Método de Mohr - Escola Secundária de Alberto Sampaio
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<strong>Escola</strong> <strong>Secundária</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Alberto</strong> <strong>Sampaio</strong><br />
UNIÃO EUROPEIA<br />
Fundo Social<br />
Europeu<br />
Curso: Técnico <strong>de</strong> Análise Laboratorial Ano/Turma:<br />
11º S<br />
Disciplina: Análises Químicas Página 1 <strong>de</strong> 3<br />
Ano Lectivo<br />
2007/2008<br />
Volumetria <strong>de</strong> precipitação — <strong>Método</strong> <strong>de</strong> <strong>Mohr</strong> (cloretos) T 2 3 1 3<br />
Nome: _______________________________ Nº___ Data: JAN-FEV/2008<br />
Ass. e data:<br />
ANÁLISES QUÍMICAS ♦ Prof.: P.M.Pepe CLASSIF.: __ __ ,__ valores __/__/08<br />
Determinação do teor em ião cloreto<br />
em amostras líquidas pelo<br />
<strong>Método</strong> <strong>de</strong> <strong>Mohr</strong><br />
NOTA — Este documento é formado por uma introdução teórica ao trabalho experimental, um protocolo<br />
relativo ao procedimento a seguir e ainda, na página 4, uma série <strong>de</strong> questões para avaliação que <strong>de</strong>verão ser<br />
respondidas por escrito pelos alunos na aula, individualmente (po<strong>de</strong> ser consultado o ca<strong>de</strong>rno diário).<br />
INTRODUÇÃO<br />
O ião cloreto (Cl — ) é um anião importante que se encontra em muitas amostras sólidas e em soluções<br />
aquosas, sendo um dos iões que há em maior concentração nas amostras <strong>de</strong> água que os laboratórios<br />
recebem para análise. É, por exemplo, o ião que existe em maior concentração na água do mar<br />
(normalmente superior a 18 g/dm 3 ).<br />
O ião cloreto é também um componente fundamental dos fluidos do corpo humano, <strong>de</strong>sempenhando, entre<br />
outros, um papel essencial na regulação da pressão osmótica ao nível celular, pelo que o tratamento das águas que<br />
abastecem as nossas casas em termos do controlo da concentração <strong>de</strong>ste anião é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância já que<br />
cada pessoa elimina, diariamente, mais <strong>de</strong> 15 mg <strong>de</strong> Cl — , normalmente através da urina e do suor.<br />
Um dos métodos <strong>de</strong> doseamento do ião cloreto assenta num tipo <strong>de</strong> titulação diferente das titulações<br />
<strong>de</strong> ácido-base que já estudaste: trata-se aqui do método <strong>de</strong> <strong>Mohr</strong>, em homenagem ao químico alemão Karl<br />
Friedrich <strong>Mohr</strong> (1806-1879). Neste processo <strong>de</strong> volumetria <strong>de</strong> precipitação, como o nome indica, dá-se a<br />
formação <strong>de</strong> substâncias pouco solúveis, que precipitam facilmente à medida que se formam enquanto se<br />
adiciona o titulante à solução que contém a espécie a dosear.<br />
Neste método utiliza-se uma solução <strong>de</strong> nitrato <strong>de</strong> prata (AgNO3) <strong>de</strong> concentração rigorosamente<br />
conhecida — o titulante — que é cuidadosamente adicionada à solução em estudo contendo iões cloreto. É<br />
necessário que sejam previamente adicionados a esta solução iões cromato (CrO4 2— ), na forma <strong>de</strong> algumas<br />
gotas <strong>de</strong> uma solução <strong>de</strong> cromato <strong>de</strong> potássio (K2CrO4, <strong>de</strong> cor tipicamente amarela) a cerca <strong>de</strong> 5 %, que<br />
servirão <strong>de</strong> indicador através do processo que se <strong>de</strong>screve mais à frente. Esta solução <strong>de</strong> indicador po<strong>de</strong><br />
ser rapidamente preparada dissolvendo 1 g em 20 mL <strong>de</strong> água <strong>de</strong>stilada.<br />
À medida que é adicionada a solução <strong>de</strong> titulante os iões prata vão reagindo com os iões cloreto,<br />
provocando a sua precipitação na forma <strong>de</strong> cloreto <strong>de</strong> prata (AgCl), um sal branco que é pouco solúvel em<br />
água (kps = 1,8 x 10 -10 a 25 ºC):<br />
