<strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho, através <strong>da</strong> análise <strong>de</strong> fatos e situações"<br />

Dessa forma, constata-se que através <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong> campo, o avalia<strong>do</strong>r é<br />

treina<strong>do</strong> para avaliar o comportamento huma<strong>no</strong> e não a pessoa, na tentativa <strong>de</strong> eliminar a<br />

subjetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> avaliação (PONTES, 1996, p.39).<br />

O autor Chiavenato (1994) consi<strong>de</strong>ra que a entrevista <strong>de</strong> avaliação com o gerente é<br />

composta por um roteiro que se inicia com a avaliação inicial, passa pelas análises<br />

suplementares, aprofun<strong>da</strong>-se, e, logo após forma-se um planejamento para melhorias, e, por<br />

fim, o acompanhamento <strong>do</strong>s <strong>no</strong>vos resulta<strong>do</strong>s em termos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho.<br />

2.4.4. MÉTODO DOS INCIDENTES CRÍTICOS<br />

O méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s inci<strong>de</strong>ntes críticos baseia-se <strong>no</strong> fato <strong>de</strong><br />

que, <strong>no</strong> comportamento huma<strong>no</strong>, existem características extremas capazes <strong>de</strong> levar a<br />

resulta<strong>do</strong>s tanto positivos (sucesso) como negativos (fracasso). O méto<strong>do</strong> não se preocupa<br />

com características situa<strong>da</strong>s <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> campo <strong>da</strong> <strong>no</strong>rmali<strong>da</strong><strong>de</strong>, mas com aquelas características<br />

extremamente positivas ou negativas. É uma técnica pela qual o gerente observa e registra os<br />

fatos excepcionalmente positivos e os fatos excepcionalmente negativos <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong><br />

seus subordina<strong>do</strong>s. É um méto<strong>do</strong> simples e antigo, foi cria<strong>do</strong> e <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> pelos<br />

especialistas <strong>da</strong>s Forças Arma<strong>da</strong>s Americanas durante a Segun<strong>da</strong> Guerra Mundial.<br />

Dentre o ponto <strong>de</strong> vista realça<strong>do</strong>, leva-se em consi<strong>de</strong>ração os resulta<strong>do</strong>s positivos,<br />

<strong>de</strong>ven<strong>do</strong> estes serem realça<strong>do</strong>s e mais utiliza<strong>do</strong>s, enquanto os resulta<strong>do</strong>s negativos <strong>de</strong>vem ser<br />

corrigi<strong>do</strong>s e elimina<strong>do</strong>s. Ca<strong>da</strong> fator <strong>de</strong> avaliação é utiliza<strong>do</strong> em termos <strong>de</strong> inci<strong>de</strong>ntes críticos<br />

ou excepcionais. O formulário <strong>de</strong> avaliação pelo méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> inci<strong>de</strong>ntes críticos é padroniza<strong>do</strong><br />

para to<strong>da</strong>s as áreas envolvi<strong>da</strong>s. Ca<strong>da</strong> fator <strong>de</strong> avaliação ocupa uma folha <strong>do</strong> formulário.<br />

Segun<strong>do</strong> Chiavenato (1998, p. 131) a aplicação <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> <strong>do</strong>s inci<strong>de</strong>ntes críticos,<br />

po<strong>de</strong> ser dividi<strong>da</strong> em três fases distintas:<br />

Fase 1: observação <strong>do</strong> comportamento <strong>do</strong>s subordina<strong>do</strong>s;<br />

Fase 2: registro <strong>do</strong>s fatos significativos;<br />

Fase 3: pesquisa <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong> e <strong>de</strong> comportamento.<br />

O mais importante é focalizar tanto as exceções positivas como as negativas, <strong>no</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong>s pessoas.


