19.04.2013 Views

Jornal da Academia Cristã de Letras - Outorga

Jornal da Academia Cristã de Letras - Outorga

Jornal da Academia Cristã de Letras - Outorga

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>Cristã</strong> <strong>de</strong> <strong>Letras</strong> Agosto/Outubro 2011 - Pg. 5<br />

oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>sta ocasião festiva e <strong>de</strong><br />

compromisso, para, por meio <strong>de</strong> seus escritos e suas<br />

atuações diversas no meio em que vivem,<br />

reforçarem exemplarmente a retoma<strong>da</strong> <strong>da</strong> prática<br />

<strong>da</strong> Ética. E, <strong>de</strong>sse modo, aju<strong>da</strong>r o Brasil, e por<br />

conseguinte o mundo, a reencontrar os princípios<br />

e valores, que os reconduzirão aos caminhos<br />

<strong>de</strong>sejáveis para a solução dos problemas que vêm<br />

<strong>de</strong>safiando a todos. Essa, inclusive, po<strong>de</strong>rá vir a<br />

ser a mais instigadora ação <strong>da</strong> diretoria, que ora se<br />

empossa.”<br />

*Presi<strong>de</strong>nte Emérito <strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>Cristã</strong> <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>,<br />

presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> Paulista <strong>de</strong> Educação, membro<br />

<strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> Paulista <strong>de</strong> História, Brasileira <strong>de</strong><br />

Educação,Brasileira <strong>de</strong> Filosofia e Linense <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>.<br />

(In: discursos proferidos em Soleni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Posse. Abril<br />

<strong>de</strong> 2009)<br />

SER ATUANTE NA<br />

TRANSFORMAÇÃO CULTURAL<br />

Adolfo Lemes Gilioli*<br />

“Temos asseverado o quão importante<br />

é a presença atuante <strong>da</strong>s <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong>s <strong>de</strong><br />

<strong>Letras</strong> nos dias atuais, quando assistimos,<br />

atônitos, o <strong>de</strong>scaso quanto ao uso <strong>da</strong><br />

palavra articula<strong>da</strong> ou escrita. É<br />

imperdoável a falta <strong>de</strong> conhecimento <strong>de</strong><br />

alguns políticos ocupantes <strong>de</strong> órgãos<br />

representativos, que se valem <strong>de</strong> palavras<br />

vulgares, <strong>de</strong> baixo calão e erra<strong>da</strong>s.<br />

Temos sau<strong>da</strong><strong>de</strong>s do tempo em que a escola era<br />

o fator social mais importante no setor educativo.<br />

Ela agia sobre o aluno e seus familiares,<br />

aconselhando-os e ensinando novos costumes e,<br />

principalmente, a pureza <strong>da</strong> linguagem. O tempo<br />

passou, a escola parou; em muitos lugares<br />

retroce<strong>de</strong>u. Enquanto isso, o rádio mal orientado,<br />

a imprensa mal cui<strong>da</strong><strong>da</strong> e a televisão entregue a<br />

pessoas <strong>de</strong> discutível formação moral, foram<br />

crescendo e ocupando o espaço <strong>de</strong>ixado pela escola.<br />

Os postos diretivos dos setores educativos têm sido,<br />

vez por outra, <strong>de</strong>stinados aos que na<strong>da</strong> sabem e que<br />

não querem saber o que acontece no campo <strong>da</strong><br />

educação e <strong>da</strong> cultura. Assim, “a última flor do<br />

Lácio inculta e bela” está ca<strong>da</strong> vez mais carente <strong>de</strong><br />

zeladores competentes.<br />

Além disso, constatamos diariamente o revoar<br />

<strong>da</strong> miséria moral <strong>da</strong> maioria dos po<strong>de</strong>rosos políticos<br />