(1) Ag + (aq) + Cl — (aq) → AgCl (s)<br />
O fim da titulação tem lugar no momento em que todos os iões cloreto foram consumidos pelo nitrato<br />
<strong>de</strong> prata adicionado. Nessa altura os iões Ag + que forem adicionados em excesso são precipitados na forma<br />
<strong>de</strong> um sal <strong>de</strong> cor vermelha acastanhada <strong>de</strong> cromato <strong>de</strong> prata:<br />
(2) Ag + (aq) + CrO4 2— (aq) → Ag2CrO4 (s)<br />
Ambos os sais <strong>de</strong> prata são pouco solúveis, ou seja, facilmente se forma precipitado <strong>de</strong>ssas substâncias<br />
quando o ião prata (Ag + ) é adicionado à solução contendo os aniões cloreto (Cl — ) e cromato (CrO4 2— ), mas<br />
a escolha do ião cromato para, ao formar-se o sal cromato <strong>de</strong> prata, po<strong>de</strong>r ser <strong>de</strong>tectado o fim da titulação<br />
resi<strong>de</strong> no facto <strong>de</strong> o AgCl ser um sal <strong>de</strong> prata menos solúvel do que o Ag2CrO4 apesar <strong>de</strong> este último ser um<br />
sal com um valor <strong>de</strong> kps inferior (1,2 x 10 -12 a 25 ºC): os sais têm diferentes razões estequiométricas (1:1 no<br />
AgCl, 2:1 no Ag2CrO4) e o cálculo da solubilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada um mostra que AgCl é na verda<strong>de</strong> um sal menos
<strong>Escola</strong> <strong>Secundária</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Alberto</strong> <strong>Sampaio</strong><br />
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solúvel do que Ag2CrO4, o que significa que em princípio só se forma o precipitado vermelho acastanhado<br />
(cromato <strong>de</strong> prata) <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> se ter formado todo o precipitado branco (cloreto <strong>de</strong> prata).<br />
Assim, a persistência <strong>de</strong> uma cor vermelha acastanhada na fase final da titulação indica que já<br />
começou a formar-se, sem se solubilizar por agitação constante, o precipitado <strong>de</strong> Ag2CrO4, pelo que po<strong>de</strong><br />
cessar-se a adição <strong>de</strong> iões Ag + e proce<strong>de</strong>r aos cálculos para a <strong>de</strong>terminação da concentração <strong>de</strong> iões Cl — na<br />
solução em estudo.<br />
Esses cálculos têm em conta a seguinte sequência: sendo que em AgNO3 os iões estão presentes na<br />
razão 1:1, conhecido o volume gasto <strong>de</strong> AgNO3 e a sua concentração po<strong>de</strong> calcular-se o número <strong>de</strong> moles <strong>de</strong><br />
Ag + que reagiram na reacção (1), logo também sabemos a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> iões Cl — que se encontravam na<br />
amostra que foi titulada pois essa reacção dá-se na razão <strong>de</strong> 1:1; uma vez que se conhece o volume da<br />
amostra inicial on<strong>de</strong> existia essa quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cl — , po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>terminar a concentração <strong>de</strong> ião cloreto.<br />
Há que ter em consi<strong>de</strong>ração durante este trabalho que, quando a solução em estudo contiver<br />
impurezas sólidas, o que ocorre frequentemente se a amostra for <strong>de</strong> água <strong>de</strong> um rio ou colhida no mar,<br />
terá <strong>de</strong> ser feita uma filtração prévia. Por outro lado, a precisão do método <strong>de</strong> <strong>Mohr</strong> é habitualmente<br />
gran<strong>de</strong> a não ser que se use uma solução pouco concentrada <strong>de</strong> titulante (AgNO3), já que isso implica ter<br />
<strong>de</strong> adicionar quantida<strong>de</strong>s elevadas <strong>de</strong>ssa solução para conseguir que se forme AgCl em quantida<strong>de</strong><br />
suficiente para ser <strong>de</strong>tectado.<br />
Por outro lado, o pH <strong>de</strong>ve ser controlado no início da titulação <strong>de</strong> modo a que a amostra a analisar não<br />
seja <strong>de</strong>masiado ácida nem <strong>de</strong>masiado básica: o pH do meio <strong>de</strong>ve situar-se entre 6,5 e 9,0. Com efeito, se<br />