SEGeT – Simpósio <strong>de</strong> Excelência em Gestão e Tec<strong>no</strong>logia 9<br />

2.5.5. MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE 360º<br />

Daft (2005) consi<strong>de</strong>ra que a avaliação <strong>de</strong> 360 graus é o processo pelo qual o indivíduo<br />

é avalia<strong>do</strong> por seu superior, pelos colegas, por si próprio, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> também até ser avalia<strong>do</strong><br />

por clientes. Sen<strong>do</strong> o <strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong> pesquisa sempre basea<strong>do</strong> <strong>no</strong>s valores e cultura <strong>da</strong><br />

organização, aplica<strong>do</strong> à avaliação <strong>da</strong> mesma forma para to<strong>do</strong>s, porém, suas respostas <strong>de</strong>vem<br />

ser <strong>da</strong><strong>da</strong>s <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> critérios <strong>de</strong> muita honesti<strong>da</strong><strong>de</strong> e respeito. Após a aplicação é realiza<strong>da</strong> a<br />

análise <strong>de</strong> feedback, em que ca<strong>da</strong> participante tomará conhecimento <strong>da</strong> sua avaliação. Esse<br />

méto<strong>do</strong> <strong>de</strong>monstra as diferenças existentes entre a percepção externa e a auto-percepção.<br />

2.6. EFEITO HALO<br />

O efeito halo ou erro <strong>de</strong> halo é a tendência a uma classificação alta ou baixa em to<strong>do</strong>s<br />

os fatores em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> uma impressão alta ou baixa em algum fator específico, como é<br />

apresenta<strong>do</strong> por Daft (2005).Uma alternativa para li<strong>da</strong>r com o efeito halo é a inversão <strong>da</strong>s<br />

perguntas, estruturan<strong>do</strong>-as <strong>de</strong> forma que os pesos sejam diferentes, e em que se exige que o<br />

avalia<strong>do</strong>r consi<strong>de</strong>re ca<strong>da</strong> pergunta <strong>de</strong> uma forma in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, classifican<strong>do</strong> o avalia<strong>do</strong> em<br />

ca<strong>da</strong> dimensão antes <strong>de</strong> passar para a dimensão seguinte.<br />

3. METODOLOGIA<br />

O méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> pesquisa utiliza<strong>do</strong> neste trabalho foi à <strong>de</strong>scritiva, com o principal<br />

objetivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>screver características <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> população ou fenôme<strong>no</strong> ou o<br />

estabelecimento <strong>de</strong> relações entre as variáveis, ten<strong>do</strong> como característica mais significativa a<br />

utilização <strong>de</strong> técnicas padroniza<strong>da</strong>s <strong>de</strong> coletas <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s (GIL, 1999). O conhecimento foi<br />

fun<strong>da</strong>menta<strong>do</strong> na experiência, não levan<strong>do</strong> em conta princípios pré-estabeleci<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> a<br />

generalização <strong>de</strong>riva<strong>da</strong> <strong>de</strong> observações <strong>de</strong> casos <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> concreta. Lakatos (2001) referese<br />

ao méto<strong>do</strong> indutivo como sen<strong>do</strong> a aproximação <strong>de</strong> fenôme<strong>no</strong>s que caminham, geralmente<br />

para pla<strong>no</strong>s ca<strong>da</strong> vez mais abrangentes, in<strong>do</strong> <strong>de</strong> constatações mais particulares às leis e<br />

teorias. Foi realiza<strong>do</strong> um estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso <strong>no</strong> comércio <strong>de</strong> Ilha Solteira-SP<br />

A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> Beuren et al (2004) para estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> casos e a caracterização,<br />

principalmente pelo estu<strong>do</strong> concentra<strong>do</strong> <strong>de</strong> um único caso. Esse estu<strong>do</strong> é preferi<strong>do</strong> pelos<br />

pesquisa<strong>do</strong>res que <strong>de</strong>sejam aprofun<strong>da</strong>r seus conhecimentos a respeito <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> caso<br />

específico. O instrumento <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s seleciona<strong>do</strong> para este trabalho foi o questionário<br />

(perguntas fecha<strong>da</strong>s), foi <strong>de</strong> forma estrutura<strong>da</strong>, com um roteiro previamente estabeleci<strong>do</strong>, com<br />

perguntas pre<strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s, o que tomou uma abor<strong>da</strong>gem quantitativa.<br />

