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Jornal da Academia Cristã de Letras - Outorga

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Pg. 18 - Agosto/Outubro 2011 <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>Cristã</strong> <strong>de</strong> <strong>Letras</strong><br />

PREFÁCIO...*<br />

Genésio Cândido Pereira Filho*<br />

(...) É preciso dizer, <strong>de</strong> início, que CAROLINA<br />

RAMOS não luta por glória pessoal, mas por i<strong>de</strong>ais que<br />

elegeu. I<strong>de</strong>ais que norteiam sua vi<strong>da</strong>. “Aquila non capit<br />

muscas”, por isso CAROLINA RAMOS não per<strong>de</strong><br />

tempo com caminha<strong>da</strong>s em planícies. Até o quadrissílabo<br />

diminutivo <strong>de</strong> seu nome nos conduz às origens teutônicas<br />

<strong>de</strong> um pequeno lavrador que transmutou em magnífico<br />

jardim uma pequena área <strong>de</strong> terra. VIDA revesti<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

pereni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> valores em um mundo que,<br />

contraditoriamente, elege como trunfos <strong>de</strong> personali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

humana a efemeri<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s coisas e o predomínio do<br />

materialismo sobre IDEAIS PERMANENTES.<br />

Aí está a HISTÓRIA a testemunhar os <strong>de</strong>scaminhos<br />

humanos. Descaminhos amargos e tristes. Sen<strong>da</strong>s<br />

horizontais que negam a verticali<strong>da</strong><strong>de</strong> do <strong>de</strong>stino<br />

humano. CAROLINA RAMOS compreen<strong>de</strong>u que as<br />

metas estão distantes, às vezes até mesmo no Infinito.<br />

Mas é preciso <strong>de</strong>cidir logo, porque os caminhos estão<br />

bem perto, à vista <strong>de</strong> todos nós. A in<strong>de</strong>cisão po<strong>de</strong> ser<br />

mortal. Des<strong>de</strong> o suposto primeiro e sangrento embate<br />

entre homens, no Vale do Nilo, no Sudão, busca a criatura<br />

humana os <strong>de</strong>scaminhos <strong>da</strong> violência para solução <strong>de</strong><br />

seus problemas. É a busca do Zênite pelo Nadir. Por<br />

que preferir charcos a estrelas? A vitória humana não<br />

repousa sobre bens materiais e efêmeros, mas sobre<br />

as conquistas do espírito. Este traz a PAZ, porque a<br />

solução está nos reais valores humanos.<br />

É preciso evitar que “a letra que mata substitua o<br />

espírito que vivifica”, como ensina MIGUEL OXIACAN<br />

em “La Meta y el Camino”. Só é ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro intelectual<br />

aquele que tem uma META e escolhe um CAMINHO.<br />

Este caminho está na revolução <strong>da</strong>s i<strong>de</strong>ias, incruentas<br />

mas corajosa. Trai sua natureza humana e seus valores<br />

espirituais o intelectual que palmilha <strong>de</strong>scaminhos, traição<br />

maior <strong>da</strong>quele que peca pelo silêncio.<br />

E “a letra que mata” é a má literatura. Basta um<br />

olhar sobre o panorama literário mundial: livros,<br />

panfletos, folhetos, tudo parece arrastar o HOMEM<br />

para o Mal, para a horizontali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Quando menos,<br />

revelam mediocri<strong>da</strong><strong>de</strong>, vai<strong>da</strong><strong>de</strong>s, ignorância.<br />

E os meios <strong>de</strong> comunicação? A Imprensa, o Rádio,<br />

a Televisão e até a Internet parecem percorrer as sen<strong>da</strong>s<br />

do Mal. Por isso o Ser Humano acredita mais nas<br />

Mentiras do que nas Ver<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Aquelas ocultam ilusões<br />

<strong>de</strong> falsas reali<strong>da</strong><strong>de</strong>s, enquanto as Ver<strong>da</strong><strong>de</strong>s são os<br />

caminhos <strong>da</strong> LIBERDADE.<br />

Caminhos que envolvem, sobretudo, Batalhas: não<br />

<strong>de</strong> batalhões ou arma<strong>da</strong>s, mas as dos sonhos e do Amor;<br />

como diz FRANZ TOUSSAINT em “Le Jardin <strong>de</strong>s<br />

Caresses”:<br />

“Je pensais au silence <strong>de</strong> <strong>de</strong>ux armées qui vont se<br />

livrer bataille.<br />

J’ai livré la bataille d’amour.”<br />

Registros<br />

E quem <strong>de</strong>seja palmilhar os caminhos <strong>da</strong> Liber<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>ve lembrar HERMANN HESSE em “Caminha<strong>da</strong>”:<br />

“...é o <strong>de</strong>sdém pelas fronteiras e pela vi<strong>da</strong> se<strong>de</strong>ntária<br />

que torna seres como eu os guias do futuro. Se<br />

existissem muitas pessoas nas quais moraria um tão<br />

profundo <strong>de</strong>sprezo pelas fronteiras, como em mim, então<br />

não existiriam mais guerras nem bloqueios. Não há na<strong>da</strong><br />

mais <strong>de</strong>testável do que fronteiras...”<br />

O caminho do Sonhador “não segue nem para a<br />

direita, nem para a esquer<strong>da</strong>, leva ao próprio coração<br />

on<strong>de</strong>, e só lá, está Deus e existe paz.”<br />

“O Ser perfeito... o ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro an<strong>da</strong>rilho, nunca<br />

<strong>de</strong>veria nem conhecer a sau<strong>da</strong><strong>de</strong>.”<br />

E acrescento eu, neste prefácio: O Poeta é um<br />

an<strong>da</strong>rilho: a ele bastam uma sandália e um alforje. (...)<br />

*Membro <strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>Cristã</strong> <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>, <strong>de</strong> São Paulo<br />

e <strong>de</strong> Campos do Jordão, <strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> Anapolina <strong>de</strong><br />

Filosofia, Ciências e <strong>Letras</strong> (Anápolis-Goiás),e outras<br />

enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

*Trechos do Prefácio do livro Liber<strong>da</strong><strong>de</strong>... Sonho <strong>de</strong><br />

todos! <strong>de</strong> Carolina Ramos - 2010<br />

ESPERANÇA<br />

Rosa Maria Custodio*<br />

Luz que vem <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro<br />

do infinito do meu ser<br />

teu nome é esperança<br />

- <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> viver!<br />

Ilumina meu caminho<br />

neste longo entar<strong>de</strong>cer.<br />

Se encontro pedras<br />

e me firo nos espinhos,<br />

não me <strong>de</strong>ixes esquecer<br />

que existem flores,<br />

doces cheiros e carinhos,<br />

que alegram meu viver.<br />

Se o dia virar noite<br />

e a alma entristecer<br />

não <strong>de</strong>ixe que a tristeza<br />

me faça esmorecer.<br />

Acalenta este meu sonho<br />

<strong>de</strong> abraçar o mundo inteiro<br />

e cantar até morrer.<br />

Luz que vem <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro<br />

do infinito vir a ser<br />

teu nome é esperança<br />

- <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> viver!<br />

Direciona meu <strong>de</strong>stino<br />

na canção do renascer.<br />

*Membro <strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>Cristã</strong> <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>, <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong><br />

Linense <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>, Associação Paulista <strong>de</strong> Imprensa,<br />

Movimento Poético Nacional, MovimentoMulheres <strong>da</strong><br />

Ver<strong>da</strong><strong>de</strong> e Associação Brasileira <strong>de</strong> Pesquisa<br />

(Auto)Biográfica.

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