houver <strong>de</strong>masiados iões HO — em solução (caso <strong>de</strong> o pH ser <strong>de</strong>masiado alcalino, pH>9) po<strong>de</strong> ocorrer a<br />
formação <strong>de</strong> hidróxido <strong>de</strong> prata (AgHO) cuja cor acastanhada po<strong>de</strong> interferir na <strong>de</strong>tecção do fim da<br />
reacção e do começo da formação do cromato <strong>de</strong> prata (que tem cor castanha avermelhada). Já no caso <strong>de</strong><br />
o meio ser <strong>de</strong>masiado ácido (excesso <strong>de</strong> iões H + ou H3O + ) compromete-se a formação do cromato <strong>de</strong> prata<br />
que é necessária à <strong>de</strong>tecção do fim da reacção principal pois é facilitada a transformação do ião cromato<br />
em ião dicromato (Cr2O7 2— ) através da seguinte reacção reversível:<br />
2 CrO4 2— (aq) + 2 H3O + (aq) ⇌ Cr2O7 2— (aq) + 3H2O (l)<br />
A temperatura é outro factor que po<strong>de</strong> afectar a <strong>de</strong>terminação do ponto final da reacção, não <strong>de</strong>vendo<br />
ser esquecido que os valores tabelados <strong>de</strong> kps dos dois sólidos formados durante a reacção, e que conduzem<br />
à conclusão <strong>de</strong> que o AgCl precipita antes do Ag2CrO4, são válidos a 25 ºC.<br />
É importante que os alunos garantam que nenhuma porção <strong>de</strong> titulante escorra pelas pare<strong>de</strong>s interiores do<br />
balão contendo a amostra da solução em estudo, tal como se preten<strong>de</strong> que ocorra uma agitação eficaz durante a<br />
titulação para que os cristais acastanhados <strong>de</strong> Ag2CrO4, que sempre se formam localmente no local <strong>de</strong> queda<br />
das gotas <strong>de</strong> AgNO3, sejam imediatamente redissolvidos <strong>de</strong> modo a <strong>de</strong>volver à solução os iões Ag + que terão <strong>de</strong><br />
precipitar totalmente primeiro com os iões Cl — , não havendo assim interferência na formação <strong>de</strong> todo o AgCl<br />
que po<strong>de</strong> ser formado (esgotando os iões cloreto da amostra titulada).<br />
PROCEDIMENTO<br />
Esta activida<strong>de</strong> experimental é formada por duas partes:<br />
1ª parte → cada grupo <strong>de</strong> trabalho prepara uma solução <strong>de</strong> cloreto <strong>de</strong> sódio (NaCl) <strong>de</strong> concentração<br />
conhecida e <strong>de</strong>termina o valor experimental <strong>de</strong>ssa concentração titulando com AgNO3, calculando o <strong>de</strong>svio<br />
percentual;<br />
2ª parte → é entregue a cada grupo uma amostra <strong>de</strong> água cuja concentração em iões cloreto é<br />
<strong>de</strong>sconhecida dos alunos, que a <strong>de</strong>terminam pelo mesmo processo.<br />
Para a 1ª parte, os elementos dos grupos <strong>de</strong> trabalho (A, B, C e D) <strong>de</strong>vem efectuar previamente os<br />
cálculos necessários para preparar 50,0 cm 3 <strong>de</strong> uma solução aquosa com as seguintes concentrações<br />
aproximadas:<br />
A → 0,0600 mol/L; B → 0,0750 mol/L; C → 0,0900 mol/L; D → 0,1050 mol/L<br />
Cada grupo <strong>de</strong>ve registar a massa <strong>de</strong> NaCl que for realmente pesada com rigor e calcular a<br />
concentração real da respectiva solução (não é importante que a concentração seja exactamente igual à<br />
sugerida).<br />
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Para a titulação é usada uma solução <strong>de</strong> nitrato <strong>de</strong> prata (AgNO3). Essa solução foi previamente<br />
preparada usando ampolas comerciais e água <strong>de</strong>stilada e <strong>de</strong>sionizada, sendo a sua concentração igual a<br />
0,100 mol/dm 3 . A solução <strong>de</strong>ve estar armazenada num frasco <strong>de</strong> vidro escuro, já que se trata <strong>de</strong> uma<br />
substância fotossensível: a acção da luz provoca uma reacção química (redução) em que os iões prata (Ag + )<br />