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA<br />

4.1. PESQUISA QUANTITATIVA SOBRE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO<br />

A pesquisa quantitativa aqui apresenta<strong>da</strong> visa <strong>de</strong>monstrar <strong>de</strong> forma percentual as<br />

respostas consegui<strong>da</strong>s com gerentes e proprietários. Sen<strong>do</strong> as empresas pesquisa<strong>da</strong>s quatro (4)<br />

lojas <strong>de</strong> móveis, duas (2) farmácias, uma (1) pa<strong>da</strong>ria, seis (6) <strong>no</strong>s ramos <strong>de</strong> calça<strong>do</strong>s e<br />

confecções e duas (2) na área <strong>de</strong> materiais para construção, to<strong>da</strong>s situa<strong>da</strong>s na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Ilha<br />

Solteira – SP. A média <strong>de</strong> números <strong>de</strong> funcionários <strong>de</strong> 10 (com um total <strong>de</strong> 149 em to<strong>da</strong>s as<br />

lojas), e o tempo <strong>de</strong> funcionamento é <strong>de</strong> 13 a<strong>no</strong>s. Contu<strong>do</strong>, os <strong>da</strong><strong>do</strong>s aloca<strong>do</strong>s neste trabalho<br />

foram to<strong>do</strong>s provenientes <strong>de</strong> pesquisa elabora<strong>da</strong> através <strong>de</strong> questionário fecha<strong>do</strong>.<br />

As perguntas expostas aos proprietários e gerentes são pertinentes à forma <strong>de</strong> trabalho<br />

<strong>de</strong> seus colabora<strong>do</strong>res, cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s e prevenções, interesse em aprimoramento, conhecimento<br />

técnico <strong>da</strong>s tarefas exerci<strong>da</strong>s, jorna<strong>da</strong> <strong>de</strong> trabalho e relacionamento em grupo. Porém, procurase<br />

enten<strong>de</strong>r a forma <strong>de</strong> avaliação que os superiores aplicam a seus subordina<strong>do</strong>s <strong>no</strong> comercio


SEGeT – Simpósio <strong>de</strong> Excelência em Gestão e Tec<strong>no</strong>logia 10<br />

<strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, e, se tais pessoas são qualifica<strong>da</strong>s para realizar tal avaliação. De acor<strong>do</strong> com os<br />

<strong>da</strong><strong>do</strong>s relata<strong>do</strong>s, formam tabela<strong>do</strong>s os seguintes gráficos:<br />

N. <strong>de</strong> obs<br />

13<br />

12<br />

11<br />

10<br />

9<br />

8<br />

7<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

80,0%<br />

20,0%<br />

Sim Não<br />

Os funcionários se empenham em ter habili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Figura 1. Empenho para contribuir <strong>no</strong> alcance <strong>do</strong> nível <strong>de</strong> eficácia.<br />

A situação em que se encontra os ven<strong>de</strong><strong>do</strong>res <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>ria e compra<strong>do</strong>res em<br />

potencial em contato é <strong>de</strong><strong>no</strong>mina<strong>da</strong> merca<strong>do</strong>. A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho se<br />

a<strong>de</strong>quaria à condição <strong>de</strong> oferta e procura <strong>de</strong> empregos, empresas oferecem vagas <strong>de</strong> trabalho e<br />

as pessoas mais qualifica<strong>da</strong>s para ocupar tal vaga concorrem entre si. Contu<strong>do</strong> a situação atual<br />

<strong>do</strong> merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho que fica ca<strong>da</strong> vez mais exigente, as pessoas que já se encontram<br />

aloca<strong>da</strong>s em ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s comerciais ou industriais procuram ca<strong>da</strong> vez com mais freqüência<br />

manter-se atualiza<strong>do</strong>s e interagir com o merca<strong>do</strong> para não per<strong>de</strong>r o próprio espaço. Porém,<br />

esse entusiasmo po<strong>de</strong> ser momentâneo. Na Figura 1 <strong>no</strong>ta-se que 20% <strong>da</strong>s pessoas emprega<strong>da</strong>s<br />

