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Jornal da Academia Cristã de Letras - Outorga

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Pg. 6 - Agosto/Outubro 2011 <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>Cristã</strong> <strong>de</strong> <strong>Letras</strong><br />

dominação que o escravizam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> tempos<br />

longevos.<br />

Romper com os grilhões do servilismo cultural<br />

é <strong>da</strong> essência acadêmica, na universali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos seus<br />

dogmas. É a figura do magistrado em pé –<br />

cumprindo ir além <strong>da</strong> vigilância na preservação dos<br />

idiomas clássicos <strong>da</strong>s gentes e o registro histórico<br />

<strong>de</strong> sua origem. A <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> almeja a transcendência<br />

do belo. Valores por vezes são mutilados, mas a<br />

cultura permanece! Alternam-se seus domicílios.<br />

Tem moradia nos livros, habita bibliotecas, os<br />

murais serviram como en<strong>de</strong>reço. Incólume à ação<br />

do tempo, pernoitou nas cavernas em pétreas<br />

inscrições.<br />

A <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> é guardiã <strong>da</strong> história sócio-humana,<br />

galáxia imune aos títeres e aos múltiplos sistemas<br />

e regimes. Nutre-se do pensamento – e, sendo livre,<br />

por sua vez se alimenta do conhecimento e o<br />

expressa <strong>de</strong> várias formas, inclusive dialética.<br />

Os membros <strong>de</strong> uma <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong>,<br />

controversos <strong>de</strong>nominados imortais,<br />

em ver<strong>da</strong><strong>de</strong> são mensageiros <strong>da</strong><br />

imortali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s idéias. Feliz a urbe<br />

que acolhe e estimula o fincamento<br />

<strong>de</strong> uma <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> em suas plagas! Seu<br />

povo crescerá culturalmente à sombra <strong>da</strong> feliz<br />

ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, comungando perenemente <strong>da</strong> felici<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

*Membro <strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>Cristã</strong> <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>, <strong>da</strong><br />

<strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong> <strong>Letras</strong> <strong>de</strong> Araçariguama, <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong><br />

Saltense <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>, <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong> <strong>Letras</strong> <strong>de</strong> Iperó.<br />

CULTIVAR AS TRADIÇÕES<br />

Luiz Gonzaga Bertelli*<br />

“Nos dias hodiernos, as <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong>s são<br />

organizações estrutura<strong>da</strong>s, volta<strong>da</strong>s ao cultivo <strong>da</strong>s<br />

disciplinas literárias, científicas, artísticas e às<br />

tradições. As <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong>s têm o gran<strong>de</strong> mérito <strong>de</strong><br />

promover a investigação dos fatos notáveis,<br />

propiciando a colheita documental, até então<br />

<strong>de</strong>sconheci<strong>da</strong>.<br />

Por vezes, as <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong>s têm sido objeto <strong>de</strong><br />

críticas <strong>de</strong>preciativas e imereci<strong>da</strong>s. Censuram-selhes<br />

as soleni<strong>da</strong><strong>de</strong>s, os longos discursos e seu<br />

formalismo, por vezes exagerado. Mas ao lado<br />

<strong>de</strong>ssas restrições, é imprescindível mencionar o seu<br />

sentido <strong>de</strong> cooperação cultural, tendo fomentado o<br />

gosto pelo exercício <strong>da</strong>s letras, <strong>da</strong>s artes, <strong>da</strong>s<br />

ciências, <strong>da</strong>s tradições e <strong>da</strong> história dos povos.<br />

Lamentavelmente, tem-se o vezo <strong>de</strong> ridicularizar<br />

as tradições, a história, os fatos e os feitos notáveis<br />

<strong>de</strong> personagens que construíram a nação brasileira.<br />

Fun<strong>da</strong>mentos<br />

Esquecem que, sem a História, <strong>de</strong>struímos a<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>scerrar as contribuições<br />

dos valores permanentes. Sem biografia,<br />

o espírito imediatista e o instinto<br />

pre<strong>da</strong>dor do homem <strong>de</strong>senvolvem-se mais<br />

celeremente do que o lento, e quantas<br />

vezes surdo, tecer <strong>da</strong>s realizações,<br />

costumes, princípios e tradições, que<br />

constroem o ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro alicerce <strong>da</strong><br />

civilização.”<br />

*Membro <strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>Cristã</strong> <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>, presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> Paulistra <strong>de</strong> História. Presi<strong>de</strong>nte Executivo<br />

do CIEE - Centro <strong>de</strong> Integração Empresa-Escola.<br />

(In:discurso proferido em Soleni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Posse na<br />

<strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>Cristã</strong> <strong>de</strong> <strong>Letras</strong> – Biênio 2006/2007)<br />

PRESERVAR A HISTÓRIA<br />

Helio Begliomini*<br />

“Des<strong>de</strong> quando tomei posse na ca<strong>de</strong>ira número<br />

10 <strong>da</strong> augusta AcA<strong>de</strong>miA cristã <strong>de</strong> LetrAs<br />

(AcL), aos 23 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2000, fui parcimoniosamente<br />

instigado a conhecer o passado <strong>de</strong>ste glorioso silogeu.<br />

Ao frequentar a se<strong>de</strong> sempre me questionava do<br />

porquê que a Galeria dos Presi<strong>de</strong>ntes havia sido<br />

interrompi<strong>da</strong> há cerca <strong>de</strong> <strong>de</strong>zesseis anos e, com ela,<br />

parte <strong>de</strong> sua iconografia histórica. Ao propor ao<br />

presi<strong>de</strong>nte Adolfo lemes Gilioli, no início <strong>de</strong> 2002,<br />

que este trabalho fosse também <strong>de</strong>senvolvido pela<br />

atual diretoria, recebi a árdua e honrosa missão <strong>de</strong><br />

fazê-lo.<br />

Ledo labor! Através <strong>de</strong>le pu<strong>de</strong> recuperar<br />

fotografias <strong>de</strong>teriora<strong>da</strong>s pelas interpéries como<br />

também acrescentar mais sete, aos cinco quadros<br />

existentes, salientando, com incontido júbilo, a<br />

obtenção do retrato do primeiro presi<strong>de</strong>nte,<br />

falecido,na ocasião, há mais <strong>de</strong> seis lustros (!), que<br />

jamais constara na relação e, por sua vez,<br />

<strong>de</strong>sconhecido <strong>da</strong> maioria dos confra<strong>de</strong>s e confreiras.<br />

Esses <strong>da</strong>dos ensejaram um crescente anelo por<br />

também recuperar a história <strong>da</strong> AcA<strong>de</strong>miA cristã<br />

<strong>de</strong> LetrAs e coligi-la <strong>de</strong> forma objetiva e sucinta.<br />

A finali<strong>da</strong><strong>de</strong> precípua <strong>de</strong>sta obra é prestar uma<br />

singela homenagem a este so<strong>da</strong>lício <strong>de</strong> que me<br />

orgulho <strong>de</strong> pertencer, bem como ao talento <strong>de</strong> seus<br />

imortais membros.<br />

Reúne diversos <strong>da</strong>dos obtidos fielmente do material<br />

a que pu<strong>de</strong> ter acesso na se<strong>de</strong> <strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong>. Jamais<br />

pretendi esgotar o assunto, mas sim, ensejar um<br />

mo<strong>de</strong>sto ponto <strong>de</strong> parti<strong>da</strong> na convergência <strong>de</strong><br />

informações, a fim <strong>de</strong> que novas pesquisas possam<br />

complementar o <strong>de</strong>si<strong>de</strong>rato <strong>de</strong> resgatar a história

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