se transformam em prata metálica (Ag), que é escura, por um processo que tem semelhanças com o que é<br />
usado na revelação <strong>de</strong> película e papel em fotografia. Ao frasco que utilizamos neste laboratório está<br />
adaptado um microdoseador electrónico (ver figura).<br />
Os alunos <strong>de</strong>vem ter em atenção que este reagente é<br />
corrosivo, po<strong>de</strong>ndo causar queimaduras na pele e<br />
nos olhos, bem como irritação nas vias respiratórias<br />
se inalados vapores concentrados e, se ingerido,<br />
queimaduras no tubo digestivo com posteriores<br />
danos sérios nos rins.<br />
Evitar a todo o custo qualquer salpico durante a<br />
titulação (a extremida<strong>de</strong> do microdoseador não <strong>de</strong>ve<br />
tocar nunca no balão).<br />
Usar <strong>de</strong> preferência luvas <strong>de</strong> protecção.<br />
Serão efectuados vários ensaios até haver 3 valores concordantes (o 1º ensaio <strong>de</strong>verá servir apenas<br />
para os alunos se guiarem quanto ao volume necessário <strong>de</strong> titulante em função do volume usado da<br />
solução analisada), <strong>de</strong> acordo com o seguinte procedimento:<br />
1) Pipeta com rigor um volume <strong>de</strong> solução <strong>de</strong> ião cloreto entre 1,00 e 1,80 cm 3 , regista o valor que medires<br />
e transfere-o para um balão <strong>de</strong> Erlenmeyer <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 150 mL.<br />
2) Adiciona cerca <strong>de</strong> 50 mL <strong>de</strong> água <strong>de</strong>stilada para mais facilmente ser <strong>de</strong>tectada a formação dos<br />
precipitados.<br />
3) Acrescenta algumas gotas <strong>de</strong> indicador (solução <strong>de</strong> K2CrO4 a 5 %; po<strong>de</strong> ser preparada uma única para<br />
ser usada por todos os grupos).<br />
4) Verifica o pH da mistura no balão, <strong>de</strong> preferência com medidor automático digital, ajustando-o se<br />
necessário com um reagente a<strong>de</strong>quado..<br />
5) Liga o microdoseador electrónico e marca o zero, se necessário garantindo que a extremida<strong>de</strong> do<br />
doseador se encontra livre <strong>de</strong> bolhas <strong>de</strong> ar gotejando com cuidado para um gobelet <strong>de</strong>stinado a esse<br />
fim exclusivo.<br />
6) Coloca, usando um elevador a<strong>de</strong>quado, o balão a uma altura própria para garantir que a adição <strong>de</strong><br />
titulante é feita <strong>de</strong> modo a que a extremida<strong>de</strong> do doseador não entre em contacto com o balão e que<br />
todas as gotas <strong>de</strong> AgNO3 (aq) caem directamente na solução inicialmente amarela.<br />
7) Observa a formação <strong>de</strong> precipitado branco (a solução fica turva em tons amarelados <strong>de</strong>vido à presença<br />
do ião cromato) à medida que o titulante é adicionado e também <strong>de</strong> precipitado vermelho acastanhado<br />
que, no entanto, <strong>de</strong>ve dissolver-se facilmente por agitação constante no início da titulação.<br />
8) Cessa a adição <strong>de</strong> titulante assim que persistir na mistura reaccional uma tonalida<strong>de</strong> ligeira vermelha<br />
acastanhada, sinal <strong>de</strong> que foi atingido (e ultrapassado) o fim da reacção dos iões cloreto.<br />
9) Não vertas para a canalização o conteúdo da mistura reaccional: acumula-o num gobelet gran<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>vidamente rotulado para posterior tratamento (secagem e recolha <strong>de</strong> cristais).<br />
10) Calcula a concentração <strong>de</strong> iões Cl — na mistura inicial (em mol/L) e repete o procedimento até haver 3<br />
valores concordantes, calculando a média. Tem em conta o número <strong>de</strong> algarismos significativos.<br />
11) No caso da 1ª parte do trabalho, compara a média dos vários ensaios com o valor real da concentração<br />
e <strong>de</strong>termina o erro relativo (<strong>de</strong>svio percentual).<br />
12) No caso da 2ª parte do trabalho, calcula o <strong>de</strong>svio percentual após o professor fornecer o valor da<br />