<strong>no</strong> comércio não se preocupam com o alcance <strong>do</strong> nível <strong>de</strong> eficácia <strong>de</strong>seja<strong>do</strong> em sua área <strong>de</strong><br />

atuação.<br />

N. <strong>de</strong> obs<br />

7<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

40,0% 40,0%<br />

20,0%<br />

Sim Não Ás vezes<br />

Realiza suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> forma completa, precisa e criteriosa<br />

Figura 2. Realiza suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s com quali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> é uma palavra que faz parte <strong>do</strong> dia-a-dia <strong>da</strong>s pessoas e <strong>de</strong>sempenha um<br />

papel importante em to<strong>do</strong>s os tipos <strong>de</strong> organizações e em muitos aspectos <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s pessoas.<br />

Na área administrativa as <strong>de</strong>finições mais a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s para quali<strong>da</strong><strong>de</strong> são excelências, valor,<br />

especificações, conformi<strong>da</strong><strong>de</strong>, regulari<strong>da</strong><strong>de</strong> e a<strong>de</strong>quação ao uso, ten<strong>do</strong> em vista a satisfação <strong>do</strong>


SEGeT – Simpósio <strong>de</strong> Excelência em Gestão e Tec<strong>no</strong>logia 11<br />

cliente (MAXIMIANO, 2000). Nas respostas obti<strong>da</strong>s, <strong>no</strong>ta-se que há gran<strong>de</strong> falta <strong>de</strong> interesse<br />

<strong>do</strong>s funcionários em efetuar suas tarefas com a a<strong>de</strong>quação para ter um diferencial, uma vez<br />

que 40% <strong>do</strong>s colabora<strong>do</strong>res não executam a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente e 20% só executam as tarefas às<br />

vezes (Figura 2).<br />

N. <strong>de</strong> obs<br />

13<br />

12<br />

11<br />

10<br />

9<br />

8<br />

7<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

80,0%<br />

20,0%<br />

Sim Não<br />

Os funcionários possuem conhecimento necessário para exercer suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

Gráfico 3. Conhecimento teórico <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que exercem.<br />

De acor<strong>do</strong> com Figura 3, 80% <strong>do</strong>s funcionários possuem conhecimento teórico<br />

necessário para execução <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e funções que exercem, sen<strong>do</strong> assim um <strong>da</strong><strong>do</strong><br />

contraditório ao relato <strong>do</strong> mau exercício <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, constata<strong>do</strong> anteriormente. Levantan<strong>do</strong><br />

as hipóteses <strong>de</strong> que o méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> avaliação usa<strong>do</strong> pelos superiores não está a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>.<br />

N. <strong>de</strong> obs<br />

10<br />

9<br />

8<br />

7<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

60,0%<br />

13,3%<br />

26,7%<br />

Sim Não Ás vezes<br />

Os funcionários <strong>de</strong>monstram interesse, entusiasmo e <strong>de</strong>terminação<br />

Figura 4. Demonstram interesse e entusiasmo na execução <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

Mais uma vez haven<strong>do</strong> contradição <strong>no</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s relata<strong>do</strong>s, os gerentes e proprietários <strong>de</strong><br />

comércio afirmam, na Figura 4, que 60% <strong>do</strong>s funcionários têm “sim” entusiasmo, interesse e<br />

<strong>de</strong>terminação para executar as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> e funções <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s às eles, quanto que 26,7% só<br />

têm esse entusiasmo às vezes. Porém, mesmo os colabora<strong>do</strong>res ten<strong>do</strong> to<strong>do</strong> esse interesse,<br />

entusiasmo e <strong>de</strong>terminação para as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, não as exercem a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente aos olhos <strong>de</strong><br />

seus superiores.