<strong>de</strong> plantão. Estamos <strong>de</strong>sencantados, <strong>de</strong>sesperados<br />

e assustados diante do dilema. Em vez <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> digna<br />

pela qual lutamos, temos <strong>de</strong> nos <strong>de</strong>frontar com a<br />

podridão moral, que ora prevalece.<br />

Fun<strong>da</strong>mentos<br />

Não é preciso nenhum dom profético para ver<br />

que o futuro não se nos afigura favorável. Mas é<br />

justamente nesta hora que é oportuno a<br />

presença <strong>de</strong> uma <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong>, com seu po<strong>de</strong>r<br />

transformador <strong>da</strong> cultura e sua crença<br />

na capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> aperfeiçoamento do<br />

homem por meio do seu <strong>de</strong>senvolvimento<br />

intelectual e moral.<br />

Sentimos, nestes dias, quando alguns políticos<br />

estão se “lixando” para a opinião pública, que a<br />

corrupção se institucionalizou. A corrupção se dá<br />

principalmente quando a pessoa, político ou não,<br />

está investi<strong>da</strong> <strong>de</strong> uma função <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r e quer agarrar<br />

to<strong>da</strong>s as oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s - ilícitas ou não - <strong>de</strong><br />

enriquecer e favorecer seus familiares e amigos.<br />

Não resolvem os problemas <strong>de</strong> sua área <strong>de</strong> ação,<br />

ofuscam-se e <strong>de</strong>sprestigiam-se.<br />

Do jeito como os fatos se repetem, não vamos<br />

nem ao ponto <strong>de</strong> <strong>de</strong>sejar que essas pessoas tenham<br />

digni<strong>da</strong><strong>de</strong>; mas pediríamos, pelo menos, que<br />

renunciassem às orgias <strong>de</strong> <strong>de</strong>sfaçatez e se<br />

conduzissem <strong>de</strong>ntro dos limites mínimos <strong>da</strong><br />

civili<strong>da</strong><strong>de</strong>, do respeito à coisa pública e do<br />

acatamento <strong>da</strong>s regras universais <strong>da</strong>s pessoas que<br />

se preten<strong>de</strong>m razoavelmente sérias.<br />

(...) Eis por que a presença <strong>de</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong>s <strong>de</strong><br />

<strong>Letras</strong> é um lampejo <strong>de</strong> esperança, enquanto<br />

tentativa <strong>de</strong> reerguer o ser humano para a arranca<strong>da</strong><br />

renovadora.”<br />

*Presi<strong>de</strong>nte Emérito <strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>Cristã</strong> <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>,<br />

<strong>de</strong>cano do <strong>Jornal</strong>ismo e ex-Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Associação<br />

Paulista <strong>de</strong> Imprensa, fun<strong>da</strong>dor e presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong><br />

Linense <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>. (In: discursos e publicação no <strong>Jornal</strong><br />

<strong>da</strong> Imprensa Paulista, Nov. <strong>de</strong> 2009)<br />

EDIFICAR O CONHECIMENTO<br />

Lázaro José Piunti*<br />

Concebi<strong>da</strong> do sonho i<strong>de</strong>alista do filósofo<br />

PLATÃO 387 anos antes <strong>de</strong> Cristo no jardim <strong>de</strong><br />

AKADEMOS, periferia <strong>de</strong> Atenas, a <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong><br />

assim imagina<strong>da</strong> formulou o pensamento clássico<br />

<strong>da</strong> criação <strong>da</strong>s futuras universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

A <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> não constrói escolas.<br />

Ela edifica o conhecimento.<br />

Não lhe cabe erguer ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s, tampouco se<br />

apresta a higienização dos esgotos urbanos. Porém,<br />

repousa em si mesma a autori<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> propor à<br />

ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia a <strong>de</strong>sobstrução dos canais <strong>da</strong> ignorância.<br />

Cumpre à <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> exercer o sagrado ofício <strong>da</strong><br />

sapiência. Em sua liturgia, coerente ao pensamento<br />

do discípulo <strong>de</strong> Sócrates, preconiza a libertação do<br />

homem <strong>da</strong>s po<strong>de</strong>rosas e invisíveis formas <strong>de</strong>

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!