concentração da solução em estudo.<br />
13) Elabora, para o trabalho da 2ª parte <strong>de</strong>sta activida<strong>de</strong>, um relatório individual, para avaliação, com base<br />
nas orientações fornecidas no 1º período para esse efeito.<br />
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QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO<br />
11º S<br />
RESPONDE A QUAISQUER 8 QUESTÕES DE ENTRE AS 10 QUE SE SEGUEM<br />
(25 pontos cada).<br />
1. Exprime em g/L a concentração inicial <strong>de</strong> ião cloreto que o teu grupo preparou.<br />
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2. A partir dos dados <strong>de</strong> kps fornecidos atrás para os dois precipitados formados nesta<br />
titulação (AgCl e Ag2CrO4), mostra que as suas solubilida<strong>de</strong>s em água a 25 ºC valem,<br />
respectivamente, 1,3 x 10 -5 mol/L e 6,7 x 10 -5 mol/L.<br />
3. Com base nestes valores <strong>de</strong> solubilida<strong>de</strong>, explica por que razão o aparecimento<br />
persistente da turvação <strong>de</strong> tonalida<strong>de</strong> castanha avermelhada durante esta titulação<br />
nos dá a indicação <strong>de</strong> que já tinha sido ultrapassado o ponto final da reacção (1).<br />
4. O que significa dizer que a solubilida<strong>de</strong> do cloreto <strong>de</strong> prata vale 1,3 x 10 -5 mol/L?<br />
5. Foi indicado no texto introdutório que existe o risco <strong>de</strong> se formar um precipitado<br />
acastanhado <strong>de</strong> hidróxido <strong>de</strong> prata (AgHO, ou AgOH) durante esta experiência caso o<br />
pH do meio seja <strong>de</strong>masiado alto, <strong>de</strong>vido à presença excessiva <strong>de</strong> iões hidróxido em<br />
solução (HO — , ou OH — ). Sabendo que a solubilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste sólido é S = 1,0 x 10 -4<br />
mol/L a 25 ºC, calcula o valor produto <strong>de</strong> solubilida<strong>de</strong> (kps) para o hidróxido <strong>de</strong> prata.<br />
6. Or<strong>de</strong>na os três compostos sólidos <strong>de</strong> prata a que é feita referência nesta ficha (AgOH,<br />
AgCl e Ag2CrO4) começando pelo mais solúvel.<br />
7. Determina o pH da mistura quando a concentração <strong>de</strong> iões hidróxido vale 1,6 x 10 -4 mol/L.<br />
8. Supõe que se dispunha <strong>de</strong> uma amostra <strong>de</strong> água do estuário <strong>de</strong> um rio com 85 cm 3<br />
com uma concentração em iões cloreto igual a 14,5 g/dm 3 . Foram transferidos 2,15<br />
cm 3 <strong>de</strong>ssa amostra para um balão <strong>de</strong> Erlenmeyer, ao qual se juntaram cerca <strong>de</strong> 40 cm 3<br />
<strong>de</strong> água <strong>de</strong>stilada e 3 cm 3 <strong>de</strong> uma solução <strong>de</strong> cromato <strong>de</strong> potássio a 5 %. A amostra foi<br />
titulada com uma solução <strong>de</strong> nitrato <strong>de</strong> prata <strong>de</strong> concentração igual a 0,150 mol/dm 3 .<br />
Determina o volume <strong>de</strong> titulante que foi usado até ao ponto final da reacção.<br />
9. Existem sempre erros experimentais, mas convém que eles sejam minimizados tanto<br />
quanto possível. Explica por que razão é improvável que, neste trabalho <strong>de</strong> titulação<br />
volumétrica <strong>de</strong> precipitação, apareçam erros por <strong>de</strong>feito.<br />
10. A substância que tem as funções <strong>de</strong> indicador do fim da reacção é o cromato <strong>de</strong><br />
potássio, K2CrO4. A solução usada, a 5 % (m/V), po<strong>de</strong> obter-se pela dissolução <strong>de</strong> 5 g<br />
<strong>de</strong> soluto em cada 100 mL, equivalente a 1 grama em 20 mL. Mostra que a<br />
concentração <strong>de</strong>sta solução é aproximadamente igual a 0,26 mol/L.<br />
Massas atómicas relativas:<br />
Ar(O)=16,0<br />
Ar(Na)=23,0<br />
Ar(Cl)=35,5<br />
Ar(K)=39,1<br />
Ar(Cr)=52,0<br />
Bom trabalho!<br />
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