SEGeT – Simpósio <strong>de</strong> Excelência em Gestão e Tec<strong>no</strong>logia 12<br />

N. <strong>de</strong> obs<br />

15<br />

14<br />

13<br />

12<br />

11<br />

10<br />

9<br />

8<br />

7<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

93,3%<br />

6,7%<br />

Sim Não Às vezes<br />

Procuram ter habili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> interagir e manter o bom relacionamento<br />

Figura 5. Interação e bom relacionamento na empresa.<br />

Observam-se <strong>no</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s computa<strong>do</strong>s <strong>da</strong> Figura 5 que 93,3% <strong>do</strong>s colabora<strong>do</strong>res<br />

procuram ter um bom relacionamento entre os colegas <strong>de</strong> trabalho, procuran<strong>do</strong> não criar<br />

<strong>de</strong>savenças ou diferenças entre eles.<br />

N. <strong>de</strong> obs<br />

11<br />

10<br />

9<br />

8<br />

7<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

66,7%<br />

20,0%<br />

13,3%<br />

Sim Não Ás vezes<br />

Busca alternativa e contribui para a atuação positiva <strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais<br />

Figura 6. Disposição em cooperar e atuar positivamente.<br />

Os funcionários procuram ter uma boa convivência <strong>no</strong> ambiente <strong>de</strong> serviço,<br />

colaboração e contribuição com os <strong>de</strong>mais emprega<strong>do</strong>s, auxilian<strong>do</strong>-se mutuamente (em 66,7%<br />

<strong>da</strong> pesquisa), muitas vezes poupan<strong>do</strong> o <strong>de</strong>sgaste <strong>do</strong>s supervisores e gerentes. Isso é possível<br />

graças ao nível <strong>de</strong> cooperação existente entre eles (Figura 6).


SEGeT – Simpósio <strong>de</strong> Excelência em Gestão e Tec<strong>no</strong>logia 13<br />

N. <strong>de</strong> obs<br />

11<br />

10<br />

9<br />

8<br />

7<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

66,7%<br />

20,0%<br />

13,3%<br />

Sim Não Ás vezes<br />

Reagem bem a mu<strong>da</strong>nça e procura a<strong>da</strong>ptar-se a elas <strong>de</strong> forma produtiva<br />

Figura 7. Reação à mu<strong>da</strong>nça.<br />

Robbins (2000) apresenta seis aspectos específicos que atuam como <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>a<strong>do</strong>res<br />

<strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça: a natureza <strong>da</strong> força <strong>do</strong> trabalho, a tec<strong>no</strong>logia, os choques econômicos, a<br />

concorrência, as tendências sociais e a política mundial. Esses aspectos estariam presentes <strong>no</strong><br />

cotidia<strong>no</strong> organizacional <strong>de</strong> forma mais ou me<strong>no</strong>s agu<strong>da</strong> em <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s momentos, mas<br />

constantemente exerceriam pressão sobre a organização. Na Figura 7, 66,7% <strong>do</strong>s funcionários<br />

reagem bem às mu<strong>da</strong>nças.<br />

N. <strong>de</strong> obs<br />

11<br />

10<br />

9<br />

8<br />

7<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

66,7%<br />

20,0%<br />

13,3%<br />

Sim Não Às vezes<br />

Tem atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cooperação que evi<strong>de</strong>ncia <strong>no</strong> trabalho em geral<br />

Figura 8. Cooperação <strong>no</strong> trabalho <strong>de</strong> equipe.<br />

Na Figura 8 os colabora<strong>do</strong>res são prestativos e buscam sempre cooperar uns com os<br />

outros, procuran<strong>do</strong> <strong>de</strong>sta forma criar uma relação amistosa e agradável <strong>no</strong> ambiente <strong>de</strong><br />

trabalho.<br />

4.2. ANÁLISE DA PESQUISA<br />

Empresa é uma organização econômica <strong>de</strong>stina<strong>da</strong> à produção ou ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias<br />

ou serviços, ten<strong>do</strong> em geral como objetivo o lucro. Porém para o funcionamento <strong>de</strong>sta<br />

“empresa”, necessário se faz a presença <strong>de</strong> pessoas, tanto como colabora<strong>do</strong>r na mão-<strong>de</strong>-obra,<br />

como cliente <strong>do</strong> produto ou serviço presta<strong>do</strong>. Para tanto, é preciso levar em consi<strong>de</strong>ração o<br />

fator pessoa, uma vez que este é o diferencial <strong>da</strong>s empresas, as pessoas que trabalham e fazem<br />

a diferença.


