Maria Ivone Mendes da Silva de Correia Costa As - Repositório ...
Maria Ivone Mendes da Silva de Correia Costa As - Repositório ...
Maria Ivone Mendes da Silva de Correia Costa As - Repositório ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>As</strong> (re)citações <strong>de</strong> Eurípi<strong>de</strong>s na Me<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Mário Cláudio 17<br />
ângulos sob os quais é possível perspectivar esta peça e o mito que lhe subjaz, o contrário<br />
se passa relativamente à Me<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Mário Cláudio. Na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, estamos perante uma peça<br />
muito recente e que, até à <strong>da</strong>ta, não foi ain<strong>da</strong> objecto <strong>de</strong> um estudo consistente.<br />
Esse facto revelou-se uma dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> a ultrapassar sempre que senti necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
me apoiar em estudos que me aju<strong>da</strong>ssem a abrir caminhos e a fun<strong>da</strong>mentar esta minha<br />
reflexão sobre esta peça <strong>de</strong> Mário Cláudio.<br />
Não obstante essa dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>, agradou-me muito ter feito este estudo, ain<strong>da</strong> que<br />
limitado e imperfeito, e muitas vezes sentido como uma tarefa difícil, não só pela<br />
complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> assuntos e matérias, como pelo facto <strong>de</strong> estar a tratar uma obra dramática<br />
muito recente sobre a qual ain<strong>da</strong> não existiam outras reflexões.<br />
In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente disso, creio que esta oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> olhar uma Me<strong>de</strong>ia do<br />
século XXI a partir <strong>de</strong> uma encenação que a relacionava directamente com o arquetípico<br />
texto euripidiano me provou como os caminhos <strong>da</strong> intertextuali<strong>da</strong><strong>de</strong> são caminhos <strong>de</strong><br />
testemunho e <strong>de</strong> permanência, a reitera<strong>da</strong> certeza <strong>de</strong> que a obra <strong>de</strong> arte não é finita, que o<br />
tempo não a esgota nem lhe retira significado, apenas lho acrescenta.