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Maria Ivone Mendes da Silva de Correia Costa As - Repositório ...

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44 <strong>As</strong> (re)citações <strong>de</strong> Eurípi<strong>de</strong>s na Me<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Mário Cláudio<br />

suas vivências pretéritas <strong>de</strong> mulher, logo segui<strong>da</strong> <strong>de</strong> uma segun<strong>da</strong> citação, também muito<br />

próxima <strong>da</strong> versão inglesa.<br />

«Como és doi<strong>da</strong>, Me<strong>de</strong>ia, teimas em te queixar, quando o que os outros preten<strong>de</strong>m é<br />

apenas levar a vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> melhor maneira possível, teimas em te queixar, erguendo-te<br />

contra o Rei e contra o teu próprio marido.» (p. 11)<br />

I have been taking/Myself to task .“You are fool” I’ve told myself/”you are mad,<br />

when people try to plan things for the best/ To be resentful, and pick quarrels with<br />

the King and you husband. (vv. 843- 847, p. 43)<br />

Mário Cláudio traduz “I have been taking/Myself to task” por “Eu ralho comigo<br />

mesma”, sem incluir essa frase <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong>s aspas que não indicam o texto que a personagem<br />

recita, fazendo <strong>de</strong>las palavras do seu próprio texto. Acredito ser uma outra forma, ain<strong>da</strong><br />

que única ocorrência, <strong>de</strong> apropriação do texto <strong>da</strong> peça a <strong>de</strong>corar pela personagem e <strong>da</strong> sua<br />

inclusão no texto <strong>da</strong> peça representa<strong>da</strong>. Penso que se trata <strong>de</strong> <strong>de</strong>libera<strong>da</strong>mente utilizar o<br />

arquitexto como melhor apraz e convém aos seus intentos <strong>de</strong> autor.<br />

No texto <strong>de</strong> Vellacott, po<strong>de</strong>mos ler:<br />

What is the metter, since/ the gods are making kind provision? After all/ I have two<br />

children still to care for and I know/We came as exiles and our friends are few<br />

enough. (vv. 876-879, p. 44)<br />

Mário Cláudio escreve:<br />

«Mas isso que nos importa, se os <strong>de</strong>uses velam por nós? Tenho dois meninos que<br />

precisam ain<strong>da</strong> <strong>de</strong> quem <strong>de</strong>les cui<strong>de</strong>, e será que não me lembro que somos uma<br />

espécie <strong>de</strong> exilados, e <strong>de</strong> que não po<strong>de</strong>mos contar muito com os amigos?» (p. 12)<br />

Após uma mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> cenário, surge-nos nova citação:<br />

«Man<strong>da</strong>rei um presente à tua mulher, o que <strong>de</strong> mais belo se consiga encontrar à face<br />

<strong>da</strong> terra, e serão os meninos que lho hão-<strong>de</strong> levar.» (p. 13)<br />

Os ecos <strong>da</strong> versão inglesa mantêm-se:<br />

I’ll send a present to your wife/the loveliest things to be found anywhere on<br />

earth/The boys shall take them. (vv. 946-948, p. 46)

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