SEGeT – Simpósio <strong>de</strong> Excelência em Gestão e Tec<strong>no</strong>logia 14<br />

Na pesquisa aqui realiza<strong>da</strong>, foram distribuí<strong>do</strong>s questionários para lojas <strong>do</strong> comércio <strong>da</strong><br />

ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Ilha Solteira (SP), procuran<strong>do</strong> não especificar o ramo varejista, mas a forma que os<br />

gerentes e proprietários supervisionam o trabalho <strong>do</strong>s seus funcionários. Como levanta<strong>do</strong><br />

durante este estu<strong>do</strong>, a respeito <strong>da</strong> existência <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, com a realização <strong>da</strong><br />

pesquisa <strong>de</strong> campo constata-se certa forma <strong>de</strong> avaliar o <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s funcionários por<br />

parte <strong>do</strong>s proprietários e gerentes, até mesmo para controlar e analisar o retor<strong>no</strong> <strong>do</strong><br />

investimento feito para a qualificação <strong>do</strong>s colabora<strong>do</strong>res <strong>da</strong> empresa.<br />

Porém, a forma que tal avaliação é <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> po<strong>de</strong> não ser a mais a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> para os<br />

resulta<strong>do</strong>s busca<strong>do</strong>s por eles. Talvez por ser feita superficialmente e sem se preocupar com o<br />

bem estar <strong>do</strong>s funcionários, visan<strong>do</strong> apenas o retor<strong>no</strong> financeiro e não o retor<strong>no</strong> huma<strong>no</strong>.<br />

On<strong>de</strong> a fi<strong>de</strong>lização e satisfação tanto <strong>do</strong> cliente como <strong>do</strong> colabora<strong>do</strong>r são visa<strong>do</strong>s em<br />

conjunto. Desta forma, po<strong>de</strong>-se afirmar que a avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>no</strong> comércio ilhense<br />

existe <strong>de</strong> forma arcaica e sem muito conhecimento técnico a respeito <strong>do</strong> que se procura na<br />

reali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Se for uma clientela satisfeita, fiel e bom trabalha<strong>do</strong>r ou se é apenas o retor<strong>no</strong><br />

financeiro <strong>do</strong> negócio.<br />

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

Neste estu<strong>do</strong> foi feito à análise <strong>de</strong> três pontos, a pesquisa teórica sobre a avaliação <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho, uma pesquisa empírica nas empresas <strong>do</strong> comércio ilhense e por fim, porém um<br />

ponto importante <strong>do</strong> trabalho <strong>de</strong>screver a forma como ocorre a avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho.<br />

Levan<strong>do</strong> em consi<strong>de</strong>ração o la<strong>do</strong> huma<strong>no</strong> <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>. De acor<strong>do</strong> com os objetivos propostos a<br />

princípio, foi elabora<strong>da</strong> uma pesquisa teórica a respeito <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho (os<br />

conceitos e <strong>de</strong>finições, objetivos, importância, benefícios), os seus méto<strong>do</strong>s (Escala gráfica,<br />

escolha força<strong>da</strong>, pesquisa <strong>de</strong> campo, inci<strong>de</strong>ntes críticos e 360º, efeito Halo), benefícios e<br />

causas.<br />

O segun<strong>do</strong> passo foi à realização <strong>de</strong> uma pesquisa empírica nas empresar <strong>do</strong> comércio,<br />

não especifican<strong>do</strong> ramo <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, procuran<strong>do</strong> <strong>de</strong>sta forma, ser o mais amplo possível na<br />

coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s para uma melhor e mais a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> resulta<strong>do</strong>. Contu<strong>do</strong>, a forma como se<br />

constatou a ocorrência <strong>da</strong> avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho se <strong>de</strong>monstra ru<strong>de</strong>, sem o conhecimento a<br />

respeito <strong>do</strong>s conceitos a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s para uma análise e classificação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s encontra<strong>do</strong>s<br />

por parte <strong>do</strong>s responsáveis pela execução <strong>de</strong> tal medi<strong>da</strong> administrativa. Po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> classificar o<br />

efeito <strong>de</strong> Halo na constatação <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s.<br />

Porém, uma vez que constata<strong>da</strong> a avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho o i<strong>de</strong>al seria a sua<br />

a<strong>de</strong>quação para que os resulta<strong>do</strong>s sejam analisa<strong>do</strong>s em sua totali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Isto quer dizer, um<br />

melhor aperfeiçoamento por parte <strong>do</strong>s proprietários e gerentes responsáveis pelo<br />

gerenciamento <strong>de</strong> pessoas na organização, possibilitan<strong>do</strong> uma visão completa <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />

capita<strong>do</strong>s. E <strong>de</strong>sta forma a o méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho mais a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> se<br />

<strong>de</strong>monstra o <strong>de</strong> 360º, on<strong>de</strong> to<strong>do</strong>s avaliam to<strong>do</strong>s <strong>de</strong> forma ampla e mais direta. Lembran<strong>do</strong><br />

sempre que uma empresa on<strong>de</strong> os trabalha<strong>do</strong>res não exercem suas funções a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente<br />

não será uma empresa competitiva, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> per<strong>de</strong>r o cliente por não atendê-lo bem.<br />

6. REFERÊNCIAS<br />

BERGAMINI, C.W. <strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho huma<strong>no</strong> na empresa. 3. ed. São Paulo: Atlas,<br />

1987.<br />

BEUREN, I.M. et al. Como elaborar trabalhos mo<strong>no</strong>gráficos em contabili<strong>da</strong><strong>de</strong>: teoria e<br />

prática. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2004.


SEGeT – Simpósio <strong>de</strong> Excelência em Gestão e Tec<strong>no</strong>logia 15<br />

CHIAVENATO, I. Gerencian<strong>do</strong> pessoas. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 1994.<br />

CHIAVENATO, I. Recursos huma<strong>no</strong>s. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1998.<br />

CHIAVENATO, I. Teoria Geral <strong>da</strong> Administração. Vol. 1, 6. ed. rev. e atualiza<strong>da</strong>. Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro: Elsevier, 2001.<br />

DAFT, R.L. Administração. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.<br />

FLEURY, M.T.L. As pessoas na organização. São Paulo: Editora Gente, 2002.<br />

GIL, A.C. Administração <strong>de</strong> Recursos huma<strong>no</strong>s: um enfoque profissional. 3. ed. São Paulo:<br />

Atlas, 1994.<br />

GIL, A.C. Méto<strong>do</strong>s e técnicas <strong>de</strong> pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999.<br />

LAKATOS, E.M.; MARCONI, M.A. Meto<strong>do</strong>logia <strong>do</strong> Trabalho Científico. 6. ed. São Paulo:<br />

Atlas, 2001.<br />

LUCENA, M.D.S. <strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho. São Paulo: Atlas, 1992.<br />

MAXIMIANO, A.C.A. Teoria geral <strong>da</strong> administração: <strong>da</strong> escola científica à competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

na eco<strong>no</strong>mia globaliza<strong>da</strong>. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000.<br />

MINICUCCI, A. Psicologia aplica<strong>da</strong> à administração. 4 ed. São Paulo : Atlas, 1992.<br />

PONTES, B.R. <strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong> <strong>Desempenho</strong> - Nova Abor<strong>da</strong>gem. 6. ed. São Paulo: Ltr, 1996.<br />

ROBBINS, S.P. Administração: Mu<strong>da</strong>nças e perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2000.

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